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ATPS Gestao Negocios Internacionais Havaianas

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FACULDADE ANHANGUERA GUARULHOS
ADMINISTRAÇÃO
ATPS
GESTÃO NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
TUTOR PRESENCIAL: CARLOS PIGNATARI
LUIZ REALE SANTANA – RA: 7377571230
MICHEL PEDROSO DE FARIAS – RA: 7705676355
JARES SOUZA DA COSTA – RA: 7581621307
Guarulhos /SP
2015
LUIZ REALE SANTANA – RA: 7377571230
MICHEL PEDROSO DE FARIAS – RA: 7705676355
JARES SOUZA DA COSTA – RA: 7581621307
ATPS
GESTÃO NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
Atividade prática supervisionada apresentada como requisito de avaliação na disciplina Gestão Negócios Internacionais no Curso de administração da Universidade/Faculdade Anhanguera de Guarulhos, turma 2º Ano sob a orientação do Prof. Carlos Pignatari.
Guarulhos - SP
2015
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo abordar como funciona o plano de internacionalização da empresa de chinelos Havaiana. Uma empresa conceituada no mercado internacional há mais de 60 anos. A marca, que possui participação de 80% no mercado brasileiro de chinelos de borracha, comercializou em 2011 mais de 210 milhões de pares de sandálias, das quais mais de 15% exportados para 80 países dos cinco continentes (da França ao Japão, de Honduras ao Congo). A marca tem vários modelos, que vai de R$ 10,00 o modelo tradicional e o modelo de R$ 280,00 e o valor do modelo com tiras em cristais no exterior, os modelos são mais elevados nos Estados Unidos, um modelo básico fica US$18,00=R$ 36,00 na, Europa o valor em media é R$ 59,00. Portanto, a internacionalização da empresa Havaianas é um referencial no mercado mundial.
Plano de Internacionalização
Buscar um potencial cliente e identificá-lo
Em nível de internacionalização de empresas existem diversas formas de penetração e abordagem aos mercados internacionais, pelo que é necessário que, uma empresa que tenha este objetivo, seja apoiada ao nível de conhecimento dos contextos locais de cada País, para que esta abordagem ao mercado não se constitua num fracasso.
No processo de adaptação a novos mercados, nomeadamente, se o gestor pretende exportar produtos ou serviços, é fundamental que disponha do máximo de informação, para que as estratégias de penetração sejam adequadas ao meio em que vai operar.
O Plano de Internacionalização deverá considerar, por cada mercado:
Contexto Socioeconômico 
Questões Logísticas
Oportunidades para a empresa
Condições Legais
Razões para Internacionalizar
A escolha dos Países para exportar, deve ter em consideração todos estes condicionantes estudados num Plano de Internacionalização, e que disponibilizarão os dados de um cenário abrangente, a nível de possibilidades de expansão.
Para além da planificação deve considerar a nossa agência nos seguintes aspetos:
Atuação direta nos mercados, na prospecção de clientes
Equipa Experiente
Parcerias estabelecidas
Parceiros de Apoio ao Negócio
Mas entrar num novo mercado, iniciando os processos de internacionalização, nomeadamente para exportar produtos ou serviços, não é fácil e é necessário analisar a realidade de cada País, de forma a que a estratégia de penetração seja coesa.
A entrada no mercado internacional e o conhecimento dos contextos de cada País fazem parte integrante do processo de internacionalização de empresas. Só uma estratégia sustentável de internacionalização é que conseguirá preparar a entrada num novo mercado, com sucesso.
A análise terá como objetivo central encontrar mercados que se adequem, o mais possível, ao tipo de negócio a ser desenvolvido e que permitam à empresa exportar os seus produtos.
Dados Corporativos
Origem: Brasil
Lançamento: 14 de junho de 1962
Criador: São Paulo Alpargatas S.A.
