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Aula 6 a internacionalização da economia

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Aula 6 a internacionalização da economia: neoliberalismo
Introdução
Os anos de 1980 resgataram a efervescência na luta entre capitalismo e socialismo, a détente foi abandonada e se intensificou a busca de mercados e novas políticas para promover o capitalismo e manter sua hegemonia.
Surge então o neoliberalismo, baseado na defesa dos direito individuais em detrimento aos direitos coletivos, que irá se adequar à lógica capitalista e servir como modelo.
Os países capitalistas em geral, inclusive os do terceiro mundo, irão aderir ao novo modelo que será defendido e propagado principalmente por dois governantes: Ronald Reagan e Margareth Thatcher, o primeiro, presidente dos Estados Unidos e a segunda, Primeira Ministra britânica.
O Estado de Bem-Estar Social
O Estado de Bem-Estar Social, Welfare State, em Inglês, foi um modelo político em que o Estado servia como agente na regulamentação das ações( Nos Estado Unidos, por exemplo, as políticas de Franklin Roosevelt, como New Deal,nada mais eram do que o inicio de uma intervenção do Estado para impulsionar a economia. econômicas, políticas e sociais. Desenvolveu-se principalmente na Europa. 
Em diversos países, após o crack da bolsa de Nova York, em 1929, foi se formando a ideia de que o Estado deveria interferir na economia para tentar melhorar os índices de crescimento. 
As intervenções irão regular e apaziguar os problemas ocorridos na sociedade, o Estado servirá como estabilizador político-econômico.
A ideia de crescimento econômico através da intervenção estatal se une à ideia dos direitos humanos, em que o Estado seria o responsável por garantir o cumprimento de tais direitos.
Aliado a esse pensamento, há um resgate do ideal de felicidade  ser alcançado somente através de uma sociedade baseada no trabalho.
A dficuldade de harmonizar os gastos públicos com o crescimento da economia capitalista levou a chamada Crise da sociedade do bem-estar social nos aos 70. Dependendo do Estado em questão a crise se dará em períodos diferentes, mas pode-se observar que os motivos que levaram à tal crise estavam ligados a dificuldade de harmonizar os gastos públicos com o crescimento da economia capitalista. No caso dos EUA, por exemplo, a Guerra do Vietnã vai gerar uma desestabilização na economia.
O neoliberalismo
Surge o neoliberalismo, uma readaptação do liberalismo clássico, onde defende-se a não intervenção do estado na economia. O Estado passa a ser o moderador das atividades econômicas, somente intervindo quando necessário, agindo como regulador. 
Defende o livre comércio como forma de garantir o crescimento econômico dos países capitalistas.
Os defensores dessa política caracterizam seus pontos fortes justamente na ideia de que ela impulsiona e faz a economia crescer, estimulando o aumento na produção, investindo na exportação, aumenta a competitividade e desenvolve também a tecnologia.
Medidas do Neoliberalismo
As medidas que podem ser consideradas neoliberais são a privatização de empresas estatais, a dimminuição do poder do estado na fixação de preços, livre circulação de multinacionais, tudo o que permita o aumento na circulação de capital e que impulsione a economia.
Margareth Thatcher e Ronald Reagan
São considerados expoentes da política neoliberal e marcam o período do fim da détente e reafirmação da luta contra o comunismo. Os dois trabalharam em sincronia para expandir o modelo neoliberal pelo mundo e garantir a hegemonia capitalista.
Essa política neoliberalismo os direitos individuais e principalmente os do consumidor serão os mais importantes e, portanto, defendidos e preservados. Ele visava à privatização de empresas estatais e a retirada do Estado da economia, defendendo que o sistema capitalista era capaz de se autorregular e, assim, acabar com as próprias crises.
Margareth Thatcher 
Foi primeira ministra britânica de 1979 a 1990, iniciou seu governo com a meta de reduzir a inflação na Inglaterra, que vinha de um período de recessão.
Para isso, reduziu a produção industrial, aumentando o índice de desemprego, privatizou empresas estatais, o sistema de educação e de meios de ajuda social, e alinhou com Reagan a taxação de impostos mais altos para as classes menos favorecidas e mais baixos para os ricos. Devido a tal atitude, perdeu apoio popular e o apoio do próprio partido, levando-a a pedir demissão do cargo.
