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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 O PEQUENO E O GRANDE PROPRIETÁRIO DE TERRA NO BRASIL	5
2.1 A LUA PELA REFORMA AGRÁRIA	8
2.1.1 A RELAÇAO DO MEIO AMBIENTE COM A PROPRIEDADE RURAL	11
2.1.1.1 A DESIGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES NO CAMPO	11
3 CONCLUSÃO	13
REFERÊNCIAS	14
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INTRODUÇÃO
A reforma agrária no Brasil, não pode ser considerada por uma mera distribuição de terras aos camponeses, esta é uma visão muito simplista, visto que a questão da terra no país sempre foi algo que envolveu muitos conflitos e interesses, além de que sempre prevaleceu o interesse das elites latifundiárias, e isto remonta aos tempos do “descobrimento”, onde os habitantes da época, ou seja, os indígenas foram arrancados de suas terras, escravizados e ainda empurrados para o interior do país enquanto suas terras foram divididas para a nobreza portuguesa.
Esses conflitos e disputas pela terra se arrastam até os dias atuais, não se tratando apenas da vontade do trabalhador rural em detrimento aos interesses do grande capital agropecuário, porém é uma luta que vai além dos conflitos no território, sendo uma disputa de sistema econômico pois, o capitalismo como sistema excludente, gera uma luta pela sobrevivência da classe excluída, ou seja, há uma eterna luta de classes, onde as classes dominadas lutam pela sua sobrevivência. Portanto,
Para os homens que trabalham a terra, a reforma agrária, isto é, a completa e justa solução da questão agrária do país, é a única maneira de resolver efetivamente os graves problemas em que se debatem as massas camponesas, e, portanto, elas, mais do que qualquer outra parcela da população brasileira, estão interessadas em sua realização. As massas camponesas têm a consciência de que a solução final depende delas.
A execução de uma reforma agrária, efetivamente democrática e progressista, só poderia ser alcançada à base da mais ampla e vigorosa ação, organizada e decidida, das massas trabalhadoras do campo, fraternalmente ajudadas em sua luta pelo proletariado das cidades, os estudantes, a intelectualidade e demais forças nacionalistas e democráticas do patriótico povo brasileiro (STÉDILE: 2005, 75).
			Contudo, podemos dizer que a distribuição de terras neste país tem favorecido sempre aos grandes latifundiários, e assim como na cidade geram a exploração da mão de obra em detrimento de baixos salários e até trabalhos análogos a escravidão. E com isso, a única forma de reverter a situação é pela luta, porém a bandeira deve ser encorpada pela sociedade de um modo geral, não somente pelos trabalhadores rurais, mas por toda a sociedade do campo e da cidade.
			Ainda nesta linha de pensamento, Stédile exprime a respeito:
A característica principal da situação agrária brasileira é o forte predomínio da propriedade latifundiária. Com a população rural de cerca de 38 milhões de habitantes, existem no Brasil apenas 2.065 mil propriedades agrícolas. Neste número incluem-se 70 mil propriedades latifundiárias, que representam 3,39% do total dos estabelecimentos agrícolas existentes, mas	que possuem 62,33% da área total ocupada do país (STÉDILE: 2005, 74).
			A partir deste pensamento, entende-se a complexidade da reforma agrária e que no Brasil, ao longo do tempo o objetivo de sua execução pelos governos foi mais como um instrumento de diminuir as tensões sociais do que de fato implementar uma política que vem de encontro aos anseios da população, sobretudo à população do campo, que tem sofrido ao longo dos tempos por uma política que privilegia os grandes proprietários de terras.
			E com esta complexidade se faz necessário entender os vários aspectos que envolvem o contexto da luta por terra no Brasil, compreendendo os aspectos sociais, políticos, econômicos e ainda é importante dizer que tais aspectos estão condicionados ao excludente sistema capitalista.
			É importante ressaltar que o presente estudo pretende seguir pelos seguintes objetivos: o pequeno e o grande produtor rural, a relação da agricultura com o meio ambiente e a questão de gênero dentro da reforma agrária no Brasil, o visto que a luta pela terra nos induz a crer que são famílias que se propõe a ir atrás de um sonho, e com isso a mulher tem um papel preponderante no processo de luta.
			Diante destes pensamentos a presente pesquisa tem por objetivo contribuir com a temática e conhecer os atores que fazem a luta pela terra no país.
