Buscar

CIVIL 05 EXERCICIOS SOBRE CASAMENTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Justiça 
2 de mar de 2017
QUESTÕES DE CONCURSO - D. CIVIL: CASAMENTO 
Direito da Família: Casamento
1- FUNECE 2017 UECE ADVOGADO
Considerando os impedimentos ao matrimônio elencados no Código Civil Brasileiro, NÃO pode(m) casar: 
  a) o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante.
  b) o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros.
  c) o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. 
  d) o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal. 
Comentário
- Cônjuge do adotado é o genro ou a nora do adotante. 
- Cônjuge do adotante é o padrasto ou madrasta do adotado. 
"Como decorrência natural do respeito e da confiança que deve haver em família, não poderão casar os ascendentes com os descendentes de vínculo civil (adotados com adotantes), o adotante com o ex-cônjuge do adotado, o adotado com o ex-cônjuge do adotante e o adotado com o filho do pai ou da mãe adotiva, visto serem juridicamente irmãos (parentesco civil)" (DINIZ, Maria Helena. Código Civil anotado. 14. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 1059). 
Art. 1.521. Não podem casar: [impedimentos]
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Art. 1.523. Não devem casar: [causas suspensivas]
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2- MPE-RS 2017 SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS
Assinale a alternativa correta acerca dos preceitos alusivos ao casamento, nos termos do Código Civil. 
  a) É anulável o casamento do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento.
  b) A direção da sociedade conjugal será exercida, preferencialmente, pelo marido, sempre no interesse do casal e dos filhos. 
  c) O divórcio somente poderá ser concedido com a prévia partilha dos bens.
  d) Não há impedimento legal para o casamento do adotado com o filho do adotante. 
  e) É nulo o casamento celebrado por autoridade incompetente. 
Comentário
a) correto. Art. 1.550. É anulável o casamento: IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
b) Art. 1.567. A direção da sociedade conjugal será exercida, em colaboração, pelo marido e pela mulher, sempre no interesse do casal e dos filhos.
c) Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens.
d) Art. 1.521. Não podem casar: III - V - o adotado com o filho do adotante;
e) Art. 1.550. É anulável o casamento: VI - por incompetência da autoridade celebrante.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3- MPE-RS 2017 SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS
Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações sobre o regime de bens entre os cônjuges.
( ) Não havendo convenção entre os cônjuges, relativamente aos bens, vigorará o regime da separação de bens.
( ) No regime de comunhão parcial entram na comunhão as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge.
( ) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento de pessoa maior de 70 (setenta) anos.
( ) É nulo o pacto antenupcial se não for realizado mediante escritura pública.
( ) Estabelecido o regime de bens, não é admissível a sua alteração, a fim de que sejam preservados os direitos de terceiros. 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
  
  a) V – V – V – F – F.
  b) F – V – V – V – F.
  c) F – V – F – V – V.
  d) V – F – V – V – F.
  e) V – F – F – F – V.
Comentário
I- Falso: Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
II- Verdadeiro: Art. 1.660. Entram na comunhão: IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
III- Verdadeiro: Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
IV- Verdadeiro: Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
V- Falso: Art. 1639, § 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4- FCC 2016 DPE-ES DEFENSOR PÚBLICO
Podem casar
  a) a pessoa solteira com pessoa separada judicialmente.
  b) as pessoas com deficiência intelectual ou mental em idade núbil, expressando sua vontade por meio de curador.
  c) o adotado com a filha biológica do adotante, se autorizados pelo juiz.
  d) os afins na linha reta, depois de dissolvido o casamento que determinara o parentesco por afinidade.
  e) o adotante com quem foi cônjuge do adotado.
Comentário
a) a separação judicial termina com a sociedade conjugal (art. 1571, III), o que significa dizer que os deveres de ambos os cônjuges como a fidelidade recíproca, a vida em comum, mútua assistência, sustento, guarda e educação dos filhos, e o respeito e consideração mútuos não mais subsistem. A separação judicial põe termo aos deveres de coabitação e fidelidade recíproca e ao regime de bens (art. 1576). 
Separação judicial não é o mesmo que divórcio. 
Ainda que separados judicialmente, os cônjuges não podem contrair novo casamento, pois o casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio (art. 1571, § 1º). 
Sociedade conjugal não se confunde com vínculo matrimonial. A sociedade conjugal implica nos deveres, em relação ao convívio, de ambos os cônjuges. Enquanto o vínculo matrimonial é o casamento ainda válido juridicamente. O vínculo matrimonial é dissolvido através do divórcio (CF, art. 26, § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio).
Após divorciados pode haver novo casamento.
b) correto. Art. 1550, § 2º  A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
c) são juridicamente irmãos (parentesco civil), não pode haver casamento entre eles. 
Art. 1.521. Não podem casar:
V - o adotado com o filho do adotante;
d) afins em linha reta: "sogra e genro, sogro e nora, padrasto e enteada, madrasta e enteado ou qualquer outro descendente do cônjuge ou companheiro (neto, bisneto), nascido de outraunião, mesmo já dissolvido o casamento que originou a afinidade" (DINIZ, Maria Helena. Código Civil anotado. 14. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 1059. Grifamos). 
e) Art. 1.521. Não podem casar: III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
5- UFMT 2016 DPE-MT DEFENSOR PÚBLICO
Segundo o Código Civil, após as alterações introduzidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), em relação ao casamento e à união estável, assinale a afirmativa correta. 
  a) Os primos estão impedidos de contrair matrimônio entre si.  
  b) A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. 
  c) A união estável não se constituirá se ocorrerem as causas suspensivas do casamento.  
  d) No regime da comunhão parcial de bens, excluem-se na comunhão as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge. 
  e) É nulo o casamento contraído pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil. 
Comentário
a) primos são parentes em quarto grau. O impedimento alcança os colaterais até o terceiro grau.
Art. 1.521. Não podem casar:
V - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
Parentes consanguíneos: 
- Pai, mãe e filhos: primeiro grau.
