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Apostila pratica previdenciaria

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PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 1 
Apresentação ............................................................................................................................ 4 
Aula 1: Processo administrativo........................................................................................... 6 
Introdução ............................................................................................................................. 6 
Conteúdo ................................................................................................................................ 7 
Introdução à prática previdenciária ............................................................................... 7 
Introdução à prática previdenciária ............................................................................... 7 
A manutenção do cadastro e processamento dos requerimentos de benefício .. 8 
A instrução normativa ...................................................................................................... 8 
O processo administrativo previdenciário .................................................................... 9 
Princípios gerais e específicos que regem o processo administrativo 
previdenciário ................................................................................................................... 10 
O princípio da motivação............................................................................................... 10 
O princípio da obrigatoriedade da concessão do benefício mais vantajoso ....... 11 
Princípios gerais e específicos que regem o processo administrativo 
previdenciário ................................................................................................................... 13 
Normas gerais de comunicação dos atos processuais ............................................ 17 
Questões relativas à comunicação .............................................................................. 18 
Fases do processo administrativo previdenciário ..................................................... 19 
Dos impedimentos e da suspeição dos servidores do INSS .................................... 22 
Referências........................................................................................................................... 24 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 25 
Chaves de resposta ................................................................................................................. 29 
Aula 2: Fases do processo administrativo ................................................................... 30 
Introdução ........................................................................................................................... 30 
Conteúdo .............................................................................................................................. 31 
Processo administrativo previdenciário ...................................................................... 31 
Espécies de prova ............................................................................................................ 32 
Carta de exigências ......................................................................................................... 33 
Prova documental ........................................................................................................... 33 
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ..................................................... 35 
Outras espécies de documentos .................................................................................. 35 
Retenção e irregularidades de documentos .............................................................. 36 
Prova oral .......................................................................................................................... 37 
Casos de utilização da justificação administrativa .................................................... 39 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 2 
Pesquisa externa .............................................................................................................. 41 
Terceira fase: decisória ................................................................................................... 41 
Quarta fase: recursal ....................................................................................................... 44 
Do cumprimento das decisões ..................................................................................... 47 
Referências........................................................................................................................... 48 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 50 
Chaves de resposta ................................................................................................................. 53 
Aula 3: Peticionamento na via administrativa ............................................................... 55 
Introdução ........................................................................................................................... 55 
Conteúdo .............................................................................................................................. 56 
Considerações finais sobre a atuação na via administrativa .................................. 56 
Revisão do benefício ....................................................................................................... 57 
Peticionamento na via administrativa ......................................................................... 58 
Atuação judicial ................................................................................................................ 59 
Acidente de trabalho e a competência da justiça comum estadual ..................... 60 
Ritos, procedimentos processuais e valor da causa ................................................. 64 
Questões relativas à fixação de valor ........................................................................... 65 
Apreciação e valoração da prova na via judicial ....................................................... 67 
Atuação nos Juizados Especiais Federais – JEFs ...................................................... 68 
Atuação recursal .............................................................................................................. 69 
A jurisprudência do STF .................................................................................................. 71 
Execução nas ações previdenciárias: obrigações de fazer e pagar ....................... 73 
Atividade proposta .......................................................................................................... 75 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 78 
Chaves de resposta ................................................................................................................. 81 
Aula 4: Principais espécies de ação .................................................................................. 82 
Introdução ........................................................................................................................... 82 
Conteúdo .............................................................................................................................. 83 
Peculiaridades das principais espécies de ação em direito previdenciário .......... 83 
A concessão dos benefícios .......................................................................................... 83 
A concessão de pensão por morte ..............................................................................84 
As ações em trâmite........................................................................................................ 85 
Procedimentos de inversão dos ritos processuais .................................................... 86 
O procedimento na perícia conciliatória .................................................................... 87 
Quesitação e participação de assistente técnico ...................................................... 88 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 3 
Ações para concessão ou restabelecimento de benefícios da lei orgânica de 
assistência social – LOAS ............................................................................................... 88 
Ações para concessão de aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de 
serviço/contribuição ou aposentadoria especial ....................................................... 90 
Tempo de serviço ............................................................................................................ 91 
Reconhecimento de atividade especial ...................................................................... 93 
Ações para concessão de pensão por morte ............................................................. 94 
Conclusão ......................................................................................................................... 95 
Atividade proposta .......................................................................................................... 96 
Referências........................................................................................................................... 99 
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 101 
Chaves de resposta ............................................................................................................... 104 
Conteudista ............................................................................................................................. 106 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 4 
Esta disciplina se dedicará ao estudo da atuação profissional nas vias 
administrativa e judicial, com especial ênfase ao domínio do processo 
administrativo previdenciário e do direito probatório. 
 
Partindo da premissa de que o prévio requerimento administrativo é 
indispensável ao pleno exercício da cidadania, o conteúdo lhe permitirá 
reconhecer os direitos junto aos Canais de Atendimento da Previdência Social e, 
se necessário, junto ao Poder Judiciário. 
 
Primeiramente, identificaremos quando se inicia a prática previdenciária: no 
bojo do processo administrativo de concessão, revisão ou manutenção de 
benefícios. Em seguida, faremos uma abordagem unificada sobre a prova, 
estabelecendo os pontos de tangência com o processo judicial e dando 
destaque às espécies mais utilizadas. 
 
Após a conclusão do estudo da via administrativa, passaremos para o âmbito 
judicial, através da análise de competência, de procedimentos, da atuação nos 
Juizados Especiais Federais (JEFs), nas Turmas Recursais, nos Tribunais 
Regionais Federais (TRFs) e nos Tribunais de Justiça dos Estados (TJEs). 
 
A fundamentação teórica deste conteúdo é de matriz constitucional e legal, e se 
apoia no regulamento e nas instruções normativas, que detalharam o 
procedimento e as bases materiais do direito previdenciário em prol do cidadão. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 5 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
 
1. Analisar o processo administrativo previdenciário e as ferramentas à 
disposição do cidadão como usuário da Previdência Social, com destaque para 
as fases do processo de reconhecimento de direitos; 
 
2. Identificar os aspectos principais da atuação judicial – com ênfase no 
estudo da competência, dos ritos, da ação recursal e em JEFs –, bem como as 
principais espécies de ações. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 6 
Introdução 
Nesta primeira aula, daremos início ao estudo do Processo Administrativo 
Previdenciário, que reputamos da maior importância para o profissional atuante 
neste ramo do direito. 
 
Atualmente, o processo administrativo previdenciário é o mais avançado e 
célere da Administração Pública Federal. O domínio da Instrução Normativa n.º 
77/2015/PRES/INSS e dos procedimentos internos é o traço diferencial do 
profissional que vai se destacar e melhor atuar em prol dos interesses do 
cidadão. 
 
É importante salientar que, nesta disciplina, trataremos de matéria probatória 
no bojo do processo administrativo, e esse mesmo tratamento se projetará na 
atuação judicial, dado que no direito previdenciário distingue-se como traço 
relevante a busca pela verdade real ou material. É dizer, tanto no âmbito 
administrativo como no judicial, que o mais importante é a boa condução no 
momento de colheita e produção das provas. 
 
Objetivo: 
Habilitar o cursista para a advocacia no âmbito administrativo, conhecendo 
inicialmente os princípios, normais gerais do processo administrativo 
previdenciário e sua fase inicial ou postulatória. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 7 
Conteúdo 
Introdução à prática previdenciária 
Promover o reconhecimento automático de direitos é um dos objetivos 
estratégicos do INSS. A diretriz que o precede é manter um cadastro fidedigno 
da vida laboral e profissiografia do cidadão com vistas a facilitar a obtenção de 
prestações previdenciárias e serviços como a reabilitação profissional e o 
serviço social. 
 
Essa é a premissa que deve nortear a atuação do profissional no contencioso 
administrativo, a de atuar como um facilitador para o reconhecimento dos 
direitos do trabalhador segurado, especialmente nos casos mais difíceis, em 
que a trajetória do trabalhador foi muito variada no mercado, ora trabalhando 
formalmente com carteira de trabalho assinada, ora como autônomo, avulso ou 
trabalhador rural na categoria de segurado especial. 
 
Introdução à prática previdenciária 
Promover o reconhecimento automático de direitos é um dos objetivos 
estratégicos do INSS. A diretriz que o precede é manter um cadastro fidedigno 
da vida laboral e profissiografia do cidadão com vistas a facilitar a obtenção de 
prestações previdenciárias e serviços como a reabilitação profissional e o 
serviço social. 
 
