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PROCECESSO CIVIL IV DOC2

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17/09/2017
1
PROCESSO CIVIL IV
TEORIA GERAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
Paulo Antonio Brizzi Andreotti
Teoria geral da execução:
Execução é a atividade processual de concretização do direito material. Portanto, o
processo de execução tem por função satisfazer o direito material do seu
titular.
Para o Prof. Alexandre Freitas Câmara é uma atividade de agressão patrimonial.
Porém, excepcionalmente, admite agressão corporal. Ex: prisão do devedor de
alimentos.
A atividade executiva se legitima pela existência de um título executivo,
portanto, se trata de processo que tutela a satisfação ou realização de um
direito já acertado ou definido em título judicial ou extrajudicial, com vistas à
eliminação de uma crise jurídica de adimplemento. (Elpídio Donizetti).
Por isso, Luiz Guilherme Marinoni destaca que o objeto da execução é a prestação
exigida pelo credor.
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2
Formas de execução: 
Nosso sistema processual admite duas formas de execução:
a) Fundada em título executivo judicial: trata-se do cumprimento de
sentença prolatada em processo anterior. É uma fase complementar
ao processo de conhecimento prevista nos artigos 513 a 538 do CPC.
b) Fundada em título executivo extrajudicial: trata-se do processo
de execução autônomo não procedido de nenhum processo anterior.
É uma ação autônoma prevista no Livro II do CPC - Processo de
Execução
Observações:
Tanto o cumprimento de sentença como o processo de execução tem
por finalidade concretizar o direito material previsto no título executivo.
É por isso que a execução se realiza no interesse do Exequente (art.
797 do CPC), ou seja, compete ao Exequente dar início a execução e
requerer as medidas necessárias ao seu desenvolvimento.
Por outro lado, a execução deve respeitar a menor onerosidade
possível (Art. 805 do CPC), isso significa, que ela deve se
desenvolver da forma menos gravosa para o executado.
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Atividade executiva:
A atividade executiva se desenvolve por dois mecanismos ou
instrumentos:
a) Sub-rogação: É aquela que o Juiz desenvolve atividade que substitui a
atuação do executado que se revela capaz de produzir o resultado prático
equivalente. Portanto, o Estado juiz substitui o devedor no cumprimento
suprindo a sua vontade, assim, dispensa a atividade do devedor. Exemplos:
Expropriação, busca e apreensão.
b) Coerção: É aquele que o Juiz constrange psicologicamente o executado,
para que, este pratique pessoalmente o ato necessário a concretização do
direito. Nestes casos o juiz tentar coagir o executado objetivando vencer
sua resistência e assim força-lo a cumprir a obrigação espontaneamente.
Exemplos: multa e prisão civil.
Quem pode ser parte no procedimento 
executivo:
O procedimento executivo possui dois sujeitos processuais: o
primeiro é o EXEQUENTE, ou seja, aquele que ocupa a posição
ativa e o segundo é o EXECUTADO, portanto, o sujeito que
ocupa a posição passiva.
Tem legitimidade para figurar como Exequente aquele a quem a lei
confere título executivo (art. 778 do CPC), isto é, o credor. Por
outro lado, tem legitimidade para figurar como Executado aquele
considerado como devedor no título executivo (art. 779, inciso I, do
CPC)
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Competência:
Existe no sistema processual civil brasileiro dois regimes de
regulamentação da competência no processo de execução:
a) Cumprimento de sentença: a competência do cumprimento
de sentença está prevista no art. 516 do CPC.
b) Processo de execução: por outro lado a competência para
interposição do processo de execução está elencada no art. 781
do CPC.
Requisitos necessários para realizar
qualquer execução:
O nosso Código de Processo Civil aponta dois requisitos essenciais
para realizar qualquer execução: o título executivo e a exigibilidade da
obrigação.
Portanto, é requisito necessário para toda e qualquer execução a
existência de uma obrigação representada em um título executivo e a
exigibilidade da obrigação.
Consequentemente, a execução, só poderá ser instaurada caso o
devedor não satisfaça um obrigação liquida, certa e exigível
consubstanciada em título executivo judicial ou extrajudicial.
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Portanto, toda execução deve ser fundamentada em um título executivo, ou seja, ato jurídico
dotado de eficácia executiva ou como prefere outros doutrinadores ato jurídico com aptidão
para permitir a incidência da responsabilidade patrimonial ou pessoal.
O Professor Alexandre Freitas Câmara destaca que "a exigência do título executivo é um
mecanismo de proteção do demandado, pois o executado só poderá ter seu patrimônio
agredido se o demandante apresentar um título dotado de certeza, liquidez e exigibilidade.
Com isso, todo processo de execução pressupõe título executivo. O título é pressuposto
necessário e suficiente para autorizar os atos executivos, isso porque, vige o princípio “nulla
executio sine título”, ou seja, não há execução sem titulo (art. 803, inciso I, CPC).
