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Resumo de Patologia – Paulo Henrique Moreira Alterações do volume Diminuição do fluxo sanguíneo de um segmento ou parte do organismo. • Vasoconstrição: é um mecanismo fisiológico que, acentuado, pode se tornar patológico. • Compressão extrínseca: pode ocorrer por tumores malignos ou benignos, hérnias, variações anatômicas, etc. • Diminuição da luz vascular (intrínseca): como nas placas de ateromas, redução da elasticidade. • Espessamento da parede vascular: • Trombose/embolia: placas muito grandes que acabam ocluindo a luz arterial (trombo) ou se soltando na circulação e ocluindo vasos menores (êmbolo). Isquemia Isquemia: redução ou falta de suprimento sanguíneo em determinado órgão ou estrutura. Instala-se toda vez que a oferta de sangue é menor que a necessidade básica do órgão. A isquemia acontece quando a demanda é maior que o suprimento. Deve-se considerar o tipo de célula no qual acontece uma isquemia, sendo que as células podem ser lábeis (células que se regeneram com facilidade e rapidez, ex: células de revestimento), estáveis (células cuja capacidade de replicação dos núcleos permanece em descanso na maior parte do tempo, ex: células dos túbulos renais e os fibroblastos) e permanentes (células cujo núcleo não possuem mais a capacidade de reiniciar o processo de replicação, ex: neurônios). Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Consequências e evolução: • Hipotrofia: insuficiência de nutrição de um órgão, acarretando diminuição do volume desse órgão, em consequência da redução do número de células. • Degeneração: diminuição, perda ou modificação das qualidades originais que caracterizam um órgão/tecido. • Necrose: morte da célula ou parte de um tecido que compõe o organismo vivo. É uma lesão irreversível. Ao final de uma isquemia há necrose. Infarto não acontece apenas no coração, mas em qualquer região vascularizada. Causas: • Obstrução da luz vascular – causa mais frequente e mais importante. • Obstrução anatômica – compressão por tumor, hematoma, decúbito (ulceras por pressão), espessamento da parede arterial (aterosclerose), trombos, coágulos. • Espasmos vasculares – disfunção ou lesão endotelial. Vasoespasmo de coronária = causa isquêmica rápida e transitória no órgão. • Infarto é sinônimo de necrose. • Isquemia é reversível, mas se não fizer essa reversão causa necrose. Diminuição da pressão entre artérias e veias: • Estados de choque por redução da pressão arterial (hipovolemia). • Reduz o fluxo nos capilares (hipóxia periférica) = membros e órgãos. Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Paulo H Realce Aumento da viscosidade sanguínea: • Diminui o fluxo especialmente na microcirculação (desidratação). Aumento da demanda: • Geralmente sozinha não causa isquemia; angina instável – musculo reflete a dor do esforço do musculo – relacionado ao coração – foi lentamente se adaptando – quando precisa exigir mais apresenta isquemia. • Quando associado a outras das causas acima se torna importante. 1. Isquemia: redução do fluxo sanguíneo. 2. Metabolismo anaeróbico: redução da energia obtida da glicose. 3. Redução progressiva dos níveis de ATP: a. Perda da função celular; b. Parada da atividade neuronal; c. Redução da força de contração do miocárdio. 4. Se os níveis de ATP continuam caindo = morte celular irreversível. Na angioplastia – tem-se a reperfusão (retorno sanguíneo a um órgão ou tecido após um período de isquemia) – órgão infarta do mesmo jeito em alguns casos, porque dá uma hipercarga de oxigênio, acaba intoxicando a célula porque ela está alterada. A reperfusão tem que ser lenta, por exemplo, em transplantes de órgãos, porque o metabolismo tem que ser administrado aos poucos a carga de oxigênio para não matar a célula (porque é toxico). A partir de uma isquemia começa a fazer um edema intracelular – degeneração hidrópica (o acúmulo intracelular de água ocorre pela incapacidade da célula de manter o equilíbrio iônico e a homeostasia de fluidos, em função das falhas nas bombas dependentes de energia das membranas celulares). Alguns sinais morfológicos que indicam irreversibilidade da isquemia: • Grande tumefação mitocondrial; • Perdas das cristas mitocondriais; • Acúmulo de cálcio intracelular; • Lisossomos perdem a capacidade de conter as hidrolases – liberadas no meio intracelular; • Autólise. • Se há uma matriz alterada e pH – quando acidifica ela atrai cálcio (por causa da destruição), causa um endurecimento. Isquemia subtotal temporária: obstrução vascular incompleta cerebral. • Obstrução vascular incompleta = fluxo sanguíneo mínimo. • Nível de energia próximo ao limite inferior. • Células não morrem, mas perdem sua função. • Rápida reperfusão pode salvar estas áreas. Isquemia absoluta temporária: parada cardíaca e trombos com resolução. • Interrupção passageira do suprimento sanguíneo. • Durante a isquemia, o órgão entra em disfunção, mas as células não morrem. Isquemia persistente: ateromas e trombos progressivos. • Bloqueio total por tempo prolongado. • Placas de aterosclerose, trombos e êmbolos. • Pode provocar infarto = necrose da área atingida. • Comum em meningites. Infartos: área circunscrita de necrose tecidual, causada por isquemia absoluta prolongada. - Branco: ocorre em órgãos sólidos com irrigação terminal (baço, rins, fígado, miocárdio). Reversível, já que depende do tempo em que vai ser tomada uma ação. Sempre no sistema arterial. - Vermelho: infarto do tipo hemorrágico. Ocorre em órgão do tipo frouxo com irrigação colateral (intestino, pulmão, testículo). Mais comum no sistema venoso. Obstrução Arterial: isquemia – necrose tecidual – sangue que chega via irrigação colateral extravasa = aspecto hemorrágico – lise do trombo = desobstrução = inundação da área necrótica. Obstrução Venosa: obstrui retorno venoso – sangue continua a chegar pelas artérias – interrupção do fluxo nos capilares – necrose da área isquêmica – inundação com sangue.
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