Essa é a premissa que deve nortear a atuação do profissional no contencioso 
administrativo, a de atuar como um facilitador para o reconhecimento dos 
direitos do trabalhador segurado, especialmente nos casos mais difíceis, em 
que a trajetória do trabalhador foi muito variada no mercado, ora trabalhando 
formalmente com carteira de trabalho assinada, ora como autônomo, avulso ou 
trabalhador rural na categoria de segurado especial. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 8 
A manutenção do cadastro e processamento dos requerimentos 
de benefício 
O ferramental para a manutenção do cadastro e processamento dos 
requerimentos de benefício está disposto em fontes formais específicas, 
especialmente a Instrução Normativa n.º 77/2015/PRES/INSS, que dispõe sobre 
a administração de informações dos segurados, o reconhecimento, a 
manutenção e a revisão de direitos dos beneficiários da Previdência Social, bem 
como disciplina o processo administrativo previdenciário no âmbito do Instituto 
Nacional do Seguro Social – INSS. 
 
Veja as principais fontes formais do processo administrativo 
previdenciário. 
 
Trata-se de ato normativo minudente quanto à atuação da autarquia na matéria 
previdenciária, com base na disciplina estabelecida pela Lei 9.784/99 (processo 
administrativo federal), Lei 8.213/91 (lei de benefícios), Decreto 3.048/99 
(regulamento da previdência social), Decreto6.932/2009 (dispõe sobre a 
simplificação do atendimento público prestado ao cidadão), Portaria MPS n.º 
548/2011 (aprova o regimento interno do Conselho de Recursos da Previdência 
Social e disciplina a fase recursal do processo administrativo previdenciário) e 
Orientação Interna INSS/DIRBEN n.º 170/2007 (Manual de Procedimentos de 
Benefícios). São essas, portanto, as principais fontes formais do processo 
administrativo previdenciário. 
 
A instrução normativa 
Importante salientar que a IN n.º 77/2015/PRES/INSS é uma norma moderna e 
bem estruturada. Ela contém 806 artigos, dos quais 44 se destinam a regular o 
processo administrativo. A acentuada judicialização da matéria decorre mais da 
divergência na interpretação e aplicação dos atos normativos do que de suas 
disposições. De fato, a instrução normativa tem ferramentas para a boa 
instrução dos requerimentos e atualização do cadastro. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 9 
 
Suas disposições têm como principal finalidade resguardar os direitos subjetivos 
dos segurados, dependentes e demais interessados e propiciar a segurança das 
decisões administrativas. Trata-se de excelente campo para a prática da 
advocacia no âmbito administrativo. 
 
 
Atenção 
 Ao longo da disciplina, pretende-se repassar noções iniciais 
sobre a atividade do INSS na análise do reconhecimento inicial 
dos direitos previdenciários, abrangendo as fases de formulação 
do requerimento, instrução, julgamento e recurso administrativo. 
 
Esta aula vai apresentar procedimentos e peculiaridades do 
processo administrativo previdenciário com base nas principais 
fontes formais, começando pelos princípios, normas gerais e fase 
inicial ou postulatória. 
 
O processo administrativo previdenciário 
O processo administrativo previdenciário é uma espécie de processo 
administrativo diferenciado pelo conteúdo e sujeito passivo. 
A IN n.º 77/2015/PRES/INSS traz conceituação abrangente: 
 
Art. 658. Considera-se processo administrativo previdenciário o conjunto de 
atos administrativos praticados nos Canais de Atendimento da Previdência 
Social, iniciado em razão de requerimento formulado pelo interessado, de ofício 
pela Administração ou por terceiro legitimado, e concluído com a decisão 
definitiva no âmbito administrativo. 
 
Parágrafo único. O processo administrativo previdenciário contemplará as fases 
inicial, instrutória, decisória e recursal. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 10 
 
Como se observa neste dispositivo, a própria conceituação de processo 
administrativo previdenciário é aberta a todas as modalidades de comunicação 
do interessado com a administração, seja por telefone, Internet ou atendimento 
presencial. 
 
Nos casos de incapacidade laborativa para fins previdenciários ou impedimentos 
(deficiência mental e/ou física) que impossibilitem o deslocamento ou a 
formulação de requerimento por parte do interessado, cabe à Administração, ao 
tomar conhecimento da situação, deflagrar de ofício o início do processo. 
 
Princípios gerais e específicos que regem o processo 
administrativo previdenciário 
Os princípios constitucionais, legais e regimentais se aplicam na prática 
administrativa cotidianamente. Eles avalizam o processo administrativo em 
todas as suas fases, como se verá doravante. 
 
Os princípios gerais estão nos artigos 5º e 37 da Constituição Federal, e artigo 
2º da Lei 9.784/99. São eles: 
 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, contraditório e 
ampla defesa, celeridade, isonomia, devido processo legal, segurança jurídica, 
interesse público, finalidade, motivação, razoabilidade e proporcionalidade. 
 
O princípio da motivação 
Entre os princípios citados, o da motivação é o mais importante a ser explorado 
no campo prático. Trata-se de requisito imprescindível para o exercício pleno do 
contraditório (oportunidade de contraditar o ato administrativo) e ampla defesa 
(utilizar qualquer meio lícito de prova para dizer ou contradizer um ato ou fato). 
Nessa linha, é direito do cidadão conhecer precisamente as razões pelas quais 
seu requerimento foi indeferido ou parcialmente deferido. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 11 
 
Por exemplo, no caso de contagem de tempo de serviço, é essencial que o 
segurado saiba quais tempos de contribuição ou vínculos empregatícios foram 
reconhecidos, para que possa buscar eventuais provas complementares ou 
exercer o direito ao recurso por uma interpretação diferente perante a Junta de 
Recursos da Previdência Social. 
 
O princípio da obrigatoriedade da concessão do benefício mais 
vantajoso 
Princípios específicos podem ser extraídos da legislação, entre os quais: a 
obrigatoriedade da concessão do benefício mais vantajoso; a primazia da 
verdade real ou material; a oficialidade na atuação dos órgãos para a realização 
de requerimentos administrativos e produção de provas; a presunção de 
veracidade dos dados constantes nos sistemas corporativos da Previdência 
Social, e o informalismo procedimental. 
 
O princípio da obrigatoriedade da concessão do benefício mais vantajoso 
destina-se a oferecer ao beneficiário a situação jurídico-financeira mais 
favorável possível. No momento do julgamento, mesmo que o segurado ou 
dependente requeira espécie de benefício diversa ou mesmo que sejam 
possíveis duas ou mais interpretações sobre o caso, devem os servidores do 
INSS verificar as provas produzidas nos autos e, caso constatado o direito a 
benefício diverso do requerido e/ou mais vantajoso economicamente, informar 
ao interessado. No caso de anuência, deve-se proceder à concessão. 
 
No caso de anuência, deve se proceder à concessão. Nesse sentido o art. 122 
da Lei n.º 8.213 e o art. 554 da IN n.º 77/2015: 
 
Art. 122. Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à 
aposentadoria, nas condições legalmente previstas na 
data do cumprimento de todos os requisitos necessários à 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 12 
obtenção do benefício, ao segurado que, tendo 
completado 35 anos de serviço, se homem, ou trinta anos, 
se mulher, optou por permanecer em atividade. 
... 
Art. 554. Se verificada, no cumprimento de decisão 
recursal, a existência de outro benefício inacumulável já 
concedido ao interessado, deverá a APS elaborar 
comparativo de cálculo dos benefícios que permita ao 
interessado identificar qual é o mais vantajoso. 
§ 1º Cabe ao interessado, de forma expressa, optar por 
um ou outro benefício: 
I - caso opte por aquele que já está em manutenção, o 
órgão julgador deverá ser cientificado através do 
encaminhamento dos autos com o comprovante da opção; 
ou 
II - caso opte pelo benefício recursal, os valores pagos 
naquele que será cessado deverão ser compensados na 
concessão do novo benefício. 
§ 2º Caso o interessado não seja localizado ou não 
compareça para realizar sua opção de forma expressa, o 
INSS deverá manter o benefício que já está sendo pago e 
encaminhar os autos ao órgão julgador com a devida 
comprovação do fato. 
 
A situação descrita nos dispositivos é bastante comum e deve sempre ser 
objeto de análise pelo profissional que está patrocinando o caso do segurado. 
Por vezes o cidadão está discutindo os requisitos para a aposentadoria por 
tempo de contribuição e acaba preenchendo também os requisitos para 
aposentadoria por idade ou por invalidez. Nestes casos é imprescindível realizar 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 13 
as simulações de Renda Mensal Inicial - RMI de cada benefício para que o 
interessado possa fazer a opção com segurança, lembrando que a 
aposentadoria por invalidez é benefício sujeito à revisão bienal, podendo ser 
canceladono caso de recuperação da capacidade laborativa. Este benefício por 
incapacidade não tem o caráter de permanência das aposentadorias por tempo 
de contribuição, idade e especial. 
 