- Irmãos, avós e netos: segundo grau. 
- Tios, sobrinhos, bisavós e bisnetos: terceiro grau.
- Primos, trisavós, tios-avós, sobrinhos-netos: quarto grau.
Por afinidade:
- Sogro, sogra, genro, nora: primeiro grau.
- Padrastos, madrastas e enteados: primeiro grau. 
- Cunhados: segundo grau. 
- Afins Colaterais: cunhados.
b) correto. Art. 1550, § 2º  A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
c) art. 1723, § 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.
d) Art. 1.660. Entram na comunhão [parcial]:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
e) tal previsão foi revogada pela lei 13.146/15. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
6- MPE-GO 2016 PROMOTOR DE JUSTIÇA
A respeito do casamento, assinale a alternativa correta: 
  a) a eficácia da habilitação será de cento e vinte dias, a contar da data em que foi extraído o certificado. 
  b) o nubente que não estiver em iminente risco de vida não poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo. 
  c) há impedimento para o casamento entre os afins em linha reta, permanecendo-se a afinidade ainda que ocorra a dissolução do casamento ou da união estável. 
  d) é nulo o casamento contraído pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil.  
Comentário
a) Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado.
b) Art. 1542, § 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.
c) correto. Art. 1.521. Não podem casar: II - os afins em linha reta;
d) tal previsão foi revogada pela lei 13.146/15.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
7- CONSULPLAN 2016 TJ-MG TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS
Sobre a retratação do nubente prevista no Código Civil, assinale a alternativa correta. 
  a) Recusada a afirmação da vontade de casar, é inadmissível a sua retratação.
  b) Uma vez declarado pelo nubente que a sua vontade não é livre, nem espontânea, inadmissível se mostra a sua retratação.  
  c) O nubente que, por algum dos fatos mencionados no caput do art. 1.538, do Código Civil, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
  d) Suspensa a celebração do casamento, a retratação será possível mediante novo processo de habilitação e não poderá ocorrer em prazo menor do que de quinze dias. 
Comentário
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
8- CONSULPLAN 2016 TJ-MG TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS
Sobre o casamento por procuração, assinale a alternativa correta, segundo os dispositivos do Código Civil em vigor.
  a) Não se permite celebração do casamento por procuração.
  b) O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público ou particular, cuja procuração será irrevogável. 
  c) A eficácia do mandato outorgado para casar não ultrapassará noventa dias.  
  d) Não se opera revogação de procuração outorgada por escritura pública, apenas de procuração outorgada por instrumento particular.
Comentário
Não se celebra casamento mediante instrumento particular. Assim, as assertivas 'b' e 'd' estão erradas. Permite-se a celebração de casamento por procuração, por instrumento público, com poderes especiais. 
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais. 
§ 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.
§ 3º A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4º Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
9- MPE-SC 2016 PROMOTOR DE JUSTIÇA
O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, a qualquer tempo e independentemente de habilitação, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
 Certo Errado
Comentário
Alguns artigos para serem observados. 
Se já houve a homologação da habilitação: O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado (...). Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação (art. 1516, § 1º). 
Se não houve habilitação: depois do casamento religioso, o casal deve, a qualquer tempo, entrar com o processo de pedido de habilitação e após as formalidades ser extraído o certificado de habilitação. A contar da data de extração deste certificado, o casal deve registrar o casamento no registro civil, dentro agora de um prazo de 90 dias, pois a eficácia desse certificado de habilitação é de 90 dias. Ou seja, em resumo, a qualquer tempo pode o casal 'habilitar-se', mas após a extração do certificado terá apenas 90 dias pararegistrar o casamento religioso no registro civil. 
A questão do MPE-SC erra ao dizer que o registro será independente de habilitação, quando, na verdade, para casar-se é necessário haver o certificado de habilitação. 
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
Art. 1516, § 2º O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
10- MPE-SC 2016 PROMOTOR DE JUSTIÇA
Segundo a legislação em vigor, o casamento é nulo na hipótese de ser contraído pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil; e por infringência de impedimento, podendo a ação ser intentada por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público. 
 Certo Errado
Comentário
"... contraído pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil" → Revogado pela lei 13.146/2015. 
O casamento é nulo apenas por infringência de impedimento.
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
I - pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil; 
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)
II - por infringência de impedimento.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
11- FAURGS 2016 TJ-RS MÉDICO PSIQUIATRA
Com relação ao casamento, e considerando as disposições do Código Civil, assinale a alternativa INCORRETA.  
  a) O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.    b) A pessoa com deficiência mental ou intelectual, mesmo em idade núbil, não poderá contrair matrimônio. 
  c) O tutor ou o curador, seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos não devem casar com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela e não estiverem saldadas as respectivas contas. 
  d) O casamento religioso que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. 
  e) Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.
Comentário
a) Art. 1.517.
b) incorreta. Art. 1.550, § 2º  A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
c) Art. 1.523, IV
d) Art. 1.515.
e) Art. 1.522.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
12- FAURGS 2016 TJ-RS MÉDICO PSIQUIATRA
Tendo em vista as disposições do Código Civil a respeito da dissolução da sociedade e do vínculo conjugal, assinale a alternativa correta.  
  a) O cônjuge pode pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável.
  b) O casamento válido se dissolve pela separação judicial.  
  c) A sociedade conjugal termina após a decretação da separação de corpos pelo juízo.
  d) A separação judicial pode ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de dois anos.
  e) Somente caracterizará a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de sevícia ou injúria grave.
Comentário
a) correto. Art. 1.572, § 2º.
b) Art. 1.571, § 1º O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
c) Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
I - pela morte de um dos cônjuges;
II - pela nulidade ou anulação do casamento;
III - pela separação judicial;
IV - pelo divórcio.
d) Art. 1.572, § 1º A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição.
e) Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
I - adultério;
II - tentativa de morte;
III - sevícia ou injúria grave;
IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo;
V - condenação por crime infamante;
VI - conduta desonrosa.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
13- FGV 2016 MPE-RJ ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Everaldo manteve relação de união estável durante treze anos com Priscila. Da união nasceu Barbara. Luciana é a filha mais velha de Priscila, proveniente de outro relacionamento.
