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relatório de PORTUGUES a moreninha

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
Relatório a partir de Leitura do Livro de 
 “A Moreninha"
Outubro-2017
Salvador-Bahia
INTRODUÇÃO
Todos os componentes do grupo fizeram a leitura do romance “A Moreninha” e logo depois realizou-se uma discussão acerca dos temas e assuntos abordados no livro, entre os componentes. No decorrer da unidade serão feitas exposições para toda a turma em busca de um compartilhamento do conhecimento e aprendizado adquirido durante o trabalho. Quatro integrantes ficaram responsáveis pela feitura dos tópicos e subtópicos: 3; 4.1; 4.2; 4.3, e o outro pelos tópicos 1 e 5.
A partir da leitura interpretativa, reflexiva e analítica do livro, tem-se como objetivo observar elementos da obra, fala/discurso do autor através do perfil dos personagens, suas ações e ideologias; caracterização dos ambientes, entre outros aspectos importantes, que nos levem a compreensão e identificação dos elementos que compõem e fazem o movimento literário Romantismo.
Não houve grande expectativa de todos do grupo para com a obra (por ser muito romântica), mas sim com a finalidade na execução do exercício. As dificuldades apresentadas foram: tempo suficiente para leitura do livro e a linguagem do livro.
PLANO DE EXPRESSÃO
“A Moreninha” é um romance romântico de autoria de Joaquim Manuel de Macedo que remonta o cenário da alta sociedade fluminense do século XIX. O romance “A Moreninha” é um clássico da literatura brasileira, sendo considerado como o primeiro romance tipicamente brasileiro (lançado em 1844), com caracteristicas marcantes das narrativas românticas, trazendo aspectos, que a caracterizam como uma obras deste movimento literário, como a idealização de um amor puro, que nasceu na infância e continuou com o passar do tempo, fora o fato de que a paisagem da ilha, a gruta e os outros elementos naturais contribuem para montar um cenário que favoreça a formação do amor romântico entre D. Carolina e Augusto.
Outros aspectos que podem caracterizar a primeira obra de Joaquim de Macedo como um romance são:
A idealização da mulher: As moças, em toda a obra, recebem uma descrição tipicamente romântica (todas são parentes de algum homem; tem a cor pálida; são obedientes às determinações dos responsáveis e são educadas para o casamento).
O flash-back narrativo: O narrador faz uma “volta no tempo” para poder explicar, por meio do passado, certas atitudes dos personagens no presente. Em “A Moreninha” o flash back explica o comportamento indiferente de Augusto em relação as mulheres (o casamento com a menina, na infância), ao mesmo tempo que prepara a peripécia: Carolina era a menina [1]. 
O final feliz e os protagonistas moralmente virtuosos, que se caracterizam pela pureza afetiva e têm no casamento o objeto redentor de suas vidas, alcançando após um longo período de sofrimentos [1]. 
A obra conta a história de amor entre Augusto e a D. Carolina.
 
Tudo se inicia quando os três amigos (Augusto,Leopoldo e Fabrício) são convidados por seu amigo Filipe a passar um feriado na casa de avó (D. Ana) e ele conversaram sobre as primas de Filipe que tambem iriam para a ilha passar o feriado de Sant’Ana e estes (Augusto e Filipe) fazem uma aposta de que, antes do feriado acabar, Augusto, que sempre foi um incostante no amor, sairia da ilha apaixonado por uma das primas de Filipe e o perdedor da aposta teria que escrever um romance descrevendo como foi a sua derrota. 
Ao chegar na ilha Fabrício revela a todos a personalidade do amigo Augusto e todas as damas perdem o interesse em Augusto, com a excessão de Carolina. Sentindo-se solitário e sofrendo as consequências das revelações dos seus segredos sobre sua inconstância no amor e sobre a sua personalidade namoradora, Augusto vai confessar o motivos dos seus comportamentos para Dona Ana e diz a ela que tudo isso é consequência de um amor não esquecido da infância.
