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RESPOSTAS DE PROC. PENAL II

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ASO 1: Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de 
RESPOSTA SUGERIDA: CASO 1: A questão é controvertida na doutrina pátria. Alguns bons processualistas defendem a 
 
 CASO 01 
 Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físico-psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes.
aplicação do principio da proporcionalidade do bem jurídico em confronto: a segurança pública e a paz social de um lado e do outro lado o ius libertatis da pessoa do infrator. Para os adeptos dessa corrente, aproveita -se a prova derivada 
de um outra contaminada de ilicitude na origem. Uma segunda corrente defende a admissibilidade da prova subsequente, se independente daquela de origem ilícita. Seria a hipótese do caso concreto, em que a vítima do roubo fez reconhecimento pessoal dos meliantes na delegacia. Um terceiro posicionamento vem sendo adotado pelo Supremo Tribunal Federal, inadmitindo, de forma absoluta, a prova ilícita quer originária quer por derivação.
CASO 02
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se:
 Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP? Não. O segredo sacramental da confissão é inviolável, mesmo que a pessoa revele um crime. A relação entre padre e fiel segue as determinações morais e éticas do sigilo profissional . Segundo art . 207 do Código de Processo Penal, são proibidas de depor as pessoas que em razão de ministério, oficio ou profissão deva guardar segredo .
 A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida?
Somente seria possível se a parte interessada desobrigar o confidente a guardar o segredo, conforme dispõe a parte final do art . 207, CPP. Mas caso isto não ocorra, nada terá contra Maria. 
CASO 03 
 O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela destreza). No entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 do CP. Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso.
Não, pois trata-se o caso concreto de Mutatio Libelli , uma vez que a 
denúncia trouxe determinados fatos, os quais foram objetos de ataque da 
defesa. No final da instrução probatória se verifica a mudança da narrativa ao qual o defensor não teve oportunidade de se manifestar. Logo, considerando 
que o réu se defende dos fatos, seria necessária a formação de novo 
contraditório, do contrário, fica cerceada a ampla defesa. 
O mutattio libelli exige a emenda da denúncia e a abertura de prazo de 5 dias para manifestação da defesa, para que, querendo, requeira novas provas e depoimentos pessoais.
CASO 04
 Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se evadirem do local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso em flagrante e encontra-se preso no Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. Ao receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, determinou, diante da situação descrita, que fosse realizada a citação por edital, de acordo com o art. 363, § 1º, CPP dos três acusados.
Não. Luizinho, nos termos do artigo 360, CPP, deveria ter sido 
citado pessoalmente, pois encontra -se preso. Com relação aos outros 
comparsas, o edital seria o meio eficaz segund o a inteligência do artigo 363 , § 
1º, CPP.
CASO 05
 Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese, teria constrangido Lucilha, mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo MP ainda não tinham chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Pergunta-se: Você, Defensor Público, argüiria qual tese defensiva em favor do seu assistido Marcílio? 
As disposições do artigo 400 do Código de Processo Penal , prevê que serão inq ui rid as as testemunhas de acusação, as de defesa, interrogando -se, em seguida, o acusado. De ve -se respeitar a ordem estabelecida pelo procedi mento legal , pois o Prejuízo causado ao réu pela inversão da ordem da oitiva das testemunhas é presumido uma vez que , sendo uma testemunha de acusação ouvida no final , a acusada não poderia se contrapor a ela.
CASO 06
Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda (pista de ultrpassagem), sendo certo que a sua frente estava o carro de Felizberto, septuagenário, que dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que impedia, na ocasião, Semprônio de fazer a ultrapassagem. Quando Felizberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio desceu de seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. Uma viatura da PM que passava pelo local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado termo circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que ocorrera crime do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de transação penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da recusa, ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que Semprônio ocultou-se para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de justiça a proceder à citação por hora certa,na forma do art. 362 do CPP. Pergunta-se: Agiu corretamente o Magistrado no caso em conformidade com o procedimento sumaríssimo?
Segundo o art.66 da Lei 909 9/95, é incabível a citação por hora certa no JeCrim, pois deverá sempre pessoal e sempre que possível no próprio Juizado ou por mandado. Caso o acusado não seja encontrado para ser citado, as peças existentes de vem ser encaminhadas ao Juízo com um que adotará as providências cabíveis.
CASO 07
 Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está respondendo a processo criminal como incurso nas penas do art. 33 da lei 11.343/06 pois, em tese, seria o responsável pela distribuição de cocaína em um conhecido bar em Copacabana. Realizada a AIJ, na forma do art. 56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa pugnou pela nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo de constatação da substância entorpecente também havia funcionado na elaboração do laudo prévio. Pergunta-se: Assiste razão a defesa de Juninho Boca?
Conforme o Art.50, §2º da lei 11.343 /06, não assiste razão à 
defesa, pois o perito que subscrever o laudo prévio não ficará impedido de 
participar da elaboração do laudo definitivo. Porém, a única ressalva guarda 
guarida quanto ao laudo definitivo que de verá ser elaborado por dois peritos 
oficiais, sob pena de nulidade.
