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Dimensionamento e distribuição de pessoal de enfermagem É um processo sistemático que fundamenta o planejamento e a avaliação do quantitativo e qualitativo de pessoal de enfermagem necessário para prover os cuidados de enfermagem, que garantam a qualidade, previamente estabelecida, a um grupo de pacientes/clientes, de acordo com a filosofia e estrutura da organização, bem como com a singularidade de cada serviço (Gaidzinski, Fugulin, Castilho, 2005) Dimensionamento de pessoal ❖ Re-desenhar os processos de trabalho da enfermagem passos que não agregam valor devem ser retirados ❖ Identificar as atividades que não requerem a capacitação profissional da enfermagem Análise que antecede o dimensionamento ❖ Índice de absenteísmo ❖ Taxa de rotatividade Externas ➢ Política de saúde vigente; ➢ Crise financeira; ➢ Código do consumidor; ➢ Lei do Exercício Profissional; ➢ Política salarial do mercado de trabalho. Variáveis intervenientes Internas ➢ Política, filosofia, objetivos e propostas assistenciais da instituição e do serviço de enfermagem; ➢ Recursos materiais e tecnológicos; ➢ Complexidade das atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem; ➢ Preparo técnico específico dos elementos da equipe de enfermagem; ➢ Método de trabalho (funcional, integral) utilizado na assistência de enfermagem; ➢ Planta física; ➢ Jornada diária de trabalho; ➢ Número de leitos. Variáveis intervenientes ➢ Percentual de ausências previstas e não previstas; ➢ Perfil epidemiológico; ➢ dependência dos pacientes em relação à equipe de enfermagem (SCP); ➢ tempo médio despendido pela equipe de enfermagem, nas 24 horas para atender as necessidades de cada paciente, segundo o grau de dependência em relação à equipe de enfermagem. Variáveis intervenientes Método para dimensionamento de pessoal de enfermagem 1. Carga de trabalho Envolve a identificação de 3 variáveis 2. Jornada de trabalho 3. Índice de Segurança Técnica (IST) 1. CARGA DE TRABALHO DA UNIDADE Quantidade Média diária de pacientes assistidos X Tempo médio de assistência de enfermagem despendido Grau de dependência da equipe de enfermagem Instrumento de Classificação de Pacientes Tipo de procedimento realizado Racionalizar o trabalho: RH e RM Cuidado Progressivo ao Paciente (CPP) Método de Organização do trabalho Florence Nightingale Sec XIX Critério para dimensionar pessoal de enfermagem Connor 1960 Estudos de custos da assistência de enfermagem Sistema de Classificação de Pacientes: origem Sistema de Classificação de Pacientes: conceitos Sistema de identificação e contribuição para o cuidado individualizado de enfermagem para grupos de pacientes com necessidades específicas Willians, Anderson, 1992 Forma de determinar o grau de dependência de um paciente em relação à equipe de enfermagem, objetivando estabelecer o tempo despendido no cuidado direto e indireto, bem como o qualitativo de pessoal, para atender as necessidades bio-psico- sócio-espirituais do paciente Gaidzinski, 1994 S C P Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) Alward, 1983 “A utilização do SCP pode auxiliar a enfermeira a justificar a necessidade de pessoal adicional, quando ocorre aumento do volume de trabalho na unidade.” “O SCP possibilita à enfermeira, em suas atividades de e adequar o volume de trabalho requerido com o pessoal de enfermagem disponível.” “O SCP evidencia a variação do tempo médio de trabalho da equipe de enfermagem dedicado aos pacientes classificados nas diferentes categorias de cuidado, possibilitando, também, a adequação dos métodos utilizados na determinação dos custos da assistência prestada.” Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) 1.Instrumento de classificação de pacientes / procedimentos UI Fugulin et al. 1994 Perroca, 2000 Fugulin et al., 2002 UTI NAS CC Possari, 2001 De Mattia, 2002 Amb/PS Peduzzi et al., 2001 Farias, 2003 UPED Dini, 2007 E.V. contínua E.V. intermitente E.V. contínua ou através de sonda nasogástrica E.V. contínua ou através de sonda nasogástrica Uso de drogas vasoativas para manutenção de P.A. Terapêutica Auxílio no banho de chuveiro e/ou na higiene oral Banho no leito ou de chuveiro em cadeira de rodas com auxílio, higiene oral realizada ou auxiliada pela enfermagem Banho no leito ou de chuveiro em cadeira de rodas com auxílio, higiene oral realizada ou auxiliada pela enfermagem Banho no leito, higiene oral realizada pela enfermagem Cuidado corporal Uso de vaso sanitário com auxílio Uso de comadre ou eliminações no leito Evacuação no leito e uso de sonda vesical para controle de diurese Evacuação no leito e uso de sonda vesical para controle de diurese Eliminação Limitação de movimentos Incapacidade ou dificuldade para movimentar segmentos corporais Mudança de decúbito e movimentação passiva programadas, realizadas ou auxiliadas pela enfermagem Incapacidade ou dificuldade para movimentar segmentos corporais Mudança de decúbito e movimentação passiva programada e realizada ou auxiliada pela enfermagem incapaz de movimentar qualquer segmento corporal Mudança de decúbito e movimentação passiva programada e realizada pela enfermagem Motilidade Necessita de auxílio para deambular Restrito ao leito ou locomoção através de cadeira de rodas Restrito ao leito ou locomoção através de cadeira de rodas Restrito ao leitoDeambulação Controle de rotina (8 horas) Controle em intervalos de 6 horas Controle em intervalos de 4 horas Controle em intervalos menores ou iguais a 2 horas Sinais Vitais Por boca com auxílioPor boca com auxílio ou através de sonda nasogástrica Através de sonda nasogástrica Através de sonda ou cateter Alimentação Uso intermitente de máscara ou cateter de oxigênio Uso intermitente de máscara ou cateter de oxigênio Uso contínuo de máscara ou cateter de oxigênio Ventilação mecânica (uso do ventilador a pressão ou a volume) Oxigenação Orientação no tempo e no espaço Períodos de desorientação no tempo e no espaço Períodos de inconsciência InconscienteEstado Mental INTERMEDIÁRIOALTA DEPENDÊNCIASEMI-INTENSIVOINTENSIVO ÁREA DE CUIDADO NÍVEL DE CUIDADO POR COMPLEXIDADE ASSISTENCIAL CUIDADOS SEMI-INTENSIVOS Pacientes recuperáveis, sem risco iminente de vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais que requeiram assistência de enfermagem e médica permanente e especializada Pacientes recuperáveis, com risco iminente de vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais, que requeiram assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. CUIDADOS INTENSIVOS (FUGULIN et al. 1994) 1.1 Sistema de Classificação de Pacientes ALTA DEPENDÊNCIA Pacientes crônicos que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, estável sob o ponto de vista clínico, porém com total dependência das ações de enfermagem quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas. (FUGULIN et al. 1994) 1.1 Sistema de Classificação de Pacientes CUIDADOS MÍNIMOS Pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e de enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, mas fisicamente auto-suficientes quanto aoatendimento das necessidades humanas básicas. Pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e de enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, com parcial dependência de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas. CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS (FUGULIN et al. 1994) 1.1 Sistema de Classificação de Pacientes INDICADORES CRÍTICOS ➢ estado mental e nível de consciência; ➢ oxigenação; ➢ sinais vitais; ➢ nutrição e hidratação; ➢ motilidade; ➢ Locomoção; ➢ cuidado corporal; ➢ eliminações; ➢ terapêutica; ➢ educação à saúde; ➢ comportamento; ➢ comunicação; ➢ integridade cutâneo- mucosa. (PERROCA, 2001) 1.1 Sistema de Classificação de Pacientes 1-Estado Mental e Nível de Consciência (habilidade em manter a percepção e as atividades cognitivas) 1 -Acordado; interpretação precisa de ambiente e tempo; executa, sempre, corretamente, ordens verbalizadas; preservação da memória. 2 -Acordado; interpretação precisa de ambiente e tempo; segue instruções corretamente apenas algumas vezes; dificuldade de memória. 3 -Acordado; interpretação imprecisa de ambiente e tempo em alguns momentos; dificilmente segue instruções corretamente; dificuldade aumentada de memória. 4 -Acordado; interpretação imprecisa de ambiente e tempo em todos os momentos; não segue instruções corretamente; perda de memória. 5-Desacordado; ausência de resposta verbal e manutenção de respostas a estímulos dolorosos ou ausência de respostas verbais e motoras." (PERROCA, 2001) 1.1 Sistema de Classificação de Pacientes 2 -Oxigenação (aptidão em manter a permeabilidade das vias aéreas e o equilíbrio nas trocas gasosas por si mesmo, com auxílio da equipe de enfermagem e/ou de equipamentos). 1-Não requer oxigenoterapia. 2-Requer uso intermitente ou contínuo de oxigênio sem necessidade de desobstrução de vias aéreas. 3-Requer uso intermitente ou contínuo de oxigênio com necessidade de desobstrução de vias aéreas. 4 -Requer uso de oxigênio por traqueostomia ou tubo oratraqueal. 5 -Requer ventilação mecânica. (PERROCA, 2001) 1.1 Sistema de Classificação de Pacientes AVALIAÇÃO DO TIPO DE CUIDADO: Cuidados mínimos: 13 a 26 pontos Cuidados intermediários: 27 a 39 pontos Cuidados Semi-intensivos: 40 a 52 pontos Cuidados a pacientes crônicos, estáveis sob o ponto de vista clínico, porém, com total dependência das ações de enfermagem quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas Cuidados Intensivos: 53 a 65 pontos (PERROCA, 2001) 1.1 Sistema de Classificação de Pacientes Auto suficienteAuxílio no banho de chuveiro e/ou na higiene oral Banho no chuveiro, higiene oral realizada pela enfermagem Banho no leito, higiene oral realizada pela enfermagem Cuidado corporal Auto suficienteUso de vaso sanitário com auxílio Uso de comadre ou eliminações no leito Evacuação no leito e uso de sonda vesical para controle de diurese Eliminação Movimenta todos os segmentos corporais Limitação de movimentos Dificuldade para movimentar segmentos corporais Mudança de decúbito e movimentação passiva auxiliada pela enfermagem Incapaz de movimentar qualquer segmento corporal Mudança de decúbito e movimentação passiva programada e realizada pela enfermagem Motilidade AmbulanteNecessita de auxílio para deambular Locomoção através de cadeira de rodas Restrito ao leitoDeambulação Controle de rotina (8 horas) Controle em intervalos de 6 horas Controle