O PEQUENO E O GRANDE PROPRIETÁRIO DE TERRA NO BRASIL
Para o bom desenvolvimento deste estudo é necessário aprofundar o conceito de reforma agraria, visto que não se trata de uma simples distribuição de terras, como visto acima, conforme a Lei 4504/64 Estatuto da Terra, “a reforma agrária é o conjunto de medidas que visam a promover a melhor distribuição das terras mediante modificação no regime de sua posse e uso, a fim de atender os princípios da justiça social e ao aumento da produtividade”.
A luta pela terra é um fato histórico, visto que desde a antiguidade os povos saiam em busca de territórios para a produção de alimentos, e que melhorassem a qualidade de vida de sua população, além de saquearem riquezas e escravizarem o povo vencido.
A luta pela terra no Brasil ocorre desde a colonização, nos anos de 1500, conforme nos afirma Fernandes, 1999:
 “A luta pela terra é uma ação desenvolvida pelos camponeses para entrar na terra e resistir contra a expropriação. A resistência do campesinato é uma lição admirável. (...) Desde as lutas messiânicas ao cangaço. Desde as Ligas Camponesas ao MST, a luta nunca cessou, em nenhum momento. Lutaram e ainda estão lutando (...). Desde as capitanias hereditárias até os latifúndios modernos a estrutura fundiária vem sendo mantida pelos mais altos índices de concentração do mundo. Esse modelo insustentável sempre se impôs por meio do poder e da violência” (Fernandes, 1999).
	Temos que destacar que a violência sempre foi uma característica desta luta, desde a escravização dos índios e o tráfico dos negros vindos da África, para substituição da mão de obra indígena, e a consequente intensificação da luta dos escravos contra seus opressores.
	Importante ressaltar que a divisão de terras no Brasil sempre teve como foco o privilégio às elites, sendo assim no período colonial e na monarquia os beneficiários da terras foram os amigos do rei e esse método continuou após o país se tornar uma república.
	Este modo de produção agrícola sempre foi baseado na exploração do trabalhador rural, visto que a prática da agricultura no Brasil sempre foi a de cultivar em grandes extensões de terra, gerando assim a monocultura e a exploração de mão de obra no campo, desde a escravização os indígenas, passando pelos negros africanos e os imigrantes europeus, pois o campo reproduz o sistema capitalista vivido nos centros urbanos, gerando riquezas para os proprietários e pobreza para os trabalhadores assalariados.
Desta forma, vimos que o modelo que sempre foi empregado no país, privilegia o agronegócio, em detrimento dos pequenos proprietários, gerando o desemprego e os conflitos no campo. Segundo estudo da Oxfam, 
“Apesar de possuir uma agricultura considerada moderna dentro do sistema global de produção de commodities, o Brasil não conseguiu superar as contradições existentes na formação do seu setor agrícola. Essas contradições são demonstradas nos números da violência no campo”. (Informe da Oxfam Brasil: novembro, 2016).
	
	Com este apontamento, entendemos que apesar do Brasil ter uma agricultura totalmente modernizada, no que diz respeito ao agronegócio e as grandes propriedades, ainda há grandes conflitos por terras em nosso território, com marcas de muita violência, como vemos no mesmo estudo:
“Entre 1964 e 2010, o número total de mortes ocorridas no campo foram de 2.262 homens e mulheres em todas as regiões do país, de acordo com dados da Comissão Pastoralda Terra (CPT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Neste período, foram registrados momentos de pico, em especial na década de 1980, quando aumentaram as mobilizações sociais e as lutas por terra – década que também marcou a fundação do MST. Um novo pico foi registrado durante o primeiro mandato do Governo Lula, de 2003 a 2006. Apenas em 2003, aconteceram 496 ocupações – comparativamente, em 2010 foram 180”. (Informe da Oxfam Brasil: Novembro, 2016).
Podemos observar que os conflitos violentos no campo, são reflexos de uma política agrária que não traz benefícios aos trabalhadores do campo, pois é salutar dizer que os grandes proprietários possuem uma grande representação política nacional, o que significa dizer que os seus interesse são defendidos no Congresso Nacional, outro fato importante é a precariedade dos assentamentos, o que importa dizer que a reforma agrária não pode ser vista como uma mera distribuição de terras, é necessário a construção de políticas públicas nos assentamentos, ou seja, investimentos em políticas sociais de saúde, educação, saneamento básico, habitação, assistência social e infraestrutura.