É que, para que, o Estado juiz possa desencadear a sanção executiva, fazendo uso dos
mecanismos previstos em lei para satisfazer a obrigação é preciso que tenha título executivo
dotado de grau suficiente de certeza, afinal, isso implicará medidas drásticas contra o
devedor, invadindo, se necessário seu patrimônio. (Marcus Vinicius Rios Gonçalves)
Os títulos executivos: 
É importante ressaltar que, somente a lei pode criar títulos
executivos, portanto, é o legislador que estabelece quais são os
títulos executivos.
Como regra, a execução deve ser instruída com o original do
título executivo, assim, resta garantida a segurança jurídica.
O nosso Código de Processo Civil enumera a existência dos
seguintes títulos executivos: os judiciais e os extrajudiciais,
vejamos:
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TÍTULOS EXECUTIVOS 
JUDICIAIS 
TÍTULOS EXECUTIVOS 
EXTRAJUDICIAIS 
São títulos judiciais aqueles
formados através de um processo,
ou seja, um procedimento em
contraditório.
Os título executivos judiciais estão
previstos no Art. 515 do CPC.
É um ato de positivação do poder
estatal, pois resulta da atividade
jurisdicional.
São títulos extrajudiciais aqueles
que o direito agrega eficácia
executiva, isto é, título liquido, certo
e exigível.
Os títulos executivos extrajudiciais
estão previstos no Art. 784 do CPC.
Os títulos extrajudiciais são criados
por lei federal, competindo ao
legislador escolher os documentos
que são dotados de eficácia
executiva.
Desta forma, para que, o Estado-juiz possa desencadear a
sanção executiva, fazendo uso dos mecanismos previstos em lei
para a satisfação da obrigação, é preciso que esta esteja dotada
de um grau suficiente de certeza e esse grau de certeza é dado
pelo título executivo.
Esse grau de certeza se revela no aspecto objetivo, ou seja, com
relação ao que é devido e no aspecto subjetivo, portanto, quem
é o credor e o devedor.
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Exigibilidade da obrigação: 
Outro requisito para que a execução possa ser instaurada está
previsto no art. 786 do CPC, qual seja, a exigibilidade da obrigação.
Consoante o art. 786 do CPC, a execução só poderá ser instaurada
quando o devedor não satisfazer a obrigação certa, liquida ou exigível
consubstanciada no título executivo.
Portanto, enquanto não caracterizado o inadimplemento, ou seja, o
não cumprimento da obrigação no tempo, local e na forma
convencionada o credor não poderá iniciar a execução.
Por outro lado, é importante destacar que, tanto no caso de mora
quanto no caso de inadimplemento absoluto será possível promover a
execução.
Pelo art. 787 do CPC, o devedor não está obrigado a satisfazer sua
prestação senão mediante a contraprestação do credor, portanto, este
deverá provar que a adimpliu sua contraprestação ao requerer a
execução, sob pena de extinção do processo. Trata-se da aplicação
da cláusula da exceção de contrato não cumprido prevista no art. 476
do CódigoCivil.
Importante: Por fim, é importante ressaltar que a falta de título
executivo e a inexistência do inadimplemento implicam,
necessariamente, carência da execução acarretando a extinção do
processo de execução.
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Tipos de execução: 
Conforme destacamos anteriormente o processo de execução pode ser iniciado
com base em um titulo executivo judicial ou extrajudicial. É que, o legislador
atribuiu eficácia executiva a certos documentos, permitindo, assim, a seus
titulares acessar a via executiva sem se submeter ao processo de conhecimento.
É preciso destacar que os títulos executivos extrajudiciais não gozam da mesma
garantia dos títulos judiciais, isso porque, não foram formados sob o crivo das
garantias processuais do contraditório e da ampla defesa.
Essa diferença é fundamental e acarreta a instituição de procedimento
diferenciado para a execução de titulo judicial e extrajudicial, vejamos:
EXECUÇÃO DE TÍTULO 
JUDICIAL 
EXECUÇÃO DE TÍTULO 
EXTRAJUDICIAL
É uma fase do processo de
conhecimento. Inicia-se por simples
petição protocolada nos autos,
portanto, não demanda a instauração
de processo próprio.
A defesa do executado no
cumprimento de sentença é restrita.
Se dá por meio da impugnação.
É um processo autônomo. Iniciação
com a distribuição da petição inicial,
ou seja, demanda a instauração de
processo próprio.
A defesa do executado no processo
de execução é ampla. Sé dá por
meio dos Embargos.
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Portanto, o título executivo extrajudicial dá a seu titular o imediato
acesso ao processo de execução, obrigando o executado a propor
ação incidental (embargos) para desconstituir o título que o
exequente sustenta possuir. A defesa se dá com a propositura de
novo processo com cognição plena e exauriente.