Princípios gerais e específicos que regem o processo 
administrativo previdenciário 
Princípio da primazia da verdade real ou material 
 
O princípio da primazia da verdade real ou material pretende orientar os órgãos 
da Previdência Social no sentido de que o julgador deve sempre buscar a 
verdade, ainda que para isso tenha que se valer de outros elementos além 
daqueles trazidos aos autos pelos interessados. Legitima, por exemplo, a 
Pesquisa Externa, a Justificação Administrativa e qualquer outra solicitação de 
documentos ou informações feita à Administração e que tenha por objetivo 
registrar nos autos algum fato. Essas provas destinadas a perseguir a verdade 
real serão pormenorizadamente estudadas. 
 
Princípio da oficialidade 
 
O princípio da oficialidade impõe à Administração Pública o dever de dar 
prosseguimento ao processo, podendo, por sua conta, produzir provas, solicitar 
laudos e pareceres, fazendo o que for necessário para que se chegue a uma 
decisão final conclusiva. Legitima o reconhecimento automático de direitos, 
como por exemplo, a concessão de ofício dos benefícios por incapacidade. Este 
princípio também dá suporte à busca da verdade real pela administração. 
 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 14 
Princípio da presunção de veracidade dos dados constantes nos 
sistemas corporativos da Previdência Social 
 
O princípio da presunção de veracidade dos dados constantes nos sistemas 
corporativos da Previdência Social decorre da própria validade jurídica de que 
gozam os atos administrativos em geral, em decorrência dos atributos da 
presunção de legitimidade, legalidade e veracidade, presumindo-se verdadeiros 
enquanto não apresentadas outras provas que infirmem o seu conteúdo. Está 
positivado no Artigo 29-A da Lei 8.213/91 e pacificado no Superior Tribunal de 
Justiça (EResp 519.988/CE). 
 
Está positivado no Artigo 29-A da Lei nº 8.213/91 e pacificado no Superior 
Tribunal de Justiça (EResp 519.988/CE). Veja-se o disposto na lei: 
 
Art. 29-A. O INSS utilizará as informações constantes no 
Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS sobre os 
vínculos e as remunerações dos segurados, para fins de 
cálculo do salário-de-benefício, comprovação de filiação ao 
Regime Geral de Previdência Social, tempo de contribuição 
e relação de emprego. 
§1o O INSS terá até 180 (cento e oitenta) dias, 
contados a partir da solicitação do pedido, para fornecer 
ao segurado as informações previstas no caput deste 
artigo. 
§2o O segurado poderá solicitar, a qualquer 
momento, a inclusão, exclusão ou retificação de 
informações constantes do CNIS, com a apresentação de 
documentos comprobatórios dos dados divergentes, 
conforme critérios definidos pelo INSS. 
§3o A aceitação de informações relativas a 
vínculos e remunerações inseridas extemporaneamente no 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 15 
CNIS, inclusive retificações de informações anteriormente 
inseridas, fica condicionada à comprovação dos dados ou 
das divergências apontadas, conforme critérios definidos 
em regulamento. 
§4o Considera-se extemporânea a inserção de 
dados decorrentes de documento inicial ou de retificação 
de dados anteriormente informados, quando o documento 
ou a retificação, ou a informação retificadora, forem 
apresentados após os prazos estabelecidos em 
regulamento. 
§5o Havendo dúvida sobre a regularidade do 
vínculo incluído no CNIS e inexistência de informações 
sobre remunerações e contribuições, o INSS exigirá a 
apresentação dos documentos que serviram de base à 
anotação, sob pena de exclusão do período. 
 
Este artigo é de importantíssima aplicação prática. Como dito anteriormente, o 
INSS trabalha com a formalização do cadastro de cada trabalhador, em que 
serão lançados seus vínculos empregatícios e contribuições como autônomo, 
avulso, facultativo ou rural. 
 
É fundamental que o cidadão verifique com regularidade a correção dos dados 
constantes do sistema CNIS, lembrando que é comum que a informação seja 
migrada dos dados da Receita Federal e lançados na Guia de Recolhimento do 
FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP pelos empregadores e 
tomadores de serviço. Assim, por exemplo, no caso de um empregador ou 
tomador de serviço que entrega a guia com atraso, o vínculo ou prestação do 
trabalho autônomo não será automaticamente reconhecido, sendo necessário 
“tratar” este vínculo para validá-lo, mediante a apresentação de 
provas/documentos adicionais. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 16 
Este é um exemplo de requerimento administrativo que não visa à concessão 
de benefício, mas, sim, à inclusão, exclusão ou correção de informações 
constantes no cadastro. É mais uma área importante de atuação no sentido de 
facilitar a vida do cidadão, pois, se todos os vínculos e remunerações estiverem 
corretos nos sistemas, a concessão das prestações previdenciárias fica 
facilitada, podendo até mesmo ocorrer automaticamente. 
 
Princípio do informalismo procedimental 
 
O princípio do informalismo procedimental dispensa ritos sacramentais e formas 
rígidas para o processo administrativo, principalmente para os atos a cargo do 
particular. O princípio deve ser aplicado em benefício do administrado. Em 
suma, um mero erro formal não pode prejudicar o administrado, desde que 
seja possível aproveitar seu ato e fazê-lo atingir sua finalidade. 
A IN n.º 77/2015 traz exemplo deste princípio: 
Art. 690. Se durante a análise do requerimento for 
verificado que na DER o segurado não satisfazia os 
requisitos para o reconhecimento do direito, mas que os 
implementou em momento posterior, deverá o servidor 
informar ao interessado sobre a possibilidade de 
reafirmação da DER, exigindo-se para sua efetivação a 
expressa concordância por escrito. 
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se a todas as 
situações que resultem em benefício mais vantajoso ao 
interessado. 
 
OBS. (DER significa Data de Entrada do Requerimento) 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 17 
O exemplo acima espelha a comum situação de o segurado não deter todo o 
tempo de serviço necessário para obtenção do benefício no momento do 
requerimento, mas, no decorrer do processo, ele atingir este tempo, em data 
posterior à da entrada do requerimento. Nesse caso, é possível que o segurado 
expressamente anua com a reafirmação da DER. 
Para maior aprofundamento quanto aos preceitos gerais do processo 
administrativo previdenciário, sugere-se a leitura do artigo 659 da IN n.º 
77/2015, cujo link para acesso está indicado na bibliografia da disciplina. 
 
Normas gerais de comunicação dos atos processuais 
Algumas questões de fundamental importância na prática previdenciária devem 
ser esclarecidas antes de se adentrar nas fases do procedimento. 
Comunicação ao segurado: A IN n.º 77/2015 prevê que as Unidades de 
Atendimento da Previdência Social nas quais tramita o processo administrativo 
comunicarão os interessados para o cumprimento de exigências ou ciência de 
decisão. As formas previstas, de forma exemplificativa, são: 
 
 Ciência nos autos; 
 Carta com Aviso de Recebimento; 
 Telegrama; e 
 Outro meio que assegure a ciência do interessado desde que registrado 
no processo. 
 
No caso de apuração de irregularidade, o servidor deve observar o disposto no 
Artigo 617 da IN n.º 77/2015, por força do § 2º do Artigo 11 da Lei 10.666 de 
2003. Ou seja, deverá, em regra, ser utilizada a comunicação por carta com 
aviso de recebimento.Nesta hipótese, é essencial que o AR seja juntado aos 
autos, pois é por meio dele que se comprova que o segurado foi notificado. A 
não juntada do AR ou a não confirmação de que ele foi corretamente 
encaminhado para o endereço constante dos autos é causa de nulidade do ato 
de comunicação. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 18 
 
Comunicação entre órgãos ou entidades e o interessado: Pondera-se que para 
complementar informações ou solicitar esclarecimentos, a comunicação entre o 
órgão ou entidade e o interessado poderá ser feita por qualquer meio, inclusive 
comunicação verbal, direta ou telefônica, correspondência, telegrama, fax ou 
correio eletrônico, registrando-se a circunstância no processo, caso necessário. 
 
A comunicação deverá conter a identificação do interessado e, se for o caso, do 
terceiro interessado; a finalidade da comunicação; data, hora e local em que 
deve comparecer, acompanhado ou não de testemunhas, se for o caso; se deve 
comparecer pessoalmente ou acompanhado de seu representante legal; 
informação da continuidade do processo independentemente do 
comparecimento; e indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 
 
Questões relativas à comunicação 
Veja algumas outras questões relativas à comunicação dos atos processuais: 
 
Presumem-se válidas as comunicações dirigidas ao endereço para 
correspondência declinado nos autos pelo interessado, cumprindo a este 
atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação temporária ou 
definitiva, iniciando a contagem do prazo da data da ciência. 
 
