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Conflito de lei penal no tempo e aparente de norma.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO-OESTE
DIREITO – NOTURNO
CONFLITOS DE LEIS 
NO TEMPO E APARENTE DE NORMA
JÉSSICA MARIA FARIA DA SILVA 
	
OUTUBRO/ 2017
LUZIÂNIA - GO
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO-OESTE
CURSO DE DIREITO
CONFLITO DE LEIS 
NO TEMPO E APARENTE DE NORMA
JÉSSICA MARIA FARIA DA SILVA
Trabalho “ O conflito de leis no tempo e Aparente de norma” apresentado ao Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste – UNIDESC, sob à orientação do Professor Fabio Bruno da Silva Cunha.
Data da entrega: 24 de outubro 2017
OUTUBRO / 2017
LUZIÂNIA – GO
INTRODUÇÃO
Estudar os conflitos de leis penais no tempo nos acrescenta um entendimento maior sobre o Direito Penal, assim como cada teoria e princípios que nos ajudam a aplica-lo da melhor maneira. Iremos ver durante todo o tralho “O conflito de leis no tempo e o Conflito aparente de normas”.
 O conflito penal no tempo nos mostrará quando as leis entram em vigor e suas necessárias verificações, vendo assim se são benéficas (“Lex mitior”) ou gravosas (“Lex gravior”). A Lei benéfica, que retroage e alcança a coisa julgada (art. 2º), o Abolitio Criminis, que descriminaliza uma conduta, e os novos atos que serão penalmente atípicos quanto aos atos anteriores e ocorrerá à extinção da punibilidade. 
No Novatio legis in mellius veremos a lei que mantem o caráter criminoso da conduta, mas confere tratamento mais brando, vide art. 28 da Lei 11.343/06, na lei gravosa, irretroativa, a lei gravosa, que entrando em vigor durante a continuidade delitiva aplica-se ao fato em andamento. No Novatio legis incriminadora, a conduta que não era crime a passou a ser e o Novatio legis in pejus mantém o caráter criminoso do ato, mas lhe confere tratamento mais rigoroso. 
Também a lei penal excepcional, que foi criada para reger fatos ocorridos durante uma situação excepcional. É uma lei que tem elemento do tipo que condiciona sua aplicação a fatos ocorridos durante uma situação excepcional. A lei temporária, que exige que o fato ocorra dentro de um determinado período de tempo, mesmo após o termino do prazo excepcional, ou determinado período de tempo, a lei continuam aplicáveis aos casos, sendo chamadas de leis penais ultrativas. Tempo e lugar do crime, arts. 4º e 6º, do CP. Tempo do crime, teoria da atividade e o lugar do crime, teoria mista (ubiquidade). 
E o conflito aparente de normas. Que ocorre quando duas normas, ou mais, incidem ao mesmo fato, tal fato não pode acontecer, sob pena de haver “bis in idem” (dupla punição). Para evitar que dois ou mais tipos penais sejam reconhecidos no mesmo fato, a doutrina desenvolveu uma serie de critérios que solucionam este eventual conflito aparente de normas. Durante o decorrer do trabalho poderemos ver com mais detalhes cada um dos princípios e teorias aqui introduzidas para entendermos melhor todos os aspectos e suas aplicabilidades. 1 1 melhor cada aspecto aqui introduzido.incipicio que ele seja mais grave. 
CONFLITO DE LEIS NO TEMPO 
 A lei penal no tempo é importante para determinarmos exatamente quando o delito foi praticado, como regra aplica-se a lei penal no tempo do fato (tempus regit actum), e excepcionalmente, aplica-se a lei penal de forma retroativa, quando se é benéfico ao réu. Desta maneira poderemos estabelecer qual lei deve ser aplicada ao sujeito acerca de algumas teorias que são adotadas.
