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OBESIDADE E ALTERAÇÕES HEPÁTICAS

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A obesidade pode trazer diversos danos para nossa saúde, mas de grande potencialidade indesejada perante ao nosso órgão hepático. Atualmente, conhecendo as diversas substâncias, moléculas e hormônios produzidos pelo tecido adiposo, temos também o conhecimento da sinalização, tanto positiva como negativa. Sendo assim, vias de influência negativa e positiva, podem reverter um quadro inicial de esteatose hepática não alcoólica (NASH = non-alcoholic steatohepatitis), ou facilitar o agravamento para uma cirrose e até mesmo câncer hepatocelular. 
A adiponectina, é um importante protetor nesse caso por aumentar a oxidação de ácidos graxos livres, diminuindo o acúmulo de gordura hepática. Além disso, adiponectina é um importante sensibilizador de insulina, além de ser protetor vascular por diminuir a aglomeração celular no vaso; diminuir a formação das foam cells e auxiliar na sinalização para síntese de óxido nítrico pelas células endoteliais. Outro mecanismo protetor é por auxiliar na diminuição do processo inflamatório e estresse oxidativo. Note, na parte inferior da imagem que na obesidade, esteatose de grau leve, NASH e cirrose, tem-se a diminuição dessa importante molécula, facilitando assim o agravamento do quadro e prejuízo protetor cardiovascular e no metabolismo energético. No câncer esses níveis se alteram. 
Já o restante das moléculas como TNF-α, ácidos graxos livres (FFAs), Resistina, Leptina e Visfatina, mesmo tentando realizar um sistema fisiológico protetor devido suas funções adequadas em pessoas saudáveis, se torna um grande efetor negativo por auxiliar em agravar o quadro hepático. Vale frisar, que a obesidade é um fator no aumento de incidência cancerígena, tanto hepática como em diversos outros órgãos, como câncer de mama, câncer em regiões do trato gastrointestinal, entre outros. Além disso, facilitando um quadro de hiperleptinemia pela resistência à leptina, afetando em maior predisposição de cirrose hepática e câncer hepatocelular. 
Proteção? Controle de peso e hábitos saudáveis! O próprio tratamento, muito além de intervenção farmacológica, é primordial a mudança de hábitos, desde uma alimentação equilibrada e planejada de forma inteligente, até a pratica de exercícios físicos, diminuição de estresse, saúde mental, entre outros. 
REFERÊNCIA: 
WREE, Alexander; et al; Obesity Affects the Liver – The Link between Adipocytes and Hepatocytes. Digestion 2011;83:124–133. November 1, 2010. DOI: 10.1159/000318741

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