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TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES

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TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES 
Introdução: as obrigações são dinâmicas; em roma não havia transmissão de obrigações. Na atualidade pode-se transmitir tanto crédito quanto a dívida. 	
		A relação obrigacional admite alterações na composição de seus elementos essenciais: conteúdo ou objeto e sujeitos ativo e passivo. A mudança no conteúdo da obrigação aparece com a sub-rogação real e com a transação.
		De acordo com antiga concepção romana da obrigação, entendida como vínculo de natureza pessoal, não podia ser esta transferida de um sujeito a outro sem que se considerasse modificado o vínculo jurídico. A mudança no pólo ativo ou passivo ocorria unicamente em virtude da sucessão hereditária. 
Cessão de crédito: é o negocio jurídico por meio do qual o credor (cedente) transmite total ou parcialmente o crédito a um terceiro ( cessionário), mantendo-se a relação obrigacional primitiva com o mesmo devedor (cedido). Ou seja, é o negocio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional. 
EXISTEM TRÊS PARTES NA CESSÃO DE CRÉDITO:
• CEDENTE (credor primário): é aquele credor que transfere seus direitos. 
• CESSIONÁRIO (novo credor): é o terceiro a quem são transmitidos. 
• DEVEDOR (cedido): não participa necessariamente da cessão, que pode ser realizada sem a sua anuência, contudo da cessão deve estar ciente para que possa solver a obrigação ao legítimo detentor do crédito. 
		Art 290: o devedor deve estar ciente por instrumento público ou particular. 
Cessão de crédito pro soluto: Na cessão pro soluto o cedente responde pela existência e legalidade do crédito, mas não responde pela solvência do devedor, salvo se previsto no contrato.
Cessão pro solvendo: responde pela solvência do devedor. 
EXISTEM 3 HIPÓTESES EM QUE NÃO OCORRERÁ A TRANSMISSÃO
Em regra, todos os créditos podem ser objeto de cessão, constem de titulo ou não, vencidos ou por vencer salvo se a isso opuser “ a natureza jurídica da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor”. 
1 – A transmissão não ocorrerá quando a natureza da obrigação for incompatível com a cessão de crédito. 
Ex: um casal que se separa ficando com a mãe o filho, o pai é obrigado a pagar a pensão, sendo assim a pensão não pode ser usada para outros fins se não o alimento. 
2 – A transmissão não ocorrerá quando houver vedação legal, ou seja, quando a lei não permitir a transmissão. 
3 – A transmissão não ocorrerá quando houver cláusula no contrato que impede a transmissão, ou seja, da convenção com o credor. 
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	ARTIGO 286: O CREDOR PODE CEDER O SEU CRÉDITO, SE A ISSO NÃO SE OPUSER A NATUREZA DA OBRIGAÇÃO, A LEI, OU A CONVENÇÃO COM O DEVEDOR; A CLÁUSULA PROIBITIVA DA CESSÃO NÃO PODERA SER OPOSTA AO CESSIONÁRIO DE BOA FÉ, SE NÃO CONSTAR DO INSTRUMENTO DA OBRIGAÇÃO.
- A cessão de crédito pode ser gratuita, onerosa parcial ( O CEDENTE RETEM PARTE DO CRÉDITO, PERMANECENDO NA RELAÇÃO OBRIGACIONAL) ou total , ou seja, o terceiro (cessionário) pode comprar ou simplesmente ganha-lo que seria a doação feita pelo cedente ao cessionário. Art 288.
- A cessão de crédito abrange todos os acessórios do crédito, como juros, cláusulas penais, garantias reais ou pessoais (art 287: salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios.) Ex: se o pagamento da dívida é garantido por hipoteca, o cessionário torna-se credor hipotecário; se por penhor, o cedente é obrigado a entregar o objeto empenhado ao cessionário. 
- Art 295 diz respeito a responsabilidade: “Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé. 