Após a separação, Everaldo iniciou um relacionamento amoroso com Luciana, o qual já dura dois anos. Nesse contexto, é correto afirmar que:
  a) não há qualquer impedimento no matrimônio de Everaldo com Luciana, já que nunca houve qualquer vínculo familiar entre eles; 
  b) Everaldo somente poderá contrair matrimônio com Luciana após dez anos de separação de Priscila; 
  c) por haver uma relação de parentesco em linha reta, Everaldo e Luciana não podem contrair matrimônio;
  d) por haver uma relação de afinidade em linha reta, Everaldo e Luciana não podem contrair matrimônio;
  e) não há qualquer impedimento no matrimônio de Everaldo com Luciana, já que o vínculo familiar que havia entre eles findou a partir da separação dele e de Priscila.
Comentário
- Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade (art. 1.595). Configura-se afinidade em linha reta de Everaldo com Luciana. 
- Os afins em linha reta não podem contrair casamento (art. 1.521, II), mesmo com a dissolução do casamento ou da união estável (art. 1.595, § 2º). 
- Observando-se que são parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes (art. 1.591). Sendo que o parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro (art. 1.595, § 1º). Letra 'd' correta.
Afins em linha reta: sogro, sogra, genro, nora, padrasto, madrasta, enteado, enteada. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
14- VUNESP 2016 TJ-SP TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS
A declaração de nulidade do casamento importa 
  a) a preservação da filiação apenas em relação ao genitor que estiver de boa-fé. 
  b) a preservação da filiação materna ou paterna, desde que presentes as condições do casamento putativo. 
  c) a nulidade da filiação, em observância à regra de que atos nulos não se convalescem e não são aptos a produzir atos válidos. 
  d) a preservação da filiação materna ou paterna, mesmo que ausentes as condições do casamento putativo. 
Comentário
Art. 1.617. A filiação materna ou paterna pode resultar de casamento declarado nulo, ainda mesmo sem as condições do putativo.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
15- VUNESP 2016 TJ-SP TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS
É correto afirmar que, no Brasil, 
  a) a celebração do casamento é gratuita, por imperativoconstitucional. 
  b) o casamento civil é uma garantia da laicidade do Estado, vedada qualquer outra forma de casamento.
  c) o casamento de absolutamente incapaz, em razão da idade, é necessariamente nulo, em proteção à pessoa. 
  d) os nubentes devem requerer pessoalmente a habilitação para o casamento, vedado requerimento por procuração.
Comentário
a) correto. CF Art. 226, § 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
b) o casamento religioso é também uma outra forma de casamento. Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
c) não é nulo, é anulável. A hipótese de nulidade do casamento é a infringência de impedimento. Art. 1.550. É anulável o casamento: II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
d) Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador (...). 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
16- FCC 2016 PREF. DE SÃO LUIZ-MA PROCURADOR
Decorre do regime estabelecido pelo Código Civil que:  
  a) É nulo o casamento por vício da vontade. 
  b) É anulável o casamento realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges. 
  c) É anulável o casamento por infringência de impedimento. 
  d) É nulo o casamento celebrado por autoridade incompetente. 
  e) A anulação do casamento dos menores de 16 anos não pode ser requerida diretamente pelo próprio cônjuge menor por necessitar de seus representantes legais para elaborar tal pedido. 
Comentário
a) Art. 1.550. É anulável o casamento: III - por vício da vontade
b) correto. Art. 1.550. É anulável o casamento: V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
c) Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
II - por infringência de impedimento.
d) Art. 1.550. É anulável o casamento: VI - por incompetência da autoridade celebrante.
Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil.
e) Art. 1.552. A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos será requerida:
I - pelo próprio cônjuge menor;
II - por seus representantes legais;
III - por seus ascendentes.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
17- CESPE 2016 TJ-AM JUIZ
A respeito do direito de família, assinale a opção correta.
  a) Dos nubentes que optam pelo regime de comunhão universal de bens não se exige a formulação de pacto antenupcial, ato solene lavrado por escritura pública.
  b) É considerado bem de família, insuscetível de penhora, o único imóvel residencial do devedor no qual resida seu familiar, ainda que ele, proprietário, não habite no imóvel.
  c) O fato de um casal de namorados projetar constituir família no futuro caracteriza a união estável se houver coabitação.
  d) O casamento putativo não será reconhecido de ofício pelo juiz.
  e) Se não houver transação em sentido contrário, as verbas indenizatórias integram a base de cálculo da pensão alimentícia.
Comentário
a) se exige sim a formulação do pacto antenupcial, pois se trata de comunhão universal. Não se exige a formulação de pacto antenupcial no regime de comunhão parcial.
Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.
Art. 1.640, Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.
- Regime parcial: reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, sem necessidade da escritura antenupcial. 
- Demais regimes: realização do pacto antenupcial por escritura pública
b) correto. STJ: Se o executado possui um único imóvel residencial, mas quem mora nele é um parente (ex.: filho), mesmo assim esse imóvel será considerado como bem de família, sendo impenhorável. Em outras palavras, constitui bem de família, insuscetível de penhora, o único imóvel residencial do devedor em que resida seu familiar, ainda que o proprietário nele não habite (EREsp n° 1.216.187-SC, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima)
c) STJ: O propósito de constituir família, alçado pela lei de regência como requisito essencial à constituição da união estável (a distinguir, inclusive, esta entidade familiar do denominado "namoro qualificado"), não consubstancia mera proclamação, para o futuro, da intenção de constituir uma família. É mais abrangente. Esta deve se afigurar presente durante toda a convivência, a partir do efetivo compartilhamento de vidas, com irrestrito apoio moral e material entre os companheiros. É dizer: a família deve, de fato, restar constituída. Tampouco a coabitação, por si, evidencia a constituição de uma união estável, ainda que possa vir a constituir, no mais das vezes, um relevante indício (...) (REsp n° 1.454.643-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze)
d) O casamento putativo não será pode ser reconhecido de ofício pelo juiz.
e) STJ: 2. As parcelas denominadas auxílio-acidente, cesta-alimentação e vale-alimentação, que tem natureza indenizatória, estão excluídas do desconto para fins de pensão alimentícia porquanto verbas transitórias. (REsp: 1159408 PB 2009/0197588-1, 07/11/2013)
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
18- IESES 2016 TJ-PA TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS
Sobre a validade do casamento, responda:
I. O casamento celebrado com pessoa divorciada que ainda não realizou a partilha dos bens do casamento anterior é anulável.