Assim, se a correspondência for enviada corretamente para o endereço 
informado pelo segurado, a notificação será considerada válida ainda que seja 
recebida por outra pessoa. 
 
As comunicações serão consideradas ineficazes quando feitas sem observância 
das prescrições legais, mas o comparecimento do interessado ou de seu 
representante legal supre sua falta ou irregularidade, iniciando neste momento 
a contagem do prazo. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 19 
 
Atenção 
 O não atendimento da comunicação não importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos de modo desfavorável à 
pretensão formulada pelo interessado, situação que não se 
enquadra nos casos de apuração de irregularidade, pois, nesta 
situação, a pretensão é do INSS e não do segurado. 
 
Desta forma, após a concessão, o benefício agrega os atributos 
de presunção de veracidade e legitimidade, cabendo ao INSS, 
como órgão mantenedor, instaurar processo revisional com 
contraditório e ampla defesa para suspender ou cancelar a 
prestação. 
 
Fases do processo administrativo previdenciário 
Conheça as fases do processo administrativo previdenciário: 
 
Inicial ou postulatória: fase em que o processo é iniciado e em que se 
define o que se está pretendendo com a instauração; se é a concessão ou 
revisão de benefício previdenciário ou assistencial, prestação dos serviços de 
reabilitação profissional ou serviço social, ou ainda a atualização ou retificação 
do cadastro. 
 
Instrutória: fase em que se produzem as provas necessárias à tomada de 
decisão pelo servidor do INSS. As provas que instruem o processo 
administrativo são as mesmas utilizadas na via judicial, o que muda é a 
valoração e liberdade na apreciação das provas. A cognição judicial pode ser 
mais exauriente que a administrativa, pelas características próprias da via 
judicial, que não impõem aos juízes qualquer tarifação ou limitação na análise 
do direito. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 20 
Decisória: momento em que o servidor analisa o requerimento e a prova 
produzida, decidindo se o postulante possui ou não direito ao pedido que 
formulou. 
 
Recursal: é a fase em que o administrado, não concordando com a decisão 
administrativa, postula uma reanálise através do recurso administrativo. O INSS 
também pode recorrer de decisões favoráveis ao administrado proferidas pelas 
Juntas de Recurso da Previdência Social. 
 
 
Atenção 
 É preciso observar que não há uma delimitação absoluta entre 
essas fases. Isso significa que é possível haver características de 
uma determinada fase em outra. Como exemplo se pode citar a 
realização de diligências (produção de provas) na fase recursal, 
o que tem acontecido com frequência. 
Nos termos da IN n.º 77/2015, o cumprimento de decisões é 
decorrência do reconhecimento dos direitos, não sendo 
considerado pela norma como uma fase processual autônoma. 
 
O processo administrativo previdenciário é iniciado por meio de 
protocolo através dos Canais de Atendimento da Previdência 
Social e concluído com a decisão definitiva no âmbito 
administrativo. Pode ser iniciado: 
 
a) Por requerimento formulado pelo interessado; 
b) De ofício pela Administração; 
c) Por terceiro legitimado. 
 
Podem formular o requerimento os Interessados / Legitimados 
(Art. 660 da IN n.º 77/2015), que são: 
a) Próprio segurado, dependente ou beneficiário, salientando 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 21 
que os maiores de 16 anos possuem legitimidade para postular 
perante a Previdência (Art. 111 da Lei n.º 8.213/91 e Art. 163 do 
Decreto n.º 3.048/99, Art. 163 do Decreto nº 3.048/99 e Art. 
578, §§ 2º e 3º da IN nº 45/2010); 
b) Procurador legalmente constituído, mediante a apresentação 
de instrumento particular de procuração, ou instrumento público, 
se outorgante e/ou outorgado forem analfabetos; 
c) Representante legal, tutor, curador ou administrador 
provisório do interessado; neste último caso, em razão de 
enfermidade mental do segurado, independentemente da 
apresentação de termo de curatela judicial, mas mediante 
entrega do comprovante do pedido de interdição judicial e de 
declaração alegando a situação peculiar que impede o 
interessado de formular o requerimento pessoalmente; 
d) Empresa, sindicato ou a entidade de aposentados 
devidamente legalizada, mediante convênio na forma do art. 117 
da Lei nº 8.213, de 1991. 
 
Questão importante diz respeito à cláusula ad juditia et extra, 
que autoriza o advogado, dentre outros poderes, a praticar 
todos os atos extrajudiciais de defesa e representação de seu 
cliente perante as pessoas jurídicas de direito público ou privado. 
O advogado constituído poderá solicitar cópias de quaisquer 
documentos ou a extração de informações em nome do 
representado. 
 
Todavia, por expressa vedação do Artigo 114 da Lei nº 8.213/91 
há de se destacar que essa cláusula não legitima o procurador 
ao recebimento de benefício (pagamento) em nome do 
outorgante. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 22 
Dos impedimentos e da suspeição dos servidores do INSS 
Nos termos do Artigo 662 da IN n.º 77/2015, estão impedidos de atuar no 
processo administrativo previdenciário: 
 
a) Servidor participante como interessado, perito, testemunha ou 
representante; 
b) Servidor cujo cônjuge, companheiro ou parentes afins até 3º grau atuarem 
como intermediário, interessado, perito, testemunha ou representante; 
c) Servidor que esteja litigando judicialmente ou administrativamente com o 
interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. 
d) Quem tenha interesse direto ou indireto na matéria. 
 
É possível arguir a suspeição quando o servidor tiver amizade íntima ou 
inimizade notória com o interessado ou seu cônjuge, companheiro, parentes e 
afins até o terceiro grau. 
 
O requerimento pode ser formulado nos seguintes canais de atendimento: 
 
a) Central 135; 
b) Internet; 
c) Unidades de Atendimento: APS, PREVmóvel e PREVcidade. 
 
Qualquer que seja o canal remoto de protocolo, será considerado como Data de 
Entrada do Requerimento – DER a data do agendamentodo benefício ou 
serviço. (observado o disposto no Artigo 669 da IN n.º 77/2015). 
 
O processo administrativo é formalizado por meio de requerimento protocolado, 
acompanhado dos documentos obrigatórios. 
 
O PREVMóvel foi criado como uma alternativa para facilitar a vida dos 
segurados que moram em cidades que não dispõem de uma Agência da 
Previdência Social fixa. Ao se deslocarem para onde o cidadão está, as unidades 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 23 
móveis evitam que o usuário seja obrigado a percorrer longos e onerosos 
trechos de um município a outro, para requerer benefícios ou sempre que 
precisar resolver alguma demanda junto ao INSS. 
 
Adaptado e equipado com os mesmos sistemas operacionais utilizados nas APS, 
levando no mínimo dois servidores, o PREVMóvel oferece à comunidade 
atendida todos os serviços prestados em uma agência convencional, a exemplo 
do reconhecimento de direitos em até 30 minutos. Também presta informações 
e orientações à população por meio do Programa de Educação Previdenciária 
(PEP). 
 
PREVCidade é uma unidade de atendimento subordinada a uma Agência da 
Previdência Social-APS, que executa serviços de orientação e informação, 
análise e recebimento de documentos, agendamento e controle de perícia 
médica, e outras atividades, mediante convênio entre as Gerências-Executivas e 
as Prefeituras Municipais. 
 
Para cada tipo de requerimento formulado, existem documentos previstos como 
necessários, que estão registrados em Check List nas agências do INSS. 
Entretanto, é indispensável que se reforce a ideia de que a apresentação de 
documentação incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de 
benefício (Artigo 176 do Decreto n.º 3.048/99), devendo ser emitida carta de 
exigências pelo servidor. 
 
