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ANIELLY BEATRIZ REZENDE
TURRICELLI REZENDE TURRIONI
CRIPTOCOCOSE – REVISÃO DE LITERATURA
 
ANÁPOLIS/GO
2017
ANIELLY BEATRIZ REZENDE – 3700601398
TURRICELLI REZENDE TURRIONI - 9855496710
CRIPTOCOCOSE – REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho apresentado a Faculdade Anhanguera de Anápolis, ao curso de Medicina Veterinária para composição de nota parcial na disciplina de moléstias infecciosas e Ornitopatologia Aplicadas a Medicina Veterinária, ministrado pelo Prof.: Thiago Souza .
Anápolis
2017
CRIPTOCOCOSE - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Anielly Beatriz Rezende
Turricelli Rezende Turrioni
RESUMO
Criptococose é uma micose contagiosa de natureza sistêmica, tendo como agente etiológico os fungos do gênero Cryptococcus, sendo leveduriformes com cápsulas mucopolissacarídeos, apresentando duas espécies: Cryptococcus neoformans de forma cosmopolita, encontrada em solos e vegetais e a Cryptococcus gatti encontrada em região litorânea. Sua principal fonte de infecção se dá pelos excrementos de aves, especialmente os pombos, acomete tanto o homem quanto os animais. Adquirem essa doença por meio de inalação das leveduras, acometendo as vias respiratórias em primeiro grau, provando infecção pulmonar; a disseminação da doença para outros sistemas ou tecidos, se dá por via sanguínea, acometendo os linfonodos e atingindo o sistema nervoso central. Manifestando clinicamente sob a forma generalizada ou localizada, os sintomas variam de acordo com a espécie acometida e são relacionados ao trato respiratório, tegumentar, neurológico e oftálmico. O diagnóstico baseia-se no histórico do animal, sinais clínicos e nos exames complementares: sorológico, citopatológico, histopatológico, isolamento fúngico. A escolha do protocolo de tratamento, depende da avaliação clínica, da gravidade e extensão das lesões. O prognóstico é reservado, depende da gravidade do acometimento da doença, faixa etária, da extensão dos órgãos ou sistemas afetados. O controle é feito pela redução e desinfecção dos excrementos de aves (pombos) bem como a perpetuação da espécie em contato com animais e humano.
Palavras-chave: Criptococose, cryptococcus, pombos, inalação, fungos.
CRYPTOCOCOSE - BIBLIOGRAPHICAL REVIEW
ABSTRACT
Cryptococcosis is a contagious mycosis of a systemic nature, having as etiological agent the fungi of the genus Cryptococcus, being yeasturiformes with capsules mucopolysaccharides, presenting two species: Cosmopolitan Cryptococcus neoformans, found in soils and vegetables and Cryptcoccus gatti found in coastal region. Its main source of infection is bird droppings, especially pigeons, affecting both humans and animals. They acquire this disease by inhalation of the yeasts, affecting the airways in the first degree, proving pulmonary infection; the spread of the disease to other systems or tissues occurs through the bloodstream, affecting the lymph nodes and reaching the central nervous system. Manifesting clinically under the generalized or localized form, the symptoms vary according to the species affected and are related to the respiratory, tegumentary, neurological and ophthalmic tract. The diagnosis is based on the animal's history, clinical signs and complementary tests: serological, cytopathological, histopathological, fungal isolation. The choice of treatment protocol depends on the clinical evaluation, the severity and extent of the lesions. The prognosis is reserved, depending on the severity of the disease, age, extent of affected organs or systems. The control is done by the reduction and disinfection of bird excrement (pigeons) as well as the perpetuation of the species in contact with animals and humans.
Keywords: Cryptococcosis, cryptococcus, pigeons, inhalation, fungi.
 INTRODUÇÃO 
 A criptococose é uma infecção fúngica oportunista, podendo agir de forma branda até a forma severa no organismo. Frequentemente tem carter sistêmico sendo causada por uma levedura capsulada presente na natureza. Está distribuída de forma cosmopolita. A enfermidade é contraída do meio ambiente. Recebendo outros nomes como torulose, blastomicose europeia e granulomatose criptocócica. Ela acomete principalmente os felinos que vivem em áreas urbanas, causadas principalmente pelo Cryptococcus neoformans, porém não deixando de acometer cães, cavalos, bois, raposas entre outros.
Essa doença é causada principalmente pelo contato com as excretas dos pombos (Columbia livia) que vivem na cidade, transmitida pelas fezes deste animal. Esta infecção é adquirida através da inalação de propágulos provindos de excretas de pombos. A inalação de esporos acomete geralmente o trato respiratório superior, podendo disseminar-se para diversos órgãos. Esta doença pode ser considerada uma zoonose. 
A primeira incidência que se tem da doença e datada em 1894, onde o italiano Francesco Sanfelice, isolou a levedura a partir do suco de uma fruta deteriorada chamando – a assim de Saccaromys neoformans. Posteriormente Otto Busse descreve – a como Cryptococcus, isolada a partir de uma lesão de sarcoma humano. No entanto so no inicio de 1950 que Curtis relatou o primeiro caso em gatos e logo em seguida Holzwork descreveu a patogenia da doença.
