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resumo: mendelismo

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Genética Animal - Mendelismo 1
MENDELISMO 
 
 
▪► Primeira Lei de Mendel ou Princípio da Segregação ou Lei da pureza 
dos gametas: 
 
Mendel concluiu que os padrões hereditários são determinados por fatores 
(genes) que ocorrem em pares em um indivíduo, mas que segregam um do outro na 
formação das células sexuais (gametas) de modo que qualquer gameta recebe 
apenas um ou outro alelo pareado. O número duplo de genes é então estabelecido 
na prole. 
Mendel observou que as diferentes 
linhagens de um ancestral comum para os 
diferentes caracteres escolhidos, eram sempre 
puras, isto é, não apresentavam variações ao 
longo das gerações. Por exemplo, a linhagem 
que apresentava sementes da cor amarela 
produziam descendentes que apresentavam 
exclusivamente a semente amarela. O mesmo 
caso ocorre com as ervilhas com sementes 
verdes. Essas duas linhagens eram, assim, 
linhagens puras. Mendel resolveu então estudar 
esse caso em especifico. 
A flor de ervilha é uma flor típica da família 
das Leguminosae. Apresenta cinco pétalas, 
duas das quais estão opostas formando a 
carena, em cujo interior ficam os órgãos 
reprodutores masculinos e femininos. Por isso, 
nessa família, há autofecundação, ou seja, o 
grão de pólen da antera de uma flor cair no 
pistilo da própria flor, não ocorrendo fecundação 
cruzada. Logo, para cruzar uma linhagem com a 
outra era necessário evitar a autofecundação. 
Mendel escolheu alguns pés de ervilha de semente amarela e outros de 
semente verde, emasculou as flores ainda jovens, ainda não-maduras. Para isso, 
retirou das flores as anteras imaturas, tornando-as, desse modo, completamente 
femininas. Depois de algum tempo, quando as flores se desenvolveram e estavam 
maduras, polinizou as flores de ervilha amarela com o pólen das flores verdes, e 
vice-versa. Essas plantas constituem portanto as linhagens parentais. Os 
descendentes desses cruzamentos constituem a primeira geração em estudo 
designada por geração F1, assim como as seguintes são designadas por F2, F3 
etc. 
 
▪ Geração F1: 
Todas as sementes obtidas em F1, foram amarelas, portanto iguais a um dos 
pais. Uma vez que todas as sementes eram iguais, Mendel plantou-as e deixou que 
as plantas quando florescessem, autofecundassem-se, produzindo assim a geração 
F2. 
 
▪ Geração F2: 
 Genética Animal - Mendelismo 2
As sementes obtidas na geração F2 foram amarelas e verdes, sempre na 
proporção de 3 para 1. 
 
▪ Interpretação dos resultados: 
Para explicar a ocorrência de somente sementes amarelas em F1 os dois tipos 
em F2, Mendel admitiu a existência de fatores que passassem dos pais para os 
filhos por meio dos gametas, que são haplóides em relação ao conjunto 
cromossômico. Cada fator seria responsável pelo aparecimento de um caráter. 
Assim, existiria um fator que condiciona o caráter amarelo e que podemos 
representar por A, e um fator que condiciona o caráter verde e que podemos 
representar por v. Quando a ervilha amarela pura é cruzada com uma ervilha verde 
pura, o híbrido F1, recebe o fator A e o fator v, sendo portanto, portador de ambos 
os fatores. As ervilhas obtidas em F1 eram todas amarelas, isso quer dizer que, 
embora tendo o fator v para verde, esse não se manifestou. Mendel chamou de 
dominante o fator que se manifesta em F1, e de recessivo o que não aparece. Já os 
indivíduos em F2 ocorrem sempre na proporção de 3 dominantes para 1 recessivo. 
Mendel chegou a conclusão de que o fator para verde só se manifesta em 
indivíduos puros, ou seja com ambos os fatores iguais a v. Em F1 as plantas 
possuiam tanto os fatores A quanto o fator v sendo, assim, necessariamente 
amarelas. Podemos representar os indivíduos da geração F1 como Av. Logo, para 
poder formar indivíduos vv na geração F2 os gametas formados na fecundação só 
poderiam ser vv. 
O fenômeno só seria possível se ao ocorrer a fecundação houvesse uma 
segregação dos fatores A e v presentes na geração F1, esse fatores seriam 
misturados entre os fatores A e v provenientes do pai e os fatores A e v 
provenientes da mãe, tendo como possíveis resultados AA, Av, Av e vv. 
Esse fato foi posteriormente explicado pela meiose, que ocorre durante a 
formação dos gametas. Mendel havia criado então sua teoria sobre a 
hereditariedade e da segregação dos fatores. 
 
