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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Unidade VI Atos, termos e prazos processuais Plano de Aula 5 Atos, termos e prazos processuais Aula 01 I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Antes de mais nada, precisamos identificar o que vem a ser FATO e ATO jurídico. ● FATO JURÍDICO: acontecimento involuntário, natural, com reflexo jurídico, em virtude do qual nascem ou se extinguem direitos. ● ATO JURÍDICO: acontecimento voluntário que produz efeitos jurídicos; Feitos os esclarecimentos supra, podemos, agora, distinguir FATO e ATO processual: ● FATO PROCESSUAL: acontecimentos involuntário que ocorrem no processo; ● ATO PROCESSUAL: acontecimento voluntário que ocorrem no processo; Os atos processuais no CPC: • FORMA ........................................................... arts. 188/192 do Novo CPC, 200/202 do Novo CPC , 203/205 do Novo CPC e 206/211 do Novo CPC ; • TEMPO E LUGAR .......................................... arts. 212/216 do Novo CPC e 217; • PRAZOS ......................................................... arts. 218/235; • COMUNICAÇÃO ............................................. arts. 236/363; • NULIDADES ................................................... arts. 276/283; • DISTRIBUIÇÃO, REGISTRO e VALOR DA CAUSA ................ arts. 284/293. Os atos processuais devem ser públicos. Somente em casos excepcionais é que serão praticados em segredo de justiça. II – COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: Inicialmente, importante se faz salientar que, quando a CLT se refere à NOTIFICAÇÃO a ser encaminhada ao réu, dando-lhe ciência do ajuizamento de uma ação, em seu desfavor, bem como consignando-lhe prazo para defesa e intimando-lhe da audiência, essa NOTIFICAÇÃO tem cunho de citação e de intimação. No processo do trabalho, observa-se o disposto do art. 247 do CPC. II.1 – CITAÇÃO: No processo do trabalho, observam-se os seguintes dispositivos do CPC: • Comunicação do Réu ou Interessado ............. art. 238; • Pressuposto de validade processual .............. art. 239; • Prevenção do Juízo, Litispendência e torna Litigiosa a Coisa .................................... arts. 29 e 240. No processo do trabalho, diferentemente do que ocorre no processo civil, a citação é feita nos termos do art. 841 da CLT, ou seja através do correio e tem a função de citar o réu para se defender, bem como notificá-lo acerca da audiência designada automaticamente por ocasião da distribuição do processo. Por vezes, a citação deve ser feita por meio de Oficial de Justiça. II.2 – INTIMAÇÃO: Aplica-se o disposto no art. 269 do CPC. No processo do trabalho, via de regra, são feitas pelo correio, sendo que no DF e nas capitais dos estados (e nos territórios), são consideradas intimadas as partes, com publicação dos atos no Diário Oficial. O MPT (Ministério Público do Trabalho) deve ser intimado pessoalmente, por meio de Oficial de Justiça. II.3 – TRANSMISSÃO VIA FAX: De acordo com o disposto na Lei 9.800/1999, permite-se a transmissão via fax de petições, dados, imagem, ... via fax. Existe a exigência legal de que, após a transmissão, a parte deverá juntar os originais aos autos, no prazo de 5 dias. II.4 – TRANSMISSÃO POR E-MAIL: O TST, através da IN n.º 28/2005, instituiu o e-DOC, através do qual as partes, advogados e peritos, podem empreender a prática de atos processuais, por meio de correio eletrônico. Atualmente o e-DOC é regulando pela IN n.º 30/2006 do TST e pelo Ato Presi nº 42/2011 do TRT. Esse sistema apresenta uma vantagem em relação ao protocolo via fac-símile: não há necessidade de se apresentar os originais das peças, posteriormente. Para utilizar esse sistema, se faz necessário: o cadastramento no site do TRT e/ou do TST e a utilização de identidade digital. • PARA MAIORES INFORMAÇÕES, CONSULTAR IN 28/2005 (www.tst.jus.br). II.5 – PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO - PJe: A informatização do processo tem como norma mais importante a Lei 11.419/2006, conhecida como Lei do Processo Eletrônico, ela que a aplicável ao processo civil, penal e trabalhista, em qualquer grau de jurisdição (art. 1º, § 1º), estabeleceu o uso do meio eletrônico para a transmissão de peças jurídicas, tramitação processual e comunicação dos atos do processo. Considerações importantes acerca do PJe ____________________________________________ Considera-se REALIZADO o Ato Processual Na data e hora do envio ao sistema, atestado mediante protocolo eletrônico (art. 3º da Lei 11.419/2006). PRAZO para envio da petição A transmissão deve se dar até as 24:00h do dia do vencimento do prazo (art. 3º da Lei 11.419/2006). PRORROGAÇÃO DO PRAZO Caso o sistema fique indisponível, os prazos serão prorrogados para o primeiro dia útil subsequente (art. 10, § 2º da Lei 11.419/2006) FALHAS TÉCNICAS Como por exemplo interrupção do fornecimento de energia elétrica ou de telefone, que inviabilize a transmissão do arquivo → tendência de impor risco à parte. EXCLUSÃO DIGITAL Os órgãos do Poder Judiciário devem disponibilizar computadores, scanners, à disposição dos usuários. DIÁRIO ELETRÔNICO Possibilidade criada a partir da Lei 11.419/2006 (art. 