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Metodologia de Pesquisa Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Mathias Gonzalez Profa. Dra. Ana Barbara Ap. Pederiva Revisão Técnica: Profa. Dra. Vilma Silva Lima Revisão Textual: Profa. Dra. Selma Ap. Cesarin Métodos Científicos • Introdução • Métodos Científicos • Tipos de Métodos • Relação entre Método e Técnica · Pretende-se, ao final desta unidade, que você tenha compreendido que: o método é a trajetória percorrida pelo pesquisador na apreensão do objeto de análise; existem métodos diferentes para apreensão dos fenômenos naturais e sociais. OBJETIVO DE APRENDIZADO Métodos Científi cos Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Métodos Científicos Introdução Munidos das informações necessárias sobre como se dá a construção e a exe- cução do processo investigativo da Ciência, você acredita que os métodos científi- cos são mecanismos essenciais para se obter novos conhecimentos e transformar a realidade? O método científico refere-se a um conjunto de regras básicas relacionadas aos procedimentos que produzem o conhecimento científico. Dito de outra forma, o método científico pode ser encarado como sendo o caminho utilizado para a construção do discurso científico, ou seja, a trajetória que o pesquisador percorrerá para conhecer o objeto a ser investigado e construir o conhecimento. Nas próximas páginas, pretende-se mostrar a você os tipos de métodos criados no processo de desenvolvimento do homem em busca do conhecimento, partindo- se da relação que se estabelece entre sujeito e objeto do conhecimento. 8 9 Métodos Científi cos Conceituação e Importância do Método Para reforçar o que aprendemos nas Unidades anteriores, de que a Ciência é um procedimento metódico que busca conhecer, interpretar e intervir na realidade, estudaremos alguns dos diferentes métodos científicos. O método não é único e nem sempre o mesmo para o estudo deste ou daquele objeto e/ou para este ou aquele quadro da ciência, uma vez que reflete as condições históricas do momento em que o conhecimento é construído. Somente à base desta reflexão o pesquisador conseguirá compreender o plano histórico e dinâmico do conhecimento científico (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 55). Método significa caminho para chegar a um fim ou pelo qual se atinge um objetivo. Portanto, entende-se que: É um procedimento de investigação e controle que se adota para o desenvolvimento rápido e eficiente de uma atividade qualquer. Não se executa um trabalho sem a adoção de algumas técnicas e procedimentos norteadores da ação (BASTOS; KELLER, 2000, p.84). Que dizer, então, do método científico? Poderia dizer que é o caminho trilhado pelo cientista quando em busca de “verdades” científicas. Quais são as “verdades” científicas? O que é ser cientista? O que é Ciência? Existe uma Ciência única? Quando nos reportamos a uma hipotética linha demarcatória a separar o que julgamos ser uma verdade científica de outras possíveis verdades, a que nos estamos referindo? Por estas questões, nota-se que o método tem vital importância, já que é por meio dele que se alcançam as verdades buscadas pela Humanidade por meio dos pesquisadores. Qualquer pessoa pode realizar uma experiência que julgue ser bem-sucedida, mas sempre necessitará da comprovação científica por meio de provas. Os cientistas só aceitarão uma teoria ou descoberta depois que a replicarem ou obtiverem provas irrefutáveis até aquele momento. Uma experiência científica só será considerada válida para o mundo da Ciência se for realizada seguindo determinadas normas controladas. Os cientistas se esmeram em replicar incontáveis vezes uma experiência até terem certeza de que foram obedecidos todos os critérios de cientificidade exigidos pela Ciência. O cientista é aquele que se utiliza do método científi co para encontrar a solução dos problemas ou compreender o universo à sua volta. Assim, o método científi co é o caminho trilhado pelo cientista Ex pl or 9 UNIDADE Métodos Científicos No método científico, a hipótese é o caminho que deve levar à formulação de uma teoria. O cientista, na sua hipótese, tem dois objetivos: explicar um fato e prever outros acontecimentos dele