→ Cruzamento monoíbrido: 
Aquele no qual apenas um caráter está sendo considerado. 
 
 I) Dominância completa: 
Situação na qual um dos alelos de um gene se expressa totalmente em relação 
ao outro alelo também presente. 
Ao realizar o cruzamento monoíbrido entre dois indivíduos homozigotos, um 
verde e outro amarelo, todos os filhos nascem amarelos, como um dos genitores. O 
caráter expresso é denominado dominante e outro, recessivo. 
 
 II) Dominância incompleta: 
Situação na qual um dos alelos de um gene se expressa parcialmente em 
relação ao outro alelo também presente. 
Ocorre em indivíduos heterozigóticos que apresentam fenótipos intermédios 
entre os seus progenitores de linhagens puras, isto acontece porque uma única 
copia do gene funcional não ser suficiente para assegurar o fenótipo, em outras 
palavras, a expressão gênica de um único gene não é suficiente para produzir uma 
quantidade mínima de enzima, por exemplo. 
 
◦ Cor das pétalas da flor "maravilha": 
 Genética Animal - Mendelismo 3
A cor das pétalas pode ser, quando em homozigose, vermelha ou branca. O 
cruzamento de linhagens puras dos dois tipos origina uma flor rosa, ou seja, com 
características intermédias às dos progenitores. Isto acontece porque a expressão 
gênica de um único alelo para pétalas vermelhas, não é capaz de produzir uma 
dada quantidade de enzima e, conseqüentemente, pigmento vermelho suficiente 
para dar à pétala a cor vermelha. Assim, a pouca quantidade de pigmento vermelho 
origina a cor rosa. 
-Proporção fenotípica: 1:2:1 
-Proporção genotípica: 1:2:1 
 
III) Codominância: 
Condição de heterozigotos na qual os dois membros de um par de alelos 
contribuem para o fenótipo, o qual é então uma mistura das características 
fenotípicas produzidas por ambas as condições homozigotas. Em outras palavras, o 
indivíduo heterozigoto que apresenta dois genes funcionais, produz os dois 
fenótipos, isto é, ambos os alelos do gene em um indivíduo diplóide se expressam, 
produzindo proteínas distintas, que são detectadas isoladamente. Nessa interação 
entre alelos de um gene não há relação de dominância. 
 
◦ Cor da pelagem de bovinos da raça Shorthorn: 
 
A raça possui genes para as 
pelagens vermelha e branca. O 
cruzamento entre indivíduos homozigotos 
para as características vermelha (R1R1) e 
branca (R2R2) produz uma prole (R1R2) 
cuja pelagem a distância parece cinza-
avermelhada ou cor ruão. 
Superficialmente, esse caso parece ser 
de dominância incompleta, porém o 
exame minucioso revela que os ruões 
apresentam uma mistura de pêlos 
vermelhos e brancos, em vez de pêlos de 
tonalidade intermediária. 
-Proporção fenotípica: 1:2:1 
-Proporção genotípica: 1:2:1 
 
◦ Tipos sangüíneos: 
 