Ronald Reagan
Exerceu dois mandatos como presidente dos Estados Unidos, de 1981 a 1989.
Dentre as políticas de Reagan, encontra-se a diminuição dos impostos cobrados aos ricos e o aumento dos impostos cobrados às classes baixas, alegando que estas utilizavam mais os serviços do governo aumentando os custos e, por isso, deveriam repor. 
Seu governo foi o responsável por estimular o desenvolvimento individual através do trabalho. 
A legitimação do modelo neoliberal veio com a derrocada do socialismo, pois o sistema capitalista aparecia como o grande vencedor. Entretanto, o aumento das desigualdades sociais, da miséria e da injustiça acirrou as disputas econômicas dando início à criação de blocos econômicos como vemos hoje.
A experiência neoliberal na América Latina
Esse período coincide com o fim ou, pelo menos, afrouxamento das ditaduras militares instauradas na América Latina, que no período de redemocratização irão aderir à política neoliberal.
Desde muito cedo, a América Latina sofreu influências e intervenção direta dos Estados Unidos, fazendo com que se desenvolvessem ali as mesmas práticas de consumo.
Nos anos de 1980, com o fim da détente e a retomada do combate ao comunismo, Reagan vai instituir o force projection, projeção da força, ou seja, os Estados Unidos deveriam dispor de força militar para intervir, a qualquer momento, em qualquer país da América Latina. 
Exemplos dessa política estão presentes na invasão a Granada (1983), nas manobras militares em Honduras (1985) e na criação de uma estação de rádio com propagandas anticomunistas em Cuba (1985).
Além da retomada ao intervencionismo, a América Latina sempre representou um mercado consumidor em potencial. De forma geral, era composta por países atrasados industrialmente o que favorecia a entrada de produtos e empresas norte-americanas. 
A partir da implantação de multinacionais, caracteriza-se uma nova forma de dependência em relação aos Estados Unidos.
Além disso, os países mais industrializados também queriam estimular o crescimento de suas economias que, com o fim do socialismo, passariam a representar uma economia mundial, mostrando o capitalismo como vencedor, logo os países da América Latina não ficariam de fora.
Aula 7: O Brasil no contexto internacional
Introdução
Durante a década de 1980, a América Latina lutava pelo crescimento econômico e ao mesmo tempo travava o duelo contra altas taxas de inflação.
No Brasil, os anos 80 se inauguram com uma profunda crise, iniciada por pelos menos dois fatores: as rígidas restrições externas, provocadas por dois choques do petróleo (em 1973 e 1979) e o aumento dos juros americanos entre 1979 e 1982. Veja o gráfico do crescimento da dívida externa brasileira durante os governos militares:
A ditadura militar começava a  apresentar brechas para a volta da democracia. Devido à inflação, o governo do presidente Figueiredo negocia com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e admite a impossibilidade de pagar a dívida externa. A ajuda vem, e com ela as duras exigência do FMI, como a redução de salários e a diminuição do gasto público. Em outras palavras, o governo aceita frear o crescimento brasileiro.
Esse cenário econômico também foi percebido em outras partes da América Latina.
Ao final da década de 1970, o Brasil passava por uma crise econômica, e, não distante da realidade dos demais países da América Latina, enfrentava altos índices de inflação. Para controlar a crise, o governo foi obrigado a tomar medidas de retração da economia ( Medidas como a redução de gastos públicos, o controle da moeda em circulação e a redução dos salários dos setores publico e privado acarretarema diminuição dos níveis de produção e aumento da taxa desemprego. O desemprego econômico ficou esgotado devido à constante intervenção do estado na economia- ora como investidor ora subsidiando investimentos externos – à proteção à industria nacional e ao fracasso dos programas de estabilização) para seu posterior ajuste.
A virada política com o final da ditadura promoveu também uma mudança na esfera econômica. Os novos parâmetros da economia mundial e a grande influência norte-americana com que o país teve contato foram primordiais para a estruturação de políticas econômicas voltadas para o neoliberalismo. 
O Estado passou a intervir menos na economia para apenas regulá-la.(Os níveis de crescimento econômico durante a década de 1980 não foram os mais satisfatórios, em alguns anos, inclusive, alcançaram índices negativos. A mudança que ocorre é a respeito ao inicio da aplicação de estratégias neoliberais.
