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Aula 5 Sabrina Dourado

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AULA 05- OAB XXII EXAME 
PROFª SABRINA DOURADO 
Vamos que vamos! 
 
ESBOÇO DA CONTESTAÇÃO- DEVER DE CASA 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juízo de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Santos- São Paulo 
 
(espaço) 
 
 Processo nº... 
 
Rubens, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por meio de seu advogado abaixo 
assinado, constituído através do instrumento procuratório em anexo, com endereço profissional (endereço com-
pleto), onde receberá intimações de estilo, apresentar CONTESTAÇÃO, com fulcro no art. 336 do CPC, contra 
Júlio, já também qualificado, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
 
Dos Fatos 
 
O réu se envolveu num acidente de trânsito, vindo a ser abalroado por um transporte autônomo de passageiros 
conhecido por “lotação”, dirigido pelo Sr. marcos Aurélio, que vinha com velocidade acima da permitida onde ocor-
reu o acidente. 
 
Devido à colisão, Rubens acabou por abalroar no automóvel do Sr. Júlio, autor da demanda, configurando-se o 
conhecido “engavetamento”. Por equívoco, o autor responsabilizou o ora requerente, pelos danos causados ao 
seu veículo de forma descabida, uma vez que Rubens sempre observou as leis de trânsitos e seu automóvel es-
tava em perfeitas condições. Na oportunidade, também seguia a risca todas as precauções, bem como as regras 
de trânsito vigentes. 
 
DA PRELIMINAR 
 
Ilegitimidade Passiva 
 
Antes de discutir o mérito, ao observar o art. 337 do CPC, salienta-se que a demanda encontra sério óbice, pois 
Rubens não possui legitimidade passiva para integrar a lide, já que não é o responsável pelos danos causados ao 
veículo do Sr. Júlio, devendo a demanda extinta sem julgamento de mérito , com base no art. 485, VI do CPC. 
 
Não obstante o real causador do acidente ter sido o Sr. Marcos Aurélio, o mesmo além de trafegar em alta veloci-
dade, seu veículo não estava com o sistema de freios em ordem, conforme atestado pela vistoria levada a cabo 
pelo órgão competente, observado por documento ora anexo, corrobora ele, ainda mais, para a conformação da 
ilegitimidade passiva de Rubens em prosseguir no presente feito. 
 
Dos fundamentos da presente contestação 
 
 Há ausência do dever de indenizar em relação ao réu, pois não houve sequer culpa deste, que observa atenta-
mente as leis de trânsito e na oportunidade do ocorrido encontrava-se com seu veículo em perfeitas condições, 
não incorrendo em qualquer imprudência ou imperícia em relação ao acidente, desconstituído de ato ilícito seu 
envolvimento com o fato, conforme art. 186 e 927 do CC/02, estando desobrigado à indenização pleiteada na 
peça vestibular. 
 
Ainda, não há nexo de causalidade com os danos sofridos pelo o promovente da demanda, já que todo esse infor-
túnio também suportado por Rubens foi exclusivamente causado por terceiro, qual seja, o Sr. Marcos Aurélio, por 
trafegar em alta velocidade e com sistema de freios irregular, conforme já comprovado, sendo este o verdadeiro 
detentor da legitimidade passiva. 
 
Dessa forma, não há qualquer responsabilidade de reparar o dano por parte de Rubens, já que este não foi o cau-
sador do dano ocasionado no acidente, em tela. 
 
Dos Pedidos 
 
 
 
 
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3 
 
Ante todo o exposto, requer que aceite a ilegitimidade da parte e que, por conseguinte se extinga o processo sem 
resolução do mérito, com base no art. 485 do CPC. 
 
Caso V. Excelência assim não entenda, o que não se espera, requer então que se julgue improcedente o pleito 
indenizatório requerido pelo Sr. Júlio, uma vez que não há nexo de causalidade e consequentemente inexiste o 
dever de reparação. 
 
Requer provar o alegado.... 
 
Requer, ainda, a condenação o autor no pagamento de custas e honorários advocatícios sucumbenciais, nos mol-
des do art. 85 do CPC. 
 
 
 Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Santos, data e ano. 
 
Advogado... 
OAB... 
 