decorrentes. A hipótese deverá ser testada/aplicada para que os resultados obtidos pelos pesquisadores comprovem perfeitamente a hipótese; então, ela será aceita como teoria. Para simplificar, a hipótese é uma tentativa preliminar de resposta ao problema da pesquisa: DÚVIDA PROBLEMA HIPÓTESE TENTATIVA DE SOLUÇÃO A hipótese é uma resposta provisória e antecipa algo que será ou não confirmado com a pesquisa. O método científico é composto pelas seguintes fases: • Observação de um fato; • Formulação de um problema; • Proposta de uma hipótese; • Realização de uma pesquisa para testar a validade da hipótese. Para maior segurança nas conclusões, toda pesquisa deve ser controlada com técnicas que permitem descartar as variáveis que podem mascarar o resultado. Tipos de métodos Existem vários tipos de métodos científicos utilizados pelos cientistas e pesqui- sadores de diferentes áreas do conhecimento para se chegar a determinados resul- tados. São eles: a) Método indutivo: é aquele que parte da observação de casos particulares para o estabelecimento de hipóteses de caráter geral. Trata-se do método proposto pelos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke, Hume), para os quais o conhecimento é fundamentado exclusivamente na experiência, sem levar em consideração princípios preestabelecidos. Nesse método, parte-se da observação de fatos ou fenômenos cujas causas se desejam conhecer. A seguir, procura-se compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procede-se à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenômenos. Observe o exemplo a seguir: 10 11 • João é mortal. • Paulo é mortal. • Manoel é mortal. • Ora, João, Paulo e Manoel são homens. • Logo, (todos) os homenssão mortais. Conclusões indutivas são perigosas, pois generalizações de premissas verdadeiras podem levar a uma falsa conclusão. b) Método dedutivo: é aquele pelo qual, a partir da observação de um princípio geral, chega-se a conclusões particulares. Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. É o método proposto pelos racionalistas (Descartes, Spinoza, Leibniz), segundo os quais só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. Como neste exemplo: • Todo mamífero é vertebrado. • Todo homem é mamífero. • Logo, todo homem é vertebrado. c) Método hipotético-dedutivo: é aquele pelo qual, mediante a percepção de uma lacuna no conhecimento, formula-se uma hipótese e, então, pelo processo de observação e inferência dedutiva, testa-se a predição da ocorrência de fenômeno abrangido pela hipótese (LAKATOS; MARCONI, 1991). Pode-se apresentar as etapas do método hipotético-dedutivo da seguinte forma: 1. Problema: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema; 2. Conjecturas: para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Para a explicação de um fenômeno, surge o problema; 3. Dedução de consequências observadas: das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou falseadas; 4. Tentativa de falseamento: falsear significa tentar tornar falsas as consequ- ências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo procura-se a todo custo confirmar as hipóteses, no método hipotético-dedutivo, ao con- trário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-la; 5. Corroboração: quando não se consegue demonstrar qualquer caso con- creto capaz de falsear a hipótese, tem-se a sua corroboração, que é a confir- mação da hipótese; entretanto, está é considerada provisória. 11 UNIDADE Métodos Científicos Nesse caso, de acordo com Popper, a hipótese mostra-se válida, pois superou todos os testes, mas não definitivamente confirmada, já que a qualquer momento poderá surgir um fato que a invalide; O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper a partir de criticas a indução, ex- pressas em A lógica da investigação científica, obra publicada pela primeira vez em 1935.Ex pl or d) Método dialético: procura contestar uma realidade posta, enfatizando as suas contradições. Para toda tese, existe uma antítese, que, quando contra- posta, tende a formar uma síntese. Tal método funda-se numa concepção dinâmica da realidade e das relações dialéticas entre sujeito e objeto, conhecimento e ação, teoria e prática. O método dialético