- Teoria da atividade:
O art. 4º do CP tipifica que, o crime será considerado praticado no momento de sua execução, mesmo que o resultado ocorra em momento diverso. Um fato ocorrido na esfera penal deverá ter a aplicação de uma Lei para regulamentá-lo, e tem-se em mente que a Lei que deverá ser aplicada é a vigente, porém, não é bem assim que funciona, em determinados casos deveremos contar com a extratividade, já que nem sempre a Lei em vigor no momento do fato é a que será aplicada.
       - A extratividade:
É a capacidade a Lei Penal encontra para regulamentar no caso concreto, fatos que ocorreram dentro da sua vigência, e que de alguma maneira já não está mais em vigor, devendo ser utilizada apenas para benefício do réu. Pode ser dividida em.
 - Ultra-atividade:
 Aplicação da lei após a sua revogação, porém o fato deve ter ocorrido ainda em sua vigência, assim a sentença será na lei que estava em vigor no dia do fato se for ela mais benéfica ao réu.
 - Retroatividade:
 Aplicação da lei penal a fato ocorrido antes da sua vigência, assim a sentença será de acordo com a que revogou a do dia do fato, pois ela é mais benéfica ou mais branda, desta maneira, mesmo que o fato não tenha ocorrido quando ela estava em vigor, será ela aplicada. 
 - Lei intermediaria:
Aplica-se ao réu a lei que esta em vigor por último, sendo ela mais branda, quando a que estava em vigor no dia do fato ocorrido já tenha sido revogada por duas ou mais leis em sua frente. 
- A respeito da imediatidade da aplicação da Lei Penal, vale explicação:
A lei processual penal, por sua vez, possui aplicação imediata (CPP, art. 2°), independente de ser mais severa. Em relação às normas concernentes à prisão  provisória  prevalece o entendimento de que se trata  de  norma processual. Na hipótese de a lei possuir conteúdo penal e processual (norma híbrida), deve  prevalecer a parte  penal, de  sorte que segue a  garantia da não  retroatividade, salvo se mais benéfica. (AZEVEDO e SALIM, p. 105, 2015). 
- Teoria do resultado:
 O próprio nome diz, será considerado praticado o crime assim que gerar o resultado pretendido.
- Teoria da ubiquidade:
 Mista, considerará tanto a ação ou omissão, como o resultado, o momento da prática do delito.
- Tempo do crime permanente
 O fato será toda a perduração do crime enquanto ainda esta sendo praticado, dessa maneira será aplicada a ele a lei que estiver em vigor no dia em que o fato terminar, mesmo que ele seja mais grave. 
- Quando falamos de lei nova mais benéfica salientam:
[...] a  lei  nova  mais  benéfica  retroage  aos  fatos  ocorridos  antes de sua  vigência. Para se verificar qual  lei  penal  é  mais favorável devem  ser  observadas as suas  consequências  no  caso concreto. Desse modo,  a  análise  de  qual  lei  é  mais  benéfica  não ocorre  no  plano  abstrato,  mas  sim  de  acordo  com  o  caso  concreto (teoria  da  ponderação  concreta). (AZEVEDO E SALIM, p.107 2015).
Agora quando o assunto é lei nova mais severa nenhuma dúvida deve ser gerada, já que (novatio legis in pejus – lex gravior), portanto, a lei penal não retroagirá, salvo, para beneficiar o réu, caso contrário utilizaremos a ultra-atividade como meio de encontrar e lei penal coerente. A abolitio criminis faz com que o delito praticado deixe de ser considerado um crime, e assim, caracteriza a extinção da punibilidade, cessando a execução e os efeitos penais da sentença, art. 2º CP, in verbis: Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Podemos tê-la também em caráter temporário, onde por determinado lapso temporal fica descaracterizado um crime, como exemplo a Lei do Desarmamento (Lei nº 10.826/03). Por fim a lei nova incriminadora, lei que não considerava o fato como crime e que a partir de então será considerado criminoso, passível de sanção penal. Não é aplicável a fatos anteriores, face o princípio da anterioridade. 
- Novatio legis in mellius:
 É o surgimento de lei nova benéfica ao réu, ou seja, edição de lei mais benigna que a anterior, em tais circunstâncias ocorre à retroatividade da lei. 