em intervalos de 4 horas Controle em intervalos menores ou iguais a 2 horas Sinais Vitais Auto suficientePor boca com auxílioAtravés de sonda nasogástrica Através de cateter centralAlimentação I.M. ou V.O.E.V. intermitenteE.V. contínua ou através de sonda nasogástrica Uso de drogas vasoativas para manutenção de P.A. Terapêutica Não depende de oxigênio Uso intermitente de máscara ou cateter de oxigênio Uso contínuo de máscara ou cateter de oxigênio Ventilação mecânica (uso do ventilador a pressão ou a volume) Oxigenação Orientação no tempo e no espaço Períodos de desorientação no tempo e no espaço Períodos de inconsciência InconscienteEstado Mental 1234 ÁREA DE CUIDADO GRADAÇÃO DA COMPLEXIDADE ASSISTENCIAL 9-14Mínimo 15-20Intermediário 21-26Alta dependência 27-31Semi-intensivo Acima de 31Intensivo PontuaçãoComplexidade assistencial (FUGULIN et al. 2002 1.1 Sistema de Classificação de Pacientes 1.1 NURSING ACTIVITIES SCORE: NAS ATIVIDADES BÁSICAS Pontuação 1. MONITORIZAÇÃO E CONTROLES 1.a Sinais vitais horários, cálculo e registro regular do balanço hídrico - 4,5 1.b Presença à beira do leito e observação ou atividade contínua por 2 horas ou mais em algum plantão por razões de segurança, gravidade ou terapia, tais como: ventilação mecânica não invasiva, desmame, agitação, confusão mental, posição prona, procedimentos de doação de órgãos preparo e administração de fluidos ou medicação, auxílio em procedimentos específicos - 12,1 1.c Presença à beira do leito e observação ou atividade contínua por 4 horas ou mais em algum plantão por razões de segurança, gravidade ou terapia, tais como os exemplos acima - 19,6 2.INVESTIGAÇÕES LABORATORIAIS: bioquímicas e microbiológicas - 4,3 3. MEDICAÇÃO, exceto drogas vasoativas - 5,6 4. PROCEDIMENTOS DE HIGIENE 4a. Realização de procedimentos de higiene tais como: curativos de feridas e cateteres intravasculares, troca de roupa de cama, higiene corporal do paciente em situações especiais (incontinência, vômito, queimaduras, feridas com secreção, curativos cirúrgicos complexos com irrigação), procedimentos especiais ( ex. isolamento) etc - 4,1 4b. Realização de procedimentos de higiene que durem mais do que 2 horas, em algum plantão - 16,5 4c. Realização de procedimentos de higiene que durem mais do que 4 horas em algum plantão - 20,0 5. CUIDADOS COM DRENOS. Todos (exceto sonda gástrica) - 1,8 6. MOBILIZAÇÃO E POSICIONAMENTO incluindo procedimentos tais como: mudança de decúbito, mobilização do paciente, transferência da cama para a cadeira; mobilização do paciente em equipe (p.ex. paciente imóvel, tração, posição prona). 6a. Realização do (s) procedimento (s) até 3 vezes em 24 horas - 5,5 6b. Realização do (s) procedimento (s) mais do que 3 vezes em 24 horas ou com 2 enfermeiros em qualquer freqüência - 12,4 6c. Realização do (s) procedimentos (s) com 3 ou mais enfermeiros em qualquer frequência - 17,0 1.1 Instrumento de Classificação de pacientes pediátricos. Dini, 2007 ATIVIDADE: Possibilidade de manutenção de atividades compatíveis com a idade de desenvolvimento, exercitando as habilidades pertinentes a cada idade e interagindo com acompanhante, equipe ou com outras crianças para sorrir, brincar, conversar, etc. 01 ponto Desenvolvimento de atividades compatíveis com a faixa etária 02 pontos Sonolento 03 pontos Hipoativo ou Hiperativo oU Déficit no desenvolvimento 04 pontos Inconsciente ou sedado ou coma vigil INTERVALO DE AFERIÇÃO DE CONTROLES: Necessidade de observação e controle de