O acesso ao crédito também é outra grande distorção em relação aos grandes proprietários e ao agricultor familiar no Brasil, o estudo da Oxfam Brasil nos mostra que:
“Quando se trata da distribuição de recursos, a situação se reverte drasticamente. Segundo o Censo Agropecuário 2006, apenas 8,9% dos estabelecimentos que acessam financiamentos conseguem cerca de 70% dos recursos. O sistema agrícola brasileiro está concentrado em uma elite detentora de grandes quantidades de terra, e as políticas públicas para agricultura tendem a privilegiar este grupo, consolidando a desigualdade no campo. Mesmo sem acesso a recursos, a agricultura familiar produz cerca de 70% de toda a alimentação básica que chega à mesa dos brasileiros e brasileiras”. (Oxfam do Brasil: Novembro, 2016).
			Conforme vimos se não bastasse a desigualdade na distribuição da terra, esta ainda se perpetua na distribuição dos créditos disponibilizados para a agricultura no país, privilegiando aqueles que detém grandes propriedades em detrimento àqueles pequenos proprietários que se dedicam à agricultura familiar.
			Neste aspecto há a perpetuação dos conflitos agrários, visto que as grandes propriedades em culturas completamente mecanizadas não absorve a demanda de trabalhadores do campo, tanto que em cidades onde o agronegócio está muito presente e é a base da economia local, há muito desemprego e miséria, pois uma grande parcela da população é excluída da riqueza gerada por este, e são locais onde fatalmente esta população se revoltará por políticas que venham de encontro aos seus anseios.
			O gráfico abaixo ilustra o total dos financiamentos no país por tamanho das propriedades.
Gráfico 1: Financiamento de acordo com o tamanho das propriedades rurais	
a luta pela reforma agrária
Com toda esta desigualdade já apontada acima, há um acirramento na luta pela reforma agrária no país, principalmente nos anos 80, com o fim da ditadura militar, pois a repressão aos movimentos camponeses era muito dura, alem de defender os interesses dos latifundiários havia uma grande preocupação do governo militar do crescimento da luta no campo pela democracia.
Com o fim da censura e com a divulgação de dados sobre a luta pela posse da terra, várias entidades ligadas à questão agrária, como: Comissão Pastoral da Terra - CPT, Movimento dos Sem Terra - MST, UNI, Associação Brasileira de Reforma Agrária - ABRA, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura - CONTAG, Central Única dos Trabalhadores - CUT, Central Geral dos Trabalhadores - CGT, Instituto Brasileiro de Estudos Estatísticos - IBASE, Federação de Órgãos Para Assistência Social e Educacional - FASE e INESC organizaram a Campanha Nacional pela Reforma Agrária (MONTEIRO & LEAL, 1998).
Neste contexto o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), desde a sua fundação no ano de 1985 vem encabeçando esta luta e está presente em 24 estados, fato este que demonstra a sua representatividade no cenário nacional, o movimento nasceu da ocupação de terra e tem nesta ação seu principal instrumento de luta contra a concentração fundiária no país. Com a política agrária desde o Brasil colônia voltada para a monocultura e agora em pleno século XXI que privilegia o agronegócio, o movimento intensifica as ocupações como uma forma de forçar o governo a realizar uma política para os assentamentos.
Importante frisar que desde o início da intensificação da luta pela reforma agrária no país e com a organização dos movimentos sociais na luta pela terra, houve a retaliação dos grandes latifundiários e representantes do agronegócio, surge, em maio de 1985, a União Democrática Ruralista como expressão da radicalização patronal rural contra a reforma agrária e como espaço de aglutinação das insatisfações da "classe rural". O seu principal mote foi a defesa da intocabilidade do regime de propriedade existente.
Os grandes proprietários se organizaram politicamente e criaram o Congresso Nacional a Frente Parlamentar Mista da Agropecuária, com o objetivo de defender os seus interesses, este “é um exemplo conhecido de como grupos de interesse que se articulam no Congresso Nacional podem chegar a exercer grande poder na política brasileira” (Informe Oxfam Brasil: Novembro, 2016).
			Neste contexto a luta pela reforma agrária se torna violenta, pois os grandes proprietários com representação política sempre têm seus interesses atendidos e aos trabalhadores só resta a luta e a pressão, nas ocupações de terras pelo pais e sendo duramente reprimidos pelos grandes latifundiários e até pelo Estado, com uso de aparatos de segurança pública a serviço do grande capital. Abaixo foto de um massacre a trabalhadores que marcou a luta pela reforma agrária no pais:
	
37
Fonte das fotos: Acervo de imagens da Ouvidoria Agrária Nacional do MDA.
	Estas fotos acima são de uma chacina ocorrida no sul do Pará, no município de Eldorado dos Carajás, na chacina que ficou conhecida como 0 “massacre de Eldorado dos Carajás”, onde foram assassinadas dezenove pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, pela Polícia Militar do Estado do Pará.