De acordo com o art. 2º:
Parágrafo Único: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se a fatos anteriores, ainda que decididospor sentença condenatória transitada em julgado. 
- Abolitio criminis:
 É uma hipótese de supressão da figura criminosa, faz desaparecer todos os efeitos penais, principais e secundários, A abolitio criminis é causa de extinção da punibilidade, de acordo com o artigo 107, III, do Código Penal.
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
(...) III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
- Leis temporárias e leis excepcionais:
As leis excepcionais acontecem em casos de urgência e sua vigência é delimitada até a cessação da necessidade que a fez existir, temos como exemplo os casos de guerra, calamidade pública e etc., não havendo prazo determinado para isso. Já as leis temporárias, como o próprio nome já diz, contam com prazo determinado para vigorarem, são chamadas de autorrevogáveis e atendem situações anormais.
O art. 3º do CP traz em sua redação:
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstancias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência.
- Tempo e lugar do crime arts. 4º e 6º, do CP. 
Tempo do crime – teoria da atividade. 
Lugar do crime – teoria mista (ubiquidade).
- Princípio da continuidade normativa típica:
Segundo o STJ (info. 518), ocorre “quando uma norma penal é revogada, mas a mesma conduta continua sendo crime no tipo penal revogador, ou seja, a infração penal continua tipificada em outro dispositivo, ainda que topologicamente ou normativamente diverso do originário”. Ex.: o atentado violento ao pudor foi revogado (Lei 12.015/09), mas o fato passou a ser alcançado pelo tipo do art. 213 (estupro).
 
CONFLITO APARENTE DE NORMA
O conflito aparente de normas serve para evitar o “Bis In Iden”, a dupla punição. Isto quer dizer que o conflito aparente de normas ocorre quando duas ou mais normas se assemelham e, por esta razão, aparentemente são aplicáveis ao mesmo fato. A doutrina nos traz princípios, que são, especialidade, subsidiariedade, consunção e alternatividade.
- Especialidade:
 Aplica-se a lei mais especifica, especial, não importando a relação de gravidade. 
Fernando Capez acerca do assunto:
“o princípio da especialidade possui uma característica que o distingue dos demais: a prevalência da norma especial sobre a geral se estabelece in abstracto, pela comparação das definições abstratas contidas nas normas, enquanto que os outros exigem um confronto concreto das leis que descrevem o mesmo fato”. (CAPEZ, p. 90)
Um exemplo seria a comparação entre os crimes de homicídio, art. 121 CP e infanticídio, art. 123 CP. O crime de homicídio não a laços, enquanto que o crime de infanticídio (norma especial) a laços.
Mesmo os crimes apresentando igual resultado, que é matar alguém. O infanticídio revela outros elementos que o crime de homicídio não contém. Esses elementos são: 1) ser realizado pela mãe; 2) a genitora deve estar sob a influência do estado puerperal e; 3) o crime deve ser praticado durante o parto ou logo após. Apresentando a sua especialidade nesses detalhes.
- Subsidiariedade:
Importa a relação de gravidade. Comparam-se as normas para saber qual é aplicável, subsidiário (norma menos abrangente) o outro será primário (norma mais abrangente), por conseguinte, a norma primária absorverá a norma subsidiária.
Um exemplo do princípio da subsidiariedade seria exercido pelo STF ao julgar o HC 108138:
“A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a utilização de documento falso para ocultar a condição de foragido não descaracteriza o delito de uso de documento falso (art. 304 do CP) e não se confunde com o crime de falsa identidade (art. 307 do CP), uma vez que neste não há apresentação de qualquer documento falsificado ou alterado, mas apenas a atribuição, a si mesmo ou a outrem, de falsa identidade”.
- Consunção:
Quando um crime de maior amplitude absorve um de menor. Comparam-se os fatos, sem se recorrer às normas, verificando que o mais grave absorve todos os demais. Assim, não é a norma que absorve a outra, mas os fatos que consomem os demais, fazendo com que só reste uma norma. 