Na formalização do processo, será suficiente a apresentação dos documentos 
originais ou cópias autenticadas em cartório ou por servidor do INSS, podendo 
ser solicitada a apresentação do documento original para verificação de 
contemporaneidade ou outras situações em que este procedimento se fizer 
necessário. A reprografia, neste caso, é por conta do INSS. 
Com essas considerações sobre a fase inicial do processo administrativo, 
encerra-se a primeira aula de Prática Previdenciária. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 24 
 
Referências 
AMADO, F. Direito e processo previdenciário. Bahia: Jus Podium, 2013. 
BALERA, W. Direito previdenciário. 9. ed. Método: São Paulo, 2012. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília: Presidência da República, 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso 
em: 18 ago. 2014. 
______. Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Brasília: Presidência da 
República, 1999. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm> Acesso em: 18 
ago. 2014. 
______. Decreto nº 6.932, de 11 de agosto de 2009. Brasília: Presidência 
da República, 2009. Disponível em: 
<href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/decreto/d6932.htm> Acesso em: 18 ago. 2014. 
______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Brasília: Presidência da 
República, 1991. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm> Acesso em: 18 ago. 
2014. 
______. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Brasília: Presidência da 
República, 1999. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9784.htm> Acesso em: 18 ago. 
2014. 
______. Orientação Interna nº 170 INSS/DIRBEN, de 28 de junho de 
2007. Brasília: Instituto Nacional do Seguro Social, 2007. 
______. Portaria MPS nº 548, de 13 de setembro de 2011. Brasília: 
Previdência Social, 2011. Disponível em: 
<http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/66/MPS/2011/548.htm> Acesso 
em: 18 ago. 2014. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 25 
CASTRO, C. A. P. de; LAZZARI, J. B. Manual de direito previdenciário. Rio 
de Janeiro: Forense, 2013. 
IBRAHIM, F. Z. Curso de direito previdenciário. Niterói: Impetus, 2012. 
VIANNA, J. E. A. Curso de direito previdenciário. São Paulo: LTr, 2011. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Acerca do processo administrativo previdenciário, é incorreto afirmar que: 
a) Destina-se à concessão de benefícios previdenciários e atualização de 
cadastro com fases bem definidas e ampla dilação probatória. 
b) Tem como objetivo estratégico promover o reconhecimento automático 
de direitos. 
c) Tem como princípios a legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade, eficiência, contraditório e ampla defesa, celeridade, 
isonomia, supremacia do interesse do segurado, segurança jurídica, 
interesse público, finalidade, motivação, razoabilidade e 
proporcionalidade. 
d) A verdade material autoriza a produção de todas as provas em direitos 
admitidas. 
 
Questão 2 
São fontes formais do processo administrativo previdenciário: 
a) As leis n.º 9.784/99 (processo administrativo federal), n.º 8.213/91 (lei 
de benefícios) e o Código de Processo Civil. 
b) A Lei 8.212/91 (lei de benefícios), o Decreto 3.048/99 (regulamento da 
previdência social) e o Decreto 6.932/2009. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 26 
c) A Orientação Interna INSS/DIRBEN n.º 170/2007, a Portaria MPS n.º 
548/2011 e a Lei 10.259/01. 
d) A Lei 8.213/91, a IN n.º 77/2015/PRES/INSS e o Decreto 6.932/2009. 
e) As leis 8.213/91, o Decreto 3.048/99 e a Lei 10.259/01. 
 
Questão 3 
Acerca do princípio da presunção de veracidade dos dados constantes nos 
sistemas corporativos da Previdência Social, é incorreto afirmar que: 
a) Decorre da própria validade jurídica de que gozam os atos 
administrativos em geral em decorrência dos atributos da presunção de 
legitimidade, legalidade e veracidade. 
b) O INSS terá até 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da 
concessão do benefício, para fornecer ao segurado as informações 
previstas no artigo 29-A da Lei 8.213/91. 
c) O INSS utilizará as informações constantes no Cadastro Nacional de 
Informações Sociais (CNIS) sobre os vínculos e as remunerações dos 
segurados, para fins de cálculo do salário-de-benefício, comprovação de 
filiação ao Regime Geral de Previdência Social, tempo de contribuição e 
relação de emprego. 
d) Havendo dúvida sobre a regularidade do vínculo incluído no CNIS e 
inexistência de informações sobre remunerações e contribuições, o INSS 
exigirá a apresentação dos documentos que serviram de base à 
anotação, complementada por pesquisa externa quando necessário, sob 
pena de exclusão do período. 
 
 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 27 
Questão 4 
Assinale a opção correta: 
a) Caso seja constatada pelo servidor do INSS a viabilidade da concessão 
do benefício previdenciário de aposentadoria por invalidez e o segurado 
tenha postulado administrativamente, perante o INSS, o benefício de 
prestação continuada previsto na LOAS, por força do princípio da 
obrigatoriedade da concessão do benefício mais vantajoso, deve o 
segurado ser informado acerca dessa possibilidade, para que a 
aposentadoria seja concedida em caso de anuência. 
b) Por seguir rito procedimental semelhante ao do processo judicial, o 
processo administrativo previdenciário exige estrita delimitação de suas 
fases, não sendo admitida a realização de novas diligências durante a 
fase recursal. 
c) No caso de apuração de irregularidade, o INSS deve utilizar a 
comunicação por carta com aviso de recebimento, mesmo que o 
segurado compareça espontaneamente para tomar ciência nos autos. 
d) A apresentação de documentação incompleta constitui motivo para 
recusa do requerimento de benefício, devido a manifesta impossibilidade 
de deferimento dopedido. 
 
Questão 5 
Marque “V” para item correto e “F” para item errado: 
( ) A cláusula ad juditia et extra autoriza o advogado a praticar todos os 
atos extrajudiciais de defesa e representação de seu cliente perante as 
pessoas jurídicas de direito público ou privado, bem como receber a 
primeira prestação do benefício. 
( ) O não atendimento da comunicação não importa o reconhecimento da 
verdade dos fatos de modo desfavorável à pretensão formulada pelo 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 28 
interessado, situação que não se enquadra nos casos de apuração de 
irregularidade, em que a pretensão é do INSS e não do segurado. 
( ) A parte civilmente capaz pode se valer do administrador provisório para 
requerer o benefício ou serviço. 
( ) Qualquer que seja o canal remoto de protocolo, será considerada como 
Data de Entrada do Requerimento (DER) a data do agendamento do 
benefício ou serviço. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 29 
Aula 1 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: A supremacia do interesse do segurado não é princípio jurídico. 
 
Questão 2 - D 
Justificativa: O Código de Processo Civil, a Lei 8.212/91 (lei de custeio) e a Lei 
10.259/01 (lei dos JEFs) não são fontes formais do processo administrativo 
previdenciário. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: Dispõe o § 1º do Artigo 29-A da Lei 8.213/91: § 1o O INSS terá 
até 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da solicitação do pedido, para 
fornecer ao segurado as informações previstas no caput deste artigo. 
 
Questão 4 - A 
Justificativa: É admitida a realização de diligências na fase recursal. O 
comparecimento espontâneo do segurado com ciência aposta nos autos torna 
regular a comunicação. A apresentação de documentação incompleta não 
constitui motivo para recusa do requerimento de benefício, devendo ser emitida 
carta de exigências. 
 
Questão 5 - F, V, F, V 
Justificativa: 1) Não é permitido ao advogado receber a mensalidade do 
benefício em nome do segurado mediante instrumento particular de procuração 
por expressa vedação do Artigo 114 da Lei 8.213/91. 3) Só a parte civilmente 
incapaz pode se valer do administrador provisório para requerer benefício ou 
serviço da Previdência Social. 
 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 30 
Introdução 
Nesta aula, daremos continuidade ao estudo da atuação na via administrativa e 
condução do processo administrativo previdenciário pelas fases instrutória, 
decisória e recursal. 
 
Objetivo: 
Compreender o requerimento administrativo em todas as fases do processo 
com suficiência para obter a prestação previdenciária mais favorável ao 
cidadão. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 31 
Conteúdo 
Processo administrativo previdenciário 
Segunda fase: instrutória 
A disciplina da prova no direito previdenciário encontra-se na Lei nº 8.213/91, 
no Decreto nº 3.048/99 e na IInstrução Normativa n.º 77/2015/PRES/INSS. 
 
As disposições acerca das espécies de provas eficazes para o reconhecimento 
dos direitos previdenciários são válidas tanto para o processo administrativo 
como para o judicial. 
A diferença reside na menor liberdade do servidor administrativo do INSS para 
valorar e reconhecer o direito a partir das provas. 
 
Há tarifações na via administrativa que não se aplicam aos juízes. De todo 
modo, as modalidades de prova, a seguir abordadas, sob enfoque 
administrativo são válidas para a via judicial, variando apenas o alcance, devido 
à maior liberdade do Poder Judiciário para exaurir a cognição com base no livre 
convencimento motivado. 
 
 
Atenção 
 A fase instrutória é destinada a averiguar e comprovar os 
requisitos legais para a concessão de benefícios ou para a 
atualização de cadastro, sendo a produção de provas um direito 
do segurado. Vale dizer, ainda que o administrado não preencha 
os requisitos para o benefício ou serviço, tem direito à prova. 
No processo administrativo são admissíveis todos os meios de 
prova que se destinem a esclarecer a existência do direito ao 
recebimento do benefício ou serviço, salvo se a lei exigir forma 
determinada. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 32 
Espécies de prova 
Pode-se citar, como exemplos de prova, a documental, a oral, os registros em 
cadastros públicos, a pesquisa externa e a perícia. 
 