dados como sinais vitais, pressão venosa central, glicemia capilar, balanço hídrico 01 ponto 6/6 horas 02 pontos 4/4 horas 03 pontos 2/2 horas 04 pontos Intervalo menor 2 horas OXIGENAÇÃO: Capacidade da criança ou adolescente manter a permeabilidade de vias aéreas, ventilação e oxigenação normais 01 ponto Respiração espontânea, sem necessidade de oxigenoterapia ou de desobstrução de vias aéreas 02 pontos Respiração espontânea com necessidade de desobstrução de vias aéreas por instilação de soro 03 pontos Respiração espontânea comnecessidade de desobstrução de vias aéreas por aspiração de secreções e/ou necessidade de oxigenoterapia 04 pontos Ventilação Mecânica (Não Invasiva ou Invasiva) TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA: Necessidade da criança ou adolescente receber medicações prescritas 01 ponto Não necessita de medicamentos 02 pontos Necessidades de medicamentos por via tópica, inalatória, ocular e/ou oral 03 pontos Necessidades de medicamentos por sondas ou via parenteral (subcutânea, intramuscular ou intravenoso) 04 pontos Uso de fármacos vasoativos e/ou hemoderivados e/ou quimioterápicos Conceituação das categorias de cuidados em pediatria. Dini, 2007 CUIDADOS MÍNIMOS: Paciente pediátrico a partir de 12 anos, com desenvolvimento adequado à idade, estável sob o ponto de vista clínico, realizando todas as ações de auto-cuidado sob supervisão da enfermagem. CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS: Paciente pediátrico a partir de 7 anos, com desenvolvimento adequado à idade, estável sob o ponto de vista clínico, que necessite de auxílio da enfermagem para seu auto- cuidado e/ou apoio para o enfrentamento da situação de doença e hospitalização. CUIDADOS DE ALTA DEPENDÊNCIA: Paciente pediátrico (de qualquer idade), estável sob o ponto de vista clínico, que dependa da enfermagem para atendimento de suas necessidades orgânicas/fisicas, emocionais e sociais. CUIDADOS SEMI-INTENSIVOS: Paciente pediátrico (de qualquer idade), instável sob o ponto de vista clínico, sem risco iminente de morte, que, necessita de assistência de. enfermagem e médica permanente e especializada. CUIDADOS INTENSIVOS: Paciente pediátrico (de qualquer idade), instável sob o ponto de vista clínico, com risco iminente de morte, que, necessita de assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. 11 -17 pontos = Cuidados mínimos 18 -23 pontos = Cuidados intermediários 24 -30 pontos = Alta dependência 31 -36 pontos = Cuidados Semi Intensivos 37 a 44 pontos = Cuidados intensivos Possari (2001): porte cirúrgico Porte I - Cirurgias com tempo de duração até 2 horas Porte II - Cirurgias com tempo de duração entre 2 e 4 horas Porte III - Cirurgias com tempo de duração entre 4 e 6 horas Porte IV - Cirurgias com tempo de duração superior a 6 horas Classificação do porte cirúrgico 1.1 Instrumento de classificação de pacientes / procedimentos - Centro Cirúrgico De Mattia (2002): grau de invasão do procedimento anestésico / cirúrgico e condição física (ASA) / porte anestésico (AMB) CUIDADOS PADRÃO DE ENFERMAGEM EM SALA DE OPERAÇÕES: Pacientes submetidos a procedimento anestésico-cirúrgico eletivo, invasivo, de pequeno ou médio porte, sem distúrbio orgânico ou doença sistêmica que não seja incapacitante CUIDADOS COMPLEXOS DE ENFERMAGEM EM SALA DE OPERAÇÕES: Pacientes submetidos a procedimento anestésico-cirúrgico eletivo, invasivo, de grande ou porte especial, sem distúrbio orgânico ou doença sistêmica que não seja