Exemplo seria, se o agente, de posse de uma arma de fogo, efetua disparos, podemos destacar a prática de dois tipos penais, o art. 15 da lei 10.826/2003 (disparo de arma de fogo) e o art. 121 cumulado com o art. 14, II CP (tentativa de homicídio). Nesse sentido, se o agente, ao efetuar disparos tinha a intenção de matar alguém, pelo princípio da consunção a tentativa de homicídio praticado pelo uso da arma de fogo absorve o crime praticado pelo disparo da arma de fogo.
A consunção vem somada a três hipóteses:
- Crime progressivo:
Crime de passagem obrigatória. Exemplo, o agente que tem a intenção de matar alguém e, de posse de uma arma de fogo, efetua disparos contra vítima. Assim, o homicídio (norma mais grave) absorve o disparo de arma de fogo (norma menos grave).
- Absorção:
 Crime de maior amplitude absorve um de menor. É a fusão de duas condutas para formar um tipo penal novo. Exemplo o do crime de latrocínio cujo tipo é constituído pelo roubo mais homicídio. 
- Progressão criminosa:
 Não precisa ser de passagem obrigatória. O agente, inicialmente, deseja praticar um crime e após cometê-lo, pratica outro crime de maior gravidade, configurando, assim, a pluralidade de desígnios (vontade). Exemplo, agente pratica lesão corporal contra a vítima de modo a deixá-la desacordada. Não satisfeito, continua causando-lhe a lesão, ocasionando a vítima o óbito.
- Alternatividade:
 Trata-se dos crimes de conteúdo múltiplo ou ações variadas. Aplicando-se este princípio quando a norma dispuser de várias formas de realização do delito de modo que se o agente praticar um ou mais atos do delito e desde que exista o nexo causal entre as condutas, configurará a incidência de um único crime. É o caso do artigo 28 e 33 da lei de Drogas (lei 11.343/2006), vejamos:
“Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas [...]”
Neste exemplo, se o indivíduo é abordado e confessa que foi até a “boca de fumo”, adquiriu um grama de maconha e, em seguida, trouxe consigo para “enrolar o seu baseado” e fumá-lo, esse indivíduo será processado pela prática de um único crime, qual seja: artigo 28. Portanto, o fato deste indivíduo ter praticado duas condutas: adquirido e trazido consigo a droga, não implica na incidência “dupla” do crime do artigo 28 da lei de Drogas.
“Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar [...]”
O mesmo ocorre com o traficante que importa maconha, mantém em depósito e vende para terceiros. Neste exemplo, esse traficante será processado pela incidência única do artigo 33. Isso ocorre devido o nexo de causalidade determinado no exemplo. 
CONCLUSÃO
Tendo como parâmetro estes fundamentos, é possível observar que a regra da irretroatividade não é absoluta, tendo em vista que convive com outro preceito de direito intertemporal, que é o da eficácia imediata e geral da lei nova. Ou seja, em alguns casos a lei nova poderá retroagir. 
A lei penal é irretroativa, disciplinando as relações jurídicas nascidas depois do início de sua vigência. O Código Penal nos traz que ninguém pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
À vista dessas normas, extraem-se as conclusões: a lei penal incidente é da época do fato (tempus regit actum), Deixa de vigorar a regra se for ser mais benigna, manifestar: retroatividadeou ultra-atividade. A retroatividade é a projeção da lei em período anterior ao início de sua vigência. A ultra-atividade é a projeção da lei em período posterior ao termo final de sua vigência. Em Direito Penal, esses institutos são governados pelo princípio de tratamento menos severo para o delinquente. A mesma lei, em virtude dessa orientação, pode ser retroativa ou ultra-ativa, dependendo das características do caso concreto. Vide princípio da irretroatividade.
Os conflitos aparentes entre as normas penais nos demonstra que o Direito Penal se encontra devidamente aparelhado para resolver toda e qualquer colisão quando defronte de vários comandos legais e apenas um bem jurídico a ser tutelado. 
	
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