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Curso de Farmácia Farmacotécnica I Profa. Patrícia Dias EXTRATOS São preparações farmacêuticas sólidas obtidas pela concentração, até determinado grau, das soluções resultantes do esgotamento das substâncias medicamentosas por um dissolvente. Definição • Droga • Função do dissolvente utilizado • Processo extrativo • Concentração Dependem: 2Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Classificação Natureza do Solvente Concentração Alcoólicos Extratos Fluidos Hidro-Alcoólicos Extratos Moles Etéreos Extratos firmes Outros – Glicerinados, glicólicos Extratos secos 3Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 São aqueles que possuiem consistência viscosa (de mel espesso) e cujo tero de água é de 15 a 20 % . Extratos Secos São susceptíveis a se reduzirem a pó e cujo conteúdo de água é de no máximo 5%. Deve ser conservado em recipiente hermeticamente fechado por ser um produto altamente higroscópico. Extratos Firmes São aqueles que têm consistência de massa pilular e cujo teor de umidade é inferior a 10% Extratos Moles 4Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 São preparações extrativas líquidas e concentradas, que equivalem no seu conteúdo aos princípios ativos das drogas vegetais de onde foram obtidos. Extratos Fluidos 1 ml do extrato corresponde aos P. A. contidos em 1 g da droga seca. Método de Preparação Percolação Veículo mais empregado Álcool 5Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Preparação dos Extratos Fluidos Existem 5 processos de obtenção de extratos fluidos, representados por letras A, B, C, D e E. Período de maceração da droga, antes de iniciar a percolação varia entre 24-48 horas. Dissolvente: álcool de graduação diversa (o mais utilizado é a 60°). Extrato Fluido Dissolvente Boldo Álcool 60º Cáscara Sagrada Álcool 50º ou água Ipecacuanha Álcool 70 º 6Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Processo A • Percolação Convencional. • Processo mais utilizado. Duas Etapas: Utiliza-se 1000 g de droga. 1a Etapa – Preparam-se 800-850 g de percolado e reserva-se. 2a Etapa – Percola-se até esgotamento total da droga. Concentra-se o percolado obtido até 10-15% do peso inicial da droga. Junta-se os dois percolados, aguarda-se um repouso de 2-6 dias e filtra-se. 7Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Processo B Percolação com dois veículos diferentes: 1º Solvente – Álcool ou Água contendo um ácido ou glicerina. 2º Solvente – Álcool ou uma mistura hidro-alcoólica. Ácido: transformar os alcalóides em sais. Glicerina: facilitar dissolução de taninos ou heterosídeos. 8Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Processo C Percolação Fracionada. Utiliza-ser 3 percoladores. 1° percolador 2° percolador 3° percolador Peso droga 500 g 300 g 200 g Separação 200 mL 300 mL 500 mL Esgotamento 5 x 300 mL 4 x 200 mL Recomendado quando tem-se drogas que são termossensíveis ou possuem PA voláteis ou na substituição do processo A ou B quando não houver equipamento adequado para concentração. 9Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Processo D Este processo é aplicável a drogas cujos P.A. sejam hidrossolúveis e resistentes ao calor. A extração da droga é feita por percolação com água fervente, sendo o percolado concentrado, e adicionado álcool como conservante. Ex: Cáscara Sagrada 10Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Processo E Percolação sob pressão ou diacolação. A droga é acondicionada em um tubo ou numa série de tubos compridos e estreitos e líquido é forçado a atravessar sob pressão, o produto a ser extraído. Vantagem: deslocação do solvente é lenta, proporciona uma extração mais eficaz. Desvantagem: instalação para diacolação dispendiosa e o cuidados de limpeza dos tubos. Indústria farmacêutica 11Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Concentração dos Extratos Fluidos Obtida por evaporação total ou parcial do solvente Feita geralmente à quente A evaporação à frio só é usada em extratos termolábeis. De forma geral, utiliza-se evaporação à pressão reduzida, ou em banho-maria em temperatura inferior a 50°C. Temperatura baixa (problemas: evaporação lenta, aumenta o tempo de exposição do extrato ao calor, processo demorado, necessidade de vácuo) 12Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Concentração sob pressão reduzida A temperatura de ebulição de qualquer líquido baixa quando se reduz a pressão sobre ele exercida. É possível a concentração baixar fazer baixar as temperaturas de ebulição por redução da pressão, sendo fácil, por este meio, concentrar soluções aquosas a temperaturas relativamente baixas. 13Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Depuração É o processo de eliminação dos componentes sem interesse terapêutico e cuja presença pode diminuir a estabilidade do extrato, diminuindo sua qualidade ou aumentando a toxicidade. 1. Eliminação de Gorduras 2. Eliminação de albuminas 3. Eliminação de Mucilagens 4. Eliminação de Clorofila e outros pigmentos 5. Eliminação de Resinas 14Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Ensaio dos Extratos 1. Cor – acastanhado ao castanho escuro 2. Densidade – 1,3 a 1,5 a 15ºC 3. Solubilidade – 2 g do extrato em 40 ml de dissolvente – sem resíduo 4. Cinzas – calcinação de 2 g do produto 5. Umidade – dessecação de 2 g a 105ºC até peso constante ou Karl Fischer 15Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 Doseamento e ajuste do teor de princípio ativo 1 ° CASO: Extrato com teor mais elevado que o oficialmente estabelecido: - Para extrato fluido - o diluente será o próprio líquido extrator - Para extrato seco - utilizada alguma substância inerte (lactose – mais recomendável, redutor leve e hidrossolúvel) 16Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8 2° CASO: Extrato com teor inferior ao oficialmente estabelecido - Fazer a concentração (Rota evaporador) - Adicionar a quantidade que falta de P.A. puro para obter o título desejado. 17Farmacotécnica I - UNESA - Patrícia Dias - Aula 8
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