Prova documental: são os documentos apresentados pelo segurado tanto por 
ocasião do requerimento administrativo quanto posteriormente (por exigências 
formuladas, por exemplo). 
 
Prova oral: colhida no depoimento de testemunhas (justificação administrativa) 
ou do próprio segurado (entrevista rural). 
 
Pesquisa externa: atividades externas exercidas pelo servidor do INSS, 
previamente designado para atuar nas empresas, nos órgãos públicos ou em 
relação aos contribuintes em geral e beneficiários, com o objetivo de verificar a 
veracidade de documentos, conferir dados constantes nos sistemas, 
desempenhar atividades pertinentes ao Serviço Social, entre outros. 
 
Prova pericial: destinada a avaliar a capacidade laborativa do segurado, 
invalidez do dependente para fins de prorrogação desta qualidade após os 21 
anos de idade (Artigo 16, I e III da lei n.º 8.213/91) e impedimentos para fins 
de percepção de benefício assistencial. 
 
 
Atenção 
 Como normalmente o segurado não detém conhecimento 
necessário para saber os atos que pode praticar para comprovar 
seu direito, deve ser orientado pelo servidor do INSS (Artigo 
687, IN n.º 77/2015), devendo este, ao dialogar com o 
administrado, atentar para a utilização de linguagem simples, 
clara e acessível. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 33 
Carta de exigências 
Não apresentada toda a documentação indispensável ao processamento do 
benefício ou do serviço, o servidor deverá emitir carta de exigências, com 
observância do § 1º do art. 678 e prazo mínimo de trinta dias para 
cumprimento, com o registro da exigência no sistema corporativo de benefícios. 
 
É importante esclarecer que advogado ou segurado deve apresentar na via 
administrativa todas as provas disponíveis no momento do requerimento. A não 
apresentação de provas na via administrativa e sua posterior juntada ao 
processo judicial pode caracterizar o que se denomina “indeferimento 
forçado”, passível de punição com as penas de litigância de má-fé, suspensão 
do processo judicial para regularização da situação ou até mesmo a extinção do 
processo judicial sem resolução do mérito. 
 
Prova documental 
A seguir, apresentam-se disposições e espécies de documentos válidos tanto 
para a via administrativa como para a judicial. A prova documental é 
importantíssima; ou ela é plena ou caracterizará início de prova material a 
viabilizar a complementação por outros meios. 
 
Documentos de identificação 
Apresentam foto. Devem ser apresentados na formalização do processo 
administrativo, a fim de que se proceda à validação dos dados (Artigos 672 e 
673 da IN n.º 77/2015). 
 
Reconhecimento de firma 
Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando 
houver dúvida de autenticidade (Artigo 672, § 4º, IN n.º 77/2015). 
 
Documentos em língua estrangeira 
Os documentos em língua estrangeira deverão ser acompanhados de tradução 
realizada por tradutor juramentado. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 34 
 
Certidões públicas 
As certidões de nascimento, casamento e óbito são dotadas de fé pública, não 
podendo ser questionadas (Artigo 675, IN n.º 77/2015). 
 
É recomendável que nesses casos já se juntem aos autos cópias autenticadas 
do processo judicial que originou a anotação. 
 
Documentos digitalizados e juntados ao processo porrepartições públicas e 
advogados (órgãos da justiça e seus auxiliares, Ministério Público e seus 
auxiliares, procuradorias, autoridades policiais, repartições públicas em geral e 
advogados públicos e privados) têm a mesma força probante dos originais 
(Artigo 584 da IN nº 45/2010). 
 
Consoante esclarecido no Memorando Circular nº 10/2012/INSS/DIRBEN, 
devem ser aceitos no âmbito do processo administrativo previdenciário os 
documentos apresentados e validados por advogados privados, ressalvada a 
suspeita de fraude que pode e deve desencadear medidas de averiguação. O 
servidor deverá identificar o profissional responsável pela apresentação da 
cópia, registrando no verso do documento seus dados (nome completo, número 
do documento de identificação e número da carteira da OAB), bem como 
deverá colher a sua assinatura (Artigo 584 da IN nº 45/2010). 
 
Documentos microfilmados 
Os documentos microfilmados provenientes de empresas privadas registradas 
na Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça têm o mesmo valor 
que o documento original, desde que estejam legíveis e estejam autenticados 
na forma Artigo 676 da IN n.º 77/2015. 
 
 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 35 
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) 
E quanto à Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)? 
Em caso de dúvida quanto à veracidade ou contemporaneidade dos registros 
constantes na CTPS, inclusive de empregado doméstico, e outros documentos 
apresentados pelo requerente, deve o servidor, obrigatoriamente, buscar a 
obtenção da confirmação de sua validade, utilizando as informações constantes 
em bancos de dados colocados à sua disposição ou mediante realização de 
pesquisa externa. 
 
Outras espécies de documentos 
Disposições e outras espécies de documentos 
 
Vejamos disposições e outras espécies de documentos tidos também como 
prova documental. 
 
Utilização de documentação apresentada em outro processo 
administrativo (Art. 685 da IN n.º 77/2015): 
Caso o segurado requeira novo benefício, poderá ser utilizada a documentação 
de processo anterior que tenha sido indeferido, cancelado ou cessado, 
ressalvados os benefícios processados em meio virtual, desde que 
complemente, se for o caso da documentação necessária para o despacho 
conclusivo. 
 
Documentos em posse de terceiros (Artigo 686 da IN n.º 77): 
Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de 
documentos por terceiros, poderá ser expedida comunicação para esse fim, 
mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento. Não sendo 
atendida a solicitação, o servidor deverá buscar as informações ou documentos 
solicitados por meio de pesquisa externa. 
 
 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 36 
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) 
Os dados constantes no CNIS relativos a vínculos, remunerações e 
contribuições valem como prova de filiação à Previdência Social, relação de 
emprego, tempo de serviço ou de contribuição e salário-de-contribuição, salvo 
comprovação de erro ou fraude em sentido contrário (Artigo 681 da IN n.º 
77/2015). A comprovação dos dados divergentes, extemporâneos ou não 
constantes no CNIS caberá ao requerente, sem prejuízo do dever atribuído às 
unidades de atendimento de colher provas destinadas ao seu esclarecimento e 
realizar pesquisas externas para sua confirmação, quando necessário (Artigo 
682 da IN n.º 77/2015). 
 
Marcas do CNIS: 
O CNIS apresenta, atualmente, algumas marcas que têm como objetivo alertar 
o servidor sobre algum fato específico. Na tradução dessas marcas, utiliza-se a 
expressão “tratamento” para designar a atividade do servidor de analisar um 
vínculo com base na documentação do segurado. Já “homologação” é a 
expressão utilizada para informar que o vínculo, após “tratamento”, foi 
reconhecido pelo INSS. 
 
Retenção e irregularidades de documentos 
O que fazer se ocorrerem retenção e irregularidades dos documentos? 
 
A retenção de documentos originais do segurado/filiado/dependente deve ser 
evitada, sob pena de apuração de responsabilidade em caso de extravio ou 
retenção irregular. Deve-se preferir sempre a extração das informações ou a 
realização de cópia reprográfica dos documentos. Quando necessário à análise 
do requerimento, o servidor poderá reter os documentos pelo prazo máximo de 
5 (cinco) dias, elaborando Termo de Retenção e Restituição de Documentos em 
duas vias e entregando a primeira via ao segurado (Artigo 679 da IN n.º 
77/2015). 
 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 37 
Irregularidades ou falsificação de documentos 
 
Caso se constate alguma irregularidade ou falsificação de documento, o 
servidor deve buscar a apreensão de comprovantes de arrecadação e de 
pagamento de benefícios, bem como de quaisquer documentos pertinentes, 
inclusive contábeis, mediante lavratura do termo competente, com a finalidade 
de apurar administrativamente a ocorrência dos crimes previstos em lei (Artigo 
282 do Decreto nº 3.048/1999 e parágrafo primeiro do Artigo 675 da IN n.º 
77/2015). 
 
Verificada qualquer conduta fraudulenta, a ocorrência deverá ser registrada no 
processo administrativo, e deverá ser dado conhecimento imediato à chefia 
que, no prazo máximo de cinco dias, remeterá à autoridade competente para 
adoção das providências administrativas, civis e penais cabíveis (art. 580, §1º, 
IN n.º 45/2010). 
 