 
Terminologia e Linguajar jurídico 
 
É de suma importância ao advogado o uso de um vocábulo rico, facilitando, assim, sua tarefa comunicativa, prin-
cipalmente redacional, por ampliar o leque para a escolha da palavra mais adequada. Para tanto, a consulta fre-
quente a dicionários e a leitura de autores renomados são atividades imprescindíveis. Apenas como orientação, 
seguem alguns termos que ajudam a narrativa de parágrafos jurídicos. 
 
Dicas de expressões condutoras do raciocínio 
 
Introdução do tema, de teses, de doutrinas e de ideias 
 
Prefacialmente cabe ressaltar. .. 
Inicialmente faz-se necessário analisar. .. 
Mister se faz assinalar. .. 
() cerne da questão está no ... 
() caso em tela refere-se a ... . 
() assunto trazido à baila ...... 
Cumpre salientar que ... 
Com relação ao tema a que alude tal medida ... A título de esclarecimento, importante definir. .. 
 
Introdução para uma base legal 
 
Com este entendimento, os legisladores avençaram o artigo ... Incisiva, no particular, é a Súmula ... 
Neste diapasão, revela-se de suma importância atentar para os dizeres do artigo ... 
Tal argumento improcede, conforme teor contemplado na cláusula vergastada ... 
Explicita-se como equivocado tal argumento, uma vez que o caso em tela encontra-se lastreado na jurisprudência 
... 
É clara a Constituição, em cujo bojo há cláusula na qual ... 
Nos moldes dos dispositivos legais esculpidos na legislação processual civil ... 
Arrimando-se nos requisitos da norma jurídica ... 
Faz-se necessário analisar a doutrina mais abalizada, da qual se extrai um princípio exegético ... 
 
Reforço, persuasão, coerção 
 
Desta feita, resta plenamente cabível ... 
Destarte ... 
Neste raciocínio ... 
 
 
 
 
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Corroborando, ainda há que se observar... 
 Ademais, faça-se constar... 
Sublinhe-se que ... 
Oportuno se torna dizer que ... 
Podemos extrair a ilação clara e insofismável... Concernentemente às razões de ... 
 
Oposição 
 
Inexiste, portanto, suporte fático ... 
Entrementes, conforme se pode verificar... 
Houve uma descabida antinomia interpretativa em relação a ... 
 Ao reverso, houve consentimento ... 
Ante a ausência de supedâneo legal ... 
 
Conclusão 
 
Restando de sobejo comprovado ... 
Pugna finalmente pelo deferimento ... 
Diante do quanto exposto, resta incontroverso . 
Em suma, há de se perceber perfeitamente que . 
A vista do exposto, requer seja a presente ... 
A conclusão, pois, exsurge clara e insofismável. .. 
 
Importante ! 
 
Cada candidato tem seu estilo próprio de escrita, porém o examinador tomará como parâmetro os critérios de 
clareza, concisão. 
 
 
 
"Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos pos-
suídos por uma inabalável determinação conseguiremos superá-los. Independentemente das cir-
cunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho." (Dalai Lama)" 
 
 
 
 
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E DO SANEAMENTO 
Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as providências preliminares constantes das 
seções deste Capítulo. 
 
Da Não Incidência dos Efeitos da Revelia 
Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 
344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado. 
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se 
faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção. 
Do Fato Impeditivo, Modificativo ou Extintivo do Direito do Autor 
Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no 
prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiza produção de prova. 
 
Das Alegações do Réu 
Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 
(quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova. 
Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca 
superior a 30 (trinta) dias. 
Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme 
o estado do processo, observando o que dispõe o Capítulo X. 
 
ESTUDEMOS A RÉPLICA 
 
 
 
 
 
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Modelo de Réplica 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZO DE DIREITO DA .... ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE .... 
............................................., já qualificada nos autos de CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, sob o nº ...., vem 
mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua procuradora infra assinada, em 
atendimento ao r. despacho de fls. ...., apresentar 
 