Sede mundial: São Paulo, Brasil
Proprietário da marca: São Paulo Alpargatas S.A
Capital aberto: Não
Presidente: Márcio Luiz Simões Utsch
Diretora Divisão de Sandálias: Carla Schmitzberger
Faturamento: R$ 1 bilhão (estimado)
Lucro: Não divulgado
Valor da marca: R$ 355 milhões (2009)
Loja oficial: 2 (franquias + 100) 
Produção: 186.9 milhões/pares
Presença global: 63 países
Maiores mercados: Brasil, Estados Unidos, França e Austrália
Segmento: Calçados
Principais produtos: Sandálias
Ícones: As próprias sandálias
Slogan: As legítimas
Website: http://www.havaianas.com.br/
Havaianas
A Havaiana completa cinquenta anos, um chinelo de dedo feito de borracha inspirada nas sandálias japonesa. A receita de sucesso desta companhia tem uma historia marcante em nosso pais, o primeiro chinelo de dedo foi lançado em 1962, com suas palmilhas brancas e tiras coloridas por mais de trinta anos as sandálias de palmilhas brancas e tiras coloridas que nos anúncios eram destacadas por "não soltar as tiras e não tem cheiro", não tinha concorrentes oficias.
Década de 1990
Quando o modelo tradicional ainda era visto como um produto de caráter utilitário, usado principalmente pelas empregadas domestica, começou a fazer um analise de mercado e viu que estava perdendo lucratividade e lançou as sandálias coloridas. Lançando as sandálias coloridas a gestão da empresa Alpargatas criou um conceito que diz "Se a empregada pode usar a patroa pode também".
Valor do produto
O modelo vai de R$ 10,00 o modelo tradicional e o modelo de R$ 280,00 e o valor do modelo com tiras em cristais no exterior, os modelos são mais elevados nos Estados Unidos, um modelo básico fica US$18,00=R$ 36,00 na, Europa o valor em media é R$ 59,00.
Marketing do produto
A empresa começou a buscar uma visão de investimento, começando a introduzir garotos propaganda para divulgar, mas os seus produtos, colocando pessoas famosas para dar mais confiabilidade e, mas retorno nos seus produtos. O primeiro garoto propaganda foi o humorista Chico Anysio e em seguida nomes como o de Jô Sores, Daniella Cicarelli, e Hortência. Desde o seu lançamento às sandálias teve varias transformações visando o mercado. As sandálias já ganharam varias estampas, saltos, tiras mais finas a mais recente viraram tênis, lançado há cerca de dois anos, a linha de modelos fechados no ano passado na região nordeste em Campina Grande-PB esta fabrica chegou a produzir 210 milhões de pares de calçados, sendo 15% da produção enviada ao exterior. A Alpargatas esta construindo ainda uma nova fabrica em Montes Claros-MG que deve produzir em breve 100 milhões de pares de calçados por ano, a Alpargatas tem como meta de conseguir a marca de 5 bilhões a 6bilhões em 2016, este valor e mais do que o dobro da receita conquistada pela companhia que foi 2,57 bilhões.
Historia das alpargatas e o sucesso no desenvolvimento das havaianas no exterior
De tempos em tempos, alguns produtos conseguem superar o campo da simples competição mercadológica para se impregnarem em nossa rotina. Seu poder de inserção chega a promover a criação de novas metonímias que, neste caso, nos levam a inverter um produto pela sua marca. Entre tantos casos, podemos apontar que as Havaianas ocupam este privilegiado posto quando o assunto é a vestimenta dos nossos pés.
Criada em 1962 pela empresa Alpargatas, esse modelo de sandália apareceu no mercado consumidor brasileiro por meio de uma propaganda de traço fortemente utilitário. Ao invés de ressaltarem algum aspecto estético, as primeiras divulgações das Havaianas primavam pelo fato da sandália não ter cheiro, não se deformar ou soltar as tiras.