Ainda que o pedido de benefício tenha sido indeferido, se forem constatados 
indícios de irregularidades na documentação que embasou a habilitação, 
deverão ser realizadas as devidas apurações e adotadas as providências 
disciplinadas na Seção X da IN nº 45/2010 (Artigo 450, §3º). Os autos não 
poderão ser retirados quando estiverem com suspeita de irregularidades (Artigo 
657, I, IN nº 45/2010). 
 
Prova oral 
A prova oral está prevista na IN 77/2015 em duas formas: entrevista rural e 
justificação administrativa. 
 
Entrevista rural 
 
A entrevista rural está prevista na IN n.º 77/2015 nos Artigos 114 e seguintes. 
É prova obrigatória para a comprovação de qualquer categoria de trabalhador 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 38 
rural, podendo ser dispensada para o indígena e nas hipóteses previstas de 
migração de períodos positivos de atividade de segurado especial. 
 
Justificação administrativa 
 
A justificação administrativa (JÁ) é o procedimento destinado a suprir a falta de 
documento ou fazer prova de fato ou circunstância de interesse do beneficiário 
perante o INSS (Artigo 574 da IN n.º 77/2015). É um ato que muito se 
assemelha com a entrevista rural e com as audiências judiciais, pois se 
consubstancia em simples oitiva de testemunhas. 
 
Isso significa que qualquer servidor do INSS possui prática em realizar J.A., 
uma vez que já entrevista possíveis/pretensos segurados especiais e emite 
conclusão a respeito. 
 
 
Atenção 
 Em regra, somente é possível realizar uma J.A. quando houver 
início de prova material (Artigo 575 IN n.º 77/2015) e com no 
mínimo 3 (três) testemunhas. A exceção a essa regra, prevista 
no Artigo 577 da IN n.º 77/2015, refere-se à ocorrência de caso 
fortuito ou força maior, como incêndio, inundação ou 
desmoronamento, que tenha atingido a empresa na qual o 
segurado alegue ter trabalhado. 
 
Vale observar que a J.A. deverá ser processada mediante a 
apresentação de, pelo menos, um início de prova como marco 
inicial e outro como marco final, além de outro para o período 
intermediário, se for o caso. Não será admitida a J.A. quando o 
fato a comprovar exigir registro público de casamento, idade ou 
de óbito, ou de qualquer ato jurídico para o qual a lei prescrevaforma especial. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 39 
 
Casos de utilização da justificação administrativa 
São casos de utilização da justificação administrativa: 
 
a) Comprovação de exercício de atividade rural (para fins de 
benefícios rurais e urbanos) 
 
Se existir apenas início de prova material, deve-se informar o segurado sobre o 
direito que possui de requerer a realização da J.A. (os Artigos 47 e 54 da IN n.º 
77/2015 trazem relação de documentos que podem ser considerados como 
início de prova material para atividade rural). 
 
b) Comprovação de tempo urbano 
 
A justificação administrativa poderá ser processada, sem ônus para o 
interessado, de forma autônoma para efeito de inclusão ou retificação de 
vínculos no CNIS, a pedido do interessado. O interessado deve juntar prova 
oficial de existência da empresa, no período que se pretende comprovar. 
 
Exemplo: certidões expedidas por Prefeitura, por Secretaria de Fazenda, por 
Junta Comercial, por Cartório de Registro Especial ou por Cartório de Registro 
Civil, nas quais constem nome, endereço e razão social do empregador e data 
de encerramento, de transferência ou de falência da empresa. 
 
 
Atenção 
 Será dispensado o início de prova material quando houver 
ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito 
caracterizado pela verificação de ocorrência notória, tais como 
incêndio, inundação ou desmoronamento, que tenha atingido a 
empresa na qual o segurado alegue ter trabalhado, devendo ser 
comprovada mediante registro da ocorrência policial feito em 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 40 
época própria ou apresentação de documentos contemporâneos 
dos fatos, e verificada a correlação entre a atividade da empresa 
e a profissão do segurado. 
 
Na hipótese de a situação de caso fortuito ou força maior ter 
ocorrido em determinado momento, a comprovação de sua 
ocorrência não operará efeitos para o período posterior ao 
desastre, enchente, incêndio, etc. 
 
c) Comprovação de relação de dependência econômica 
 
Para fins de comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o 
caso, devem ser apresentados, no mínimo, 3 (três) dos documentos elencados 
no Artigo 135 da IN n.º 77/2015. O rol é meramente exemplificativo, haja vista 
o teor do inc. XVI: “quaisquer outros (documentos) que possam levar à 
convicção do fato a comprovar”. 
 
Desse modo, quando apresentados menos de 3 (três) documentos – desde que 
haja pelo menos um (Decreto nº 3.048/99, Artigo 143) – relacionados no 
Artigo 135 da IN n.º 77/2015, é cabível a J.A. 
 
d) Determinação judicial 
 
Além dos casos elencados acima, deverá ser realizada a J.A. sempre que 
houver determinação judicial para seu processamento. Ainda assim, caso não 
haja decisão especificando o modo em que a mesma deverá ser realizada, a 
J.A. seguirá o rito já previsto na Instrução Normativa nº 45/2010. 
 
O não atendimento à determinação judicial poderá configurar crime por parte 
do servidor responsável. 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 41 
Pesquisa externa 
A pesquisa externa é a atividade externa exercida pelo servidor com o intuito 
de: 
 
 Verificar a veracidade dos documentos, bem como buscar informações úteis à 
apreciação do requerimento; 
 
 Realizar as visitas necessárias ao desempenho das atividades de Serviço Social; 
 
 Atender programas revisionais de benefícios previdenciários e benefícios 
assistenciais previstos na legislação; 
 
 Atender as solicitações da Advocacia-Geral da União e do Poder Judiciário para 
a coleta de informações úteis à defesa do INSS em juízo. 
 
Terceira fase: decisória 
Na fase decisória, o servidor analisa as provas e o requerimento e emite uma 
decisão administrativa. A administração tem o dever de emitir explicitamente 
decisão nos processos administrativos ou sobre quaisquer solicitações de sua 
competência. 
 
Decisão: a decisão administrativa, em qualquer hipótese, deverá conter 
despacho sucinto com: 
 
(a) Objeto do requerimento administrativo; 
(b) Fundamentação com análise das provas constantes nos autos; 
(c) Conclusão deferindo ou indeferindo o pedido formulado. 
 
 
 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 42 
 
Atenção 
 No âmbito do processo previdenciário, tem-se defendido que a 
conclusão da análise do processo deve ocorrer no prazo de 45 
dias, com base no Artigo 41-A da Lei nº 8.213/91, que prevê o 
primeiro pagamento até 45 dias após a apresentação pelo 
segurado da documentação necessária. 
 
No caso de instrução processual, a decisão deve ser proferida no 
prazo de 30 dias, salvo prorrogação por igual período 
devidamente motivada, nos termos da Lei n.º 9.784/99. Cabe 
salientar que a maioria dos requerimentos administrativos é 
decidida no momento do atendimento. Vejamos o que determina 
a IN nº 45/2010: 
Art. 624. A decisão administrativa, em qualquer 
hipótese, deverá conter despacho sucinto do objeto do 
requerimento administrativo, fundamentação com análise das 
provas constantes nos autos, bem como conclusão deferindo ou 
indeferindo o pedido formulado, sendo insuficiente a mera 
justificativa do indeferimento constante no sistema corporativo 
da Previdência Social. 
§ 1º A motivação deve ser clara e coerente, 
indicando quais os requisitos legais que foram ou não atendidos, 
podendo fundamentar-se em decisões anteriores, bem como 
notas técnicas e pareceres do órgão consultivo competente, os 
quais serão parte integrante do ato decisório. 
§ 2º Todos os requisitos legais necessários à 
análise do requerimento devem ser apreciados no momento da 
decisão, registrando-se no processo administrativo a avaliação 
individualizada de cada requisito legal. 
 
Quando o servidor responsável pela análise do processo verificar 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 43 
que o segurado ou dependente possui direito ao recebimento de 
benefício diverso ou mais vantajoso do que o requerido, deve 
comunicar o requerente para exercer o direito de opção, no 
prazo de 30 (trinta) dias, cuja manifestação de vontade deve 
restar registrada nos autos (Artigo 627 da IN nº 45/2010). 
 