II. Não pode ser anulado por motivo de idade o casamento do qual resultou gravidez.
III. O casamento realizado sob erro essencial quanto a pessoa do cônjuge é anulável, ainda que haja coabitação após a ciência do vício.
Assinale a alternativa correta:
  a) Apenas a assertiva II é verdadeira.
  b) Todas as assertivas são verdadeiras.
  c) Apenas as assertivas I e II são verdadeiras.
  d) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras.
Comentário
I- falso. Não é casamento anulável, é hipótese de suspensão do casamento, com a possibilidade da sanção de separação obrigatória de bens.
Art. 1.523. Não devem casar:
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
II- correto. Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.
III- falso. Art. 1.559. Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício, valida o ato, ressalvadas as hipóteses dos incisos III e IV do art. 1.557.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
19- CESPE 2015 DPE-RN DEFENSOR PÚBLICO
De acordo com as regras que disciplinam o casamento, assinale a opção correta.
  a) Os impedimentos impedientes para o casamento constituem mera irregularidade e geram apenas efeitos colaterais sancionadores, mas nãoa nulidade do matrimônio.
  b) Será nulo o casamento do divorciado, enquanto não for homologada ou decidida a partilha dos bens do casal, ainda que seja demonstrada a inexistência de prejuízo para o ex-cônjuge.
  c) O casamento pode ser realizado mediante procuração, por instrumento público ou particular com poderes especiais.
  d) A revogação do mandato precisa chegar ao conhecimento do mandatário, pois, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tomem ciência da revogação, o casamento será válido, sem que possa o mandante ser compelido a indenizar por perdas e danos.
  e) Os impedimentos absolutamente dirimentes para o casamento são proibições legais que, se forem desrespeitadas, geram a nulidade do matrimônio, mas podem ser supridas ou sanadas.
Comentário
a) correto.
- Impedimentos dirimentes absolutos: casamento nulo (art. 1.521). 
- Impedimentos dirimentes relativos: casamento anulável (art. 1.550). 
- Impedimentos Impedientes: causas suspensivas (art. 1.523).
b) não é causa de nulidade, mas causa suspensiva. No caso de inexistência de prejuízo para o ex-cônjuge, é permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não aplique a causa suspensiva (art. 1.523, par. ún.).
Art. 1.523. Não devem casar: 
II - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
c) Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
d) Art. 1.542, § 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
e) os impedimentos absolutamente dirimentes geram nulidade do casamento, sem possibilidade de serem sanados.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
20- FCC 2015 TJ-SE JUIZ
A violação de causas suspensivas da celebração do casamento acarreta a:
  a) nulidade relativa do casamento.
  b) obrigatoriedade do regime de separação de bens, não sendo permitido ao juiz relevá-las em nenhuma hipótese.
  c) obrigatoriedade do regime da separação de bens, exceto no caso de o juiz a relevar, conforme lhe permite a lei, quando se tratar de viúva grávida antes de dez meses do início da viuvez.
  d) obrigatoriedade do regime da separação de bens, exceto se relevadas pelo juiz, quando a lei o permitir.
  e) nulidade absoluta do casamento, exceto se relevada pelo juiz, quando a lei o permitir.
Comentário
a) nulidade relativa → ato anulável. As causas suspensivas não tornam o casamento nulo nem anulável, mas geram a punição do regime de separação de bens. 
b) a obrigatoriedade do regime de separação de bens pode ser relevada pelo juiz no caso de inexistência de prejuízo para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada, na hipótese dos nubentes solicitarem ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas, pois se não for aplicada a causa suspensiva, não serão aplicadas as sanções. O regime da separação de bens é uma sanção. 
Todos os incisos do art. 1.523 podem receber a punição do regime da separação de bens. 
c) a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, não podem se casar até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal. A mulher deve aguardar esse tempo de 10 meses para casar, caso contrário será aplicada a sanção do regime de separação de bens. Contudo, se a nubente provar nascimento de filho (provar que o filho com o falecido já nasceu), ou provar inexistência de gravidez (exame de gravidez como comprovação), na fluência do prazo, ela pode solicitar ao juiz que não aplique a causa suspensiva, e consequentemente não aplique também a sanção. 
A assertiva está errada, porque se a nubente estiver grávida dentro desse espaço de 10 meses, é obrigatório ao juiz aplicar a punição do regime de separação de bens. 
d) correto. Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
e) as causas suspensivas não geram nulidades absoluta ou relativa do casamento, mas a sanção do regime de separação de bens.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
21- FMP 2015 MPE-AM PROMOTOR DE JUSTIÇA
Considere as seguintes afirmações sobre o tema do casamento:
I – O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
II – Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil, para evitar a imposição ou o cumprimento de pena criminal, ou em caso de gravidez.
III – Não podem casar o adotado com o filho do adotante.
IV – A habilitação para o casamento será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público.
Quais das assertivas acima estão corretas?
  a) Apenas a I e II.
  b) Apenas a II e III.
  c) Apenas a I, II e III.
  d) Apenas a II, III e IV.
  e) I, II, III e IV.
Comentário
I- Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
II- Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. Obs.: com o advento da lei 12.015/2009, o casamento da menor com o agente que cometeu o crime não é mais possível. Contudo, como o inciso ainda não foi revogado expressamente ou dado uma nova redação, pelo Código Civil, a assertiva está correta para a banca (FMP). 