Com o passar do tempo, novos modelos de sandália passaram a integrar a competição deste mercado explorando formas mais arrojadas e cores mais vibrantes. Dessa forma, mesmo tendo suas qualidades preservadas, as Havaianas passaram a ser sistematicamente associadas aos consumidores de baixa renda. Entre a década de 1980 e 1990, essa nova realidade ameaçou de maneira contundente a sobrevivência do produto na prateleira das lojas.
Sentido a mudança dos ventos, uma agressiva campanha publicitária tratou de oferecer novas cores e modelos para as Havaianas. Além disso, foram contratadas diversas celebridades televisivas que desfilavam alegremente com o par de sandálias que“todo mundo usa”. Em pouco tempo, a nova proposta reelaborou o posicionamento simbólico daquele produto de longa data.
Utilizando de mostruários mais atrativos e modelos que se adequavam às mais diferentes possibilidades de gosto, as Havaianas começaram a ocupar os pés brasileiros e estrangeiros. Em 1998, durante a Copa da França, a empresa lançou um modelo promocional que levava a bandeira do Brasil nas tiras. Na mesma época, a Rainha Sílvia, da Suécia, foi flagrada utilizando um par de Havaianas em visita ao país.
No ano de 2000, o sucesso experimentado abriu caminho para que fossem abertas lojas de Havaianas nos centros comerciais mais luxuosos dos Estados Unidos e da Europa. De lá pra cá, esse par de sandálias que conseguiu se revolucionar aparece na composição do visual de várias celebridades de projeção internacional. Sem dúvida, até uma simples sandália como essa pode indicar a transformação dos nossos paradigmas de beleza... e feiura!
O sucesso das Havaianas, e a estabilidade do cenário mundial, abriu para a Alpargatas a oportunidade de replicar o sucesso das vendas do produto de dentro para fora do Brasil. Dentro da estratégia de virar global, a companhia inaugurou, em 2007, um escritório em Nova York. Também adquiriu 60% da operação na Argentina, além da pernambucana Dupé, assumindo a liderança do segmento de sandálias no país. Em 2008, inaugura escritórios comerciais na Espanha e, no ano seguinte, no Reino Unido, França e Itália.
Mercado
Observou-se que nos últimos anos, a Havaianas tem se mostrado forte dentro do cenário de exportação, e é interessante notar que, mesmo com a expansão da presença internacional, as exportações, a partir do Brasil, continuam crescentes e relevantes.
A receita gerada pela exportação do produto que apesar de parecer um aparentemente simples chinelo, praticamente quadruplicou. Superando todas as expectativa da Alpargatas e que neste ano sejam vendidos mais de 5 milhões de pares no mercado internacional. Tal volume ainda é pequeno quando comparado à produção total da empresa – em 2002 foram fabricados mais de 130 milhões de pares de calçados, sendo 115 milhões de Havaianas. Em 2001, as vendas do produto no varejo atingiram 600 milhões de reais. (A Alpargatas também é dona das marcas Rainha, Topper, Mizuno e Timberland). No entanto, a curva ascendente do produto indica para o carioca Fernando Tigre, presidente da empresa, que um grande desafio poderá ser cumprido. “Até o final de 2004, 15% do nosso faturamento deverá vir das exportações”, diz ele.
Mas pra isso, é necessário que montanhas de pares de Havaianas devam ser vendidas. No passado, apenas 3% do faturamento da empresa foi gerado com exportações. “Quero exportar uma marca e não um produto”, diz Tigre, sobre o produto. Calcule quantos bens de consumo fabricados no Brasil têm sua marca reconhecida no exterior e você terá uma dimensão do desafio imposto por Tigre.