CASO 08
 (OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. 
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso: 
Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte?
 A melhor tese defensiva, seria argumentar que no caso o reu agiu com culpa consciente , por que a pesar de ter sido possível a ele, antever a ocorrência de um resultado naturalístico, ele sinceramente e equivocadamente, não aceitava o resultado e ainda acreditava que nada poderia acontecer, tendo em vista que ele era perito em direção.
b) Qual pedido deveria ser realizado? 
O pedido a ser realizado seria pela desclassificação própria, com remessa dos autos p aro o órgão com competência originaria (aplicação das regras procedimentais da lei 9503/97)
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser dirigida?
Neste caso o recurso a ser interposto, seria o recurso em sentido estrito na forma do artigo 5 81, IV do C PP, e a petição deve ser endereçada ao juiz que prolatou a sentença. 
CASO 09
 Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado. Após o julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi condenado. Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta:
A defesa poderá arguir a nulidade do julgamento, com base no verbete 206 da sumula do STF, porque um dos jurados que havia participado do primeiro julgamento, também participou do segundo, restando violado o artigo 449,I do CPP.
CASO 10
(Ministério Público PR / 2008) Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) anos de reclusão por violação ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-feira), oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da decisão condenatória. O advogado de Tício, defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). No dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso é tempestivo ou não? Justifique a sua resposta abordando as controvérsias sobre o tema indagado.
O prazo para interposição dos recursos é prazo processual desconta o dia do inicio com putando -se o dia do final. Apesar de haver divergência predomina o entendimento de que o advogado pode interpor recurso contra vontade do réu, no caso concreto o prazo deverá ser computado a partir do dia 9, dia da ultima intimação o prazo deveria começar no dia 10, por ser sábado o seu inicio se dará no dia 12 segunda-feira. O recurso de apelação deve ser interposto no prazo de 5 dias conforme art. 593 cpp sendo assim a interposição no dia 16 configura -se tempestiva.
CASO 11
(OAB) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região toráxica. José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na condição de Advogado de Pedro: 
I. indique o recurso cabível; 
O recurso cabível é o recurso em sentido estrito art. 581 IV CPP.
II. o prazo de interposição; 
O prazo é de 5 dias conform e art. 586 Cpp
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais.
Ocorreu quebra no nexo de casualidade porque a causa eficaz da morte consiste em causa pré -existente absolutamente independente.
CASO 12
1- George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP por, em tese, ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight. O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para 
se defender e que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente. A defesa reforçou seus argumentos de defesaem tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para impugnar a decisão utilizando todos os argumentos cabíveis, e indique o último dia do prazo. RECURSO DE APELAÇÃO, com base no art. 593, III, alínea “c ”: houver erro ou injustiç a no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança”. No pra zo de 5 dias, inicio dia 12/12/2016 ate 17/12/2016. 
2- Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Regularmente processado, ao fim da instrução criminal o mesmo foi condenado com fulcro no art. 33 § 4º da referida lei, a pena base de 05 anos, que foi reduzida em 2/3 em razão do § 4º, sendo a pena final de 01 anos e 08 meses de reclusão, em regime semiaberto. Somente o Ministério Público recorreu da decisão, buscando afastar a aplicação do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. O Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, proferiu a seguinte decisão: Nego provimento ao recurso e abrando o regime prisional para o aberto, com expedição do alvará de soltura , substituindo a pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, a ser fixada pelo juízo da execução. Diante essa situação hipotética, mencione: 
A)qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público? 
RESE. Recurso mediante o qual se procede ao reexame de uma decisão nas matérias especificadas em lei, possibilitando ao próprio juiz recorrido uma nova apreciação da questão, antes da remessa dos autos à segunda instância.
b) a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua resposta.
NÃO. Pela vedação no dispositivo legal d o §4º do art . 33 da Lei: “nos 
delitos definidos no caput e no § 1 deste artigo, as penas poderão ser 
reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas 
restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons 
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre 
organização criminosa”.
CASO 13
 Herculino foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. Na sentença condenatória, o juiz demonstra clara contradição entre as razões de sua fundamentação com sua decisão, principalmente ao acolher os depoimentos favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de desclassificação apresentada em alegações finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova obtida por meio ilícito). Sabendo que a decisão foi prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento) no dia 16 de junho, pergunta-se: 
a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da contradição? 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃ O, para afastar a contradição, previsão 
legal art. 382 CPP. 
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão anterior? 
Exclui o dia do começo, o prazo é de 2 dias , dia 19 de junho se dia útil o 
inicio da contagem.
c) Levando em consideração que a decisão dos embargos se deu no dia 16 de junho (quinta-feira), qual a data máxima para a interposição do recurso cabível contra a sentença condenatória? OS EFEITOS DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO SERÁ INTERRUPTIVO , aplicando por analogia o art. 538 do CPC, sendo assim, o prazo do recurso de apelação ser á utilizado por completo de 5 dias após a intimação da decisão que julgou os embargos de declaração ( OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO JECRIM, O PRAZO É DE 5 DIAS, E OS EFEITO S SÃO SUSPENSIVOS) - razão pela qual é mais seguro.