incapacitante CUIDADOS DIFERENCIADOS DE ENFERMAGEM EM SALA DE OPERAÇÕES: Pacientes submetidos a procedimento anestésico-cirúrgico eletivo, minimamente invasivo, de pequeno ou médio porte, diagnóstico ou cirúrgico, sem distúrbio orgânico ou doença sistêmica discreta. Classificação dos cuidados no transoperatório 1.1 Instrumento de classificação de pacientes / procedimentos Ambulatório / PS Identificação dos procedimentos realizados Instrumento de classificação de pacientes / procedimentos Peduzzi et al., 2001 Pré-consulta Consulta de enfermagem Atend. Enfermagem Grupo educativo Visita domiciliar Vacinação Inalação Curativo Medicação Coleta de sangue Coleta de fezes / urina / escarro Farias, 2003 Primeiro atendimento de enfermagem Consulta de enfermagem de urgência Atendimento na sala de emergência Encaminhamentos internos Encaminhamentos externos Período mínimo 30 dias Uma vez ao dia Mês Típico Para obtenção de uma amostra que reflita o perfil dos pacientes atendidos 1.2- O resultado da classificação diária dos pacientes possibilita a identificação da média diária de pacientes internados de acordo com o grau de dependência da equipe de enfermagem 1.3 Cálculo da quantidade média diária de pacientes / procedimentos realizados, de acordo com a classificação adotada (UI, CC, AMB, PS) T n n j j jn Quantidade média diária de pacientes internados/cirurgias/ procedimentos classificados conforme o tipo de cuidado/porte cirúrgico/tipo de procedimento j; Soma do número de pacientes classificados no tipo de cuidado/porte cirúrgico/tipo de procedimento j; Número do dias de classificação. jn T 1.3 Cálculo da quantidade média diária de pacientes / procedimentos realizados, de acordo com a classificação adotada (UTI) T iNAS NAS n i 1 )( T = quantidade de pacientes no período = somatória do NAS dos pacientes (i) = 1 + 2 + 3 + ...n T iNAS NAS n i 1 )( 1.3 Cálculo do desvio padrão da média diária de pacientes assistidos / procedimentos realizados 50 % 34,13 % 84,13% Estabelece parâmetros para dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas instituições de saúde. Resolução COFEN nº 293/04 1.4 Tempo médio de cuidado 1.4 Horas médias de assistência de enfermagem ❖ 3,8 horas de enfermagem, por cliente, na assistência mínima ou autocuidado; ❖ 5,6 horas de enfermagem, por cliente, na assistência intermediária; ❖ 9,4 horas de enfermagem, por cliente, na assistência semi- intensiva; ❖ 17,9 horas de enfermagem, por cliente, na assistência intensiva. Resolução COFEN nº 293/04 Artigo 4° Resolução COFEN 293/04 § 7° - Para berçário e unidade de internação em pediatria, caso não tenha acompanhante, a criança menor de seis anos e o recém-nascido (RN) devem ser classificados como necessidades de cuidado intermediário § 9° Pacientes crônicos com 60 ou mais anos, sem acompanhante: Intermediários – 5,6 horas + 0,5 = 6,1 horas Semi-Intensivos – 9,4 horas + 0,5 = 9,9 horas 1.4 Tempo de assistência de enfermagem em UTI, segundo a literatura nacional Alcalá et al., 1882 18h Fugulin, 1997 18,7h Ministério da Saúde Portaria 3.432/98 UTI tipo I = 14,4h UTI tipo III = 16,8h 17,9h Conishi, 2005 (NAS) 16,4h ± 2h Dias, 2006 (NAS) 18h ± 2h Tranquitelli, 1999 17,5h Tranquitelli, 2005 (Type VI) 10 a 14h Conselho Federal de Enfermagem (Resolução 293/04) Valores dos tempos Tempo médio de limpeza da SO (TL) Gatto (1996) 0,5 h (30 min) Possari (2001) eletiva 0,5 h (30 min) urgência / emergência 0,7h (40 min) Tempo médio de sala de operação (TSO) Possari (2001) tempo médio