4º). Contagem do PRAZO • Data de disponibilização no DJe; • Data da publicação no DJe; • contagem do prazo → 1º dia útil subsequente à publicação. Ato SEJUD/GP 342/2010 • regulamentou o processo eletrônico no TST; • a partir de 02/08/2010, todos os processos ingressantes no TST, passam a ser eletrônicos. Ato Conjunto 20/2009 (TST/CSJT�) • implantação da numeração única dos processos (Res. 65 CNJ) NNNNNNN - DD . AAAA . J . TR . OOOO número dígito verificador ano Judiciário Tribunal Origem (VT ou TRT) Resolução CSJT 94/2012 • instituiu o PJe no TST; • objetivo: prática de atos processuais e a sua representação → exclusivamente pelo PJe-JT; • tamanho máximo dos arquivos 1,5MB� → documentos (vários arquivos dentro desta limitação); • distribuição da petição inicial e juntada da contestação → responsabilidade dos advogados; • autuação automática → mediante recibo emitido pelo sistema; • contestação → deve ser juntada antes da audiência → preservada a possibilidade de defesa oral (20 minutos); • atas de audiência → assinadas eletronicamente, exclusivamente pelo juiz; • consulta do inteiro teor dos autos → mediante credenciamento no sistema; • implantado o PJe, fica vedada a utilização de e-DOC no processo. III – TERMOS PROCESSUAIS: Didaticamente falando, TERMO nada mais é do que a reprodução gráfica do ato processual praticado. Na seara do processo trabalhista, no tocante aos termos processuais, temos que manejar os c/c 202/211 do CPC, de aplicação subsidiária, na forma do disposto no art. 769 da CLT. IV – PRAZOS PROCESSUAIS: Os prazos processuais classificam-se: a) QUANTO À ORIGEM: ● Legais: fixados em lei; ● Judiciais: fixados pelo juiz; ● Convencionais: fixados através de acordo firmado entre as partes; b) QUANTO À NATUREZA: ● Dilatórios: são aqueles em que as partes podem dispor do prazo para a prática de determinado ato. Podendo ser objeto de convenção entre as partes; ● Peremptórios: decorrem de normas cogentes, imperativas ou de ordem pública, não podendo ser objeto de convenção entre as partes; c) QUANTO AOS DESTINATÁRIOS: ● Próprios: são aqueles destinados às partes. Se não observados, implicam em preclusão; ● Impróprios: previstos em lei e destinados aos juízes e servidores do Judiciário. Não estão sujeitos à preclusão; IV.1 – CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS (arts. 774/775 CLT): Há que se fazer uma distinção importante, qual seja, aquela entre o INÍCIO DO PRAZO e o INÍCIO DA CONTAGEM.● INÍCIO DO PRAZO: também chamado do dies a quo. Ocorre quando o interessado toma ciência do ato processual a ser praticado. Não se computa o dia do começo, no prazo; ● INÍCIO DA CONTAGEM: também chamado do dies ad quem. A contagem inicia-se no dia seguinte à ciência do interessado, do ato processual a ser praticado e vai até o seu final. IV.2 – SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO: Antes de mais nada, precisamos ter em mente a distinção entre SUSPENSÃO e INTERRUPÇÃO: ∆ SUSPENSÃO: paralisação da contagem do prazo processual. Cessada a causa suspensiva, a contagem é retomada do momento em que parou; ∆ INTERRUPÇÃO: ocorrendo a causa interruptiva, a contagem para e, uma vez cessada essa causa, inicia-se uma nova contagem, desprezando-se o lapso temporal transcorrido anteriormente. Como a CLT não regula a matéria, nos valemos das disposições constantes do CPC, de aplicação subsidiária ao processo trabalhista (arts. 769 CLT). → Interrupção nos feriados ????????????? art. 219 CPC; → Suspensão em virtude de férias forenses .............. art. 220 CPC; → Suspensão (hipóteses do art. 265, I e III) ................ art. 221 CPC; V – DISTRIBUIÇÃO E REGISTRO: • Para as Varas do Trabalho ou Juízes de Direito (art. 669, § 1.º CLT) ................ art. 783 CLT; • Registro das Reclamações ............................................................................... art. 784 CLT; • Recibo do Registro ........................................................................................... art. 785 CLT; • Reclamação verbal (apresentação em 5 dias para reduzir à termo) ....................... art. 731 CLT; • Distribuição por Dependência ........................................................................... art. 286 CPC. VI – NULIDADES PROCESSUAIS: • Princípio do Prejuízo .................................................................................... art. 794 CLT; • Princípio da Convalidação ........................................................................... art. 795 CLT; • Incompetência Absoluta do Foro Trabalhista ................................. art. 795, § 1.º CLT; • Princípio da Instrumentalidade ....................................................... art. 796 CLT; • Princípio da Economia Processual ................................................. art. 796,“a” CLT; • Efeitos da Nulidade, para atos posteriores à sua decretação ........ art. 798 CLT. � Conselho Superior da Justiça do Trabalho. � Megabyte. Prof. Luiz Augusto Bellini�E-mails: � HYPERLINK "mailto:luizaugusto.bellinilessa@gmail.com.br" ��luizaugusto.bellinilessa@gmail.com� ou � HYPERLINK "mailto:Luiz.bellini@metodistaes.edu.br" ��luizaugusto@bellinilessa.adv.br� ��
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