III- Art. 1.521. Não podem casar: V - o adotado com o filho do adotante;
IV- Art. 1.526.  A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público.
Parágrafo único.  Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
22- FAPEC 2015 MPE-MS PROMOTOR DE JUSTIÇA
Considerando que Jorge possui 17 anos e deseja se casar com Fátima, a qual possui 15 anos e está grávida, assinale a assertiva correta:
  a) Tendo em vista que ambos não alcançaram a idade núbil atualmente, mostra-se nulo eventual casamento celebrado entre Jorge e Fátima, pouco importando a autorização materna, paterna ou judicial.
  b) É possível o casamento de Jorge e Fátima, desde que ambos obtenham apenas a autorização de seus pais, independente de autorização judicial.
  c) É possível o casamento de Jorge e Fátima, contudo, deverá ser com autorização judicial, tendo em vista que a última está aquém da idade núbil, sendo aplicável, na hipótese, o regime de comunhão parcial de bens se outro regime não for escolhido pelos nubentes. 
  d) Como regra, Jorge e Fátima podem casar no regime de participação final dos aquestos se obtiverem a autorização de seus genitores, independentemente de a última estar grávida.
  e) Jorge e Fátima podem se casar, mediante autorização judicial, sendo aplicável o regime de separação de bens.
Comentário
O art. 1520, em sua parte final, dispõe sobre a possibilidade de casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil. Porém terá que ser mediante autorização judicial, pois ainda não alcançada a idade mínima de 16 anos. Nessa hipótese de haver suprimento judicial, é obrigatório o regime de separação de bens (art. 1.641, III).
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminalou em caso de gravidez.
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
23- VUNESP 2015 TJ-SP JUIZ
É correto afirmar que
  a) salvo no regime da separação, os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e rendimentos, para o sustento da família e a educação dos filhos.
  b) as causas suspensivas do casamento podem ser opostas por qualquer pessoa.
  c) se excluem da comunhão parcial de bens os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge.
  d) é obrigatório o regime da separação de bens aos que contraírem matrimônio com inobservância das cláusulas de impedimento da celebração do casamento.
Comentário
a) Art. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial.
b) Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.
c) correto. 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão [parcial]:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
d) Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
24- FCC 2015 TJ-AL JUIZ
A respeito do casamento putativo, é correto afirmar que 
  a) não encontra previsão legal, sendo criação da jurisprudência, para regularizar a posse do estado de casado. 
  b) produz todos os efeitos, embora nulo ou anulável, independentemente de boa-fé de um ou de ambos os cônjuges, tendo em vista a necessidade de segurança jurídica em matéria de casamento. 
  c) se não for nulo, mas apenas anulável, se contraído de boa-fé, por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória. 
  d) embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória. 
  e) não produz nenhum efeito, porque o casamento se regula por normas de ordem pública. 
Comentário
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
25- VUNESP 2015 TJ-MS JUIZ
Márcio e Caroline, ambos com 16 (dezesseis) anos de idade, decidiram que se casariam, considerando a gravidez de Caroline. Noticiaram sua decisão aos pais de ambos, mas o pai de Caroline recusou-se a autorizar o matrimônio, apesar da aquiescência da mãe de Caroline e dos pais de Márcio. Assim, foi ajuizada ação para solução do impasse, e, após regular tramitação, sobreveio sentença autorizando o casamento.
Em relação ao caso concreto apresentado, assinale a alternativa correta.
  a) Judicialmente autorizado o casamento entre Márcio e Caroline, será obrigatório o regime legal da separação de bens.
  b) Não corriam prazos prescricionais em desfavor de Márcio e Caroline, em razão de sua idade, mas, com a celebração do casamento, cessará a causa impeditiva.
  c) Com o suprimento judicial, Márcio e Caroline poderão casar-se, vigorando condição suspensiva consistente no nascimento com vida do filho do casal.
  d) Com o suprimento judicial, Márcio e Caroline poderão casar-se, mas o casamento não fará cessar a incapacidade civil de ambos.
  e) A sentença é nula, na medida em que não se admite suprimento judicial em caso de falta de anuência de qualquer dos pais.
Comentário
a) correto. Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
b) não corre a prescrição contra os absolutamente incapazes, mas contra os relativamente incapazes corre a prescrição (16 anos).
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º.
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
c) não estão presentes as causas de suspensão (art. 1.523) do casamento. 
d) o casamento cessa a incapacidade civil para os maiores de 16 e menores de 18 anos. 
Art. 5º, Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
II - pelo casamento;
e) Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem se casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631.
Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
26- MPE-SP 2015 PROMOTOR DE JUSTIÇA
Sobre o regime de bens do casamento, assinale a alternativa correta:
  a) O Código Civil alterou o ordenamento jurídico brasileiro para impor o princípio da imutabilidade absoluta do regime matrimonial de bens.
  b) É vedada qualquer modificação no regime de bens de casamento celebrado antes da vigência do Código Civil de 2002.
  c) A alteração do regime de bens na união estável depende de homologação judicial e prévia oitiva do Ministério Público.
  d) O regime da separação obrigatória de bens do casamento poderá ser alterado pelos nubentes com mais de 70 anos de idade.
  e) Cessada a causa suspensiva da celebração do casamento, será possível aos cônjuges modificar o regime obrigatório de bens do casamento para o eleito pelo casal.
Comentário
a) Art. 1.639, § 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
b) Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebradosna vigência do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1º de janeiro de 1916, é o por ele estabelecido.
Enunciado 260 da III Jornada de Direito Civil: Arts. 1.639, § 2º, e 2.039: A alteração do regime de bens prevista no § 2º do art. 1.639 do Código Civil também é permitida nos casamentos realizados na vigência da legislação anterior
c) não é necessário a oitiva do MP.