Pensando uma nova medida para valorizar a moeda nacional, o cruzeiro, que desde 1979 vinha sofrendo grande desvalorização, cria-se, em 1986, O plano cruzado num momento em que a crise parecia estar sendo superada(1985 – 1986).
O governo congelou a taxa de câmbio no período de um ano, congelou os preços também por um período de um ano, criou uma espécie de seguro desemprego para os trabalhadores que fossem demitidos sem justa causa ou que ficassem sem empregos devido ao fechamento de empresas. Um ano após sua implementação, a crise volta a se instalar gerando novamente crescimento econômico negativo.
Seguindo o mesmo modelo do Plano Cruzado, surgiram o Plano Bresser (1987) e o Plano de Verão (1989), ambos dotados de medidas semelhantes ao primeiro e que não obtiveram êxito na tentativa de promover o crescimento econômico e a diminuição da inflação.
Porém, no ano de 1989, o crescimento conseguiu ser superior aos dos anos anteriores, mas ainda assim insatisfatório.Em toda a América Latina, a década de 1980 ficou conhecida como a década perdida devido à necessidade de recuperação econômica que todo continente enfrentou.
O período de abertura política.
No início da década de 1970, no governo Médici, o Brasil acabava de passar por seu “milagre econômico”, em que a taxa de crescimento da economia havia chegado aos 12%, enquanto a inflação aos 18%. Porém, tamanho crescimento havia gerado uma enorme dívida externa, aliada à alta no petróleo, a altas taxas de juros e ao crescimento da inflação. 
Em 1974, Ernesto Geisel foi eleito. Percebendo todos os problemas econômicos e o desgaste do regime, ele anuncia uma “distensão lenta, segura e gradual”. A insatisfação da população, mesmo com a forte censura, era notória. Até mesmo dentro das Forças Armadas esse descontentamento era latente, principalmente entre os militares de patentes mais baixas.
Ainda em 1974, a propaganda política é permitida e o partido de oposição, o MDB, ganha a maior parte das cadeiras do senado, a grande parte da câmara dos deputados e a maioria das prefeituras do país. 
Os militares conhecidos como “linha dura” iniciam movimentos clandestinos a fim de não permitir a expansão dessa tendência à abertura política. 
Em 1975, o jornalista Vladmir Herzog é assassinado nas dependências do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), em São Paulo.
E em Janeiro de 1976, o operário Manuel Filho é encontrado morto em condições semelhantes.
O grande passo de Geisel para a abertura política foi pôr fim ao AI-5.
Em 1978, Figueiredo, do MDB, foi eleito e, logo ao assumir, em 1979, assinou a Lei de Anistia, permitindo que presos políticos, artistas e demais exilados pudessem voltar ao Brasil. 
Nesse mesmo ano, ele institucionalizou o pluripartidarismo no Brasil e, com isso, os antigos partidos políticos, que haviam caído na ilegalidade durante o regime, voltaram a funcionar.
Com tais medidas também atraiu a fúria dos que não queriam a abertura política, que nesse momento se tornou ainda mais iminente. Em 1981 uma bomba explodiu durante um evento no centro de convenções Rio Centro.
No ano de 1983, a insatisfação com o regime começou a tomar forma a partir da proposta da Emenda Constitucional Dante de Oliveira, e, em 1984, ocorreu o movimento popular conhecido como “Diretas Já”, que se caracterizou por várias manifestações em todo o país clamando por eleições presidenciais diretas.
A população chega ao comício das Diretas Já, na Av. Presidente Vargas,tendo ao fundo a igreja da Candelária, 10 de agosto de 1984.
Essas manifestações tiveram como principais pontos o Rio de Janeiro e São Paulo, levando às ruas 1 milhão de manifestantes e 1,7 milhões, respectivamente. Porém, as reivindicações não foram atendidas, e as eleições do ano seguinte foram indiretas.
A Constituinte de 1986 e a Constituição de 1988.
Os anseios da população brasileira estavam todos direcionados à redemocratização do país. A abertura política aconteceu e alguns direitos foram devolvidos, porém era necessária a formulação de uma nova Constituição. A carta existente havia sido modificada várias vezes ao longo da Ditadura e não correspondia ao novo ordenamento político do país.