Etiologia
 O agente causador da criptococose é um fungo da classe Bastomycetes, família Cryptococcaceae, gênero Cryptococcus, espécie Cryptococcus neoformans.
	As duas principais espécies que causam doença no homem e nos animais são: Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gatti.
O cryptococcus neofarmans é semelhante a levedura de distribuição mudial, possui medidas entre 3,5 e 7,0 µm, onde possui uma capsula espessa de polissacarídeo onde se reproduz por brotamento. Esses fungos podem ser geralmente encontrados nas excretas dos pombos (no caso a Cryptococcus neoformans), e material vegetal em decomposição e tocos de árvores de eucalipto (no caso o Cryptococcus gattii). 
Epidemiologia
A alta prevalência da levedura em isolados ambientais, aliada à rara transmissão homem-homem ou animal-animal, indica que a infecção é adquirida através de fontes ambientais do fungo, como locais onde existe grande concentração de columbinas como praças, telhados de residências e torres de igrejas, ocorrendo exclusivamente a partir da inalação de propágulos provindos de excretas de aves.
Diversos autores relatam a identificação do C. neoformans em fezes e ambientes frequentados por pombos. O principal problema é que o C. neoformans permanece viável nas fezes secas dessa ave durante muitos anos, autores relatam que, em média esses fungos podem ser encontrados até dois presente nessas fezes, tornando-se um reservatório de partículas infectantes passíveis de inalação.
No Brasil, especificamente nos estados do Rio de Janeiro, Teresina, São Paulo, no interior do Amazonas e Boa Vista e Ilha de Maraca em Roraima, foram identificados formas progressivas de Cryptococcus neoformans. No entanto o Cryptococcus gatti é encontrado nas regiões tropicais, subtropicais e nas regiões litorâneas onde o clima é quente e úmido. 
O Cryptococcus gatti afeta principalmente o sistema nervoso central, apresentando uma taxa de mortalidade de 35% a 40% em casos relatados nas regiões norte e nordeste do Brasil. Sua ocorrência é maior que a relatada em pesquisas e relatos epidemiológicos, está relacionada com casos de micoses sistêmicas endêmicas e por isso não é muito notificada.
 Patogenia
 A doença é contraída a partir do contato e inalação de microrganismos originários do solo, geralmente nas áreas urbanas, a principal fonte de infecção é a inalação dos microrganismos encontrados nas excretas de aves, especialmente dos pombos (Columbia livia). C. neoformans pode permanecer por até dois anos em excrementos ressecados de pombos, especialmente em ambientes úmidos e protegidos da luz. 
A virulência do agente não é resultado de um único fator, mas sim de um conjunto, sendo três os principais a presençada cápsula polissacarídica, as sínteses de melanina e de D-manitol e de enzimas, como lacase, fosfolipase e superóxido dismute. 
A cápsula é composta por manoproteína e polissacarídeos que protegem o fungo contra o ressecamento e aumenta suas chances de sobrevivência no meio ambiente. Além disso a cápsula interfere na resposta imune do hospedeiro, assim neutralizando a ação do sistema imune, dificulta ainda a exposição da parede celular, inibindo a produção de citocinas envolvidas no processo de fagocitose. 
A causa do tropismo pelo sistema nervoso central está ligada a síntese de melanina, ela protege o fungo da destruição por hipoclorito e pelo permanganato, no entanto não é eficaz contra o peróxido de hidrogênio, sendo ainda capaz de impedir a destruição do agente por elementos oxidantes, que levam à produção ode radicais livres, assim como ocorre na fagocitose. 
Já o D- manitol é descrito em relatos como um contribuinte para a patogenicidade do fungo, onde em grandes concentrações atua como destruidor de radicais hidroxil, protegendo ainda os fungos invasores contra danos causados por oxidantes. 
O mecanismo correto da infecção é desconhecido, no entanto acredita-se que as leveduras e/ou basidiósporos do fungo são inalados pelos animais e atingem preferencialmente o trato respiratório superior, onde as grandes partículas são aprisionadas e as menores podem atingir os alvéolos pulmonares, levando à futuros problemas respiratórios, como infecção pulmonar. 
A principal porta de entrada das leveduras e/ou basidiósporos do Cryptococcus neoformans nos gatos é o trato respiratório, mas há também a inoculação cutânea direta. A partir de sua entrada, o fungo pode disseminar-se para diversos órgãos, acometendo todo o seu organismo.
A instalação da doença em outros sistemas ou tecidos resulta de disseminação por via hematogênica, a partir da cavidade nasal. 
Em felinos a enfermidade pode difundir-se da cavidade nasal para o sistema nervoso central, sendo por via hematogênica como através da placa cribrioforme, ocasionando assim meningoencefalite. A moléstia ainda pode utilizar a via linfática para disseminação para os outros órgãos e tecidos. 