	Importante salientar que mesmo diante de toda esta desvantagem, os trabalhadores rurais obtiveram importantes conquistas ao longo destes anos de muita luta e repressão, os assentamentos rurais aparecem como a grande consagração da luta dos trabalhadores, visto que segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), foram assentadas no Brasil 1.258.205 famílias, com 8.952 projetos de assentamentos e em uma área de 87,8 milhões de hectares, conforme tabela abaixo:
Tabela 1 – Assentamentos Rurais, 2013
	Regiões e Brasil
	Famílias
	Projetos
	Área
	Norte
	515355
	2075
	67137826
	Nordeste
	410092
	4111
	10563324
	Sudeste
	59289
	746
	1377532
	Sul
	55541
	815
	815983
	Centro-oeste
	217928
	1235
	7987507
	Brasil
	1258205
	8982
	87882172
                            Fonte: INCRA, disponível em http://www.incra.gov.br.
	Importante dizer, que estes assentamentos são fruto da luta dos movimentos sociais e a grande porcentagem só foi possível com a partir da Constituição Federal de 1988 e com a redemocratização do país, onde a liberdade foi de associação e movimentos populares foram conquistadas, também a custa de muita luta de todos os trabalhadores.
A REFORMA AGRÁRIA E O MEIO AMBIENTE
A grande concentração de terras no Brasil, nas mãos de poucos proprietários, que são os grandes empresários do agronegócio, também é um grande problema ambiental, visto que para que se tenha grandes propriedades são necessários grandes desmatamentos e queimadas.
Tudo isso proposto em nome do tão almejado progresso e desenvolvimento, que na verdade é um progresso para poucos, e que causou e vem causando em nosso país e no mundo, mais empobrecimento e degradaçãodo meio ambiente. A modernização da agricultura brasileira trouxe consigo vários impactos ambientais, provocados pelo padrão produtivo monocultor, os principais problemas ambientais, são: a destruição das florestas e da biodiversidade genética, a erosão dos solos e a contaminação dos recursos naturais e dos alimentos.
	Diante deste contexto, vemos que o ser humano, através da sua atividade é o fator de degradação do habitat em que vive não havendo interação entre a sua atividade e o meio em que vive.
	O crescimento do agronegócio são muito animadores numa perspectiva meramente econômica, porém na perspectiva ambiental ele é muito danoso, gerando uma grande devastação, acabando com florestas, fauna, contaminando o lençol freático, destruindo nascentes, enfim uma forma destruidora de aumentar os lucros, e que como o capitalismo está sempre em busca de mais lucros isto não tem fim.
A DESIGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES NO CAMPO
Como em todos os aspectos da sociedade brasileira a realidade no campo também reflete a desigualdade de gênero, conforme diz o estudo da Oxfam do Brasil, 
“A desigualdade fundiária no Brasil também reforça a desigualdade de gênero. São os homens que controlam a maior parte dos estabelecimentos rurais e estão à frente dos imóveis com maior área: eles possuem 87,32% de todos estabelecimentos, que representam 94,5% de todas as áreas rurais brasileiras”. (Estudo da Oxfam do Brasil: Novembro, 2016).
	Contudo cabe ressaltar, que se por uma lado a maioria dos estabelecimentos são controlados por homens, que detém a sua posse legal, as trabalhadoras rurais sem posse, o que significa que as mulheres trabalham em situação mais precárias que os homens e sem nenhuma garantia da posse da terra onde se encontram.
	Mesmo para as mulheres que pretendem ingressar na militância, existem vários fatores impeditivos, como: pais, maridos, filhos, enfim os reflexos de uma sociedade machista em que vivemos. E, para além disso, ainda dentro dos próprios movimentos existe muito machismo, o que dificulta a presença das mulheres nestes espaços, e pior ainda nos espaços de decisão.
	Porém com muita luta, as mulheres foram avançando e a partir de 2003, conforme descrição abaixo:
“A partir de 2003, há uma mudança importante no governo federal com a implantação de iniciativas de ampliação dos direitos econômicos e políticos das mulheres rurais e de seu protagonismo envolvendo o fortalecimento de alternativas econômicas e a criação de oportunidades específicas e dirigidas às mulheres assentadas da reforma agrária. Mudança também expressa no caráter participativo que passou a ser adotado na elaboração das políticas e nas ações voltadas para incentivar a participação das mulheres rurais em diversos espaços”. (Buto&Hora: MDA, 2008, p 27).