Art. 1.639, § 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
d) para nubentes com mais de 70 anos é obrigatório o regime de separação de bens, não há possibilidade de alteração. 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
e) correto. Cessada a causa suspensiva, desnecessário haver a condição imposta do regime de separação, ficando a critério de ambos os cônjuges a modificação do regime, entretanto deve ser mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, ressalvando direitos de terceiros. Apenas os maiores de 70 anos não podem promover alteração no regime de casamento. 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
27- FCC 2015 MANAUSPREV ANALISTA PREVIDENCIÁRIO
Considere as seguintes afirmações, relativas a vedações, impedimentos e suspensões à capacidade para contrair casamento: 
I. São impedidos de casar o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante. 
II. O divorciado não poderá casar enquanto não houver sido homologada a partilha do casal, podendo essa condição suspensiva ter sua aplicação afastada pelo juiz, se comprovada a inexistência de prejuízo para o ex-conjuge. 
III. Os impedimentos e causas suspensivas para celebração de casamento podem ser arguidas por qualquer pessoa, independentemente da existência de vínculo com os nubentes. 
De acordo com o Código Civil, está correto o que se afirma APENAS em
  a) II e III
  b) I e II.
  c) III.
  d) I
  e) II.
Comentário
I- correto.
II- correto. 
III- Impedimentos: Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.
Causas suspensivas: Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
28- FCC 2015 TJ-PE JUIZ
Na habilitação para o casamento, se houver oposição de impedimento, o oficial
  a) indeferirá o pedido de habilitação e remeterá o oponente e os nubentes às vias ordinárias em juízo, para decisão do magistrado
  b) encaminhará a oposição ao juiz, sem efeito suspensivo do procedimento, que, depois de regular instrução e manifestação do Ministério Público, decidirá até a data do casamento.
  c) encaminhará os autos, imediatamente, ao juiz, que intimará o oponente e os nubentes a indicarem provas, que serão produzidas e, ouvido o Ministério Público, decidirá.
  d) dará ciência do fato aos nubentes para que indiquem provas que desejam produzir, colhendo-as e em seguida remeterá os autos ao juiz que, ouvido o Ministério Público, decidirá.
  e) dará ciência do fato aos nubentes, para que indiquem provas que desejam produzir e remeterá os autos ao juiz que decidirá depois da produção das provas pelo oponente e pelos nubentes, com a participação do Ministério Público.
Comentário
Art. 1.526.  A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público.
Parágrafo único.  Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz.
Lei de Registros Públicos 6.015/73
Art. 67. Na habilitação para o casamento, os interessados, apresentando os documentos exigidos pela lei civil, requererão ao oficial do registro do distrito de residência de um dos nubentes, que lhes expeça certidão de que se acham habilitados para se casarem.
§ 5º Se houver apresentação de impedimento, o oficial dará ciência do fato aos nubentes, para que indiquem em três (3) dias prova que pretendam produzir, e remeterá os autos a juízo; produzidas as provas pelo oponente e pelos nubentes, no prazo de dez (10) dias, com ciência do Ministério Público, e ouvidos os interessados e o órgão do Ministério Público em cinco (5) dias, decidirá o Juiz em igual prazo.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
29- FGV 2015 TJ-SC PSICÓLOGO
- Joana, com dezesseis anos de idade, obtém o consentimento de seus pais e se casa, sob o regime da comunhão parcial de bens, com Vinicius. 
- Um ano após o casamento, o casal se divorcia. 
- Decidida a vender o imóvel recebido de seus pais por doação antes do casamento, Joana tem o registro da venda do imóvel obstado, ao argumento de que, sendo menor de dezoito anos, somente pode praticar os atos da vida civil devidamente assistida por seus responsáveis legais. 
Considerando a situação trazida no problema, é correto afirmar que:
  a) os menores de dezesseis anos são incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de exercê-los;
  b) a incapacidade para os menores cessa pelo casamento;
  c) a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior;
  d) a alienação de imóveis envolvendo menores de dezoito anos depende de assistência dos representantes legais, ainda que o menor já tenha contraído matrimônio;
  e) a menoridade cessa aos 21 anos de idade, idade em que é permitida a prática pessoal de todos os atos da vida civil.
Comentário
a) o erro está em 'relativamente a certos atos'.
Art. 3º  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
b) correto. O divórcio não traz de volta a incapacidade.
Art. 5º, Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: II - pelo casamento;
c) o exercício de emprego público deve ser efetivo, o que não está mencionado na assertiva. 
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
d) se o menor contraiu matrimônio, a sua incapacidade cessa, tornando-se assim habilitado à prática de todos os atos da vida civil, inclusive alienar imóveis.
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
e) Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
30-CONSULPLAN 2015 TJ-MG TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTRO
Sobre o casamento, nos termos do Código Civil brasileiro, analise as seguintes afirmações: 
I. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorrerá na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente. 
II. Não pode casar o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal. 
III. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória. 
Está correto somente o que se afirma em:
  a) I
  b) II
  c) I e II
  d) I e III
Comentário
I- Art. 1.564. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorrerá:
I - na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente;
II - na obrigação de cumprir as promessas que lhe fez no contrato antenupcial.
II- errado. Não é um impedimento, mas uma causa suspensiva. Nessa hipótese, eles não devem se casar, mas caso casem será-lhes aplicado o regime de separação obrigatória de bens. Se os nubentes provarem a ausência de prejuízo podem solicitar ao juiz que não lhes seja aplicada a sanção da causa suspensiva (regime da separação de bens).  
Art. 1.523. Não devem casar: III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
III- Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
31- FGV 2015 TJ-BA ANALISTA JUDICIÁRIO
Após quatro meses de duração de uma relação amorosa com Flávio, Suzana contraiu matrimônio. Acontece que, após três meses da celebração do casamento, Suzana, grávida, tomou conhecimento de que Flávio era pedófilo, tendo sido o autor de pelo menos quatro casos de abuso sexual e estupro com vítimas menores, o que resultou em prisão e condenação criminal, com trânsito em julgado após dois anos e dois meses. É correto afirmar que Suzana, não mais querendo manter a relação conjugal e considerando o decurso do prazo de dois anos e cinco meses da celebração do casamento, pode:
  a) como única opção, pleitear a separação judicial em decorrência de ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum;
  b) pleitear a anulação do casamento por erro essencial de pessoa;
  c) como únicas opções, pleitear a separação judicial em decorrência de ato que importe grave violação dos deveres de casamento e torne insuportável a vida em comum, ou o divórcio direto;
  d) como única opção, pleitear o divórcio direto;
  e) tão somente, pleitear a separação de fato, considerando a existência de um filho do casal.