acrescido de um desvio padrão Segundo porte cirúrgico Porte I – 2h Porte III – 5,5h Porte II – 3,5h Porte IV – 10,5h Valores dos tempos Tempo médio de assistência de enfermagem por hora (TA) Ministério da Saúde (1988) 1 hora de SO necessita de 2,333 h (2h20min) de assistência de enfermagem Ide, Kirbey, Starck (1992); Possari (2001) 1 hora de SO necessita 2 horas de assistência de enfermagem De Mattia (2002) Cuidados padrão de enfermagem em SO – 1,4 h para cada 1 hora de assistência de enfermagem de SO Cuidados complexos de enfermagem em SO – 2h para cada 1hora de assistência de enfermagem de SO Cuidados diferenciados de enfermagem em SO – 1,8h de assistência de enfermagem para cada 1 hora de SO Valores dos tempos Tipo Tempo médio de assistência (h) Distribuição percentual Enfermeiro Auxiliar / Técnico de enfermagem Pré-consulta 0,08 20% 80% Consulta de enfermagem 0,5 100% - Atend. Enfermagem 0,33 50% 50%Grupo educativo 3,0 70% 30% Visita domiciliar 2,0 30% 70% Vacinação 0,17 20% 80% Inalação 0,17 20% 80% Curativo 0,17 20% 80% Medicação 0,17 20% 80% Coleta de sangue 0,17 20% 80% Coleta de fezes / urina / escarro 0,08 20% 80% Tempo de assistência, por tipo de atendimento - Ambulatório, segundo Peduzzi, Anselmi, Gaidzinski, 2001. Tipo Tempo médio de assistência (h) Distribuição percentual Enfermeiro Auxiliar / Técnico de enfermagem Primeiro atendimento de enfermagem 0,33 - 100% Consulta de enfermagem de urgência 0,42 100% - Atendimento na sala de emergência 1,22 50% 50% Encaminhamentos internos 0,43 - 100% Encaminhamentos externos 1,7 - 100% Tempo de assistência, por tipo de atendimento, PS especializado em cardiologia, segundo Farias, 2003 jj hsnC jn s Número médio de pacientes de cada tipo de cuidado j; desvio padrão do número de pacientes da unidade (inclui todos os tipos de cuidados); Tempo médio de enfermagem de cada tipo de cuidado j. jh Carga diária de trabalho “C” (UI / AMB / PS) Carga diária de trabalho em UTI hsnC n )( n número médio de pacientes internados no período da amostra; n s desvio padrão dos pacientes amostrados; h = tempo (horas) médio diário de cuidado de enfermagem, por paciente, calculado pela seguinte equação: 24 100 NAS h Carga diária CC TLTSO hhH j 2 Onde: C = carga de trabalho; = somatória de todas cirurgias nj = quantidade média diária de cirurgias, segundo porte; H = 2 horas x as horas de cirurgia por porte cirúrgico + as horas de limpeza de sala. jj HsnC Distribuição percentual do total de profissionais Resolução COFEN 189/96 ➢ Assistência mínima e intermediária: 27% de enfermeiros (mínimo de seis) e 73% de técnicos e auxiliares de enfermagem; ➢ Assistência semi-intensiva: 40% de enfermeiros e 60% de técnicos e auxiliares de enfermagem; ➢ Assistência intensiva: 55,6% de enfermeiros e 44,4% de técnicos de enfermagem. Distribuição da carga de trabalho por categoria profissional Ministério da Saúde (1988); Possari (2001) Enfermeiro - 15% Técnico / Auxiliar de enfermagem - 85% De Mattia (2002) Enfermeiro - 20% Técnico / Auxiliar de enfermagem - 80% Dimensionamento x Qualidade Quantitativo de enfermeiras • Insatisfação no trabalho (aumento da rotatividade) • Aumento do estresse • Aumento da mortalidade de pacientes • Aumento de efeitos adversos - Insuficiência pulmonar - Reintubação - Infecção do trato urinário - Trombose - Erros de medicação - Infecção em feridas - Aumento dos dias de permanência JONA, 2004; 34(1):41-5.JAMA, 2002; 288 (16): 1987-1993. N Engl J Med 2002; 346(22):1751-22. J Nurs Schol 