não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de sua ação recíproca (...) É contrário a todo conhecimento rígido: tudo é visto em constante mudança, pois sempre há algo que nasce e se desenvolve e algo que se desagrega, se transforma (ANDRADE, 1999, p.114-5). O método dialético, portanto, é contrário a todo conhecimento rígido, pois tudo é percebido como em constante mudança; e) Método fenomenológico: não se limita à descrição dos fenômenos. Também é, ao mesmo tempo, tentativa de interpretação desses fenômenos, com o objetivo de pôr a descoberto os sentidos menos aparentes, os sentidos mais fundamentais que os fenômenos têm. Caracteriza-se por valorizar a pesquisa do cotidiano, por tentar resgatar tudo aquilo que, pela rotina, foi perdendo relevo e significação, foi ficando oculto pelo uso, pelo hábito, pelo senso comum. Nesse sentido, o enfoque fenomenológico permite reeducar, reorientar o olhar que investiga. O método fenomenológico valoriza, sobretudo, a interpretação do mundo, o qual surge intencionalmente à consciência do homem. Assim, pode-se afirmar que, na pesquisa de orientação fenomenológica, o sujeito deixa de ser um observador imparcial, como pretende a abordagem positivista, para assumir, de certa forma, a condição de “ator”. Aliás, um os méritos do método fenomenológico é justamente o de questionar os procedimentos positivistas, encarecendo a importância do sujeito no processo da construção do conhecimento. Outra característica marcante da pesquisa fenomenológica é sua recusa à caracterização, pretendendo-se, ao contrário, sempre aberta a novas interpretações. 12 13 É importante ressaltar que, conforme Masini (1989), alguns autores consideram inadequado falar em método fenomenológico. Segundo eles, não haveria tal método, mas regras formais de pesquisa voltadas especialmente para o fenômeno (aquilo que se mostra como é, que se mostra a si mesmo). Então, não caberia falar em método, mas em atitude fenomenológica; f) Método histórico: específico das ciências sociais, parte do princípio de que as atuais formas de vida social, as instituições e os costumes têm suas raízes no passado, sendo, portanto, fundamental pesquisar sua origem para bem compreender sua natureza e função. Por exemplo, para se investigar uma instituição social como a família e as relações de parentesco, o método histórico pesquisa, no passado, os elementos constitutivos dos vários tipos de família e as fases de sua evolução social. O método histórico “consiste em investigar os acontecimentos, processos e ins- tituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje” (ANDRA- DE, 2003, p. 133). Dessa forma, o pesquisador que utiliza o método histórico tem a preocupação de colocar o fenômeno estudado no ambiente social em que surgiu, ou seja, contextualizá-lo. Assim, será capaz de acompanhar suas sucessivas alterações e de compará-lo a fenômenos semelhantes em sociedades diferentes (LAKATOS; MARCONI, 1991). Dentro do método histórico, há toda uma diversidade de abordagem. É possível aplicar esse método ao estudo de um mesmo tema; porém, com enfoques tão diferentes quanto o positivista, o fenomenológico, o dialético etc. Relação entre Método e Técnica Na investigação científica, os termos “método” e “técnica” estão estreitamente relacionados e são comumente empregados sem uma compreensão exata da sua diferenciação semântica. Como já foi anteriormente descrito, o método – termo já conhecido na Grécia Clássica (méthodos) foi usado por Platão e Aristóteles no sentido de “estudo ordenado de uma questão filosófica ou científica”. A palavra pode ser decomposta no prefixo metá + hodós, que quer dizer caminho, via, rota. Em sentido genérico é, portanto, o caminho pelo qual se chega a um deter- minado resultado. Na terminologia científica, método pode ser definido como um conjunto de dados e regras de proceder, permitindo atingir um fim previamente determinado. Por exemplo: pesquisa experimental, diagnóstico, operação, tratamento, reação físico-química ou biológica, prova clínica ou teste de laboratório. Muitos teóricos definem método como um conjunto de meios dispostos convenientemente para se chegar a um fim. 13 UNIDADE Métodos Científicos A palavra “técnica” vem do grego tékhne, e