Mas para o projeto de se construir uma marca forte no exterior realmente se concretizar internacionalmente, em janeiro de 2001, com a contratação de executiva paulista Angela Tamiko Hirata para o cargo de diretora de comércio exterior. “Até então, nossa estratégia de exportação era oportunista, e a pessoa que cuidava da área nem falava inglês”, afirma Tigre. Filha de japoneses, Angela havia pisado na Alpargatas dois anos antes para trabalhar como consultora de mercado externo. Para fazer a Havaianas brilhar lá fora, ela lançou mão de duas competências pessoais. A primeira delas, a fluência em quatro idiomas – além do japonês, herdado dos pais, Angela fala inglês, espanhol e italiano. A outra, a experiência com exportação de calçados. De 1989 a 1997, ela foi a responsável por abrir o mercado asiático para a gaúcha Azaléia, a maior fabricante brasileira de calçados femininos e de tênis. “A percepção do mercado internacional nessa época era de que o sapato brasileiro não tinha muita qualidade”, diz. “Foi aí que aprendi o valor que uma marca pode ter”. Angela não carrega nenhum dos estereótipos dos executivos ligados ao mundo da moda. Aos 59 anos, fala baixo – mas firme –, veste roupas discretas, quase apagadas, e mantém o cabelo cortado no clássico estilo chanel. Mas foi sob o seu comando que as exportações das antes prosaicas sandálias de borracha deslancharam. Quando Angela assumiu o cargo, a Alpargatas exportava para 15 países, a maioria deles na América Latina. Atualmente comandando uma equipe de 15 pessoas, ela faz os produtos da Alpargatas chegar a 52 mercados espalhados pelo mundo.
Uma de suas primeiras medidas para chegar a esses destinos foi reorganizar a rede de distribuidores. Na Europa, por exemplo, a mudança foi drástica. Até 2001, a Alpargatas tinha um distribuidor em Portugal, encarregado de repassar os produtos também para a França e para a Itália. Não funcionava. “O revendedor não pensava na marca, e sim no volume”, diz Angela. A solução foi afastá-lo do negócio e buscar parceiros mais afinados com o novo posicionamento.
O mesmo aconteceu nos Estados Unidos. Depois de uma discussão com um distribuidor que insistia em levar as Havaianas para a rede varejista Wal-Mart – para ganhar escala –, Angela percebeu que era preciso encontrar um novo representante. A escolhida para substituí-lo foi a americana Kerry Sengstaken, então assessora de imprensa de Alpargatas nos Estados Unidos. Dona da Stylewest, empresa de relações públicas da Califórnia especializada em moda surfe e praia, Kerry conhecera as Havaianas três anos antes, durante uma feira californiana de produtos para surfe. Adorou o produto e logo depôs foi contratada para divulgá-lo no maior mercado do mundo. A partir daí, começou a mandar sandálias para os jornalistas de moda a cada três ou quatro semanas. “No início, eles não se empolgaram”, afirma Kerry. “Mas depois passei a receber ligações de editores pedindo novos pares”.
Apesar de progressos constantes, e as havaianas ganharem páginas nos editoriais de moda das edições americanas de revistas como Elle, Cosmopolitan e Vogue, as vendas não deslanchavam. Kerry então decidiu mostrar pessoalmente à diretoria da Alpargatas um plano de marketing que impulsionasse as vendas. “Eles gostaram tanto que resolveram me entregar a distribuição”, diz Kerry. Foi dela, por exemplo, a idéia de distribuir as Havaianas aos indicados ao Oscar deste ano. Dois meses antes da cerimônia, Kerry montou uma operação de guerra. Pediu à Alpargatas que fosse desenvolvido um modelo sofisticado, decorado com cristais austríacos Swarovski e uma caixa especial para colocar o calçado. Paralelamente, entrou em contato com os agentes das 61 celebridades indicadas ao prêmio – entre elas, Jack Nicholson, Nicole Kidman e Renée Zellweger – para saber que número calçavam. No dia seguinte à premiação, todos eles receberam sua sandália. Iniciativas como essa devem ajudar a Alpargatas a vender 1 milhão de pares de Havaianas aos varejistas americanos neste ano.
Os antigos distribuidores em linha com a nova estratégia da empresa foram mantidos. É o caso da brasileira Amélia Maribondo, uma estilista de 40 anos que desde 1997 é responsável pelas vendas das Havaianas na Austrália. Para lançar o produto por lá, ela também recorreu aos formadores de opinião. No primeiro ano, vendeu 2500 pares – cada um deles custa, em média, 11 dólares.