Comentário
a) A separação judicial não é opção correta e a única a ser tomada, sendo que Flávio, pelo narrado, não violou deveres do casamento. Os deveres dos cônjuges são: fidelidade recíproca, vida em comum, mútua assistência, sustento, guarda e educação dos filhos, respeito e consideração mútuos (art. 1.566). 
Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum.
b) correto. É uma opção. A outra a é o divórcio, e uma outra é a separação de fato. 
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
c) essas não são as únicas opções. A separação judicial não seria opção, pois a questão não narra grave violação aos deveres do casamento. 
d) O divórcio seria uma opção, mas não a única opção (alternativa 'd' errada, portanto). 
e) separação de fato é quando o casal não mais deseja compartilhar a vida em comum. Pode ser uma fase anterior a separação judicial e ao divórcio. Se a cônjuge quiser, ela pode separar-se de fato, mas esta não é a sua única opção. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
32- CESPE 2015 DPE-PE DEFENSOR PÚBLICO
Considerando que Luciana e Carlos sejam casados em regime de comunhão parcial de bens há dez anos e tenham um filho, julgue o seguinte item.
Luciana e Carlos poderão contratar sociedade com terceiros, mas não entre si.
 Certo Errado
Comentário
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
Regime parcial de bens: permitido contratar sociedade. 
Regime universal ou Separação obrigatória: não é permitido contratar sociedade.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
33- CESPE 2015 DPE-PE DEFENSOR PÚBLICO
Considerando que Luciana e Carlos sejam casados em regime de comunhão parcial de bens há dez anos e tenham um filho, julgue o seguinte item.
De acordo com entendimento do STJ, caso Carlos tenha um relacionamento afetivo extraconjugal duradouro com Carla, se apresentando perante os amigos dela como marido, não será juridicamente admissível o reconhecimento desse relacionamento como união estável, mas poderá a relação ser enquadrada como sociedade de fato.
 Certo Errado
Comentário
Certo
União estável:
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.
Art. 1.521. Não podem casar:
VI - as pessoas casadas;
De acordo com o § 1º do art. 1.723, se a pessoa ainda for casada, mas separada de fato, pode haver o reconhecimento da união estável. 
STJ: No caso de pessoa casada a caracterização da união estável está condicionada à prova da separação de fato. Agravo regimental não provido. (AGA 670502 RJ 2005/0053159-3)
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
34- MPE-GO 2014 PROMOTOR DE JUSTIÇA
Marque a alternativa incorreta:
  a) O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
  b) Não é anulável o casamento realizado pelo mandatário sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato sobrevindo coabitação entre os cônjuges.
  c) A ação declaratória de inexistência do casamento é imprescritível.
  d) A conservação de efeitos do casamento inválido somente poderá ser declarada em ação ordinária, não podendo, em nenhuma hipótese, o juiz presumir a boa fé e proclamar de ofício a putatividade em favor do cônjuge que alega ignorância do impedimento.
Comentário
a) art. 1.542
b) seria anulável se não sobreviesse coabitaçãoentre os cônjuges. 
Art. 1.550. É anulável o casamento:
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
c) a ação declaratória de inexistência do casamento é imprescritível.
d) incorreta. O juiz declara a putatividade de ofício ou a requerimento das partes.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
35- FCC 2014 DPE- CE DEFENSOR PÚBLICO
Maria casou-se com Frederico, que, três anos depois, passou a ingerir bebida alcoólica em excesso, a ponto de tornar insuportável a vida conjugal. Muito abalada, requereu a anulação do casamento, alegando erro essencial quanto à pessoa do cônjuge. O pedido de Maria, por esta causa, deverá ser
  a) indeferido, pois o erro essencial somente teria se caracterizado se a causa fosse anterior ao casamento.
  b) indeferido, pois transcorrido prazo prescricional de dois anos para a formulação do pedido.
  c) deferido, pois incidiu em erro da vontade.
  d) deferido, pois o alcoolismo tornou insuportável a vida em comum.
  e) indeferido, pois transcorrido prazo decadencial de dois anos para a formulação do pedido.
Comentário
Letra 'a' correta. Os vícios de vontade, elencados no art. 1.557, devem existir anterior ao casamento. 
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
36- NC-UFPR 2014 DPE-PR DEFENSOR PÚBLICO
Assinale a alternativa correta acerca do Direito de Família.
  a) O Código Civil de 2002 afastou a imutabilidade absoluta do regime de bens, permitindo-se a sua alteração mediante autorização judicial, em pedido motivado, por iniciativa de um ou de ambos os cônjuges.
  b) Após a inovação introduzida pela Emenda Constitucional nº 66/2010, não mais subsiste qualquer causa, justificativa ou prazo para o divórcio, que pode ser, a qualquer tempo, pedido judicialmente ou celebrado consensual e extrajudicialmente mediante escritura pública, nos termos legais, sendo imprescindível a assistência de advogado ou Defensor Público.
  c) A lei civil, além de definir o que é guarda compartilhada e guarda unilateral, dá preferência a esta última, que será aplicada pelo juiz, em favor da mãe, quando não houver acordo entre os pais quanto à guarda do filho.
  d) O dever de prestar alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, com preferência aos mais próximos em grau. Na falta destes, a obrigação cabe aos descendentes, guardada a ordem de sucessão, não havendo previsão legal para a imposição desta obrigação aos colaterais, em qualquer grau.
  e) A prática de atos de alienação parental ou de qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor pode dar ensejo à aplicação de sanções pelo juiz, previstas na Lei nº 12.318/2010, das quais são exemplos a advertência e multa ao alienador, a alteração da guarda para guarda compartilhada ou a sua inversão, a suspensão da autoridade parental e a perda do poder familiar.