O problema estava em como essa Constituição seria formulada. Ficou decidido que os deputados e senadores acumulariam essa função e seriam os responsáveis pela elaboração da nova carta.
Diversas linhas de pensamento expressavam suas idéias a respeito de como se daria a Assembléia. A corrente progressista defendia que a bancada deveria ser eleita pelo povo, pois assim ela teria maior representatividade, por ter função exclusiva.
Composta por 559 membros, a Assembléia Constituinte foi presidida por Ulysses Guimarães, do PMDB. Era composta, em sua maioria, por membros do Centro Democrático, mais conservador.(PMDB, PFL, PDS e PTB). Isso influenciou diretamente na formulação da nova Constituição, pois garantiu a maioria dos votos em decisões importantes como a extensão na duração do mandato de Sarney (que durou cinco anos), a questão da reforma agrária e o papel das Forças Armadas.
No período de formulação da constituição, que durou dezoito meses, a população foi estimulada a participar por meio de grupos
que levavam as ideias a assembléia: sindicatos de classe, entidades religiosas e demais seguimentos da sociedade, abaixo-assinados etc.
A Constituição foi promulgada dia 5 de outubro de 1988.
Dividida em nove títulos, passou a garantir direitos democráticos como:
 • Direito de voto a analfabetos.
• Voto facultativo aos jovens entre 16 e 18 anos.
• Direitos trabalhistas como: licença maternidade de 120 dias, e paternidade de 5 dias, direito à greve, liberdade sindical, entre outros. 
• O mandato do presidente passou a 4 anos ao invés de 5, e é instituída a possibilidade de segundo turno nas eleições municipais,
   (apenas nas cidades com mais de 200 mil habitantes). 
• O aparelho censório foi desmontado, 
• O divórcio se tornou legal, 
• Criação dos direitos da criança e do adolescente.
• Criminalização do racismo.
• Reconhecimento da cultura indígena, entre outros.
Aula 8: A derrocada d a URSS
Introdução
Durante a década de 1980, ficou nítido o atraso econômico da União Soviética em relação aos países ocidentais. Nessa década, o modelo no qual toda a economia estava concentrada no estado mostrou-se insuficiente para atender às demandas sociais. A URSS fechada para os países não socialistas, não conseguiu se manter como grande potência e continuar no páreo contra os Estados Unidos.
Com o governo de Gorbachev, a URSS começou a dar os primeiros sinais de abertura política e econômica. Porém, a política por ele aplicada não foi capaz de garantir a unidade do governo, causando descontentamento tanto no partido quanto na população.
Enquanto o mundo assistia o ruir da União Soviética, a China, que já exercia políticas de abertura de mercado e que desde cedo já havia negociado, inclusive, com os Estados Unidos, firmava-se cada vez mais no comunismo e como potência mundial.
Planos: Glasnost / Perestróica
Os dois planos foram lançadosjuntos no novo governo que se iniciava em 1985, de Mikhail Gorbachev, aliando transparência (Glasnost) e restauração econômica (Perestróica).
A Glasnost foi uma política que consistia em uma abertura nas discussões internas do país, um processo que acabou por intensificar a instabilidade, pois contribuiu com os conflitos étnicos e regionais já existentes. 
Dentre as medidas da Glasnost, encontramos a libertação de presos políticos, o afastamento de funcionários corruptos e a censura sobre jornais e livros foi suspensa.
A Perestróica foi política de reestruturação econômica e, para tanto, foi decidido que as tropas enviadas ao Afeganistão deveriam ser retiradas, pois havia a necessidade de baixar os custos com a defesa.
Outras medidas foram o fim do monopólio do Estado sobre alguns setores, a permissão para a abertura de empresas privadas no país, a permissão para as empresas estrangeiras atuarem na indústria de bens de consumo e no comércio varejista, o estímulo à renovação tecnológica e à competitividade entre as empresas.
Queda do Muro de Berlim
A conferência de Potsdam dividiu a Alemanha em quatro zonas de influência: britânica, francesa, norte-americana – capitalista e soviética - socialista.
 A divisão na Alemanha criou a República Democrática Alemã (RDA) e a República Federalista Alemã (RFA).
Berlim ficava bem no centro a Alemanha Oriental e tambem foi dividida em quatro zonas de influência. Mesmo com a divisão, as pessoas podiam circular de Berlim ocidental para Berlim Oriental.