Kerry e Amélia têm algumas características parecidas: ambas são jovens, atuam em mercados que lhes são familiares e têm afinidade com o produto. Trata-se do perfil de distribuidores perseguido pela Alpargatas. “Lá fora a marca está em fase de posicionamento, por isso o cuidado com a distribuição é fundamental”, diz Paulo Pereira Lalli, diretor da área de sandálias da empresa.
Para levar as Havaianas a esses mercados, a Alpargatas evitou a publicidade de massa e apostou em iniciativas alternativas. No Havaí, patrocina um campeonato de surfe. Na França, faz parcerias com a MTV local que lhe garantem exposição a baixo custo. Neste ano, a verba para o marketing das sandálias não chega a 4 milhões de reais. “Nossa única mídia mundialé a revista Wallpaper, que tem tiragem de apenas 150 000 exemplares e chega aos formadores de opinião do mundo todo”, afirma Rui Porto, diretor de comunicação e mídia da Alpargatas. Será que no futuro isso será suficiente? “Essa é uma estratégia de entrada, mas não será de manutenção”, diz Ângela da Rocha, coordenadora da área de marketing e negócios internacionais do Coppead, instituto de pós-graduação em administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “As Havaianas são um produto fácil de ser copiado e, para se defender da pirataria, em algum momento será preciso investir agressivamente em marketing”. (Na verdade, a pirataria á começou. A Nigéria hoje abastece boa parte da África com cópias das sandálias brasileiras).
O desenvolvimento de produtos específicos para o mercado externo foi outro ponto trabalhado pela Alpargatas. O mercado australiano, por exemplo, conta com quatro cores exclusivas de sandálias, entre elas o verde-militar e o cáqui, e com modelos também inéditos, como o camuflado. “Se houvesse mais flexibilidade na fábrica, poderíamos lançar outras novidades”, diz a distribuidora Amélia. Para os franceses que insistem em calçar seus chinelos mesmo no inverno, a Alpargatas criou uma meia para ser usada exclusivamente com as sandálias. Até mesmo a numeração teve de ser ampliada: enquanto aqui os modelos masculinos vão até 44, os exportados chegam a 46.
Mas quanto tempo vai durar a febre das Havaianas no mercado internacional? “Renovar o interesse do consumidor estrangeiro na marca é o grande desafio”, afirma Amyris Fernandez, professora de marketing do Ibmec, de São Paulo. No livro O Ponto do Desequilíbrio (editora Rocco), o jornalista americano Malcolm Gladweel analisa como acontecem as epidemias: das novas tendências de roupas ao surto de determinadas doenças. Um dos casos estudados por Gladweel é o dos tênis Airwalk que, depois de explodir nos Estados Unidos no início da década de 90 como um calçado para esportistas e gente antenada com a moda, sofreram um extraordinário declínio das vendas a partir de 1997. Por quê? O fabricante deixou de ouvir o consumidor – e de fabricar o que ele gostaria de comprar – e massificou as vendas. As lojas especializadas, que até então recebiam modelos exclusivos, passaram a ter nas prateleiras os mesmos produtos das grandes redes varejistas de calçados. O Airwalk, como objeto de desejo, desapareceu. A fim de evitar um destino semelhante, a Alpargatas se prepara para lançar uma segunda marca no exterior, a Sea Club. “Com ela poderemos chegar às grandes cadeias e aumentar o volume”, afirma Angela Hirata.
Não há dúvida de que o sucesso da marca no exterior seria mais difícil se as Havaianas não tivessem sido reposicionadas, algum tempo antes, no mercado interno.