- Art 298: o crédito pode ser penhorado.
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
É o negócio jurídico por meio do qual o devedor, com o expresso consentimento do credor transmite a um terceiro sua obrigação. Segundo a doutrina é um negocio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, com anuência expressa do credor, transfere a um terceiro, que o substitui, os encargos obrigacionais, de modo que este assume sua posição na relação obrigacional, responsabilizando-se pela dívida, que subsiste com os seus acessórios. Art 299 
- DEVEM EXISTIR TRÊS REQUISITOS NA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
1 – A presença de uma relação obrigacional válida
2 – a substituição de devedor, mantendo-se a relação jurídica obrigacional originária. 
3 – a anuência expressa do credor. 
EXISTEM DUAS ESPECIES DE ASSUNÇÃO DE DÍVIDA:
A assunção de dívida pode efetuar-se de dois modos
- POR DELEGAÇÃO: decorre de negócio jurídico pactuado entre o devedor originário (delegante) e o terceiro (delegado), com anuência do credor (delegatário). 
Pode ter efeito liberatório quando o devedor primitivo ficou liberado da obrigação; ou cumulativo quando fica vinculado a dívida. 
- POR EXPROMISSÃO: ocorre quando o terceiro assume a obrigação independente do consentimento do devedor primitivo. 
Ex: o filho absolutamente incapaz que faz a divida na padaria, sendo assim o pai é obrigado a pagar. Tal como na delegação, a expromissão também tem efeito liberatório e cumulativo. 
EFEITOS DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
O principal efeito da assunção de dívida é a substituição do devedor na relação obrigacional, que permanece a mesma. Há modificação apenas no pólo passivo, com liberação, em regra, do devedor originário. 
O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo – art 302. 
ANULAÇÃO DA SUBSTITUIÇÃO DO DEVEDOR 
Art 301: Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação. 
Anulada a avença que estipulou a substituição, renasce a obrigação para o devedor originário, com todas as suas garantias, salvo as prestadas por terceiro. Como a substituição do devedor não altera a relação obrigacional e seus acessórios, a sua invalidação provoca apenas o retorno do devedor primitivo ao pólo passivo. 
CESSÃO DE CONTRATO
Neste caso o cedente transfere sua própria posição contratual (compreendendo créditos e débitos) a um terceiro (cessionário), que passara a substituí-lo na relação jurídica originária. Ou seja, é a transferência de posição contratual que com ela se transfere também os direitos e obrigações. 
PARA EXISTIR A CESSÃO DE CONTRATO PE NECESSÁRIO TRÊS REQUISITOS:
1 – Celebração de negócio jurídico válido entre cedente e cessionário.
2 – Cessão total da posição contratual
3 – com anuência expressa da outra parte contratual. 
Não é necessário que seja feito um novo contrato, mas apenas um termo de cessão. 
TEORIA DO PAGAMENTO
É qualquer forma para extinguir a obrigação. A extinção da obrigação da-se pelo cumprimento do pagamento da obrigação. 
ELEMENTOS:
- VINCULO OBRIGACIONAL: é essencial; deve haver vinculo entre os sujeitos da obrigação, sem vinculo não há pagamento. 
- SUJEITO ATIVO: é o devedor, é o sujeito ativo do pagamento não da obrigação. 
- SUJEITO PASSIVO: é o credor da obrigação. 
- NATUREZA JURÍDICA: A natureza jurídica do pagamento é controversa entre os doutrinadores de Direito Civil: o pagamento pode ser definido tanto como um ato jurídico, sem conteúdo negocial, como também como um negócio jurídico (unilateral ou bilateral).
CONDIÇÕES SUBJETIVAS DO PAGAMENTO
- DE QUEM DEVE PAGAR
Art 304: qualquer interessado na extinção da dívida pode paga-la, usando, o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. 
