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Semana 4 finalizada

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Semana 4 – Embargos à Execução – Nathalia de Souza Rocha - 201307301861
AO JUÍZO DA 2° VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANOPOLIS - SC.
Por dependência ao Proc. N°:...
PEDRO DE CASTRO, nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., inscrito no documento de CPF nº ..., portador do documento de RG nº..., espedida por ..., com endereço eletrônico nº ..., residente e domiciliado na Rua ..., Nº ..., Bairro ..., Cidade ..., Estado ..., CEP ..., vem por meio de seu advogado, com endereço profissional na R ..., Nº ..., Bairro ..., Cidade ..., Estado ..., CEP ..., com endereço eletrônico ..., no termos da procuração em anexo, opor:
EMBARGOS À EXECUÇÃO
pelo rito especial, na forma do artigo 914 e ss. do Código de Processo Civil, em face de BANCO QUERO SEU DINHEIRO, inscrita no CNPJ nº ..., com endereço eletrônico ..., com sede na Rua ..., Nº ..., Bairro ..., Cidade ..., Estado ..., CEP ..., pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos.
DOS FATOS:
O embargante firmou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído pela Srª Laura Sobrenome, junto a embargada, em agosto do ano de 2015, no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas.
Em março de 2016, foi informado pela embargada que a Srª Laura Sobrenome havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2014. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, o embargante quitou a dívida em 03 de abril de 2016 todavia, não solicitou que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado.
Fato é que em 10 de agosto do corrente ano, recebeu informação do porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, o embargante descobriu que a embargada havia ajuizado ação de execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e Srª Laura Sobrenome, que vem tramitando neste D. Juízo.
Em 11 de agosto do corrente ano, o embargante dirigiu-se ao cartório deste D. juízo, momento em que foi intimado pelo Oficial de Justiça da penhora que incide sobre seu imóvel. Ao compulsar os autos constatou-se, de início, que a embargada pretende a execução de empréstimo contraído pela SRª Laura Sobrenome no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Por conseguinte, a nota promissória trazida aos autos está vinculada ao contrato quitado em abril/2016. Todavia, a embargada se utilizou do título para embasar a presente Execução, tendo, ainda o incluído o embargante no polo passivo.
Por fim, a embargada requereu a penhora do bem imóvel do embargante, situado na Rua Nóbrega, nº 36, sala 801, Centro Florianópolis, o que foi deferido pelo Juiz.
Inconformado com a realização da presente ação executória, o embargante busca o socorro do judiciário para resolução da contenda.
DOS FUNDAMENTOS:
Diante dos fatos narrados, não restam duvidas que o executado, ora embargante, não é parte legitima para figurar no polo passivo da presente demanda.
 	Na forma do artigo 114 do Código de Processo Civil, cabem ao executado apresentar embargos à execução sempre que pretender se opor a mesma.
No caso em tela são cabíveis os embargos à execução considerando o disposto no artigo 917, inciso VI do Código de Processo Civil, já que é licito ao embargante alegar em sua defesa qualquer matéria que lhe cabia discutir em processo de conhecimento.
Resta provada pelos documentos que fundamenta a execução bem como a que ora são apresentados de que o embargante não foi avalista da Sra. Laura devedora do empréstimo no valor de R$: 150.000,00 (Cento e cinquenta mil reais), sendo a nota promissória constantes nos autos titulo que garantia outro empréstimo, fato por recusa, cujo o avalista era o embargante o qual já foi devidamente quitado.
Portanto o empréstimo que fundamenta a execução, não tem como avalista o embargante, sendo este parte ilegítima, devendo a execução ser extinta com base nos artigo 337, inciso XI, artigo 485, inciso VI, e artigo 917, inciso VI, todos do Código de Processo Civil.
Corrobora com este entendimento a decisão do Tribunal do Estado de São Paulo:
Nota promissória já paga e liquidada -Protesto - Repercussão do apontamento a protesto, que gera danos morais -A Colenda Turma Julgadora verteu entendimento no sentido de que, na situação, é de ser mantida "in totum" a r. sentença de primeira instância -Quem cometeu ato ilícito foi a ora Embargante, ensejando a aplicação do artigo 186, do CC/02 e, assim, ela é responsável pelo ato ilícito praticado - O fato de o Embargado ser contumaz devedor não dá direito à Embargante de levar a protesto cambial já paga e liquidada - A preliminar de carência de ação não foi argüida na contestação e, assim, não foi objeto de decisão na r. sentença e, também, não constou expressamente das razões de recurso e, portanto, não foi conhecida e apreciada no v. acórdão embargado -Inexistência das alegadas omissões, obscuridades ou contradições -Aplicabilidade de multa por serem os embargos de declaração de caráter nitidamente procrastinatórios (art. 538, § único, CPC)- Embargos de declaração rejeitados.
Por fim, além da ilegitimidade passiva, o titulo que fundamenta a execução é inexigível, conforme o artigo 917, inciso I, Código de Processo Civil, haja vista não pertencer aos empréstimos objeto da execução e já ter a nota promissória sido quitada no empréstimo o qual garantiu.
DO EFEITO SUPENSIVO:
Preenchido os requisitos poderá o Juiz conceder o efeito suspensivo aos embargos à execução conforme o artigo 919, §1°, Código de Processo Civil.
No presente caso a execução encontra-se garantida com a penhora do imóvel de propriedade do embargante, qual seja, sala comercial situado na rua Nobrega, n° 36, sala 801, Centro, Florianópolis, conforme certidão de inteiro teor anexada, havendo prejuízo de dano ao patrimônio do embargante considerando que o poderá ocorrer a alienação do imóvel por meio de leilão caso a execução tenha o prosseguimento normal de seu curso, sendo certo que o embargante não é devedor e se encontra na eminencia de perder seu imóvel.
Sem se afastar desse entendimento, temos os ensinamentos de Humberto Theodoro Júnior, que leciona:
Em caráter excepcional, o juiz é autorizado a conferir efeito suspensivo aos embargos do executado (art. 919, § 1º).123 Não se trata, porém, de um poder discricionário. Para deferimento de semelhante eficácia, deverão ser conjugados os mesmos requisitos para concessão de tutela provisória de urgência (NCPC, art. 300) ou de evidência (NCPC, art. 311). No segundo caso, poderá haver a concessão de efeito suspensivo nos hipóteses dos incisos II e IV do art. 311 do NCPC, ou seja, se: (i) as alegações de fato do embargante puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; ou (ii) a petição inicial dos embargos for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do embargante, a que o exequente não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. (JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de Direito Processual Civil – Volume III. Rio de Janeiro, 2016. p. 860-861).
Assim sendo, verifica-se na presente demanda a necessária suspensão da tutela deferida, posto que o embargante vem sendo cobrado por dívidas já realizadas e houve o deferimento de penhora sobre o bem imóvel onde desenvolve suas atividades profissionais, esta indevida.
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto requer a Vossa Excelência:
Que sejam recebidos os embargos e apenso ao processo principal;
Concedido o efeito suspensivo com base no art. 919, Código de Processo Civil;
A intimação do embargado para se manifestar no prazo legal sobre os embargos;
Que seja acolhido os embargos à execução, conhecendo a ilegitimidade passiva com a consequente extinção da execução;
Condenação do embargado aos ônus da sucumbência.
DAS PROVAS:
Requer a produção de todas as provasem direito admitidas na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil, em especial a prova documental.
DO VALOR DA CAUSA:
Dá-se a causa o valor de 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Florianópolis, 01 de outubro de 2016.
Advogado/ n° OAB.

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