Até 1993, havia apenas um modelo de sandália – aquele de duas cores, eternizado em comerciais protagonizados pelo humorista Chico Anysio –, cujas vendas haviam estacionado em 76 milhões de pares. No ano seguinte, foi lançada a versão monocromática, que deu cara nova a um produto que permanecera intacto por mais de três décadas. A partir daí, as campanhas passaram a ser estreladas por musas como Vera Fischer, Malu Mader e Luma de Oliveira, e os novos modelos se multiplicaram. Atualmente, os chinelos podem ser encontrados tanto em bancas de camelôs, quanto na paulistana Daslu, a butique mais sofisticada do país. A diferença está, basicamente, nos pés de quem vai calçá-los.
A - Visão, Missão, Objetivos e Valores.
Visão
Ser uma marca global de marcas desejadas nos segmentos de calçados, vestuário e acessórios. 
Missão
Desenvolver e comercializar produtos inovadores, de alto valor percebido, com qualidade e rentabilidade de classe mundial e cariação de valor para os acionistas, funcionários, fornecedores e clientes, atuando com responsabilidade social e ambiental. 
Objetivo
As alpargatas olha o futuro como uma empresa global, operando em harmonia nas três dimensões da sustentabilidade: econômica, social e ambiental. 
Para alcançar esse objetivo, usara seus talento e competências para crescer nos mercados locais e internacionais, via aquisições e expansões de seus negócios. 
Valores
Ética: Integridade, honestidade, transparência e atitude positiva na aplicação das politicas internas e no cumprimento das leis. 
Respeito às pessoas: Compreende desde a qualidade dos relacionamentos, o investimento no desenvolvimento das pessoas, o reconhecimento pelo desempenho profissional ate o respeito ao meio ambiente. 
B – Os produtos ou serviços produzidos ou comercializados pela empresa.
A marca está buscando uma urbanização com os novos lançamentos femininos: Havaianas Flash, Slick, High, Style e mesmo a Top com nova cartela de cores para consumidores que tem uma informação de moda e buscam um estilo mais fashion.
Para os consumidores esportivos, a marca traz as sandálias Surf, Tracking e Brasil. Muitas mulheres também gostaram e foram conquistadas pela feminilidade das sandálias Butterfly, Floral, Hibisco, Flower e Sunny.
A expansão da linha de produtos (sandálias, meias e toalhas) teve continuidade nesse mesmo ano, quando no mês de novembro a marca lançou oficialmente no mercado uma linha de bolsas. Foram, inicialmente, oito modelos em cores, tamanhos e formatos diferentes. 
Mega - ideal para quem ama levar todo o armário na bolsa;
Side - inspirada no modelo carteiro; 
Tote - espaçosa e com base reforçada; a 
Zip - com vários zíperes e um compartimento coringa para guardar toalhas ou jaquetas; 
e a Saco com alças iguais as das tiras da sandália - ideal para quem gosta de carregar somente o necessário. 
C – Levantamento que descreve as oportunidades de exportação 
O mercado de chinelos por ser um produto que atinge o público feminino e masculino, de todas as idades possui uma grande chance de se expandir ainda mais, pois existem muitos pontos para serem explorados, um deles é a customização que já está sendo muito bem explorado, diversificando e inovando há uma grande chance da empesas obterem um maior lucro.
Já a marca Havainas, hoje a pioneira no segmento, o desafio é como aumentar a satisfação dos clientes e, simultaneamente, de uma forma geral, continue crescendo em imagem, rentabilidade e prestígio.
Explorar as oportunidades de compartilhamento com outras marcas que agreguem valor à sua marca. Isso permitiria criar novos produtos e, com eles, explorar mercados atuais e também novos. Pelo que pudemos perceber na análise de mercado que foi feita, a Havaianas, entre seus concorrentes diretos, é a que menos explora as oportunidades de “co-branding”. Enquanto a Grendene, seu principal concorrente, possui várias associações com outras marcas.