significa arte. Se o método é o caminho, a técnica é o modo de caminhar. Técnica subentende o modo de pro- ceder em seus menores detalhes, a operacionalização do método segundo nor- mas padronizadas. É resultado da experiência e exige habilidade em sua execução. Um mesmo método pode comportar mais de uma técnica. O método científico inicialmente ocorre do seguinte modo: há um problema que desafia a inteligência; o cientista elabora uma hipótese e estabelece as condições para seu controle, a fim de confirmá-la ou não. A conclusão é então generalizada, ou seja, considerada válida não só para aquela situação, mas para outras similares.Além disso, quase nunca se trata de um trabalho solitário do cientista, pois, hoje em dia, cada vez mais as pesquisas são objetos de atenção de grupos especiali- zados ligados às universidades, às empresas ou ao Estado. De qualquer forma, a objetividade da ciência resulta do julgamento feito pelos membros da comunidade científica que avaliam criticamente os procedimentos utilizados e as conclusões, divulgadas em revistas especializadas e congressos. Assim, dentro da visão do senso comum, a Ciência busca compreender a realidade de maneira racional, descobrindo relações universais e necessárias entre os fenômenos, o que permite prever os acontecimentos e, consequentemente, também agir sobre a natureza. Para tanto, a ciência utiliza métodos rigorosos e atinge um tipo de conhe- cimento sistemático, preciso e objetivo. Entretanto, apesar do rigor do método, não é conveniente pensar que a Ciência é um conhecimento certo e definitivo, pois ela avança em contínuo processo de investigação que supõe alterações à medida que surgem fatos novos, ou quando são inventados novos instrumentos. Por exemplo, nos séculos XVIII e XIX, as leis de Newton foram reformuladas por diversos matemáticos que desenvolveram técnicas para aplicá-las de maneira mais precisa. No século XX, a teoria da relatividade de Einstein desmentiu a concepção clássica que a luz se propaga em linha reta. Isso serve para mostrar o caráter provisório do conhecimento científico sem, no entanto, desmerecer a seriedade e o rigor do método e dos resultados. Ou seja, as leis e as teorias continuam sendo de fato hipóteses com diversos graus de confirmação e verificabilidade, podendo ser aperfeiçoadas ou superadas. • A partir da explanação feita acima, será que podemos afirmar que existe um método universal?; • Será que os métodos universais devem ser considerados válidos para situações diversas? E tendo situações diferentes, podemos qualificá-las como universais?; • Como descrever relações universais por meio de métodos “individuais”?; • Será que esse tipo de método é realmente válido universalmente?; • Será que podemos nomear o método como sendo universal? 14 15 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Tipos de Métodos e sua Aplicação https://goo.gl/v43TFg Metodologia Científica – Métodos de Abordagem https://goo.gl/VWM9GA Métodos de Abordagem e de Procedimento https://goo.gl/gRHGgu Método e Metodologia https://goo.gl/4Eq6Am 15 UNIDADE Métodos Científicos Referências ALVES, R. A filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Loyola, 2000. ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2003. BARBOSA, Derly. Metodologia de estudos e elaboração de monografia. São Paulo: Expressão & Arte, 2006. BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000. BASTOS, Cleverson; KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender: introdução à metodologia científica. Petrópolis: Vozes, 2000. DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. DIONE, J.; LAVILLE, C. A construção do saber. Porto Alegre: UFMG, 2004. FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. 6.ed. Petrópolis: Vozes, 2000. GALLIANO, A. C. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1989. HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 2003. JAPIASSU, H. Nascimento e morte das ciências humanas. Rio de Janeiro: F. Alves, 1978. KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica. 12.ed. Petrópolis: Vozes, 1997. KUHM, T. S. A. Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1991. MÁTTAR NETO, J. A. 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