Em algumas situações o reconhecimento do direito ao benefício 
poderá ocorrer sem a abertura da fase instrutória e 
apresentação documental pelos interessados, ocorrendo o 
reconhecimento automático de direito. Tal situação ocorre 
quando as informações constantes no sistema CNIS sejam 
suficientes ao reconhecimento do direito ao benefício (Artigo 622 
da IN nº 45/2010). Reconhecido o direito ao benefício, como 
regra geral, os efeitos financeiros retroagem à data de entrada 
do agendamento (Central 135 ou internet) ou do requerimento 
(data de entrada do requerimento – DER) em uma das agências 
da Previdência Social, exceto nas seguintes situações: 1) caso 
não haja o comparecimento do interessado na data agendada 
para fins de protocolo do benefício, exceto nos casos fortuitos ou 
de força maior devidamente comprovados; 2) nos casos de 
reagendamento por iniciativa do interessado, exceto se for 
antecipado o atendimento; e 3) incompatibilidade do benefício 
ou serviço agendado com aquele efetivamente devido, hipótese 
na qual a data de entrada do requerimento será considerada 
como a data do atendimento (reafirmação da DER, Artigo 574 da 
IN nº 45/2010). 
 
As decisões administrativas dos órgãos da Previdência Social 
devem representar a conclusão do raciocínio lógico perpetrado 
pelo servidor, enfrentando todos os requisitos necessários à 
concessão do benefício e analisando todas as provas produzidas 
nos autos. O servidor deve apresentar relatório sucinto contendo 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA44 
os fundamentos de fato e de direito que o levaram a chegar 
àquela conclusão de deferimento ou indeferimento do benefício. 
 
Nos casos de indeferimento, o servidor deve informar quais 
foram os requisitos legais do benefício que não foram atendidos 
pelo segurado e quais períodos de atividade não foram 
considerados para fins de carência ou tempo de contribuição, 
tornando público o motivo pelo qual se deu o indeferimento do 
benefício. 
 
Reconhecido ou não o direito ao benefício ou serviço, o INSS 
emite uma carta de comunicação da decisão à residência do 
interessado, cuja ciência inequívoca de seu teor deflagra o termo 
inicial do prazo para a interposição de recurso contra a decisão 
administrativa. 
 
Quarta fase: recursal 
Das decisões proferidas pelo INSS poderão os interessados, quando não 
conformados, interpor recurso ordinário às Juntas de Recursos do Conselho de 
Recursos da Previdência Social. Importante salientar que na fase recursal o 
processo previdenciário é remetido em 2ª instância para órgão que não compõe 
a estrutura organizacional do INSS, mas sim do Ministério da Previdência 
Social: são as Juntas de Recurso em segunda instância e as Câmaras de 
Julgamento em terceira e última instância – ambos órgãos compõem o 
Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). 
 
Prazo: 30 (trinta) dias o prazo comum às partes para interposição de recurso 
ordinário e para o oferecimento de contrarrazões, contados: a) para o segurado 
e para a empresa, a partir da data da intimação da decisão; e b) para o INSS, a 
partir da data da protocolização do recurso ou da entrada do recurso pelo 
interessado ou representante legal na unidade do INSS que proferiu a decisão, 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 45 
devendo essa ocorrência ficar registrada nos autos, prevalecendo a data que 
ocorrer primeiro. 
 
Vejamos o que dispõe a IN nº 45/2010: 
Art. 633. É de trinta dias o prazo comum às partes para a interposição de recurso e 
para o oferecimento de contrarrazões, contados: 
 
I - para o segurado e para a empresa, a partir da data da intimação da decisão; e 
II - para o INSS, a partir da data da protocolização do recurso ou da entrada do 
recurso pelo interessado ou representante legal na unidade do INSS que proferiu a 
decisão, devendo esta ocorrência ficar registrada nos autos, prevalecendo a data que 
ocorrer primeiro. 
 
Art. 634. Expirado o prazo de trinta dias da data em que foi interposto o recurso pelo 
segurado ou pela empresa, sem que haja contrarrazões, os autos serão imediatamente 
encaminhados para julgamento pelas Juntas de Recursos ou Câmara de Julgamento do 
CRPS, conforme o caso, sendo considerados como contrarrazões do INSS os motivos 
do indeferimento. 
 
 
Intempestividade: O recurso intempestivo do interessado não gera qualquer 
efeito, mas deve ser encaminhado ao respectivo órgão julgador com as devidas 
contrarrazões do INSS, devendo ser apontada no recurso a ocorrência da 
intempestividade. 
 
No prazo das contrarrazões, o INSS poderá reconhecer o erro administrativo de 
sua decisão inicial e, no exercício do poder de autotutela, reformá-la para 
declarar a presença do direito subjetivo postulado pelo recorrente. Caso não 
reformada a primeira decisão, nem apresentadas as contrarrazões, serão 
considerados como tais os motivos do indeferimento do pedido do benefício e 
encaminhado o recurso ordinário para julgamento na Junta de Recursos. 
Algumas matérias previstas no regulamento do CRPS são de alçada exclusiva da 
Junta de Recursos, não cabendo questionamento dos acórdãos proferidos por 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 46 
esse órgão para nova apreciação da Câmara de Julgamento, resultando o 
acórdão da Junta de Recurso na decisão definitiva no âmbito administrativo.1 
 
Contra os acórdãos proferidos pela Junta de Recursos, exceto nas matérias de 
alçada, é cabível Recurso Especial no prazo de 30 (trinta) dias contados da 
intimação da decisão. O INSS somente poderá propor Recurso Especial nas 
seguintes situações: a) quando violarem disposição de lei, de decreto ou de 
portaria ministerial; b) divergirem de súmula ou de parecer do Advogado Geral 
da União; c) divergirem de pareceres da Consultoria Jurídica do MPS ou da 
Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, aprovados pelo Procurador-
Chefe; d) divergirem de enunciados editados pelo Conselho Pleno do CRPS; e) 
tiverem sido fundamentadas em laudos ou pareceres médicos divergentes 
emitidos pela Assessoria Técnico-Médica da Junta de Recursos e pelos Médicos 
peritos do INSS; f) contiverem vício insanável, considerado como tal as 
ocorrências elencadas no § 1º do Artigo 60 da Portaria MPS nº 548/2011. 
 
Essa limitação imposta quanto às hipóteses de cabimento do recurso pelo INSS 
tem por finalidade evitar a rediscussão de algumas matérias por provocação da 
própria autarquia, já que a essa coube a presidência de toda a fase instrutória 
do processo. A interposição tempestiva do recurso especial suspende a 
exequibilidade da decisão proferida pela Junta de Recursos e devolve à Câmara 
de Julgamento o conhecimento integral da matéria. 
 
Se durante o curso do julgamento do recurso for verificada a existência de ação 
judicial com objeto idêntico à matéria discutida na esfera administrativa, serão 
reconhecidas a renúncia ao direito de recorrer e a desistência do recurso 
interposto. O INSS pode, em qualquer fase do processo, reconhecer 
 
1
 Portaria MPS nº 548/2011: “Art. 18. Constituem alçada exclusiva das Juntas de Recursos, não 
comportando recurso à instância superior, as seguintes decisões colegiadas: I - fundamentada 
exclusivamente em matéria médica, quando os laudos ou pareceres emitidos pela Assessoria 
Técnico-Médica da Junta de Recursos e pelos Médicos Peritos do INSS apresentarem resultados 
convergentes; e II - proferida sobre reajustamento de benefício em manutenção, em 
consonância com os índices estabelecidos em lei, exceto quando a diferença na Renda Mensal 
Atual - RMA decorrer de alteração da Renda Mensal Inicial - RMI;”. 
 
 PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA 47 
expressamente o direito do interessado e reformar sua decisão, deixando de 
encaminhar o recurso à instância competente (autotutela), ou, caso o recurso 
esteja em andamento perante o órgão julgador, será necessário comunicar-lhe 
sua nova decisão, para fins de extinção do processo com apreciação do mérito, 
por reconhecimento do pedido. 
 
Do cumprimento das decisões 
Conclui-se o processo administrativo com a decisão administrativa não mais 
passível de recurso (coisa julgada administrativa), ressalvado o direito de o 
requerente pedir a revisão da decisão no prazo decadencial previsto na lei de 
benefícios. 
 
Cumprimento dos acórdãos do CRPS: é vedado ao INSS escusar-se de cumprir 
diligências solicitadas pelo CRPS, bem como deixar de dar efetivo cumprimento 
às decisões definitivas daquele colegiado, reduzir ou ampliar o seu alcance ou 
executá-las de maneira que contrarie ou prejudique o seu evidente sentido. 
Mesmo com o trânsito em julgado na esfera administrativa, havendo 
controvérsia na aplicação de lei ou de ato normativo entre órgãos do Ministério 
da Previdência e Assistência Social ou entidades vinculadas, ou ocorrência de 
questão previdenciária ou de assistência social de relevante interesse público ou 
social, é cabível o órgão interessado suscitar perante o Ministro de Estado da 
Previdência e Assistência Social a definição da melhor interpretação da 
legislação previdenciária, na forma do Artigo 309 do Decreto nº 3.048/99. 
 
A matéria definitivamente julgada pelo CRPS não será objeto

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