D – Todas as informações coletadas / Publico Alvo
O grande público das Havaianas foi, durante trinta anos, uma classe financeiramente desfavorecida que a comprava em mercados de bairro. Assim, as Havaianas ficaram conhecidas como "chinelo de pobre". Tentando mudar esta idéia, a companhia lança em 1991 o modelo Havaianas Sky, com cores fortes e calcanhar mais alto, dando a idéia de que pertencia a um público de classe mais alta. Seu preço também é mais elevado que o das tradicionais. Para levar o lançamento ao público alvo, foram veiculadas propagandas de grande porte estreladas por artistas famosos. Em seguida a distribuição foi organizada de acordo com o público alvo. Também foi criado um display vertical para facilitar a escolha do produto e do número. Este display substituiu as antigas bancadas com pares espalhados.
A distribuidora foi uma das que mais trabalharam o conceito da marca, fazendo parcerias com grandes lojas como Harrods e Galeries Lafayette.
Outro fator que culminou no sucesso da marca no exterior foi quando, em 2003, foram produzidos modelos sofisticados com os rubis, para os indicados ao Oscar e colocados em embalagens especiais com a foto de cada um imitando um espelho. Os calçados foram entregues aos indicados no dia seguinte à premiação do Oscar.
Nos últimos anos, o lucro gerado pela exportação das Havaianasquadruplicou e os países que mais compram são Austrália e Filipinas.
O mercado foi sendo conquistado com a nova estratégia de comércio exterior a partir de 2001, iniciado pelos dois países formadores de opinião (Itália e França) e para transmitir a imagem de produto ícone do nosso País, e como grande promoção da marca, a Alpargatas participou de uma mostra sobre a América Latina na Galerie Lafayette, em Paris, e já nesse evento iniciou a venda às vésperas do verão europeu. O sucesso desse evento, que é uma vitrine para o mundo, facilitou a exportação de Havaianas para outros países, entre eles Inglaterra, Bélgica, Suíça, Grécia e Mônaco. 
As Havaianas eram um produto para a classe mais pobre. A empresa buscava reduzir custos, o que resultava num produto simples e barato. Após seu posicionamento, mudou totalmente o foco. O produto ganhou qualidade e se diferenciou. Agregou valores, sentimentos e emoções. Passou a ser tratado como sinônimo de bem-estar e item de moda. Teve sua imagem associada ao conforto emocional e físico.
Desta forma, concluímos que as estratégias de reposicionamento englobam mudanças profundas, não só no produto, mas também na maneira como é comercializado, divulgado e aceito pelos consumidores:
- mulheres e homens urbanos
- sem idade estabelecida e sim pessoas de espírito jovem
- personalidade despojada/ eclética
- viajam bastante
- não se importam em usar uma sandália de borracha tanto na praia como na cidade
- hi & low
- gostam de novidades de moda
- lêem revistas de moda
- são informadas
- usam sandália de borracha para sair à noite
- são vanguardistas e gostam de causar impressão
- qualidade de vida
E – Descrição do cliente potencial. 
No começo de sua comercialização, as Havaianas, pioneira no segmento, procurava atender as necessidades das classes C, D e E, que eram seus maiores consumidores. Esse segmento, atualmente, atinge consumidores de todas as classes sociais, conforme afirmamos anteriormente e abrange também os sexos masculino e feminino, sendo que possui uma gama maior de variedade nas versões femininas sem, contudo, deixar de lado o público masculino, que apesar de menos opções são consumidores da marca.
Há ainda, as linhas infantis e baby, caracterizando um segmento que atinge todas as faixas etárias com as mesmas características peculiares que a tornam parte da cultura do país, são confortáveis, práticas e acessíveis.
É necessário lembrar ainda, que o segmento é um grande sucesso pelos fatores naturais. O Brasil, sendo um país de clima tropical, tem uma população que prioriza o conforto e a praticidade em seus momentos de lazer, e o chinelo de borracha atende plenamente essas necessidades.
Os americanos dão muito valor ao lado consumista da vida, não usam muitas formalidades fora do âmbito profissional, costumam saber muito bem seus direitos e deveres e reclamam quando não são respeitados, americanos em sua maioria costumam recorrer à televisão e internet para saber sobre as notícias nacionais e internacionais, os americanos possuem outras particularidades como: São individualistas, são sempre pontuais e impacientes. 