Tanto a impugnação como os embargos não possuem efeito
suspensivo, necessitando de decisão judicial para suspender a
execução quando presentes o perigo na demora e o grave risco de
dano (art. 525, §6º e art. 919, §1º).
Porém, em razão da amplitude dos embargos, fica claro que, o
horizonte para a suspensão da execução é mais amplo, tendo em
vista que os fundamentos a permitir a suspensão da execução
também serão mais amplos.
Responsabilidade patrimonial:
Primeiro, é importante destacar que a atividade executiva é essencialmente
patrimonial. Isso significa que, os atos executivos incidem sobre os bens do
executado e não sobre o seu corpo, salvo no caso de prisão civil do devedor de
alimentos.
Portanto, o CPC adotou, para o processo de execução o sistema da
responsabilidade patrimonial, ou seja, é o patrimônio do executado que está
sujeito ao cumprimento da obrigação por meio da execução.
É importante destacar que, a adoção do sistema de responsabilidade patrimonial
está ligada a evolução do direito constitucional, isso porque, os direitos
fundamentais determinaram a substituição da execução pessoal pela patrimonial.
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Importante:
A função da responsabilidade patrimonial é garantir o adimplemento da
obrigação. Portanto, trata-se de um instrumento de garantia do
adimplemento, tanto que, o devedor responde com todos os seus bens
presentes e futuros nos termos do art. 789 do CPC.
O sistema de responsabilidade patrimonial, significa o direito
potestativo de submeter o patrimônio do devedor ou garantidor, ao
adimplemento da obrigação decorrente do processo de execução. É
interessante que podemos ter um débito sem responsabilidade
patrimonial. Exemplo: Execução contra a fazenda Pública.
É importante destacar que a responsabilidade patrimonial está
prevista em lei. Portanto, trata-se de um garantia geral que está
prevista no ordenamento jurídico.
É a responsabilidade patrimonial que fundamenta e autoriza a
invasão do Estado, no patrimônio do devedor inadimplente, conforme
determina o art. 789 do CPC. Portanto, trata-se de um direito
potestativo que só pode ser concretizado por intermédio do Poder
Judiciário.
Importante destacar que a responsabilidade patrimonial é instituto
basilar do processo de execução, sendo que, se aplica a todos os
processos executivos, ou seja, ao cumprimento de sentença e ao
processo de execução.
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De acordo com o Código de Processo Civil, pela responsabilidade patrimonial, todos os
bens do executado, presentes e futuros, estão sujeitos ao processo de execução (art. 789
do CPC), salvo as restrições estabelecidas em lei, ou seja, aqueles que a lei declara como
impenhoráveis e inalienáveis (arts. 832 e 833 do CPC).
Portanto, essa garantia genérica ligado ao adimplemento, prevista no CPC, possui limites:
a) Própria dívida: É que, só se sujeita a execução os bens necessários ao pagamento do
débito. O limite da responsabilidade patrimonial é o limite do débito previsto no título
executivo.
b) Atribuído pela lei: Por outro lado, existem limites previstos no próprio ordenamento
jurídico, dada a necessidade de proteção de outros direitos fundamentais e
preservação da dignidade da pessoa humana, conforme explana o próprio art. 789 do
CPC. Ex. normas relativas a impenhorabilidade (art. 833 do CPC).
Importante: 
Conforme destacou o Professor Rinaldo Mouzalas “a
responsabilidade patrimonial não pode ir ao ponto de arruinar a
vida de outrem. Uma parte do patrimonio, por ser essencial à
manutenção da dignidade da pessoa humana, é preservada pela
impenhorabilidade legal”
É por isso que existe, em nosso ordenamento jurídico, bens que
são considerados impenhoráveis, ou seja, excluídos da
responsabilidade patrimonial.
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Bens que não estão sujeitos a execução: 
Em regra todos os bens do devedor são responsáveis pelo
débito, ou seja, sujeitos a execução, salvo aqueles que não
tenham valor econômico e que a lei não tenha classificado como
impenhorável.
Por outro lado, devemos ressaltar que, bens de terceiros
também podem ser penhorados desde que a lei estabeleça a
sujeição de tais bens à execução. Exemplo: Os bens do sócio na
desconsideração da personalidade jurídica e os bens alienados
em fraude a execução.
O próprio art. 789 do CPC, informa que, o devedor responde com todos os seus bens, salvo as
restrições estabelecidas em lei. Essas restrições devem ser entendidas como bens que a lei
considera impenhorável e inalienável (art. 832 e 833 do CPC).
Neste ponto, devemos analisar o Art. 833 do CPC.