IMPUGNAÇÃO 
 
à Contestação de fls. ...., pelos motivos a seguir alinhados: 
Que as alegações contidas na peça contestatória, não podem prosperar, visto que a Requerente é pessoa hones-
ta e cumpridora de suas obrigações, conforme restará comprovado. 
Que a Requerente firmou contrato com a Requerida aos .... dias do mês de .... de ...., com reajuste quadrimestral, 
estando prorrogado por tempo indeterminado. Que as assertivas da Requerida, no sentido de que a Requerente 
adentrou no imóvel sem permissão é fantasiosa e inverídica, pois se assim o fosse, a mesma teria buscado a tute-
la jurisdicional e jamais aceitaria receber os alugueres, pois houve a formalização de contrato escrito, mas a loca-
dora jamais forneceu cópia do mesmo para a Requerente, conforme provará. 
Não se pode falar em má-fé da Requerente, pois a mesma buscou todos os meios suasórios no sentido de efetuar 
o pagamento dos alugueres, sem obter qualquer êxito, sendo a medida consignatória o único meio de dar cum-
primento ao contrato, pois a Requerente é pessoa honesta e cumpridora de suas obrigações. 
A Requerida quer fazer crer que inexistiu a recusa e sim foi atraso da Requerente, nada mais injusto e conforme 
provará houve sim a injusta recusa, por parte da locadora, pois quando a Requerente foi efetuar o pagamento do 
locativo mensal, a Requerida recusou-se a recebê-lo, dizendo que não poderia continuar locando o referido imóvel 
pelo preço ajustado, queria, isto sim, aumentar o valor do locativo, sem respeitar o contrato firmado, conforme 
provará. 
 
Com referência aos Acórdãos apresentados às fls. ...., observa-se pelas datas, que tratam-se 
de Jurisprudências muito antigas e portanto sem aplicação para a atualidade. 
Tenta ainda a Contestante, confundir o Juízo ao dizer que a Requerente quer fugir de um compromisso assumido 
de pagar o valor de R$ .... (....), nada mais injusto, se o valor locativo mensal está fora do preço de mercado, de-
veria, isto sim, buscar em Juízo a sua pretensão, em ação própria. 
 
Nestas condições, reiterando os termos da inicial, devendo a presente contestação ser repelida "in totum", por não 
trazer a realidade dos fatos, julgando-se procedente o pedido. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
...., .... de .... de .... 
.................. 
Advogado OAB/... 
CASO PRÁTICO DE RÉPLICA- DEVER DE CASA 
 
Júlia ajuizou ação sob o rito ordinário, distribuída à 34.ª Vara de Família de São Paulo – SP, com o objetivo de ver 
declarada a existência de união estável que alega ter mantido, de 1989 a 2005, com Jonas, já falecido. Arrolou a 
autora, no polo passivo da lide, o nome dos herdeiros de Jonas, que, devidamente citados, apresentaram contes-
tação no prazo legal. 
 
Preliminarmente, os réus alegaram que: 
 
 a autora não teria interesse de agir, sob o argumento de que Jonas não deixara pensão de qualquer ori-
gem, sendo inútil a ela a simples declaração; 
 o pedido encontraria óbice na coisa julgada, sob o fundamento de que, em oportunidade anterior, a autora 
ajuizara, contra os réus, ação possessória na qual, alegando ter sido companheira do falecido, pretendia 
ser mantida na posse de imóvel pertencente ao último, tendo sido o julgamento dessa ação desfavorável a 
 
 
 
 
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ela, sob a fundamentação de que não teria ocorrido a união estável; 
 haveria litispendência, sob o argumento de que já tramitava, na 1.ª Vara de Órfãos e Sucessões de São 
Paulo – SP, ação de inventário dos bens deixados pelo falecido, devendo necessariamente ser discutido 
naquela sede qualquer tema relativo a interesse do espólio, visto que o juízo do inventário atrai os proces-
sos em que o espólio é réu. 
 
No mérito, os réus aduziram que Jonas era homem dado a vários relacionamentos e, apesar de ter convivido com 
a autora sob o mesmo teto, tinha uma namorada em cidade vizinha, com a qual se encontrava, regularmente, uma 
vez por semana, no período da tarde. 
 
Considerando a situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Júlia, 
redija a peça processual cabível em face das alegações apresentadas na contestação. 
 