	Contudo sabe-se que vários fatores vão interferir na sobrevivência da levedura no hospedeiro, desde o estado da virulência como a capacitação de resposta imune do infectado. Doenças imunes são de longe fatores predisponentes para o desenvolvimento da criptococose em humanos, como a AIDS. No entanto em felinos que são infectados por retrovírus ou submetidos a procedimentos quimioterápicos ou a imunodepressores são raramente relatados. Em cães doenças como a Erliquiose e a Leishmaniose, são imunodepressoras e são ligadas aos casos de criptococose na espécie. 
Sinais Clínicos 
 Esta doença podem se apresentar em diversas formas, entre elas a respiratória, tegumentar, nervosa e também a ocular 
Os aspectos clínicos mais encontrados são as lesões primárias que consistem em pápulas e nódulos comumente encontrados na cabeça, mas que podem ocorrer em todas as partes do corpo. As lesões podem ser encontradas na forma solitária ou múltipla, podendo ulcerar ou absceçar. A lifadenopatia regional é comum em ambas doenças.
 Um dos principais aspectos clínicos da criptococose em gatos é o aspecto de “nariz de palhaço”, onde a narina do animal vai se apresentar avermelhada, através do contato direto com fezes de pombo e havendo inalação pela cavidade nasal.
As manifestações clinicas da doença vai depender dos sistemas envolvidos, sinais como infecção no trato respiratório inferior ou superior, uveite, lesões na pele, convulsões, ataxia, pielonefrite e gastroenterite, podendo ser confundida com outras doenças. 
Diagnóstico
 Na clínica veterinária, além da anamnese, o histórico do animal e os achados do exame físico, a realização de exames complementares: sorológico, citopatológico, histopatológico, isolamento fúngico e recentemente as técnicas moleculares auxiliam no diagnóstico. 
 O diagnóstico da criptococose é firmado pelo achado dos microorganismos, redondos a ovais, de paredes delgadas, circundados por um halo, em esfregaços do exsudato corados com tinta nanquim ou novo azul de metileno.
Anemias não regenerativa e monocitose são alterações hematológicas mais comuns encontradas no diagnostico exames feitos de bioquímica geralmente não apresenta alterações, em animais que apresenta a doença no sistema nervoso central tem altas concentrações de proteína no liquido cefalorraquidiano, um dos diagnósticos mais visível e a deformidade do osso nasal e lise. 
O diagnóstico definitivo e através de teste de antígenos ou citológico, histológico, cultura para demonstração de organismo, com a combinação adequada dos sinais clínicos da doença, o material e colhido das secreções nasais e feito a cultura isso de animais assintomáticos, animais com lesões no nariz e feito o exame citológico das lesões nasais. 
Tratamento 
 Nos casos em que os animais apresentam lesões localiazadas, a excisão cirúrgica é a melhor terapia para se escolher. Nos outros casos restantes, os autores indicam o tratamento com cetaconazol (10mg/Kg) durante 2 a 8 meses. 
 Já no tratamento dos humanos imunocompotentes e imunocomprometidos, a anfotericina B é utilizada em associação com a 5-flucitosna, em infecções disseminadas, ou fluconazol e itraconazol, são alternativas para o tratamento de infecções cutâneas.
 Na terapêutica veterinária os antifúngicos que são mais recomendados geralmente e os antifúngicos sistêmicos como anfotericina B, fluocitosina, cetoconazol, itraconazol, fluoconazol, podem ser administrados isoladamente ou em associações como, por exemplo, cetoconazol-fluocitosina, anfotericina B –fluocitosina.
No entanto, a utilização da anfotericina B, cetoconazol e flucitosina para o tratamento da criptococose no sistema nervoso central não geraram muitos resultados satisfatórios, pois não alcançaram as concentrações eficazes sem a ocorrência de efeitos adversos. Determinados triazóis, como o itraconazol e o fluconazol apresentam alta disponibilidade quando administrados por via oral e boa penetração no sistema nervoso central, entretanto a utilização desses fármacos ainda não foi amplamente testada, sendo desconhecido o tempo de tratamento necessário bem como seus efeitos colaterais.
Considerações finais 
	Após este trabalho entende-se que a criptococose é uma doença fúngica infecciosa, pode acometer tanto animais como o homem, porém não tem caráter zoonotico. A doença é transmitida através da inalação do fungos onde a mesma vai acometer as vias aéreas e o trato respiratório em primeira instancia, podendo assim atingir a corrente sanguínea e se disseminar por todo organismo, acomete os tratos tegumentares, neurológicos e oftálmicos. O sinais clínicos são variáveis de acordo com a gravidade e extensão da doença. Existe vários meios de diagnósticos, sendo o histopatológico o mais utilizado, e o tratamento consiste na terapia a base de fungistáticos. 
	Sendo assim o quão mais rápido for o diagnóstico mais efetivo será o tratamento 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CRUZ LCH. Micologia Veterinária. 2ª Ed. Revinter, 2010, 376p
LARSSON, C. LUCAS, R. Tratado de Medicina Externa. Dermatologia Veterinária. São Caetano do Sul. Interbook. P 282-291. 2016
Consenso em criptococose – 2008. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. V41, n 5, p 524-544, set-out, 2008

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