		Só se considera interessado quem tem interesse jurídico na extinção da dívida, isto é, quem esta vinculado ao contrato, como fiador, o avalista, o solidariamente obrigado, o herdeiro, o adquirente de imóvel hipotecável, o sublocatário etc,.é aquele que pode ter seu patrimônio afetado caso não ocorra o pagamento. 
• O TERCEIRO INTERESSADO É A PESSOA QUE NÃO INTEGRA A RELAÇÃO OBRIGACIONAL BASE, MAS ENCONTRA-SE JURIDICAMENTE LIGADA AO PAGAMENTODA DÍVIDA. EX: FIADOR
• O TERCEIRO NÃO INTERESSADO É AQUELA PESSOA QUE NÃO INTEGRA A RELAÇÃO OBRIGACIONAL BASE E NÃO ESTE JURIDICAMENTE LIGADO AO PAGAMENTO DA DÍVIDA. Ou seja, mesmo não sendo interessado em pagar a divida e não estando juridicamente ligado a ela à paga. 
Parágrafo único do art 304: Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Condições subjetivas ------ DE QUEM DEVE PAGAR: 3º INTERESSADO (
Do pagamento						 3º NÃO INTERESSADO (
 				-------- DAQUELES A QUEM 	
							DEVE PAGAR
- DAQUELES A QUEM SE DEVE PAGAR
Art 308: O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. 
		Tendo em vista que cumprir significa satisfazer o direito do credor, é natural que a prestação deva ser feita a ele ou a quem o represente. 
Art 310: O pagamento deve ser feito a pessoa capaz de fornecer a devida quitação, sob pena de não valer.
- CREDOR PUTATIVO: é aquele que se apresenta aos olhos de todos como verdadeiro credor, ou seja, são aqueles credores que pareciam ser credores mas não são. (Teoria da aparência). 
DO OBJETO DO PAGAMENTO E DA PROVA
O objeto do pagamento deverá ser o conteúdo da prestação obrigatória. O objeto do pagamento é a prestação. O devedor não estará obrigado a dar qualquer coisa distinta da que constituiu o conteúdo da prestação. E não poderá se libertar-se cumprindo uma prestação de conteúdo diverso. – Art 313
SÃO PROVAS DE PAGAMENTO: recibo, quitação. 
Quitação: declaração unilateral emitida pelo credor de que a prestação foi efetuada e o devedor fica liberado da obrigação. É a declaração escrita a que vulgarmente se dá o nome de recibo. 
Art 320: a quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura credor ou de seu representante. 
Art 315: as dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo nos artigos subseqüentes. Adotou o principio do nominalismo. 
Art 316: é licito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. Permite a atualização monetária das dívidas em dinheiro e daquelas de valor, mediante índice previamente escolhido. 
Art 317: quando houver desproporção no valor da prestação o juiz poderá corrigir. O dispositivo adota a teoria da imprevisão, permitindo que o valor da prestação seja corrigido pelo juiz sempre que houver desproporção entre o que foi ajustado a ocasião da celebração do contrato e o valor da prestação na época da execução. 
Nos artigos subseqüentes considera licito convencionar o aumento progressivo das prestações sucessivas. (art 316) e admite a intervenção judicial para a correção do valor do pagamento do preço quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor pago da prestação devida e o do momento de sua execução (art 317). 
PRESUNÇÃO DE PAGAMENTO
Além da quitação são meios de se presumir o pagamento da obrigação.
a)quando a dívida é representada por título de crédito, que se encontra na posse do devedor. 
b) quando o pagamento é feito em quotas sucessivas, existindo a quitação da última.
c) quando há quitação do capital, sem reserva dos juros, que se presumem pagos. 
CONDIÇÕES DO PAGAMENTO 
Em regra o devedor responde pelas despesas do recibo. Art 325
Exceto: 
Art 324: a entrega do título ao devedor firma o pagamento. Não é necessário a quitação tendo a nota promissória (título). art 324. 
Art 322: pagamento em prestações, a última se presume que foram pagas todas. 