F – Informações referente a forma de distribuição.
A operadora logística internacional Flip Flop Comercial Exportadora Ltda firmou parceria com a fabricante de calçados brasileira Alpargatas para a logística global das famosas sandálias Havaianas, um dos produtos de exportação mais emblemáticos da balança comercial de nosso País.
Segundo a flip flop, o acordo envolve a criação de uma solução logística sob medida para o cliente brasileiro. A operadora vai gerenciar as movimentações marítimas dos produtos para a Europa e o Oriente Médio e também será responsável por todas as operações alfandegárias necessárias.
A parceria entre a flip flop e a Alpargatas foi firmada em abril do ano passado, quando as empresas realizaram a instalação da armazenagem dos produtos na região de Marselha, na França.
As Havaianas são fabricadas em Campina Grande, na Paraíba, e transportadas pela flip flop do Brasil para o porto de Marselha e outros terminais marítimos europeus e do Oriente Médio.
Além de organizar embarques internacionais, área reconhecida como expertise da flip flop, o conhecimento específico da empresa e o valor agregado dessas operações podem ser vistos na engenharia de alfândega e representação fiscal. A flip flop é a única interface para todas as operações, o que permite à Alpargatas concentrar-se em seu negócio central. É assim que a flip flop cria valor para seus clientes.
G – Descrição das estratégias de promoção que serão utilizadas
Havaianas utiliza atores que estão em maior evidência na mídia no momento. Com esse padrão, observamos que o cliente irá relacionar o status do ator, que naquele momento é explícito, ao status da marca havaianas e consequentemente de quem a utilizar.
Alguns atores que já participaram foram Lázaro Ramos, Marcos Palmeira, Murilo Rosa e Fernanda Tavares, Juliana Paes, Fernanda Lima e Mel Lisboa, entre outros, sendo que, todos foram utilizados em propagandas da marca quando estavam no auge para a mídia.
O slogan Havaianas, todo mundo usa, fica mais evidente e reafirmado ainda, por serem utilizadas cenas casuais, do dia-a-dia, podendo ser citadas algumas como: 
Casal na praia (Fernanda Tavares e Murilo Rosa)
Compra em uma loja (Mel Lisboa)
Amigos em um bar, com roda de samba (Marcos Palmeira)
Quiosque na praia (Lázaro Ramos)
Caminhada no calçadão (Juliana Paes)
Comercial protagonizado pelo ator Lázaro Ramos
Comercial com a atriz Juliana Paes.
Comercial Com o ator Marcos Palmeira
H – O preço de comercialização e a forma de pagamento dos produtos
O preço mínimo de uma Havaiana nos EUA é de U$18.00/ R$ 38.46 podendo chegar até U$198.00/ R$ 423.07 os chinelos são um produto elitizado muito consumido pela classe média alta, as sandálias havaianas não são vendidas em embalagens, o que faz diminuir seu custo. O preços das sandálias serão de 1 par = US$ 71,50/ R$ 152.77 (feminino)  US$ 74,89 / R$ 160.02 (masculino).
Considerações finais
Tendo em vista o objetivo inicial deste estudo, foi possível conhecer melhor os mecanismos de definição de estratégias de um produto e constatar as suas vantagens. A marca Havaianas tem demonstrado eficácia na dimensão do marketing, em paralelo com uma boa estratégia de segmentação e posicionamento. A confiança, o orgulho e o uso da identidade brasileira foram fundamentais para que a marca Havaianas alcançasse a sua dimensão actual. A cada segundo são vendidos três pares de Havaianas no Brasil, são quase 200 por minuto e 12.000 por hora! Tal é a maior prova de que um bom planeamento estratégico, com bases estruturadas e fundamentadas é o elemento mais determinante no sucesso de uma marca.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Disponível em: <http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/historia-das-havaianas.htm> Acesso em: 23 mai. 2013.
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