Porém, é importante destacar que, os bens previstos neste artigo são impenhoráveis, ou seja, não
podem ser penhorados, salvo algumas exceções como a execução de dívida relativa ao próprio bem,
inclusive adquirida para sua aquisição (art. 833, §1º).
Pelo §2º do referido artigo, a impenhorabilidade estabelecido nos inciso IV e X do Art. 833 do CPC
não prevalece sobre débitos alimentícios de qualquer origem, nem sobre a importância excedente a
50 salários mínimos. A redação do dispositivo trata de duas hipóteses em que a impenhorabilidade
não pode ser invocada: a) a impenhorabilidade não pode ser invocada quando o débito for de
natureza alimentar e b) a impenhorabilidade não poderá ser oponível quando o ganho ultrapassar 50
salários mínimos, por qualquer dívida, não apenas de natureza alimentar.
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Importante:
A impenhorabilidade pode decorrer de legislação extravagante, a exemplo da impenhorabilidade
prevista na Lei 8.009/90, ou seja, a impenhorabilidade do bem de família.
Por outro lado, devemos destacar que, o rol previsto no art. 833 é taxativo e enseja uma
interpretação restritiva.
A impenhorabilidade também é relativizada pelo Art. 834, segundo o qual podem ser penhorados, à
falta de outros bens, os frutos e rendimentos dos bens inalienáveis. Trata-se de hipótese de
impenhorabilidade relativa.
A impenhorabilidade pode ser alegada em qualquer execução (processo de execução e
cumprimento de sentença). É importante destacar que se trata de matéria de ordem pública e deve
ser conhecidapelo juiz de ofício e a qualquer tempo e grau de jurisdição.
Responsabilidade de terceiros ou
responsabilidade secundária:
Em regra, somente o patrimônio do devedor responde pelo
adimplemento, portanto, a responsabilidade patrimonial deve atingir o
patrimônio do Executado, isso porque, é o responsável originário e
primário da obrigação.
Ocorre que, a lei processual, pode estender essa responsabilidade
para terceiros que não figurem como devedoras, trata-se da
conhecida responsabilidade secundária, ou seja, das hipóteses de
responsabilidade de terceiros previstas no art. 790 do CPC.
Portanto, necessário e extremamente importante analisarmos o art.
790 do Código de Processo Civil.
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Benefício de ordem: 
É importante destacar que, de acordo com o art. 794 e 795, §1º do CPC, o
executado pode se defender alegando o chamado “benefício de ordem”.
Esse benefício, garante ao devedor secundário, o direito de exigir que
primeiro sejam executados os bens do devedor originário situados na
mesma comarca, livres e desembargados. Trata-se de benefício que tem
por finalidade concretizar a economia processual.
Por fim, é importante destacar que, pelo §3º do art. 794 do CPC a arguição
só tem sentido para quem, no plano material, não tiver renunciado ao
benefício de ordem.
Fraude a execução:
Fraude a execução deve ser compreendia como a hipótese no qual a alienação
ou oneração de bem, sujeito a execução, é feita de forma indevida e, portanto,
considerada ineficaz em relação ao exequente (art. 792, §1º, CPC).
Em suma, trata-se de uma fraude no intuito de impedir a incidência da
responsabilidade patrimonial, portanto, com a intenção de fraudar atual ou futura
execução para satisfação de outrem. É importante destacar que, as hipóteses de
fraude a execução estão descritas no art. 792 do Código de Processo Civil.
O rol do art. 792 autoriza a compreensão de que a fraude a execução, em regra,
depende de prévio registro do processo ou de constrição sobre o bem alienado
indevidamente. Essa orientação se harmoniza com a Súmula 375 do STJ, ao
informar que “O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da
penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente”
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Neste caso, havendo averbação no registro é importante enfatizar
que a má-fé do adquirente é presumida, inclusive, na hipótese do art.
828. Por outro lado, não havendo averbação no registro, o
reconhecimento da fraude dependerá de prova que o adquirente
estava de má-fé.
Porém, a importante citar o §2º do Art. 792. É que, no caso do bem
não estar sujeito a registro a fraude independe do respectivo ato,
portanto, nessas hipóteses, é ônus do adquirente demonstrar que
agiu com cautela ao adquirir o bem, mediante as certidões
pertinentes, sob pena de restar reconhecida a fraude a execução.
Por fim, é interessante destacar que, só haverá fraude a execução se
a alienação ocorrer quando existir processo pendente e resultar em
insolvência do devedor. Caso o devedor tenha patrimônio para
garantir a execução eventual alienação não restará caracterizada a
fraude a execução.
Importante: 
A fraude a execução acarreta prejuízo ao credor e ao juiz,
portanto, é considerada ato atentatório a dignidade da justiça.
(Art. 774, inciso I, do CPC).
É importante destacar que, o reconhecimento da fraude a
execução acarreta a ineficácia do ato em relação ao exequente e
não a invalidade do ato. (art. 792, §1º).