Berlim ocidental era uma espécie de vitrine capitalista no meio no mundo socialista. Os EUA fizeram da capital alemã o símbolo do sucesso e da felicidade capitalista, enquanto o lado oriental, sem muito apoio soviético, padecia com prédios antigos, automóveis velhos e uma precária qualidade de vida.
Essa diferença nos modelos de vida fez com que, em 1948, Stalin mandasse fechar todos os acessos terrestres de Berlim para a Alemanha ocidental.
O Muro de Berlim foi construído em 13 de agosto de 1961 como medida tomada pela República Democrática Alemã (RDA) para separar o lado socialista do capitalista.
Ele circundava toda a Alemanha Ocidental, uma barreira física de divisão entre o capitalismo e o socialismo.
Além do muro de 2,40m, havia cercas, armadilhas e torres de guarda com soldados prontos a atirar em qualquer pessoa que tentasse passar para o outro lado.
A queda do muro de Berlim, que se tornou um dos marcos do final da Guerra Fria, foi um acontecimento espontâneo, não dependeu de nenhuma ordem direta do governo.
Após o anúncio do governo da Alemanha Oriental que dava permissão para visitar o lado ocidental, Em 9 de novembro de 1989, uma multidão de alemães saía para encontrar o outro lado do muro. 
Logo partes dele fora destruído abrindo espaço para, em menos de um ano, exatamente em 3 de outubro de 1990, a Alemanha celebrasse sua reunificação.
Fim da URSS
Desde a queda de Stálin, a União Soviética já passava por grandes mudanças que iniciaram a descentralização política. Os governos seguintes presenciaram a denúncia e a condenação de práticas stalinistas. Viram que o fechamento da URSS para as nações não socialistas provocavam um atraso na economia do país e os enormes gastos obtidos com a corrida armamentista da Guerra Fria.
A diminuição do investimento interno, acabou contribuindo para que parte da sociedade começasse a perceber o início da ruína do sistema.
Em 1985, Gorbachev assume e começa a dar sinais para o fim da Guerra Fria, porém suas ideias e práticas inovadoras (Perestróica e Glasnost) não impulsionam a economia conforme o esperado, além de gerar uma cisão dentro do Partido Comunista.
O caso chinês
Desde a instauração do modelo comunista em 1949, a China seguia uma linha diferente da defendida e aplicada na União Soviética. Optou pela coexistência pacífica em relação ao bloco capitalista, o que contribuiu para o corte nas relações diplomáticas com a URSS.
Assim, a China ficou em patamar de igualdade e começava a se apresentar como uma potência em ascensão.
A partir de 1971, inicia uma aproximação com os Estados Unidos. 
Com a morte de Mao Tse-Tung em 1976, os rumos da política chinesa caminharam para uma abertura ainda maior.
A direita obteve vitória e iniciaram uma perseguição aos comunistas mais radicais. O secretário geral, Deng Xiao-ping se tornou o principal dirigente da China e seu governo vai de 1976 a 1997. 
Ele promoveu diversas reformas econômicas que ficaram conhecidas como a política das Quatro Modernizações, que alcançava o setor da indústria, da agricultura, da defesa e da cultura.
Os dirigentes chineses dizem que é um socialismo de mercado. De fato, a China é hoje o país que mais cresce no mundo e seu setor privado já ultrapassa o público. Estima-se que dentro desse panorama a China, em alguns anos, se tornará a maior economia mundial.
A China consegue manter sua unidade política dentro do comunismo e, ao mesmo tempo, articular sua economia nos moldes capitalista permitindo crescimento econômico, diretamente oposto à União Soviética que passa por sua maior crise, política e econômica.
Apesar da abertura e do crescimento econômico, a China ainda mantém a censura e a repressão como forma de controle estatal. As barbaridades cometidas podem ser exemplificadas quando jovens chineses clamavam por liberdade em 1989 e foram massacrados pelos tanques militares. Esse episódio ficou conhecido como: “O massacre da praça da paz celestial”.
Aula 9: O mundo atual : Globalização
Introdução
A queda do socialismo nos países do leste europeu, a abertura econômica chinesa e a alta tecnologia em comunicação e no transporte e, concomitantemente seu baixo custo, contribuíram para o evento que ficou conhecido como Globalização. 
