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Araranguá-SC 2017 JANIELI CENNE STECANELLA JORDANA MORO JULIANA LIMA PATRICIO MAIKI BRISTOT HIRSCH PAULA DA SILVEIRA GUIMARÃES E OLIVEIRA SUELEN DOS REIS SILVEIRA TANIA ZEFERINO SILVEIRA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO FINANÇAS E CONTABILIDADE EMPRESARIAL Araranguá-SC 2017 FINANÇAS E CONTABILIDADE EMPRESARIAL Trabalho de Gestão Empresarial apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Matemática Comercial e Financeira, Contabilidade Aplicada à Administração, Planejamento Tributário. Orientadores: Profª. Alessandra Petrechi Prof. Aroldo Salviato Prof. Carlos Eduardo de Lima Prof. Leuter Eduardo Cardoso Júnior Profª. Luisa Maria Sarábia Cavenaghi Profª.Milene Rocha Lourenço Prof. Régis Garcia. JANIELI CENNE STECANELLA JORDANA MORO JULIANA LIMA PATRICIO MAIKI BRISTOT HIRSCH PAULA DA SILVEIRA GUIMARÃES E OLIVEIRA SUELEN DOS REIS SILVEIRA TANIA ZEFERINO SILVEIRA SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4 2.1 CONTABILIDADE APLICADA À ADMINISTRAÇÃO ......................................... 4 2.1.1 análise Vertical e Análise Horizontal .............................................................. 5 2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ....................................................................... 9 2.3 MATEMÁTICA FINANCEIRA ............................................................................ 11 3 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 14 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 15 3 1 INTRODUÇÃO Esta produção textual refere-se à empresa Edifica, uma construtora fundada em 21 de maio de 1983, sob a iniciativa de um grupo de engenheiros jovens e recém formados. Em um pequeno escritório com alguns móveis e com poucos aparatos tecnológicos, a empresa passou a se inserir de forma significativa no ramo imobiliário e de obras públicas e atualmente atua em todas as regiões do país e seu leque de produtos engloba o planejamento e a construção de edifícios, centros comerciais, obras públicas e construções industriais de pequeno e grande porte. Os objetivos para realização deste trabalho são: conhecer os fundamentos de um sistema tributário para o contexto empresarial; desenvolver o senso crítico em relação à importância do controle patrimonial bem como sobre a geração de informações úteis para apoiar o processo de decisão no contexto das organizações e incentivar a análise da situação econômica e financeira das organizações por meio das técnicas de análise dos demonstrativos financeiros, em especial, a análise vertical e horizontal. Assim, o texto é apresentado em três capítulos desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica com os seguintes temas: contabilidade aplicada à administração; planejamento tributário e matemática financeira. Incluem-se ainda, os cálculos da matemática financeira e as análises vertical e horizontal das demonstrações contábeis. 4 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 CONTABILIDADE APLICADA À ADMINISTRAÇÃO De acordo com Machado (2015, p. 15), a contabilidade, assim como todas as coisas que fazem parte da vida, possui um objeto e um objetivo, assim, “para a contabilidade, o objeto seria o patrimônio, enquanto que o objetivo seria o controle do patrimônio”. Esse controle é possível através da realização das demonstrações contábeis em que há, por parte das empresas, a obrigatoriedade de publicá-las. A mesma exigência se aplica à Construtora Edifica, porque segundo o artigo 3º da Lei Federal nº 11.638/2007, [...] aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários. Para os efeitos desta determinação, considera-se de grande porte, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais). (PORTAL CONTABILIDADE, 2017). Para Machado (2015, p. 92), essa obrigatoriedade constante da Lei Federal nº 11.638/2007, visa promover maior transparência sobre a estrutura e funcionamento das