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Cuidado:
Não podemos confundir fraude a execução com fraude contra
credores:
FRAUDE A EXECUÇÃO FRAUDE CONTRA CREDORES
É instituto de direito processual e constitui ato
atentatório a dignidade da justiça. (art. 792 do
CPC).
Atenta contra o funcionamento do Poder
judiciário.
Nesta, a alienação e feita quando há processo
em curso e não há necessidade de conluio
entre as partes.
Induz a ineficácia em relação ao Exequente.
É defeito do negócio jurídico, tratada no direito
civil (art. 158 do CC).
Ofende direito contra credores.
Ocorre quando não há processo em curso e
depende da comprovação do eventos damni
(insolvência) e consilium fraudis (conluio).
Conduz a desconstituição do negócio jurídico.
Atos atentatórios a dignidade da justiça
(Art. 774 do CPC):
Conforme o art. 774 do CPC, considera-se ato atentatório a dignidade
de justiça a conduta omissiva ou comissiva do executado que:
1. Frauda a execução.
2. Opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios
artificiosos.
3. Dificulta ou embaraça a realização da penhora.
4. Resiste injustificadamente às ordens judiciais,
5. Intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos
à penhora e seus respectivos valores, nem exibe prova de sua
propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
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Consequências: 
Caso o executado pratique atos atentatórios a dignidade da
justiça, será punido com multa não superior a 20% do débito em
execução, sem prejuízo de outras sanção de natureza
processual ou material.
PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE 
EXECUTIVA
O desenvolvimento da atividade executiva está pautado nos
seguintes princípios:
1. Princípio da patrimonialidade: referido princípio informa que a
execução recai sobre o patrimônio do devedor, isto é, sobre seus
bens e não sobre sua pessoa conforme explana o Art. 789 do CPC.
É uma conquista do texto constitucional, que só admite a prisão civil
do devedor de alimentos decorrente do direito de família, isto é de
casamento, união estável e parentesco.
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2. Princípio do exato adimplemento ou especificidade da
execução: O Estado deve prestar a tutela específica, ou seja, o
credor, dentro do possível, deve obter o mesmo resultado que seria
alcançado caso o devedor tivesse cumprido a obrigação
voluntariamente.
Portanto, não se deve com a execução proporcionar nem mais nem
menos e sim precisamente aquilo que é devido ao exequente.
Entretanto, em duas em duas hipóteses é permitida a substituição da
obrigação específica pela reparação dos danos:
a) quando o credor preferir a reparação
b) quando o cumprimento específico for impossível.
3. Princípio da disponibilidade do processo pelo credor: Conforme
destacamos anteriormente, a execução é feita em benefício do credor,
portanto, ele pode dela desistir em sua totalidade ou de alguma medida
executiva a qualquer tempo nos termos do art. 775 do CPC.
Porém, há um caso em que a desistência da execução demanda a
anuência do devedor: quando houver impugnação ou embargos, que não
versar apenas sobre questões processuais, conforme art. 775, inciso II, do
CPC.
Em suma, a desistência é livre quando:
a) A execução não estiver impugnada ou embargada.
b) A impugnação ou embargos versar sobre matéria processual.
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4. Princípio da utilidade: o processo de execução só se justifica
quando for útil ao exequente, ou seja, se trazer algum proveito
consistente na satisfação total ou parcial do crédito, portanto, só se
admitido o processo de execução quando trouxer uma vantagem para
o credor.
Tanto é verdade que Art. 836 do CPC informa que “não se levará a
efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo
pagamento das custas da execução”.
Processo de execução deve servir, efetivamente, para entregar ao
executado aquilo que tem direito de receber e não para prejudicar o
devedor, portanto não se admite atos executivos sem utilidade. Ex.
penhora de bens insuficientes e ínfimos; aplicação de multa quando é
impossível o cumprimento da obrigação.
5. Princípio da menor onerosidade ou sacrífício possível:
considerando os interesses em jogo na execução, qual seja, direito do
exequente x sujeição do executado, nos limites do indispensável, o
art. 805 do CPC, previu uma proteção ao executado, ao determinar
que:
“Quando por vários meioso exequente puder promover a execução, o
juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o
executado”.
Portanto, havendo vários meios para garantir o direito do exequente,
deve prevalecer o menos gravoso ao devedor. Importante destacar
que, caso o executado alegue que a medida executiva é gravosa,
incumbe a ele indicar outros meios eficazes e menos oneroso, sob
pena de manutenção dos atos executivos (art. 805, Parágrafo único).
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Importante: 
Execução não e instrumento de vingança privada, portanto a medida
executiva deve se restringir ao estritamente necessário a satisfação do
exequente.