A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural e política dos países do globo no final do século XX e início do século XXI.
O mundo passa a ser tratado como uma aldeia global.
As primeiras ofensivas intelectuais sobre globalização  surgiram ainda em 1989, quando o norte-americano Francis Fukuyama publicou um artigo com o título “O fim da História” e posteriormente publicou o livro “o fim da história e o último homem” em 1992.
O que significa globalização
O fim da Guerra Fria, a dissolução da URSS, a reunificação alemã, a abertura econômica na China e as reformas econômicas na Índia, contribuíram para a ideia de que o modelo capitalista seria o meio correto de guiar a economia e promover o crescimento econômico. 
Os Estados Unidos, saíram como os vencedores da guerra fria. 
A base da economia da maioria dos países do mundo já não dependia mais do campo. As indústrias estavam imersas nas políticas neoliberais e a constante expansão pela busca de novos mercados fez com que a economia se tornasse cada vez mais unificada.
Os produtos circulavam por praticamente todo o mundo e as economias estavam  dependentes umas das outras.
A grande especificidade da globalização se dá no campo tecnológico e da comunicação.
O avanço na área da comunicação se deu forma ainda mais impressionante do final da década de 1980 e início da de 1990. Os jornais, as redes de televisão e, mais adiante, a internet, fizeram com que o mundo acompanhasse ao vivo os acontecimentos por todo o mundo.
Outro campo que permitiu que se pudesse falar em globalização, ou aldeia global, foi o avanço tecnológico nos transportes. As importações e exportações já aconteciam, assim como o turismo, mas as melhorias só fizeram com que essas práticas se expandissem cada vez mais.
A comunicação em massa vai servir para levar para o mundo, o modelo de democracia, de consumo, de cultura dos Estados Unidos.
A globalização é vista também como uma padronização dos costumes, pois a constante propaganda e exportação de produtos acabam por influenciar as culturas fazendo com que se perca o que há de nacional em cada país.
Um dos críticos mais ferrenhos da Globalização é Eric Hobsbawn. Ele diz no livro “Globalização, democracia e terrorismo” quesobre a Globalização três observações são importantes:
Globalização acompanhada de mercados livres, trouxe consigo uma dramática acentuação das desigualdades econômicas e sociais no interior das nações e entre elas.
O impacto é mais sensível para os que menos se beneficiam dela. Isso gera pontos de vista opostos sobre ela: os que estão protegidos contra seus efeitos negativos – os empresários, profissionais de alta tecnologia e os formados em cursos de educação superior – e os que não estão protegidos.
Embora a escala real da globalização permaneça modesta, seu impacto político é desproporcionalmente grande. Assim, a imigração é um problema político substancial na maior parte das economias desenvolvidas do Ocidente.”
Fórum Econômico
O Fórum Econômico Mundial foi iniciado em 1971, pelo professor alemão Klaus Schwab, através da Comissão Européia. Inicialmente recebeu o nome de Fórum Europeu de Gerenciamento e tinha uma representatividade menor. Posteriormente, com a presença de líderes políticos em 1974, pela primeira vez, e com os próprios acontecimentos no mundo, percebeu-se que as discussões poderiam ser mais amplas.
A partir de 1987, passou a ser chamado de Fórum Econômico Mundial, apresentando a proposta de um debate de conflitos internacionais.
Trata-se de uma organização internacional independente, sem fins lucrativos, um espaço para discussão de diversas problemáticas de impacto mundial, onde presidentes, representantes de ONGs, celebridades, intelectuais e representantes de empresas se reúnem anualmente.
Várias questões tornam-se motivos de debates no fórum, por exemplo, a guerra árabe-israelense em 1973, o colapso do mecanismo de câmbio fixo estabelecido pelo acordo de Bretton Woods (de 1944), a eminente guerra entre Grécia e Turquia em 1988.
Em 1989, ocorreu a primeira participação das Coréias do Norte e do Sul e a discussão de questões como a reunificação alemã.
O Fórum Econômico de 2010 encerrou com a constatação de que a situação global encontra-se melhor que no ano anterior.
Porém, os investimentos e as políticas de regulação, em relação aos bancos, devem ser mantidos para que se previna um novo colapso financeiro.