empresas também de capital fechado e possibilitar maior segurança aos usuários da informação contábil. Ao analisar as informações contábeis é preciso conhecer que o Balanço Patrimonial, contem informações sobre a situação patrimonial da empresa, pois nele são registrados todos os bens, direitos e obrigações da mesma, inclusive as contas pertencentes ao ativo imobilizado que são não circulantes, ou seja, as instalações para funcionamento da entidade. Já através da Demonstração do resultado do Exercício (DRE), a empresa tem a possibilidade de confrontar suas receitas, custos e despesas incorridas, para apurar se ao final de determinado período obteve lucro ou prejuízo. Independentemente do resultado, o valor obtido na DRE é transferido ao Balanço Patrimonial. (MACHADO, 2015, p. 72). 5 2.1.1 Análise Vertical e Análise Horizontal As análises vertical e horizontal são aplicadas sobre o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício para que seja possível a comparação dos resultados econômicos e financeiros de uma empresa, onde, a análise horizontal é aplicada “para mensurar a evolução, seja positiva ou negativa, de um determinado parâmetro da empresa, como o lucro”, por exemplo; e a análise vertical tem como finalidade verificar “a participação em termos de percentuais de cada conta em relação ao conjunto total da demonstração”. (MACHADO, 2015, p. 105-110). Devido à importância das análises vertical e horizontal, apresentamos da empresa Edifica nas tabelas abaixo: Tabela 1 – Análise Horizontal do Balanço Patrimonial da empresa Edifica BALANÇO PATRIMONIAL 2013 A.H 2012 A.H 2011 A.H ATIVO TOTAL 9.214.357 100% 9.230.789 1,002 9.130.626 0,989 ATIVO CIRCULANTE 711 100% 460 0,647 11.868 25,800 Disponibilidades 31 100% 33 1,065 15 0,455 Aplicações Financeiras 100% Valores a receber 587 100% 300 0,511 11.432 38,107 Estoques 100% Outros Ativos Circulantes 93 100% 127 1,366 421 3,315 ATIVO NÃO CIRCULANTE 9.213.646 100% 9.230.329 1,002 9.118.758 0,988 Ativo Realizável a Longo Prazo 9.159.884 100% 9.179.067 1,002 9.068.767 0,988 Ativo Permanente 53.762 100% 51.262 0,953 49.991 0,975 Investimentos 27.139 100% 24.135 0,889 22.360 0,926 Imobilizado 26.623 100% 27.127 1,019 27.631 1,019 Intangível 2013 A.H 2012 A.H 2011 A.H PASSIVO TOTAL E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 9.214.357 100% 9.230.789 1,002 9.130.626 0,989 PASSIVO CIRCULANTE 14.953 100% 15.364 1,027 27.387 1,783 Obrigações Sociaise Trabalhistas 325 100% 366 1,126 672 1,836 Fornecedores 175 100% 600 3,429 304 0,507 Obrigações Fiscais 3.526 100% 4.688 1,330 3.697 0,789 Empréstimos e Financiamentos 100% Outros Passivos de Curto Prazo 10.927 100% 9.710 0,889 22.714 2,339 Provisões Passivos sobre Ativos Não Correntes PASSIVO NÃO CIRCULANTE 5.713 100% 5.441.516 952,480 4.774.102 0,877 6 Passivo Exigível a Longo Prazo 5.713.832 100% 5.441.516 0,952 4.774.102 0,877 Empréstimos e Financiamentos 1.974.073 100% 1.801.289 0,912 1.628.926 0,904 Tributos Diferidos 1.950.442 100% 1.950.605 1,000 1.951.922 1,001 Provisões de Longo Prazo 721.668 100% 775.559 1,075 226.427 0,292 Outros Passivos de Longo Prazo 1.067.649 100% 914.063 0,856 966.827 1,058 Passivos sobre Ativos Não Correntes Lucros e Receitas a Apropriar PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.485.572 100% 3.773.909 1,083 4.329.137 1,147 Capital Social 2.163.400 100% 2.163.400 1,000 1.863.400 0,861 Reservas de Capital Reservas de Reavaliação Reservas de Lucros 1.306.020 100% 1.593.973 1,220 2.448.810 1,536 Ajustes de Avaliação Patrimonial 16.152 100% 16.536 1,024 16.927 1,024 Lucros e Prejuízos Acumulados Participação de acionistas não control. Ajustes de Acumulados de Conversão Outros Resultados Tabela 2 – Análise Horizontal da DRE da empresa Edifica DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 2013 AH 2012 AH 2011 AH (=) RECEITA DE VENDAS 5.492 100% 2.835 0,516 1.918 0,677 (-) Custo dos bens e serviços vendidos -480 100% -504 