Com isso, gravames desnecessários devem ser evitados, assim, havendo
vários meios executivos o juiz mandara aplicar o menos gravoso ao credor.
Ex: alienação por preço vil (art. 891 do CPC); penhora do faturamento da
empresa.
Esse princípio deve ser interpretado à luz do princípio da efetividade da
tutela executiva, isso porque, o exequente tem direito a satisfação do seu
direito. Portanto, a menor onerosidade não pode sacrificar a efetividade da
tutela executiva devendo o magistrado, a luz do caso concreto, aplicar a
razoabilidade e a proporcionalidade.
Dica interessante:
Tanto o princípio da utilidade como a menor onerosidade vedam
a aplicação de medidas executivas que notoriamente são
incapazes de gerar qualquer satisfação ao direito do exequente,
pois serviria apenas para prejudicar o executado sem
contrapartida em favor do exequente.
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Classificação da atividade executiva: 
A atividade executiva pode ser classificada em: 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA X EXECUÇÃO DEFINITIVA: ao decidir um processo
de conhecimento o magistrado revela uma norma concreta, ou seja, reconhece ou
não o direito do autor. Enfim, admite a eficácia normativa no caso concreto.
Ocorre que, essa decisão nem sempre produz efeitos imediatos. É que, segundo o
CPC, essa decisão poderá se sujeitar ao duplo grau de jurisdição e, em razão da
segurança jurídica, ser atribuído efeito suspensivo ao recurso, impedindo que a
decisão possa ser executada, dada a ausência de efeitos.
Neste contexto, surge a diferença entre execução provisória e definitiva, conforme
determinar o Art. 520 do CPC, isso porque, na execução provisória é possível a
reversão do julgado e na definitiva não.
Porém, as diferenças são pequenas e decorrem de haver recurso
pendente o que torna possível a reversão do conteúdo da sentença,
isto é, do título executivo judicial. As principais peculiaridades do
cumprimento provisório são:
a) corre por conta e risco do credor, que assume a responsabilidade
pela reversão do julgado, pois ainda há recurso pendente. Caso a
sentença seja reformada, compete ao exequente ressarcir todos
os prejuízos do executado, isto é, as partes serão reposta ao
status quo ante.
b) no cumprimento provisório, o credor deve prestar caução, mas
apenas para o levantamento de depósito em dinheiro e a prática
de atos que importem transferência de posse ou alienação de
propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar
grave dano ao executado. (art. 520, inciso IV)
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Em suma, o Prof. Marcus Vinicius Rios Gonçalves informa que:
“Tanto a execução provisória como a definitiva “se
processam do mesmo modo, com a diferença de que o
provisório corre por conta e risco do exequente, já que há
sempre o risco de reforma. Por isso, nela se exige caução
para os atos que importem levantamento de dinheiro,
transferência de posse ou alienação de domínio ou que
possam trazer grave dano ao executado. Mas, mesmo
nesses casos, a caução poderá ser dispensada nas
hipóteses do art. 521 do CPC”.
EXECUÇÃO ESPECÍFICA X EXECUÇÃO GENÉRICA: O NCPC se
preocupou com uma tutela jurisdicional justa e efetiva. Para isso, implantou
uma série de dispositivos que, outorga ao Magistrado, poderes
instrumentais necessários a concretização do direito material, conforme se
infere no Art. 4º, 6º, e 139 do CPC.
É que, de acordo com o NCPC o Magistrado deve conceder, em regra, a
tutela específica, ou seja, aquela que busca a satisfação de pretensão do
autor tal como estatuída no título executivo. Portanto, a execução específica
é aquela que o credor alcança o resultado mais próximo possível daquele
que obteria caso a obrigação tivesse sido satisfeita.
Por outro lado, a execução genérica se relaciona as obrigações de pagar
quantia certa, isso porque, a tutela executiva pode recair sobre qualquer
bem do executado. Neste caso, a tutela genérica é subsidiária da tutela
específica, pois é possível a conversão em perdas e danos para as
hipóteses do cumprimento específico tornar-se impossível ou quando o
credor preferir.
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EXECUÇÃO DIRETA X EXECUÇÃO INDIRETA: O processo de
execução busca solucionar uma crise de inadimplemento, referente as
diversas espécies de obrigação que temos em nosso ordenamentojurídico. Portanto, procura concretizar o direito material previsto no título,
para isso, o Estado poderá utilizar meios diretos e indiretos.
As execuções diretas são aquelas relacionados aos meios executivos
sub-rogatórios, isso porque, o magistrado substitui a vontade do devedor
no cumprimento alcançando a adimplemento diretamente pelo Estado.
Aqui o Estado vence a resistência do executado substituindo sua
vontade satisfazendo diretamente do direito do exequente. Ex. Penhora
e expropriação.