Também constataram que as lideranças atuais, os “poderosos”, acabam por impedir que se chegue a um consenso sobre as questões globais, como a conferência sobre o Clima em Copenhague.
Fórum Social Mundial
O Fórum social mundial é um evento que acontece anualmente paralelamente ao fórum econômico mundial. O evento é organizado por movimentos sociais de diversos continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global.
Foi criado em 2001 e tornou-se um mecanismo de constante busca e construção de alternativas ao neoliberalismo.
Ele congrega ONGs, líderes econômicos, manifestantes e outras organizações sociais para a discussão e levantamento de ideias, formulação de propostas (O Fórum Social Mundial possui um documento, a Carta de Princípios, onde estão contidas as orientações sob as quais o fórum foi elaborado.) e construção de redes para ações concretas.
Diversos países sediaram o fórum, entre eles o Brasil, que foi o responsável pela primeira edição do fórum, em Porto Alegre - Rio Grande do Sul.
O FSM pretende ser um espaço aberto e democrático e tem-se mostrando como um movimento antiglobalização. Sua realização é sempre um evento importante no contexto mundial, pois acontece ao mesmo tempo que o Fórum Econômico mundial, mas com uma agenda trazida pelos diversos movimentos espalhados pelo mundo.
A importância do movimento só vem aumentando e cada vez mais conta com grandes personalidades e líderes de todo o mundo.
Aula 10: O terrorismo no mundo atual
Introdução
A década de 1990 traz novos desafios para a economia mundial, a grande concorrência faz com que áreas de livre comércio sejam criadas para favorecer determinados países e garantir o crescimento econômico. Enquanto isso, os Estados Unidos afirmam, cada vez mais, sua posição como única potência mundial, exportando sua cultura, seu modelo político e econômico.
Essa constante busca de mercados e o processo de globalização da cultura vai favorecer a criação de grupos de extrema-direita, ligados ou não a ideologias religiosas, que vão buscar defender sua visão de mundo.
Em 11 de setembro, nos Estados Unidos, temos o exemplo de ataque terrorista. Esse acontecimento marcou uma nova era da política mundial. Afetou as relações econômicas e políticas, tanto internas quanto externas, desde a criação de leis para aumentar o poder da polícia quanto à intervenção direta em países como Afeganistão e Iraque.
Terrorismo
O terrorismo é uma forma de violência que pode ter diferentes motivos: religioso, político, nacionalista, étnico etc. Usa a violência, física ou psicológica, em tempos de paz, como estratégia política. É uma prática bastante antiga das sociedades, mas teve seu momento se ascensão, por assim dizer, com a Guerra Fria.
Tanto os Estados Unidos como a União Soviética desenvolveram poderosas agências de espionagem e se utilizaram da espionagem e do terrorismo para legitimar seus poderes. Assim, com a Guerra Fria o terrorismo incorpora as agências de várias estados.
Hobsbawm diz que:
“Por um lado, a escala de sofrimentos humanos aumentou terrivelmente na década de 1990 e, por outro lado, as guerras religiosas que eram alimentadas por ideologias seculares expandiram-se com o retorno a várias formas de fundamentalismo religioso que se manifestaram em cruzadas e contracruzadas.”
Interesses políticos, econômicos e religiosos passaram a se misturar e a serem defendidos de forma extrema na forma de ataques à bomba, sequestro de aviões, exterminações em massa. 
Essa forma de violência aconteceu em diversas partes do mundo.
Terrorismo - 11/09/2001 nos Estados Unidos
O caso de terrorismo de maior impacto, e por isso mais presente na memória, foi o ataque ao World Trade Center, nos Estados Unidos, em 11 de Setembro de 2001.
Nesta data dois aviões atingiram as torres gêmeas, o World Trade Center, em Nova Iorque (EUA), trazendo os prédios abaixo. 
Aliados aos ataques aos prédios, outros ataques, como ao Pentágono, foram executados no mesmo dia. 
Os aviões foram sequestrados após decolarem, burlando toda a segurança aérea do país e demonstrando como o plano foi meticulosamente planejado.
Os alvos escolhidos para o ataque representam a posição de potência mundial exercida pelos Estados Unidos. O World Trade Center era o símbolo da economia capitalista globalizada enquanto o Pentágono, símbolo do poderio militar estadunidense.