Com o término do fim de semana os estudantes retornam para o Rio de Janeiro, pórem Augusto sente saudades da jovem D. Carolina e, mesmo após sofrer represálias do seu pai, ele retorna a ilha e descobre que a “sua mulher” da infância na verdade é D. Carolina, quando esta o mostra o camarafeu que ele a deu quando criança. Assim, a identidade da sua amada é revelada e Augusto, ao retornar da ilha, escreve o romance intitulado de “A Moreninha”. 
Os principais personagens do romance são: 
- Augusto: A figura de Augusto retrata um estudante alegre, inteligente e namorador. Dotado de uma moral inquestionável, fez no início da adolescência um juramento de amor eterno que atrasará a concretização de seu amor por Carolina. Esse impedimento de ordem moral permitirá o desenvolvimento de várias ações até que, ao final da história, Carolina revelará ser ela mesma a menina a quem o jovem Augusto jurara amor eterno.
- D. Carolina: A caracterização física da personagem é significativa para a criação de um estereótipo romântico puramente brasileiro: Carolina é muito jovem e "moreninha" (ou seja, morena, mas de um tom leve e agradável e não profundo e sedutor, como outras heroínas da época). É também travessa, inteligente e persistente na obtenção de seus desejos.
PLANO DE CONTEÚDO:
ESTRUTURA NARRATIVA
O sujeito manipulado na maior parte do livro é Augusto, porém este aparece em alguns momentos como manipulador, sendo julgado por conta de suas atitudes pelos próprios personagens secundários do livro e pelo narrador, que não participa do enredo. 
No livro são evidenciados dois discursos gerativos: A ida de Augusto e seus amigos à casa de D. Ana e a paixão do mesmo por D. Carolina. Ele se apresenta como inconstante e incapaz de amar alguém, sempre manipulando mulheres, seduzindo-as, e nunca se comprometendo com uma delas sequer. Por se declarar inconstante, o julgam perigoso e ao mesmo tempo começa uma espécie de batalha para saber quem conseguiria conquistar o rapaz e fazê-lo deixar a inconstância.
No primeiro percurso Augusto se viu provocado por seus amigos a ir à ilha, conhecer as belas jovens e sair de lá sem estar apaixonado por nenhuma delas, com foco na Moreninha, o tentando ao falar sobre as numerosas qualidades das moças. Ele se apresenta como manipulador ao narrar um acontecimento de quando tinha treze anos, com a “sua mulher” (que é o sujeito manipulado) na praia, e este a elogia com a finalidade de seduzi-la. Ele é intimidado ao se castigar a não amar mais ninguém, pois quando se permite fazê-lo é iludido, e assim somente a garota da praia. Assim passa a amar todas, já que se iludiu, se entregando a uma vida de inconstâncias.
Augusto queria amar alguém que na verdade já amava, porém não a conhecia, e passa a amar novamente, mas não sabe ou não percebe no primeiro instante; deve deixar a inconstância, mas não podia já que não sabia como; só passa a poder ao final do segundo percurso.
No segundo percurso gerativo, Augusto passa a gostar de D. Carolina e mostra isso quando muda a maneira de pensar nela, não mais como aquela menina “travessa inoportuna e feia” como assim a julgava, mas como a mais bela e com maiores qualidades que todas as outras.
Após a Moreninha revelar a Augusto que ela é a garota da praia, a mesma a quem jurou se casar e amar somente, ele perde a aposta, pois então percebe que não tem como sair da ilha e não estar apaixonado por aquela a quem amou desde os treze anos; agora então ele sabe como e vai deixar a inconstância; logo, ele pode. Então é intimidado mais uma vez, tendo como sanção um castigo, fruto da aposta: escrever o livro de seu romance.