1998; 30(4): 315-21. Effective Clinical Practice 2001; 4: 199-206. PRODUTIVIDADE AVALIAÇÃO < 60% Insatisfatória > 60% - < 75% Satisfatória > 75% - < 85% Excelente > 85% Suspeita Jornada de Trabalho Índice de produtividade pttefetivo Distribuição percentual do tempo da equipe de enfermagem (Hurst et al., 2002) Atividade Médica (83) Geriatra (54) Cirurgia (66) Oftalmo (5) Gineco (11) Ortopedia (53) Pediatria (26) Direta 42 45 43 29 38 42 41 Indireta 23 15 25 21 24 21 27 Associada 21 21 18 28 23 20 17 Pessoal 15 19 15 22 15 17 16 Índice de Segurança Técnica (IST) 1]1.1.1.1.1.1[ kkkkkkk DRAVFEIST Folgas Feriados Férias AUSÊNCIAS PREVISTAS Faltas Licenças AUSÊNCIAS NÃO PREVISTAS Afastamentos Treinamento & Desenvolvimento Ausências por folga semanal 1 folga semanal E% = 16,6% 2 folgas semanais E% = 40%; Onde: E% = percentual de acréscimo de pessoal para cobertura das folgas semanais e = número de dias de folgas semanais por trabalhador da equipe de enfermagem d = dias da semana (7 dias) 100% ed e E Fmédio % = 3,6%. para Fmédio = 12,8 ± 0,98 dias feriados por ano. Onde: F% = percentual de acréscimo de pessoal para cobertura das folgas referentes aos feriados não coincidentes com os domingos f = número de dias de feriados não coincidentes com o domingo, durante o período de um ano. D = dias do ano (365 dias) Ausências por folgas referentes aos coincidentes com os domingos 100% fD f F Ausências por férias Vmax % = 9% para 30 dias de férias anuais Onde: V% = percentual de acréscimo de pessoal para cobertura de férias anuais v = média dos dias de férias anuais D = dias do ano (365 dias) 100% vD v V Ausências não previstas (faltas, licenças) Onde: Ak% = percentual de acréscimo devido à ausências não previstas, segundo a categoria profissional k; = somatória de todos os dias não previstas, segundo os tipos de ausências i (faltas, licenças) por categoria profissional k; D = dias do ano, 365 dias. 100% , , i ik i ik k aD a A Ao total de pessoal deverá ser acrescido 15% como IST, sendo que 8,33% são para cobertura de férias e os restantes 6,67% são para cobertura da taxa de absenteísmo (ausências não previstas). Anexo I da Resolução n°293/04: IST- COFEN Ao quantitativo de pessoal estabelecido deve ser acrescido de um IST não inferior à 15% do total. O responsável técnico de enfermagem deve dispor de 3 a 5% do quadro geral de profissionais para a cobertura de situações relacionadas à rotatividade de pessoal e participação de programas de educação continuada. O quadro de profissionais de enfermagem da unidade de internação composto por 60% ou mais de pessoas com idade superior a 50 (cinqüenta) anos, deve ser acrescido de 10% ao IST”. Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem - UI, PS, Amb CARGA DE TRABALHO ÍNDICE DE COBERTURA DAS AUSÊNCIAS TEMPO EFETIVO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL kk pt )1( kIST k k kk j kj IST t hsn P Q jj 1 100 Sintetizando: j jj kj k hsn P C 100 Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem em Centro Cirúrgico CARGA DE TRABALHO ÍNDICE DE COBERTURA DAS AUSÊNCIAS TEMPO EFETIVO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL kk pt )1( kIST Sintetizando: j j kj k Hsn P C j 100 k k kk j kj IST t Hsn P Q jj 1 100 CARGA DIÁRIA DE TRABALHO ÍNDICE DE COBERTURA DAS AUSÊNCIAS JORNADA DE TRABALHO DO PROFISSIONAL Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem em UTI Sintetizando: IST pt hsn P q n k kj 1100 Obrigada!
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