Por outro lado, as execuções indiretas estão ligadas aos meios
coercitivos, sendo que, o Estado atua sobre a vontade do Executado
que, indiretamente, cumpre a tutela específica através de incentivos
positivos ou negativos. Nesta o Estado não substitui a vontade, mas atua
por meio de uma coerção psicológica para que o executado satisfaça
espontânea e indiretamente o direito do exequente. Ex. Multa e prisão.
SUSPENSÃO DA RELAÇÃO PROCESSUAL 
EXECUTIVA:
Toda atividade jurisdicional realizada por meio de processo tem um início e um fim.
Porém, o itinerário procedimental pode ser suspenso, por uma causa interna ou
externa ao processo, acarretando um crise no procedimento executivo.
Essa crise é sempre provisória e ocorre em razão de um obstáculo processual.
Neste caso a suspensão acarreta uma paralisação momentânea da marcha
processual que só voltará a tramitar com a eliminação da causa que determinou a
paralisação processual.
Portanto, a suspensão do processo é uma patologia que aflige o processo de
execução, tendo em vista interrompe o caminho, destinado a satisfação da norma
jurídica concreta.
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As causas suspensivas:
As causas de suspensão do processo de execução ou crise de
suspensão estão sempre ligadas a uma fato ou situação que tem
o condão de sobrestar o andamento do processo.
Essas causas, estão previstas no art. 921 do CPC. O rol do
referido artigo se aplica tanto ao cumprimento de sentença
quanto ao processo autônomo de execução, sendo que, é
importante destacar que o respectivo rol contém causas
suspensivas e impeditivas.
Portanto, as causas de suspensão previstas no art. 921 do CPC
podem ser:
a) Suspensivas: trata-se de causa externa à atividade executiva,
sendo que, por imposição de um fato jurídico involuntário ou
voluntário o legislador reconhece a suspensão da execução. (art.
921, I e II)
b) Impeditivas: são causas que estão internamente relacionadas
com a essência ou a eficácia dos atos executivos, de tal forma
que sua ocorrência impede o itinerário executivo. (art. 921, III e IV)
Muito embora sejam diferentes em sua essência, provocam a mesma
consequência, qual seja, a suspensão do processo de execução.
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Hipóteses de causa impeditiva: 
a) Ausência de bens a penhorar (art. 921, III): como toda
execução funda-se na responsabilidade patrimonial é
evidente que se bens não existir para satisfação haverá um
impedimento que acarretará a suspensão do processo.
Importante que haja a declaraçãode suspensão p/
suspensão da prescrição intercorrente.
b) Prestação de caução no cumprimento provisório (art.
521, IV): Não prestada a caução, no cumprimento provisório,
não será possível a realização dos atos executivos. Trata-se
de condição necessária a realização dos atos executivos, sob
pena de suspensão do processo.
c) Penhora no rosto dos autos – Art. 860 do CPC: O processo
de execução deverá ficar suspenso enquanto perdurar a
discussão processo, no qual, o exequente efetivou a penhora. É
que, deve aguardar a solução deste processo para concretizar a
penhora e eventual adimplemento.
d) Concurso de credores ou exequentes (art. 908 e 909): É
outro fato que impede o deslinde normal do processo de
execução. Quando existe um concurso de credores sob o bem
penhorado, que pode ser estabelecido pela lei civil ou
processual, o Juiz deve adotar o critério da anterioridade do
direito de preferencia entre os exequentes, portanto, enquanto
não resolvido o direito de preferencia o processo deve ficar
suspenso.
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Hipóteses de causa suspensiva: 
a) Nas hipóteses dos art. 313 e 315 do CPC: Portanto, as
hipóteses de suspensão do processo, previstas na parte
geral, para o processo de conhecimento se aplicam ao
processo de execução. (art. 921, I)
b) Recebimento dos embargos à execução ou impugnação
no efeito suspensivo: recebida a defesa do executado no
efeito suspensivo o processo de execução terá seu tramite
paralisado. Importante destacar que deve haver o
deferimento do pedido de suspensão. (art. 921, II)
Efeitos da suspensão:
A suspensão do processo não implica o fim do estado de
pendência, ou seja, o término do processo de execução, mas
apenas que o processo fica sobrestado não se praticando
nenhum ato processual, salvo nos termos do art. 923 do CPC.
(providencias urgentes de cunho cautelar ou satisfativo).
É importante destacar que, não havendo bens penhoráveis, o
juiz suspenderá a execução pelo prazo de um ano, durante o
qual se suspenderá a prescrição (art. 921, §1º). Decorrido esse
prazo o processo será arquivado e começa a correr o prazo de
prescrição intercorrente.
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Portanto, muito cuidado: 
A suspensão do processo de execução não perdura por tempo
indeterminado. É que, após um ano o processo será arquivado e
reconhecida a prescrição intercorrente o juiz determinará a
extinção do processo com fundamento no art. 924, inciso V, do
CPC.