CASO 14
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de estupro (artigo 213, caput, CP). Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual insanável consistente na ausência da intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção penal mais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a sua resposta:
A vedação constante no § único do art. 626 do CPP , diz respeito tanto a 
refortio inpejus como também a refortio in pejus indireta, de sorte que, se depois de declarada nula a sentença em sede de revisão criminal, por algum vicio insanável, e vedado que juiz prolate nova decisão com pena 
exasperada tendo em vista que seria incabível revisão criminal pro 
societate.
CASO 15
 (OAB) Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação. Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelo crime previsto no artigo 168-A do Código Penal, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado audiência de instrução e julgamento. Com base nos fatos narrados no 
enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera sumariamente? Caberia (HC) habeas corpus, uma vez que não ha previsão de recurso contra a decisão que não absolverá sumariamente o acusado, sendo cabível ação mandamental , conforme estabelece o art. 647 e seguintes do CPP.
 b) A quem a impugnação deve ser endereçada?
O Habeas Corpus deverá entrar no TRF da respectiva região em que o processo está tramitando.
 c) Qual fundamento deve ser utilizado?
O Habeas Corpus deverá entrar no TRF da respectiva região em que o 
processo está tramitando. razão da matéria. A sum. vinculante n º 24 do STF, estabelece que a discussão do paga mento do tributo na esfera administrativa impede a propositura da ação penal.
CASO 16
 1) Tício e Caio foram acusados de receberem vultosa quantia em dinheiro através de emissão de duplicatas sem causa debendi, causando prejuízo a terceiros, tendo o Ministério Público capitulado a infração no artigo 172 do Código Penal (crime de duplicata simulada). Na sentença, o juiz concordou com a narrativa fática, condenando os acusados nas penas do artigo 171, caput do Código Penal (crime de estelionato). Com base nisto, responda: 
a) A hipótese retratada é de Emendatio ou Mutatio Libelli? Justifique a sua resposta ;
De acordo com a emendatio libelli, o juiz, quando da sentença, 
verificandoque a tipificação não corresponde aos fatos narrados na 
petição inicial, poderá de ofício apontar sua correta definição jurídica . 
Na “emendatio ” os fatos provados são e xatamente os fatos nar rados. 
Assim, dispõe o CPP sobre a matéria: Art. 383. O juiz, sem modificar a 
descrição do fato contida na denúncia ou queixa , poderá atribuir -lhe 
definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar 
pena mais grave.
 b) A situação apresentada no enunciado poderia ocorrer em grau de 2 instância? Fundamente a sua resposta: Emendatio libelli em grau de recurso: É possível que o tribunal, no julgamento de um recurso contra a sentença, faça emendatio libelli, desde que não ocorra reformatio in pejus (STJ HC 879 84 / SC).
 2) No que consiste o Princípio da Congruência ou da Correlação? Fundamente a sua resposta: O PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA TRATA DE UMA PROIBIÇÃO AO MAGISTRADO. Não poderá o juiz conceder nada a mais ( ultra petita) ou difere nte do que foi pedido (extra petita). Assim, como não poderá fundamentar-se em causa de pedir diferente da narrada pelo autor; caso não seja observado esse princípio a sentença será considerada nula.
5) Determinado delegado de polícia obtém autorização judicial para proceder a interceptação telefônica em inquérito instaurado para apurar tráfico de entorpecentes. No curso da interceptação, a polícia consegue provas de que Semprônio, parte integrante da quadrilha, matou um desafeto. O advogado de defesa de Semprônio alega judicialmente que a prova do homicídio seria uma prova ilícita pois a realização da interceptação teria sido autorizada somente para apurar suposto crime de tráfico, delimitando assim o alcance da diligência. Com base nisto, responda: A alegação da defesa é procedente? Fundamente a sua resposta:
Há duas correntes dou trinarias para questão.
1ª corrente: a interceptação é válida como prova do novo crime ou criminoso descoberto fortuitamente, desde que seja conexo como crime para o qual foi autorizada a interceptação telefônica. Assim, se não houver a conexão, a interceptação só serve como “ noticia criminis” para iniciar uma nova investigação em relação a esse novo crime ou criminoso. Esta corrente prevalece na doutrina brasileira.
2ª corrente: a interceptação é válida como prova do crime ou criminoso descoberto fortuitamente, mesmo se não houver conexão c om o c rime para o qual foi solicitada a interceptação telefônica, mas desde que relacionada com o fato criminoso objeto da investigação. Esta corrente vem prevalecendo na jurisprudência, pois o Estado não pode se manter inerte diante da notícia de um crime ( STJ, RHC 34.280; STJ HC 33.462 e STF AI no AR 71.706).
Diante das duas correntes, cabe salientar que a 2ª encaixa na proposta da defesa, portanto é ilícita para atuar no f eito, porém ser instaurado IP para apu ração do ilícito descoberto.

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