Art 323: Sendo a quitação do capital sem reserva de juros, estes presumem-se pagos. 
Art 321: Nos débitos, cuja quitação consiste na devolução do título perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento declaração do devedor que inutilize o título desaparecido. 
DO LUGAR DO PAGAMENTO
A regra geral é de que o pagamento é realizado no domicilio do devedor. (Quesível, é quando a dívida deve ser paga no domicílio do devedor, quando se estipula, como local do cumprimento da obrigação, o domicilio do credor, diz-se que a dívida é portável). 
Art 327: efetuar-se á o pagamento no domicilio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se contrario resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
Parágrafo único: designado dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. 
Art 329: ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor faze-lo em outro, sem prejuízo para o credor. Ex: A devia pagar B na cidade de Betim, contudo houve uma enchente em que ninguém conseguia entrar ou sair da cidade. Sendo assim, A pode cumprir a obrigação em outro lugar sem trazer prejuízos ao credor. 
Art 330: O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renuncia do credor relativamente ao previsto no contrato. 
Art 328: se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde esta situado o bem. 
DO TEMPO DO PAGAMENTO
Em regra deve-se respeitar o tempo do pagamento. 
A regra de que a obrigação deve ser cumprida no vencimento sofre, entretanto, duas exceções: uma relativa À antecipação do vencimento, nos casos previstos em lei; outra, referente ao pagamento antecipado, quando o prazo houver sido estabelecido em favor do devedor. 
Art 331: salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.
Quando o pagamento é feito a termo, é necessário que se respeite a data. Se for condicional só poderá ser paga depois de feita a condição. 
FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: A ação de consignação em pagamento é uma ação proposta pelo devedor contra o credor, quando este recusar-se a receber o valor de dívida ou exigir ou devedor valor superior ao entendido devido por este, além de outras hipóteses admitidas na legislação.
Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
O pagamento em consignação consiste no depósito, pelo devedor, da coisa devida, com objetivo de libertar-se da obrigação.
Os fatos que autorizam a consignação, previstos no art 335, tem por fundamento: a) a mora do credor; b) circunstâncias inerentes a pessoa do credor que impedem o devedor de satisfazer a sua intenção de exonerar-se da obrigação. 
• O devedor que faz a consignação é o CONSIGNANTE.
• O credor que recebe a consignação é o CONSIGNATÁRIO.
• A coisa depositada é o CONSIGNADO. 
A coisa que for depositada fica a faculdade do devedor. Ex: veículo ou valor. 
Art. 336 – a pessoa do devedor é quem procura a consignação.
Art. 338 – o devedor poderá requerer o levantamento, ou seja, Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito.
PAGAMENTO COM SUB- ROGAÇÃO
Na linguagem jurídica fala-se em sub-rogação, em geral, para designar determinada situação em que uma coisa é substituída por outra ou uma pessoa substituída por outra. 
O instituto da sub-rogação tem bastante afinidade com cessão de crédito, contudo a cessão de crédito destina-se a servir ao interesse da circulação do crédito, assegurando a sua disponibilidade como um elemento negociável do patrimônio do credor. A sub-rogação,por outro lado, visa proteger a situação do terceiro que, no seu interesse e forçado as mais das vezes pelas circunstâncias, paga uma dívida que não é sua. 
A sub-rogação subjetiva é a troca de pessoas na relação quando o terceiro assume a dívida do devedor. 
SUB-ROGAÇÃO LEGAL
É aquela que decorre de lei, independentemente de declaração do credor ou do devedor. Em regra o motivo determinante da sub-rogação legal, quando nem o credor nem o devedor se manifestam favoravelmente a ela, é o fato de o terceiro ter interesse direto na satisfação do crédito. Ou seja, um credor paga a divida para o outro credor para ser ele o único credor da relação. 