ESTRUTURA DISCURSIVA
ESTRUTURA PROFUNDA
No livro, observou-se a contradição de Bom senso X Ignorância, quando Augusto diz que é melhor deixar de lado os estudos e “estudar” as moças, sendo que esta personagem está prestes a terminar a faculdade de medicina; Idealização X Realidade, quando a sra. d. Ana ao invés de descrever a Moreninha pelas qualidades para causar boa impressão a Augusto, ela a descreve como travessa, desconcertando o galanteAugusto, tendo a intenção de criar expectativas as duas personagens; Amor X Interesse social, quando o autor aponta que as moças querem se casar, pois sabem que representam um meio de ascensão social para os rapazes, por causa dos dotes, mas os rapazes querem fugir ao compromisso; Prisão X Liberdade, quando Carolina é descrita como livre e descompromissada e essa pretensa liberdade, que na verdade é uma prisão, é o ponto comum que une Augusto e Carolina; Belo X Feio, quando ao mesmo tempo que Augusto atribui características negativas à Moreninha, ele a elogia, a ponto de provocar a estranheza do amigo Leopoldo. Acaba divinizando a mesma pessoa que, principiando, chamaste feia.
 Ao decorrer do livro percebe-se bastante o endeusamento da mulher pelas personagens, além de notar que d. Ana é porta voz da ideia do amor ligado ao casamento e a família quando na conversa com Augusto esta recita as seguintes palavras: “ [...] ─Não, senhor, nada há aqui que exagerado seja; rogo-lhe por um instante pense comigo: se o seu sistema é bom, deve ser seguido por todos; e se assim acontecesse, onde iria assentar o sossego das famílias, a paz dos esposos, se lhe faltava a sua base: a constância?... [...]”. O que deixa explicito no texto a presença de um discurso ideológico.
Esta obra desenvolve temas ligados a vida social, principalmente a do Rio de Janeiro no século XIX. A variedade de tipos humanos, os problemas sociais e morais decorrentes do desenvolvimento da cidade destacam neste romance dois aspectos: o primeiro o sonho, o caso das breves e o segundo realidade, refere-se à morenice da heroína. No primeiro, objetos são trocados, e servem como elo para o reencontro feliz de duas crianças apaixonadas... toda a trama de a moreninha está ligada ao passado quente e gostoso à beira-mar, quando duas crianças trocam breves como prova de amor e fidelidade, que hoje em dia muito pouco se há mais ainda se sonha. Depois, elas crescem e acabam conhecendo um novo amor, a realidade vivida atualmente. Mas como pode Augusto esquecer sua menina do breve, a verdadeira causa de sua inconstância? Como pode Carolina fazer com que Augusto a ame e seja, ao mesmo tempo, fiel à sua esposa menina? Esses dilemas nos levam à bonança de um final feliz, que nem sempre está presente atualmente. O segundo aspecto diz respeito a apologia da cor morena, para o público acostumados as pálidas e louras europeias dos romances de folhetim, Macedo criou definitivamente a morena faceira, feliz menina e mulher tão sedutora e matreira, a verdadeira mulher brasileira. Carolina não é só a encarnação da senhora branca, nem também (e ao mesmo tempo) irresponsável, irreverente e sensual. O romance não só destaca o amor que a moreninha tem por Augusto, mas, sobretudo o amor que ela tem pela vida, a obra é e parece ser com realidades do cujo foi criado como com nosso cotidiano, por isto entre as relações de sonho e realidade continua a se repetir neste século, mesmo não tendo mais homens românticos, pois hoje o homem possui momentos românticos, assim como momentos de outros gêneros literários, considera-se então a obra lida como uma verdade.
CONCLUSÕES
A Moreninha nos traz a ideia do que é o amor em sua essência, nos faz repensar no valor de uma promessa e como podemos nos esconder dentro de si mesmo na busca de um conforto que só poderia ser encontrado se realmente nos arriscássemos a amar de verdade. Encontrasse neste livro também, muitos aspectos e características do romantismo, logo, pode-se concluir, a possibilidade de compreensão acerca do movimento literário que ele, de certa forma, originou no Brasil na época do seu lançamento.
Recomenda-se a leitura para o bom amante do romance romântico e para pessoas que estão buscando conhecer um pouco da sociedade brasileira burguesa urbana que estava sendo construída em meados do século XIX. 
REFERÊNCIA
1 - BRASIL, Ministério da Educação. Ser Protagonista: Língua Portuguesa. Edições SM; 2 ed.; São Paulo, 2013.
2- MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. 15 ed. São Paulo: Ática,1989.
3- MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo: Moderna, 1994.

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