	É neste período que a mulher passa a ser incluída de fato nas políticas agrárias, com o II Plano Nacional de Reforma Agrária (PRNA, 2004) e o I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM, 2004), que buscam incorporar a promoção da igualdade de gênero nas políticas do meio rural.
	A Portaria nº 981/2003, tornou obrigatória a titulação conjunta de terras para lotes constituídos por um casal sendo casados legalmente ou em união estável. E ainda tornou possível a inclusão da companheira em lotes já titulados, bastando somente procurar o cartório com os documentos exigidos.
	Embora mesmo com estas conquistas na realidade dos assentamentos ainda se observa uma prática conservadora, pois a necessidade de subsistência é latente principalmente no início dos assentamentos, e desta forma acaba-se reproduzindo o papel da mulher como a cuidadora da casa e da prole, porém há um novo conceito das relações de gênero no campo, há que se destacar as conquistas das mulheres dentro dos movimentos, e também avanços da legislação e programas governamentais, como o Programa Nacional de Agricultura Familiar para Mulheres (PRONAF MULHER).
CONCLUSÃO
Neste breve trabalho de pesquisa, buscamos apresentar a luta pela terra no Brasil, de uma maneira muito objetiva, foram tratados de questões importantes para reflexão.
A luta pela reforma agrária no Brasil sempre foi muito difícil, por ser um enfrentamento dos trabalhadores rurais que necessitam da terra para trabalhar com os grandes proprietários de terras e detentores do agronegócio, que só visam ao lucro, pois o sistema capitalista é tão cruel no campo quanto na cidade.
A partir dos anos 80, com o processo de redemocratização do país e a abertura política, se inicia uma nova história da reforma agraria, os movimentos sociais intensificam a sua luta pelo território nacional, visando forçar o governo federal a implementar uma política de reforma agrária que atenda aos anseios dos trabalhadores rurais, muitas vezes os conflitos são violentos e sangrentos, pois os grandes proprietários usam de força para defender o seu “patrimônio” e ainda contam com o aparato de segurança pública.
Com o modelo agrário existente houve e ainda há grande devastação do meio ambiente, pois o agronegócio necessita de áreas cada vez maiores para aumentar seus lucros em detrimento ao meio ambiente e a produção de alimentos, pois esta é em sua grande maioria provenientes das pequenas propriedade, ao passo que as grandes propriedade produzem para exportação.
Mesmo com todo o avanço no capo ainda há enormes desigualdades de gênero, pois a sociedade machista é reproduzida dentro dos movimentos sociais que lutam pela terra, a mulher ainda continua em um papel secundário, realidade esta que muda muito vagarosamente.
Contudo é importante salientar que a luta pela terra neste país ainda está longe do fim, pois com o aumento das desigualdades sociais, cada vez mais famílias estão sem trabalho no campo, pois com o aumento do agronegócio a tendência é termos mais espaços de vulnerabilidade social no campo, a luta tende a se intensificar cada vez mais.
REFERÊNCIAS
BRASIL, OXFAM DO. Informe da Oxfam do Brasil. Novembro, 2016. Disponível em www.oxfam.org.br
BUTTO, Andrea e HORA, Karla Emmanuela R. Mulheres e reforma Agrária no Brasil. In: Lopes, Adriana L. e ZARZAR, Andrea Butto (Organizadoras). Mulheres na reforma agrária a experiência recente no Brasil. Brasília, NEAD – MDA, 2008.
FERNANDES, Bernardo Mançano. Questão agrária, pesquisa e MST. São Paulo, Cortez, 2001. (Coleção Questão da Nossa Época; v.92).
STÉDILE, João Pedro (Org.); ESTEVAM, Douglas (assistente de pesquisa). A questão agrária no Brasil: Programas de reforma agrária. 1946 – 2003. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2005.
Materiais acessados por meio eletrônico
http://www.cptnacional.org.br acessado em 18/05/2017.
http://www.incra.gov.br/ acessado em 18/05/17.
http://www.mda.gov.br acessado em acessado em 17/05/2017.
http://www.mst.org.br/ acessado em 16/05/207.
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Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Homem, Cultura e Sociedade; Responsabilidade Social e ambiental; Psicologia e Políticas Públicas; Metodologia Científica e Seminário Interdisciplinar I.
Orientadores:Prof. Altair Ferraz Neto; Profa. Maria Gisele de Alencar; Profa. Maria Luiza Mariano; Profa. Mayra Campos Francisco; Prof. Paulo Sérgio Aragão e Profa. Valquíria Caprioli. 
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