SUB-ROGAÇÃO CONVENCIONAL
Esta ocorre do acordo de vontade das partes, podendo se dar as por iniciativa ou declaração do credor e ainda por interesse ou declaração do devedor, nas hipóteses em que não se acham presentes os pressupostos da sub-rogação legal. É a que pode ser consentida pelo credor sem intervenção do devedor, ou por este sem o concurso daquele, pressupondo, porém, sempre a intervenção e o concurso de um terceiro. 
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
Determinação feita pelo devedor dentre dois ou mais débitos da mesma natureza, positivo e vencidos, devidos a um só credor, em que indica qual das dívidas quer solver. As dívidas tem que ser vencidas e líquidas. É a escolha que o devedor faz de qual dívida ele esta pagando. 
REQUISITOS:
1 – igualdade de sujeitos: credor e devedor têm que ser o mesmo.
2 – liquidez e vencimento de dívidas da mesma natureza.
DAÇÃO EM PAGAMENTO
É um acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo, para exonera-lo da dívida, prestação diversa da que lhe é devida. Em regra, o credor não é obrigado a receber outra coisa, ainda que mais valiosa. 
REQUISITOS
deve existir uma dívida vencida
deve haver a concordância do credor verbal ou escrita, tácita ou expressa.
Deve haver diversidade entre a prestação devida e a oferecida em substituição. 
Tem que ter animus solvendi, deve haver a intenção de solver, de liquidar, extinguir a obrigação pela dação. 
 
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES SEM PAGAMENTO
NOVAÇÃO: é a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior. É a substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira. 
REQUISITOS
existência de uma obrigação anterior.
Constituição de uma nova dívida. A nova obrigação deve ser substancialmente diferente da anterior.
O animus novandi, é imprescindível que o credor tenha a intenção de novar. 
ESPÉCIES DE NOVAÇÃO
Há três espécies de novação: a objetiva, a subjetiva e a mista.
• Novação objetiva: ocorre quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior. 
Exemplo: quando o devedor, não estando em condições de saldar a dívida em dinheiro, propõe ao credor, que aceita, a substituição da obrigação por prestação de serviço. 
• Novação subjetiva: é quando se promove a substituição dos sujeitos da relação jurídica. 
• Novação mista: ocorre quando tem uma nova obrigação envolvendo novos credores e devedores e um novo objeto da ação. 
Exemplo: o pai que assume dívida em dinheiro do filho(mudança de devedor), mas com a condição de paga-la mediante a prestação de determinado serviço (mudança no objeto).
EFEITOS DA NOVAÇÃO
O principal efeito da novação consiste na extinção da primeira obrigação, substituída por outra, constituída exatamente para provocar a referida extinção. Não há que se falar em novação quando a dívida continua a mesma e modificação alguma se verifica nas pessoas dos contratantes. 
Em regra a novação extingue os acessórios. Art 364
Se tiver novação em dívida que tenha fiança, na novação ele tem que concordar. Art 366.
COMPENSAÇÃO
É o meio de extinção de obrigação entre pessoas que são ao mesmo tempo, credor e devedor uma da outra. Acarreta a extinção duas obrigações cujos credores são, simultaneamente, devedores um do outro. A compensação visa a eliminar a circulação inútil da moeda, evitando duplo pagamento. 
ESPÉCIES DE COMPENSAÇÃO 
 
O ART 368 irá dizer que: Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. 
A compensação será total se de valores iguais as duas obrigações; e parcial, se os valores forem desiguais. 
A compensação pode ser legal, convencional e judicial. 
• COMPENSAÇÃO LEGAL: opera-se automaticamente independentemente da oposição dos interessados, extinguindo-se de pleno direito as dívidas. 
REQUISITOS DA COMPENSAÇÃO LEGAL QUE VALE PARA JUDICIAL: a) reciprocidade dos créditos; b) liquidez das dívidas (valor certo e determinado); c) exigibilidade das prestações (é necessário que as dívidas estejam vencidas); d) fungibilidade dos débitos (as obrigações devem ser da mesma natureza, ou seja, uma dívida em dinheiro só se compensa com outra dívida em dinheiro). 
