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Capítulo 25 – Os Compartimentos dos Líquidos Corporais Balanço hídrico diário em condições normais Compartimentos de líquidos corporais LIC 40% do peso corporal LEC líquido intersticial () e plasma (), em torno 20% do peso corporal (14 litros). Líquido trasncelular líquido dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intra-oculares e líquido cefalorraquidiano (1 a 2 litros no total). Água corporal 42 Litros 60% do peso corporal (esse percentual diminui com o envelhecimento e também varia de acordo com o sexo e percentual de gordura corporal). Volume Sanguíneo O sangue contém LIC (líquido nas hemácias 40%) e LEC (plasma 60%). É um compartimento líquido separado pois possui câmara própria, o sistema circulatório, e é importante no controle da dinâmica cardiovascular. Hematócrito É a percentagem de hemácias no sangue, sendo em torno de 0,40 em homens e 0,36 em mulheres. Esse valor em casos de anemia (até 0,10) e em casos de da síntese (policitemia, até 0,65). Constituintes do LIC e do LEC LIC [potássio, fosfato, magnésio, sulfato] [sódio, cloreto, cálcio] LEC [sódio, cloreto, bicarbonato] [potássio, cálcio, magnésio, fosfato, ácidos orgânicos] Composição reguladas especialmente pelo rim. Plasma x Interstício São separados por uma membrana altamente permeável a íons e suas composições iônicas são similares, diferenciando-se pela maior quantidade de proteínas no plasma (membrana tem baixa permeabilidade às proteínas e estas não extravasam para o interstício). Regulação da troca de líquidos e equilíbrio osmótico entre os líquidos intracelular e extracelular Membrana é permeável à água mas não aos íons. Água se move para manter isotonicidade do LIC em relação ao LEC. Osmose difusão de água através da membrana de uma região de concentração de água para uma com concentração. Taxa de difusão da água = taxa de osmose. A osmolalidade no interstício é determinada principalmente pelos íons sódio e cloreto e no LIC pelo potássio. Osmolalidade do plasma é um pouco maior que a do interstício devido às proteínas plasmáticas. EDEMA Excesso de líquidos nos tecidos do corpo, ocorrendo principalmente no LEC. Edema intracelular Causado por: do sistema metabólico dos tecidos Falta de nutrição adequada às células Exemplo: Redução de fluxo sanguíneo aporte de O2 e de nutrientes, fluxo baixo para manter metabolismo normal compromete bombas iônicas e excesso de sódio no LIC, levando à osmose para dentro da célula e ao aumento do tecido. Processos inflamatórios também podem causar edema pois aumentam a permeabilidade da membrana à íons e estes passam para o LIC, levando à osmose para as células e causando edema. Edema extracelular Excesso de líquido no LEC causado por: Vazamento anormal de líquido do plasma para o interstício através do capilar (filtração capilar), que ocorre quando há: do coeficiente de filtração capilar (Kf) da pressão hidrostática capilar da pressão coloidosmótica do plasma Falha do sistema linfático em retornar líquido do interstício para o sangue (bloqueio linfático) Proteínas do plasma que vazam para o interstício não são removidas para a circulação, aumentando a pressão coloidosmótica do interstício e a quantidade de líquido filtrado. Infecção nos linfonodos, como a causada pela filária nematódea, causam edemas graves. Câncer ou cirurgias na qual há remoção ou obstrução de vasos linfáticos (exemplo: masectomia). Após cirurgia de remoção há edema temporário (vasos se regeram). Causas de edema extracelular através do aumento da filtração e do bloqueio linfático Edema causado por insuficência cardíaca do volume sanguíneo, da pressão hidrostática, da retenção renal de sal e água EDEMA Edema causado pela da excreção renal de sal e água Edema causado pela das proteínas plasmáticas Prevenção de edema 3 fatores de segurança Baixa complacência do interstício em pressão intersticial negativa Aumento do fluxo linfático Lavagem das proteínas do líquido intersticial Baixa complacência do interstício quando a pressão intersticial for negativa Complacência é a alteração no volume por unidade de pressão. Pressão hidrostática do líquido intersticial no tecido subcutâneo -3mmHg (causa leve sucção que mantém tecidos compactos) Pressão hidrostática do líquido intersticial positiva = da complacência [líquido] acumulado nos tecidos Mecanismo: da pressão hidrostática do líquido intersticial se opõe à filtração capilar, se essa pressão for negativa, um pequeno aumento no volume do líquido intersticial causa aumento relativamente grande na pressão hidrostática do líquido intersticial, opondo-se à filtração capilar para os tecidos. Pressão hidrostática deve aumentar 3mmHg (fator de segurança) antes que ocorra edema. Gel Intersticial previne edema Pressão do líquido intersticial negativa maior parte do Líquido na forma de gel tecidual. A complacência do tecido é muito baixa em valores negativos de pressão e o volume praticamente não se altera. Pressão no líquido intersticial positiva acúmulo de líquido livre. Tecidos estão mais complacentes e permitem grande acúmulo de líquido (livre) com pouca variação da pressão hidrostática do líquido intersticial. Pressionar a área edemaciada com o dedo causa uma depressão momentânea (edema depressível), pois o líquido flui livremente (edema não-depressível ocorre com o inchaço celular ou quando o líquido no interstício é coagulado e não se move). Importância dos filamentos proteoglicanos Junto com as fibras colágenas maiores age como espaçador entre as células do interstício e permite difusão de íons e nutrientes prontamente através da membrana. Impedem o líquido de fluir facilmente através dos espaços teciduais Aumento do fluxo linfático Fluxo linfático pode de 10 a 50 vezes quando há acúmulo de líquido nos tecidos, retirando líquido e proteínas do interstício em resposta ao da filtração capilar e evitando da pressão intersticial para valores positivos. Fator de segurança de 7 mmHg. Lavagem das proteínas do líquido intersticial da filtração capilar da pressão no líquido intersticial do fluxo linfático Capilar linfático é mais permeável à proteínas e essas são “lavadas” do líquido intersticial quando há do fluxo linfático, diminuindo a pressão coloidosmótica do líquido intersticial. Fator de segurança de 7 mmHg Resumindo Líquidos nos “espaços em potencial” do corpo Espaços em potencial possuem superfícies que quase se tocam, com apenas fina camada de líquido entre elas (cavidade pleural, cavidade pericárdica, cavidade peritoneal e cavidades sinoviais). Há difusão de líquido do capilar para o espaço em potencial, e há vasos linfáticos associados aos espaços que drenam proteínas acumuladas. Edema no espaço em potencial é chamado de efusão, exemplo: ascite.
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