Tais ataques foram executados por árabes muçulmanos pertencentes à Al-Qaeda, organização fundamentalista e extremamente conservadora. Sendo Osama Bin Laden, fundador e líder da organização, o responsável pelos atentados.
Em uma era de globalização e de altos investimentos na indústria, as influências que os EUA exerciam no mundo se estendiam ao campo cultura. Por isso, tais grupos extremistas em relação aos fundamentos do islamismo eram contra tal interferência.
Outro fator que contribuiu para a insatisfação em relação aos Estados Unidos está na sua ligação com o Estado de Israel, os grupos fundamentalistas defensores do islamismo não aceitam tal Estado e, em casos mais extremos, são a favor de sua exterminação.
A resposta a eles foi imediata com o apoio britânico na imagem do Primeiro-Ministro Tony Blair. Ainda em outubro de 2001, foram enviadas tropas ao Afeganistão, onde o chefe da Al-Qaeda Osama Bin Laden estava escondido, apoiado pelos talibãs.
Porém, de forma geral, as relações entre os Estados Unidos e o mundo árabe são controversas, o mesmo grupo que protegeu e apoiou Bin Laden, o responsável pelos ataques, havia sido aliado dos Estados Unidos, recebendo ajuda no momento de invasão da URSS, sendo considerados defensores da liberdade.
O ataque ao Afeganistão foi intenso, dizimando, em sua maioria, civis inocentes. 
Logo outros alvos foram encontrados, mais adiante o Iraque do ditador Saddam Hussein, sob a justificativa de que ali haviaa fabricação de armas químicas, proibidas pela ONU. Houve investigações para confirmar tal suspeita e, mesmo contra todas as evidências, o país foi atacado mesmo sem o apoio da ONU, derrubando o ditador.
A ocupação norte-americana e britânica não se deu apenas como resposta ao ataque, as relações entre esses países são também fundamentadas na questão econômica, pois os países árabes em questão possuem grandes reservas de petróleo, importantíssimo para a economia norte-americana.
No Estados Unidos, grande parte da população apoiou a invasão aos países do Oriente Médio.
Medidas extremas foram tomadas em relação aos árabes, como a aprovação de leis que aumentavam os poderes da polícia. 
Prisões e investigações podiam ser executadas sem a necessidade, em alguns casos, de evidências, suspeitos foram detidos na base militar de Guantánamo, em Cuba.
Novos desafios da economia globalizada
Os anos 90 representaram o aumento na disputa pelo mercado internacional. 
Nações comunistas começaram a abrir seus mercados e ficava cada vez mais difícil para os Estados Unidos garantirem sua hegemonia
Foi criado um plano de integração entre os Estados Unidos e países da América Latina que se caracterizava como um grande mercado em expansão e, portanto, seria primordial para os Estados Unidos facilitar as relações econômicas.
Porém, logo adiante, os Estados Unidos observaram a criação da União Européia e dos Tigres Asiáticos. Esses blocos econômicos eram áreas de livre comércio que favoreciam e atendiam os interesses desses países. Logo a América Latina seguiria a mesma tendência.
NAFTA
Em 1994, foi criada o Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio), uma aliança entre os Estados Unidos, Canadá e México.
MERCOSUL
O MERCOSUL, área de livre comércio de amplo interesse para o investimento europeu e asiático, representando uma ameaça aos Estados Unidos,composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Porém, a criação do bloco não garantiu a independência em relação ao capital estrangeiro. As movimentações econômicas ainda se estruturavam baseadas nos interesses das grandes multinacionais.
Nesse momento a Rússia, ex-URSS, não se encaixava em nenhuma das novas políticas econômicas, não pertencia a nenhum bloco. Com a dissolução da URSS o país se transformou em líder da CEI (Comunidade dos Estados Independentes), o que representou um grande mercado para o país.
Ainda em 1991, iniciou o processo de privatização do comércio, do sistema bancário e da indústria, mas o grupo que possuía capital para a compra das empresas era composto por mafiosos gerando enorme tensão política no país e favorecendo o crescimento de grupos de extrema-direita no país. O que acabou por dar mais espaço para os Estados Unidos ordenarem a economia mundial.
A postura de única potência mundial começava a se tornar cada vez mais real para os Estados Unidos. Sendo o modelo de avanço econômico, as resistências ao capital norte-americano se tornaram cada vez menores.

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