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Semana 2 finalizada

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Nathalia de Souza Rocha – 201307301861 – Semana 2
AO JUÍZO DA ... VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ...
	ANTÔNIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora do documento de identidade nº... expedida pelo ..., inscrita no CPF nº ..., com endereço eletrônico ..., domiciliada e residente ... (endereço completo), vem por seu advogado, com endereço profissional na Rua ... (endereço completo), que indica para os fins do artigo 77 do Código de Processo Civil, com fundamento no artigo 305 e seguintes do mesmo diploma legal, propor
AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHAS DE BENS COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR PARA ARROLAMENTO DE BENS
pelo rito especial, na forma do artigo 294 do Código de Processo Civil, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador do documento de identidade nº..., expedida pelo..., inscrito no CPF nº..., com endereço eletrônico..., domiciliado e residente na rua... (endereço completo), dos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
DOS FATOS:
	A Autora é casada com o réu há 30 (trinta) anos e na constância do casamento (realizado sob o regime da comunhão parcial de bens, conforme certidão de casamento em anexo) tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes. 
	O casal constituiu vasto patrimônio juntos, fruto do esforço comum de ambos. Porém, em razão de ter chegado ao conhecimento da autora, que seu cônjuge encontra-se em um relacionamento extraconjugal, resolveu a mesma se divorciar. 
Ocorre que, o réu ao conhecer a vontade de sua esposa em se divorciar, resolveu doar seus dois automóveis para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a realizar diversos saques de uma das contas conjuntas do casal, conforme de depreende dos documentos acostados. 
É importante ressaltar, os bens adquiridos na constância do casamento, que são conhecidos pela parte autora:
1 (um) automóvel marca Toyota modelo SW4;
1(um) automóvel marca Toyota modelo Corolla;
R$..., depositados em contas conjuntas em nome do casal.
DO USO DO NOME:
 	O cônjuge virago deseja retornar a usar o nome de solteira, ou seja, ANTÔNIA MOREIRA.
DOS FUNDAMENTOS: 
	Diante dos fatos supra mencionados, requer a autora a dissolução do casamento na forma do artigo 1571 do Código Civil:
“A sociedade conjugal termina: IV – pelo divórcio.”
	Verifica-se, portanto, que se cumpriu o disposto no parágrafo 6º, artigo 226 da Constituição da República Federativa do Brasil, com alteração dada pela EC 66/2010, in verbis:
“Artigo 226: “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. Parágrafo 6º: O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
	Pode ser citado ainda, o artigo 2º, inciso IV, parágrafo único da lei 6.515/77:
“A Sociedade Conjugal termina: IV - pelo divórcio. Parágrafo único: O casamento válido, somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.” 
A norma legal transcrita informa as modalidades de dissolução da sociedade conjugal trazendo, dentre elas, o divórcio. Segundo Maria Helena Diniz, ‘o divórcio é a dissolução de um casamento válido, ou seja, a extinção do vínculo matrimonial, que se opera mediante sentença judicial, habilitando as pessoas a convolar novas núpcias’.
Corroborando o entendimento, deve ser aplicado ao caso em tela o artigo 1.658 do Código Civilista:
“Art. 1.658, CC/02: No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.”.
De acordo com o referido artigo supracitado, inegável é a afirmação de que, pelo regime da comunhão parcial de bens, dissolvida a sociedade conjugal, os bens adquiridos na constância do matrimônio devem ser repartidos entre os cônjuges na dissolução do casamento.
O caso em apreço traz situação fática que se adéqua às normas elencadas, isso porque a autora deseja dissolver a sociedade conjugal até então mantida com o réu, bem como, ver repartidos os bens adquiridos na constância do matrimônio. Ressalte-se, ainda, que a autora não dispõe da relação de todos os bens adquiridos na constância do matrimônio, devendo estes serem apurados em juízo.
DA TUTELA CAUTELAR.
Verifica-se na presente demanda, a probabilidade do direito autoral (fumu boni iuris), uma vez que a autora encontra-se na posição de meeira de todo o patrimônio adquirido pelos então cônjuges e as condutas do réu tendem a diminuição do mesmo.