O tipo sanguíneo humano, apresenta 3 alelos IA, IB e i. Portanto, existem 6 
genótipos diferentes que originam 4 fenótipos diferentes: A, B, AB e O. 
IA IA / IA i → Tipo A 
IB IB / IB i → Tipo B 
IA IB → Tipo AB, no qual são expressos os dois antígenos de membrana. 
i i → Tipo O 
 
 
▪► Segunda Lei de Mendel ou Princípio da Segregação Independe: 
 
 Genética Animal - Mendelismo 4
Após o estudo detalhado de cada um dos sete pares de caracteres em ervilhas, 
Gregor Mendel passou a estudardois pares de caracteres de cada vez. Para 
realizar estas experiências, Mendel usou ervilhas de linhagens puras com sementes 
amarelas e lisas e ervilhas também puras com sementes verdes e rugosas. 
Portanto, os cruzamentos que realizou envolveram os caracteres cor (amarela e 
verde) e forma (lisas e rugosas) das sementes, que já haviam sido estudados, 
individualmente, concluindo que o amarelo e o liso eram caracteres dominantes. 
Mendel então cruzou a geração parental (P) de sementes amarelas e lisas com as 
ervilhas de sementes verdes (vv) e rugosas (rr), obtendo, em F1, todos os indivíduos 
com sementes amarelas e lisas, como os pais dominantes. O resultado de F1 já era 
esperado por Mendel, uma vez que os caracteres amarelo e liso (LL ou Lr) eram 
dominantes. Posteriormente, realizou a autofecundação dos indivíduos F1, obtendo 
na geração F2 indivíduos com quatro fenótipos diferentes, incluindo duas 
combinações inéditas. 
Os números obtidos aproximam-se da proporção 9:3:3:1 Observando-se as 
duas características, simultaneamente, verifica-se que obedecem à Primeira Lei de 
Mendel. Em F2, se considerarmos cor e forma, de modo isolado, a proporção de 
três dominantes para um recessivo permanece. Analisando os resultados da 
geração F2, percebe-se que a característica cor da semente segrega-se de modo 
independente da característica forma da semente e vice-versa. Essa geração dos 
genes, independente e ao acaso, constituiu-se no fundamento básico da Segunda 
lei de Mendel ou Lei da segregação independente. 
 
→ Cruzamento diíbrido: 
Aquele entre indivíduos que diferem em dois pares de genes. 
 
P: LL AA x rr vv → F1: Lr Av 
 
F1 x F1: Lr Av x Lr Av → F2: 
Alelos ♀ \ ♂ 
 
Lisa e amarela 
→ L A 
Lisa e verde → 
L v 
Rugosa e 
amarela → r A 
Rugosa e verde 
→ r v 
Lisa e amarela 
→ L A 
Lisa e amarela 
→ LL AA 
Lisa e amarela 
→ LL Av 
Lisa e amarela 
→ Lr AA 
Lisa e amarela 
→ Lr Av 
Lisa e verde → 
L v 
Lisa e amarela 
→ LL Av 
Lisa e verde → 
LL vv 
Lisa e amarela 
→ Lr Av 
Lisa e verde → 
Lr vv 
Rugosa e 
amarela → r A 
Lisa e amarela 
→ Lr AA 
Lisa e amarela 
→ Lr Av 
Rugosa e 
amarela → rr AA 
Rugosa e 
amarela → rr Av 
 
Rugosa e verde 
→ r v 
Lisa e amarela 
→ Lr Av 
Lisa e verde → 
Lr vv 
Rugosa e 
amarela → rr Av 
Rugosa e verde 
→ rr vv 
 
→ Referências bibliográficas: 
 
◦ Concepts of genetics – William S. Klung e Michael R. Cummings – Editora 
Prentice Hall – 1997 
 
 Genética Animal - Mendelismo 5
◦ Modern genetic analysis – Anthony J. F. Griffiths, Willian M. Gelbart, Jeffrey H. 
Miller e Richard C. Lewontin – Editora W. H. Freeman and Company - 1999 
 
◦ Genética – George W. Burns e Paul J. Bottino – Editora Guanabara Koogan – 
1991

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