Comentário
a) art. 1.639, § 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
b) correto. 
c) art. 1.584, § 2º  Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.
d) há previsão legal para a imposição da obrigação aos colaterais (irmãos, por ex.). 
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Germanos unilaterais: descendente do mesmo pai e da mesma mãe.
e) a perda do poder familiar não é sanção prevista legalmente para ser aplicada pelo juiz no caso de alienação parental. 
Lei 12.318/2010 (Alienação Parental)
Art. 6º  Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: 
I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 
III - estipular multa ao alienador; 
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
VII - declarar a suspensão da autoridade parental.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
37- CESPE 2014 TJ-SE TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS
Com relação ao direito de família, assinale a opção correta.
  a) Na união estável, o regime patrimonial deve obedecer à norma vigente no início da relação afetiva, salvo contrato escrito.
  b) A posse do estado de filho constitui modalidade de parentesco civil.
  c) As expressões fecundação artificial, concepção artificial e inseminação artificial, utilizadas no Código Civil, devem ser interpretadas extensivamente para abranger as hipóteses de utilização de óvulos doados e de gestação de substituição.
  d) De acordo com o Código Civil, não é possível o reconhecimento da validade e eficácia da renúncia do direito a alimento manifestada por ocasião do divórcio (direto ou indireto) ou da dissolução da união estável, visto que tal direito é irrenunciável, conquanto possa não ser exercido pelo credor.
  e) Ainda que superada causa suspensiva para a celebração de casamento, não é possível a alteração do regime da separação obrigatória de bens.
Comentário
a) Enunciado 346 da Jornada de Direito Civil: Na união estável o regime patrimonial obedecerá à norma vigente no momento da aquisição de cada bem, salvo contrato escrito.
(Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens) 
b) Enunciado 256 da Jornada de Direito Civil: A posse do estado de filho (parentalidade socioafetiva) constitui modalidade de parentesco civil.
(Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consangüinidade ou outra origem)
c) Enunciado 257 da Jornada de Direito Civil: As expressões “fecundação artificial”, “concepção artificial” e “inseminação artificial”, constantes, respectivamente, dos incs. III, IV e V do art. 1.597 do Código Civil, devem ser interpretadas restritivamente, não abrangendo a utilização de óvulos doados e a gestação de substituição.
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
V - havidos por inseminação artificialheteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.
d) Enunciado 263 da Jornada de Direito Civil: O art. 1.707 do Código Civil não impede seja reconhecida válida e eficaz a renúncia manifestada por ocasião do divórcio (direto ou indireto) ou da dissolução da “união estável”. A irrenunciabilidade do direito a alimentos somente é admitida enquanto subsistir vínculo de Direito de Família.
(Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora)
e) Enunciado 262 da Jornada de Direito Civil: A obrigatoriedade da separação de bens nas hipóteses previstas nos incs. I e III do art. 1.641 do Código Civil não impede a alteração do regime, desde que superada a causa que o impôs.
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
38- CS-UFG 2014 DPE-GO DEFENSOR PÚBLICO
A respeito do casamento e da união estável e de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro e a recente jurisprudência dos tribunais superiores pátrios,
  a) o Código Civil de 2002 veda expressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, permitindo, entretanto, e de acordo com a letra da lei, a união estável homoafetiva.
  b) o Conselho Nacional de Justiça, por meio de resolução, veda às autoridades competentes a recusa de habilitação, de celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas do mesmo sexo.
  c) o casamento é civil e gratuita sua celebração, sendo isento de selos emolumentos e custas de habilitação, o registro e a primeira certidão às pessoas pobres, independentemente de declaração.
  d) o casamento nuncupativo poderá ser celebrado na presença de três testemunhas livres de parentesco em linha reta, ou na colateral, até o segundo grau com os nubentes.
  e) o casamento celebrado no Brasil prova-se exclusivamente pela certidão do registro civil de pessoas naturais.
Comentário
a) não há vedação expressa ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
b) correto: Resolução 175 CNJ: Art. 1º É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável
em casamento entre pessoas de mesmo sexo.
c) Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.
d) Casamento nuncupativo: Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
e) o casamento celebrado no Brasil não se prova exclusivamente pela certidão de registro, pois se acontecer de perder, por exemplo, é admissível qualquer outra espécie de prova. 
Art. 1.543. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro.
Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
39- VUNESP 2014 TJ-SP TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS
Sobre o instituto do casamento, assinale a alternativa correta.
  a) O casamento não pode ser realizado por procuração com poderes especiais, ainda que por instrumento público
  b) O suprimento judicial de idade é previsto em favor de pessoa sem idade núbil, em razão de gravidez ou para evitar a imposição de pena criminal, ao passo que o suprimento judicial do consentimento viabiliza o casamento de pessoa com idade núbil, em caso de denegação injusta de qualquer um dos pais, de ambos, ou do representante legal.
  c) A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes quatro testemunhas se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever, sob pena de nulidade do ato
  d) Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de oito testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Comentário
a) Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
b) correto.  Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.
c) o artigo que trata sobre o assunto nada fala em nulidade do ato.
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular.
§ 1º Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato.
§ 2º Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever.
d) Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
40- VUNESP 2014 TJ-SP TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS
Segundo disposição expressa do Código Civil, é correto afirmar:
  a) É admissível alteração do regime de bens, por meio de escritura pública, ressalvados os direitos de terceiros.
  b) Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha.
  c) Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão universal.
  d) É anulável o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e inexistente se não lhe seguir o casamento
Comentário
a) Art. 1.639, § 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
b) correto. Art. 1.637
c) Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
d) Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
41- VUNESP 2014 TJ-SP TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS
Assinale a alternativa correta.
  a) Basta o adultério da mulher, desde que confessado judicialmente, para ilidir a presunção legal da paternidade gerada pelo casamento.
  b) O domicílio do casal será escolhido por ambos os cônjuges, mas um e outro

Outros materiais