Portanto, decorrido o prazo máximo de um ano sem que seja
localizado o executado ou bens passíveis de penhora, o juiz
ordenará o arquivamento do autos, sendo que, após este prazo
sem manifestação do exequente começa a correr o prazo de
prescrição intercorrente.
EXTINÇÃO DO PROCESSO DE 
EXECUÇÃO
A extinção da execução será sempre declarada por sentença, esteja
ela fundada em título judicial ou em título extrajudicial. (observar o art.
203, §1º, 317 e 925 do CPC).
Porém, a sentença não pode ser comparada com as proferidas no
processo cognitivo. É que, ao contrário do processo de conhecimento,
que é destinado a revelação da norma concreta (procedência ou
improcedência) o processo de execução está destinado a satisfação
do direito.
Logo, a extinção do processo de execução ou satisfaz (frutífera) ou
não satisfaz (infrutífera) o direito do exequente. Neste caso, a
extinção reconhece a satisfação ou não do direito exequendo.
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As causas que ensejam, a extinção do processo de execução, estão
previstas no art. 924 do CPC. Trata-se de rol exemplificativo, pois o
dispositivo não contempla todas as espécies de extinção.
Exemplos: Acolhimento dos Embargos ou da Impugnação,
acolhimento de exceção de pré-executividade, ilegitimidade de uma
das partes, quando o credor desistir da execução.
Art. 924. Extingue-se a execução quando:
I - a petição inicial for indeferida;
II - a obrigação for satisfeita;
III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da
dívida;
IV - o exequente renunciar ao crédito;
V - ocorrer a prescrição intercorrente.
Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.
Importante: 
1. A extinção do processo em razão do indeferimento da petição
inicial só ocorre depois de aplicado o art. 801, que assim diz
“Verificando que a petição inicial está incompleta ou que não está
acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da
execução, o juiz determinará que o exequente a corrija, no prazo de
15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento”
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Remição da execução:
Cuidado: 
Remissão = perdão da dívida.
Remição = ato de remir, quitar, resgatar. Trata-se de hipótese de satisfação da 
execução. 
Uma vez iniciado o processo de execução, seja de título judicial ou extrajudicial, o
código de processo civil, concede ao executado o direito de remir a execução.
Neste caso, existe um direito subjetivo do executado remir a execução, pagando
ou consignando seu valor.
Esse direito é uma projeção do art. 805, porém deve ser compatibilizado com a
maior efetividade possível da execução. É que, o direito de remir está limitado
pelas circunstancias da própria execução. EX: requerer o parcelamento do art. 916
quando houve penhora, em dinheiro do montante devido.
Tipos de remição da execução: 
A regra geral ou clássica da remição, encontra-se prevista no art. 826
do CPC, ao expor que, “antes de adjudicados ou alienados os
bens, o executado pode, a todo tempo, remir a execução,
pagando ou consignando a importância atualizada da dívida,
acrescida de juros, custas e honorários advocatícios”
Porém, existem formas especiais de exercer esse direito:
a) Art. 827, §1º do CPC – Integral pagamento do débito
b) Art. 523, §1º do CPC – Integral pagamento do débito
c) Art. 916 do CPC – Parcelamento legal do crédito exequendo.
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Parcelamento legal do art. 916:
É uma regra especial que esta atrelado a um prazo e modo especifico de
exercer o respectivo direito de remição. Os pressupostos para essa espécie
de quitação do débito são, de acordo com o respectivo artigo:
a) Reconhecimento da dívida.
b) Depositar 30% do valor da execução.
c) Satisfação do crédito acrescido dos acessórios.
É importante destacar que, nessa espécie de remição, o executado abre
mão do seu direito de opor embargos a execução, isto é, discutir o processo
de execução. Portanto, ela é especial em relação as demais, tendo em vista
que o exequente terá como vantagem a desistência do réu quanto a
propositura de defesa.
Com isso, o Código de Processo Civil, abre a possibilidade do executado
pagar o débito em até 07 (sete) vezes. Para isso, o executado deverá
preencher os pressupostos legais.
Importante:
O Juiz pode negar o pedido de remição na forma estabelecida no art. 916?
Primeiro, devemos destacar que, o requerimento enseja o contraditório (art.
916, §1º). Por outro lado, o NCPC deixa clara a possibilidade de
indeferimento, mas dá a entender que isso se dará apenas quando não
estiver preenchido os pressupostos objetivos do art. 916. Se fosse possível
indeferir não haveria um estimulo a utilização do parcelamento legal.
Portanto, só poderá ser indeferido em situações extremas e que atente
contra a máxima efetividade do processo de execução: Ex. Pedido após a
penhora de dinheiro com relação a totalidade do débito.

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