Padrão de Resposta / Espelho de Correção 
 
Réplica 
Deve-se redigir uma réplica, com argumentos jurídicos capazes de levar à rejeição das alegações aduzidas pelos 
réus em contestação. 
A PEÇA 
Réplica endereçada ao juiz da 34.ª Vara de Família de São Paulo – SP. 
Relato da situação fática. 
PRELIMINARES: 
Existe interesse de agir mesmo na simples declaração da união estável sem que haja pensão. A convivência du-
radoura entre duas pessoas é um fato, sendo a união estável um conceito jurídico que poderá ou não definir tal 
relação. A lei prevê a possibilidade de ser declarada a existência de relação jurídica (CPC, art. 19, I). Ademais, 
considerando-se que há ação de inventário em curso, o falecido deixou bens, podendo algum deles ter sido adqui-
rido na constância da união estável. 
Não ocorre litispendência, pois os elementos das ações não são coincidentes. Para que ocorra a litispendência, 
deverá ser repetida ação em curso. De fato, uma ação é idêntica a outra quando ambas têm as mesmas partes, a 
mesma causa de pedir e o mesmo pedido (CPC, art. 337). 
A atração exercida pelo inventário não se põe de tal modo a determinar que o pedido de reconhecimento da união 
estável de quem não é herdeira precise necessariamente ser processado nos autos do inventário. O reconheci-
mento de união estável é de competência da vara de família. Foi respeitada a competência do foro, visto que a 
ação declaratória foi proposta no foro do domicílio do autor da herança (CPC, art. 48). 
Não ocorre, na hipótese, coisa julgada, pois o pedido é diferente nas duas ações. Ademais, os fundamentos de 
uma sentença não transitam em julgado de modo a impedir novo pronunciamento judicial acerca da matéria já 
discutida em momento anterior (CPC, art. 337) 
 
Como visto em sala, a POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO passa a ser parte integrante do mérito com o 
CPC/15. Assim, não cabe a sua arguição em preliminar, como consta do gabarito oficial da prova, a qual ocorreu 
em 2010. 
Abaixo, segue a resposta oficial apenas para fins de registro. 
 
A separação de fato entre o falecido e sua esposa, ocorrida há mais de vinte anos, não serve de óbice à possibil i-
dade jurídica do pedido (Código Civil, art. 1.723, § 1.º), verificando-se a possibilidade jurídica do pedido quando 
este é admitido pelo ordenamento jurídico, ou não é vedado. 
Estabelece o Código Civil: 
“Art. 1.521. Não podem casar: 
(...) 
VI − as pessoas casadas; 
(...) 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convi-
vência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
§ 1.º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521, nãose aplicando a incidência 
do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.” 
 
MÉRITO 
A existência de relacionamento não estável não serve de empecilho ao reconhecimento da união estável da auto-
ra com o falecido, visto que, conforme informação da própria contestação, o suposto relacionamento não tinha os 
atributos de união estável nos termos da lei civil, de acordo com o que dispõe o art. 1.723 do Código Civil: 
 
 
 
 
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“É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência 
pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.” 
REQUERIMENTO FINAL 
Deve ser requerida ao juiz a rejeição das preliminares alegadas, da causa de extinção do processo, com a proce-
dência do pedido inicial. 
 
JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO 
 
Extinção do Processo 
 
Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença. 
 
A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugná-
vel por agravo de instrumento. 
 
JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO 
 
O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: 
 - não houver necessidade de produção de outras provas; 
- o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. 
 
JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL DO MÉRITO 
 
Eis uma novidade. 
 
O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: 
 - mostrar-se incontroverso; 
 - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. 
 
A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida. A par-
te poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, 
independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto. 
 
A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos 
suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz. 
 
A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento. 
 
SANEAMENTO E DA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO 
 
Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organiza-
ção do processo: 
 - resolver as questões processuais pendentes, se houver; 
 - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova 
admitidos; 
 - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373; 
- delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; 
- designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento. 
 
Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 
5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável. 
As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito, 
a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz. 
 
Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o 
saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as 
partes a integrar ou esclarecer suas alegações. 
 
 
 
 
 
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Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não superior a 15 
(quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. As partes devem levar, para a audiência previs-
ta, o respectivo rol de testemunhas. 
 
O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de 
cada fato. O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando em conta a complexidade da causa e dos fatos 
individualmente considerados. 
 
Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, se pos-
sível, estabelecer, desde logo, calendário para sua realização. 
As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as audiências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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