É de se perceber, ainda, o perigo da demora (periculum in mora) uma vez que o réu objetiva transferir a propriedade dos dois automóveis pertencentes ao casal para terceiro, com o fito de não partilhar os mesmos com a autora.
Além disso, também merece destaque que, muito embora não se apresente mais no Código de Ritos vigente a denominada ação cautelar, toda e qualquer tutela de urgência, seja ela satisfativa ou cautelar, terá o procedimento comum as tutelas provisórias de urgência, diferindo-se, tão somente, na medida adotada pelo juiz, na forma do artigo 301 do Código de Processo Civil vigente:
“Art. 301: A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qual quer outra medida idônea para asseguração do direito.” 
Portanto, deve ser deferido o arrolamento dos bens, como forma de coibir a atitude adotada pelo réu em se desfazer dos bens pertencentes ao casal, pela razão da autora não ter noção alguma de todos os bens existentes, em tutela de urgência de natureza cautelar.
Corroborando com este entendimento, confira-se os ensinamentos de escola de Humberto Theodoro Júnior:
“O NCPC não contemplou um procedimento diferenciado em relação àquelas medidas antes denominadas “típicas” no Código revogado. Assim, toda e qualquer tutela de urgência passa a ter o mesmo procedimento, variando, tão somente, o tipo de medida que será adotada pelo juiz para proteger o interesse em conflito. O novo Código, no art. 301, apresenta um rol exemplificativo das formas em que a tutela de urgência pode se efetivar – arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem –, deixando o juiz livre para adotar “qualquer outra medida idônea para asseguração do direito”. Nessa esteira, a depender da situação fática em conflito, o juiz pode adotar à medida que entender ser mais adequada à proteção do direito do requerente. [...] O arrolamento de bens surgiu como uma medida cautelar meramente probatória, similar à vistoria ad perpetuam rei memoriam. Obtinha-se com a medida, a prova da existência de bens comuns do casal, que, futuramente, deveriam ser partilhados, após a solução da demanda matrimonial”. (JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de Direito Processual Civil – Volume I. Rio de Janeiro, 2016. p. 909 e 911).
Nesta seara, os Tribunais já vinham decidindo com base no CPC revogado:
APELAÇÃO – Cautelar de Sequestro de Bens - Medida voltada a assegurar o resultado útil do processo principal - Possibilidade de dilapidação dos bens do casal - Preservação dos bens até ulterior partilha em ação de divórcio - Presentes os requisitos da Cautelar - Extinção afastada - Sentença anulada. Recurso Provido. (TJ-SP - APL: 00028425720148260035 SP 0002842-57.2014.8.26.0035, Relator: Egidio Giacoia, Data de Julgamento: 14/04/2015, 3ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 16/04/2015)
Diante do exposto, pugna-se pelo deferimento da tutela provisória cautelar para que sejam arrolados todos os bens constantes do patrimônio do casal, para que, futuramente, estes possam ser partilhados entre os consortes sem que haja supressão de qualquer direito de um em desfavor do outro.
DOS PEDIDOS 
 	Diante do exposto, é a presente demanda para requerer:
Seja deferida liminarmente a tutela cautelar para arrolamento de todo o patrimônio adquirido pela autora e pelo réu na constância do casamento;
Seja oficiado ao Detran para que se abstenha de realizar qualquer transferência de propriedade de veículo em nome da autora ou do réu;
Expedição deofício as instituições financeiras..., para que tornem indisponíveis saques, transferências ou outra operação similar nas contas bancarias em nome da autora e do réu;
 A citação do réu para que apresente contestação, sob pena de sofrer os efeitos da revelia e sua intimação para que informe a este juízo todos os bens adquiridos na constância do casamento, se abstendo de aliena-los;
Seja decretado a dissolução do casamento pelo divórcio, com a consequente partilha dos bens do casal;
 A procedência dos pedidos com o arrolamento de bens do casal;
A condenação do réu ao pagamento dos ônus de sucumbência incluídos 20% (vinte por cento) de honorários advocatícios.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil em vigor, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais).
Termos em que pede deferimento.
Local e data.
Advogado.
OAB/ Nº

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