• COMPENSAÇÃO CONVENCIONAL: é aquela que resulta de um acordo de vontades em hipóteses que não se enquadram nas de compensação legal. As partes, de comum acordo, passam a aceita-la, dispensando alguns de seus requisitos, como, por exemplo, a identidade da natureza ou a liquidez das dívidas. 
• COMPENSAÇÃO JUDICIAL: é aquela determinada pelo juiz, nos casos em que se acham presentes os pressupostos processuais. 
IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO
Em alguns casos especiais, não se admite a compensação. A exclusão pode ser convencional ou legal. No primeiro caso, o obstáculo é criado pelas próprias partes. De comum acordo, credor e devedor excluem a compensação. Tem-se, nesse caso, uma exclusão bilateral, permite no art 375, que proclama em sua primeira parte, inexistir ”compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem”.
		Admite-se também, a renúncia unilateral, com efeitos, não cabe compensação havendo “renúncia previa” de uma das partes (art 375, segunda parte), ou seja, quando uma das partes abre mão do direito eventual de argüir a compensação. É necessário, porém, que seja posterior à criação do crédito e que os requisitos da compensação não estejam presentes. 
O art. 373 consigna algumas exceções para compensação (não pode haver a compensação). 
se provier de esbulho (tomadado contra vontade), furto ou roubo.
Se uma se originar de comodato (ninguém pode apropriar-se de coisa alegando compensação), depósito, ou alimentos (não pode ser objeto de compensação tendo em vista a natureza da obrigação). 
Se for uma coisa não suscetível de penhora 
CONFUSÃO
A obrigação pressupõe a existência de dois sujeitos: o ativo e o passivo. Credor e devedor devem ser pessoas diferentes. Se essas duas qualidades, por alguma circunstância, encontram-se em uma só pessoa, extinguem-se a obrigação, porque ninguém pode ser juridicamente obrigado para consigo mesmo ou propor demanda contra si próprio. Ou seja, é a forma de extinção das obrigações sem pagamento que se opera quando a qualidade de credor e devedor estão reunidas na mesma pessoa. Art. 381. A confusão não só extingue a obrigação principal, mas também os acessórios. Contudo se cessar a confusão a obrigação se restabelece com todos os seus acessórios. Art 384. 
Exemplo: pai que empresta dinheiro para o filho e o pai venha a falecer, nesse caso o filho que é o herdeiro do pai será credor e devedor ao mesmo tempo.
A confusão pode se dar por toda a dívida ou parte dela. Art 382.
	
Na confusão parcial, o credor não recebe a totalidade da dívida.
EXEMPLO: Os sucessores do credor são dois filhos e o valor da quota parte recebida pelo descendente devedor é menor do que a dívida. Neste caso, subsiste o restante da dívida. 
REQUISITOS
unidade da relação obrigacional (uma só obrigação)
identificação na mesma pessoa das qualidade de credor e devedor. 
Reunião de patrimônios.
REMISSÃO
Consiste em exonerar o devedor do cumprimento da obrigação,é a modalidade de extinção das obrigações mediante o perdão da dívida que pode ser perdão total ou parcial.
Art. 385 – A remissão da dívida aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. 
REQUISITOS
animus de perdoar, intenção de perdoar. O credor deve ter a intenção de perdoar total ou parcialmente a dívida. 
Aceitação do perdão pelo devedor. 
ESPÉCIES DE REMISSÃO
REMISSÃO EXPRESSA: é a declaração do credor, em instrumento público ou particular, por ato iter vivos ou mortis causa, perdoando a dívida. 
REMISSÃO TÁCITA: presume-se que o credor esta perdoando a dívida. 
O Art 388 – irá dizer que pode o credor perdoar a dívida de apenas um dos devedores ficando ainda os outros obrigados a pagar sua parte da dívida.

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