1,050 -506 1,004 (=) RESULTADO BRUTO 5.012 100% 2.331 0,465 1.412 0,606 (-) Despesas Operacionais -106.021 100% -554.905 5,234 -26.896 0,048 Despesas com Vendas 100% Despesas Gerais e Administrativas -12.528 100% -25.766 2,057 -17.348 0,673 Perdas pela Não recuperabilidade de ativos 100% Outras receitas Operacionais 100% Outras despesas operacionais -97.976 100% -530.914 5,419 -10.624 0,020 Resultado da Equivalência Patrimonial 4.483 100% 1.775 0,396 1.076 0,606 (=) RESULTADO ANTES DO JUROS E NÃO OPER. -101.009 100% -552.574 5,471 -25.484 0,046 (+) Receitas Financeiras 194.130 100% 205.607 1,059 1.074.047 5,224 (-) Despesas Financeiras -488.743 100% -492.359 1,007 -183.311 0,372 (=) RESULTADO ANTES DIR/CSLL E DEDUÇÕES -395.622 100% -839.326 2,122 865.252 -1,031 (-) provisão para IR e CSLL 123.510 100% 284.098 2,300 -286.346 -1,008 (=) RESULTADO LÍQUIDO DAS OP. CONTINUADAS -272.112 100% -555.228 2,040 578.906 -1,043 (+) Resultado Líquido de Operações Descontinua. (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO -272.112 100% -555.228 2,040 578.906 -1,043 7 Tabela 3 – Análise Vertical do Balanço Patrimonial da empresa Edifica BALANÇO PATRIMONIAL 2013 A.V 2012 A.V 2011 A.V ATIVO TOTAL 9.214.357 100% 9.230.789 100% 9.130.626 100% ATIVO CIRCULANTE 711 0,0077 460 0,004983 11.868 0,1300 Disponibilidades 31 0,0003 33 0,000357 15 0,0002 Aplicações Financeiras Valores a receber 587 0,0064 300 0,003250 11.432 0,1252 Estoques Outros Ativos Circulantes 93 0,0010 127 0,001376 421 0,0046 ATIVO NÃO CIRCULANTE 9.213.646 99,9923 9.230.329 99,995017 9.118.758 99,8700 Ativo Realizável a Longo Prazo 9.159.884 99,4088 9.179.067 99,439680 9.068.767 99,3225 Ativo Permanente 53.762 0,5835 51.262 0,555337 49.991 0,5475 Investimentos 27.139 0,2945 24.135 0,261462 22.360 0,2449 Imobilizado 26.623 0,2889 27.127 0,293875 27.631 0,3026 Intangível 2013 A.V 2012 A.V 2011 A.V PASSIVO TOTAL E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 9.214.357 100% 9.230.789 100% 9.130.626 100% PASSIVO CIRCULANTE 14.953 0,16228 15.364 0,1664 27.387 0,29995 Obrigações Sociais e Trabalhistas 325 0,00353 366 0,0040 672 0,00736 Fornecedores 175 0,00190 600 0,0065 304 0,00333 Obrigações Fiscais 3.526 0,03827 4.688 0,0508 3.697 0,04049 Empréstimos e Financiamentos 0,00000 0,00000 Outros Passivos de Curto Prazo 10.927 0,11859 9.710 0,1052 22.714 0,24877 Provisões Passivos sobre Ativos Não Correntes PASSIVO NÃO CIRCULANTE 5.713 0,06200 5.441.516 58,9496 4.774.102 52,28669 Passivo Exigível a Longo Prazo 5.713.832 62,01010 5.441.516 58,9496 4.774.102 52,28669 Empréstimos e Financiamentos 1.974.073 21,42388 1.801.289 19,5139 1.628.926 17,84024 Tributos Diferidos 1.950.442 21,16742 1.950.605 21,1315 1.951.922 21,37775 Provisões de Longo Prazo 721.668 7,83200 775.559 8,4019 226.427 2,47986 Outros Passivos de Longo Prazo 1.067.649 11,58680 914.063 9,9023 966.827 10,58884 Passivos sobre Ativos Não Correntes Lucros e Receitas a Apropriar PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.485.572 37,82762 3.773.909 40,8839 4.329.137 47,41336 Capital Social 2.163.400 23,47858 2.163.400 23,4368 1.863.400 20,40824 Reservas de Capital Reservas de Reavaliação 8 Reservas de Lucros 1.306.020 14,17375 1.593.973 17,2680 2.448.810 26,81974 Ajustes de Avaliação Patrimonial 16.152 0,17529 16.536 0,1791 16.927 0,18539 Lucros e Prejuízos Acumulados Participação de acionistas não control. Ajustes de Acumulados de Conversão Outros Resultados Tabela 4 – Análise Vertical da DRE da empresa Edifica DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 2013 A.V 2012 A.V 2011 A.V (=) RECEITA DE VENDAS 5.492 -2,0183 2.835 -0,511 1.918 0,3313 (-) Custo dos bens e serviços vendidos -480 0,1764 -504 0,091 -506 -0,0874 (=) RESULTADO BRUTO 5.012 -1,8419 2.331 -0,420 1.412 0,2439 (-) Despesas Operacionais -106.021 38,9623 -554.905 99,942 -26.896 -4,6460 Despesas com Vendas Despesas Gerais e Administrativas -12.528 4,6040 -25.766 4,641 -17.348 -2,9967 Perdas pela Não recuperabilidade de ativos Outras receitas Operacionais Outras despesas operacionais -97.976 36,0058 -530.914 95,621 -10.624 -1,8352 Resultado da Equivalência Patrimonial 4.483 -1,6475 1.775 -0,320 1.076 0,1859 (=) RESULTADO ANTES DO JUROS E NÃO OPER. -101.009 37,1204 -552.574 99,522 -25.484 -4,4021 (+) Receitas Financeiras 194.130 -71,3419 205.607 -37,031 1.074.047 185,5305 (-) Despesas Financeiras -488.743 179,6110 -492.359 88,677 -183.311 -31,6651 (=) RESULTADO ANTES DIR/CSLL E DEDUÇÕES -395.622 145,3894 -839.326 151,168 865.252 149,4633 (-) provisão para IR e CSLL 123.510 -45,3894 284.098 -51,168 -286.346 -49,4633 (=) RESULTADO LÍQUIDO DAS OP. CONTINUADAS -272.112 100,0000 -555.228 100,000 578.906 100,0000 (+) Resultado Líquido de Operações Descontinua. (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO -272.112 100,0000 -555.228 100,000 578.906 100,0000 Com as análises vertical e horizontal apresentadas é possível perceber que no ano de 2011 para 2012 a empresa apresentou crescimento econômico, pois houve aumento em seus ativos e também em suas receitas. Porém, no ano de 2012 para 2013, o mesmo crescimento econômico não ocorreu em relação aos ativos, havendo uma queda significativa, mesmo havendo um aumento na receita. Aumentou os ativos permanentes em 2013, contudo, os ativos circulantes no ano de 2011 foram maiores. Houve queda também nas reservas de lucro de 2011 para 2013 e o capital social em 2012 foi o mesmo que em 2013, não houve 9 investimentos de capitais de terceiros. Observa-se inclusive que as receitas foram maiores em 2013 quenos demais anos, mas não foram suficientes para cobrir os custos e despesas, gerando dessa forma, prejuízos. Pode-se perceber que não houve crescimento econômico para a Edifica nos três anos analisados. Assim, na condição de diretor da empresa Edifica, com o objetivo de buscar o crescimento econômico pretendido pela empresa, o ideal seria optar pela realização de obras com custos mais baixos, para que fosse possível elevar a margem de lucro, com ações internas voltadas para a redução de despesas e ainda incentivar a política de vendas, incluindo um estudo para redução da carga tributária através de um planejamento estruturado e direcionado para construtoras. 2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO O planejamento tributário é uma ferramenta que pode ser utilizada pelos gestores com a finalidade de eliminar ou reduzir a incidência de tributos, buscando-se alternativas menos onerosas para a organização, sem se constitua um ato ilícito de evasão ou sonegação fiscal. O planejamento tributário trata-se de uma ação empresarial de extrema relevância, comparada ao planejamento de fluxo de caixa ou de produção, tendo em vista que causa impacto direto sobre os resultados econômicos. (PROENÇA, 2014, p. 10). Assim, ao estudar o caso da empresa Edifica, que atua na área da construção civil, o planejamento tributário apresenta duas possibilidades: o sistema de Lucro Real ou o Sistema de Lucro Presumido. A escolha da empresa deverá ser pautada por alguns fatores essenciais que são: a atividade exercida pela empresa: se apenas presta serviços com fornecimento de mão de obra, se enquadra-se como comércio de imóveis construídos como uma atividade secundária, se trabalha com a incorporação de imóveis; e qual o valor de sua receitas bruta anual. É importante destacar que no sistema de Lucro Presumido, o valor do tributo é determinado com base na receita bruta, por meio da aplicação de alíquotas variáveis em função da atividade geradora da receita, podendo ser utilizado por empresas com faturamento igual ou inferior a R$ 48 milhões ao ano, ou o limite proporcional de R$ 4 milhões ao número de meses da atividade da empresa. 10 Na opção pelo Lucro Presumido a empresa terá que arcar com o PIS e a COFINS, cuja apuração é mensal e o IRPJ e a CSLL com apuração trimestralmente. (SOUZA, 2017). De acordo com Souza (2017), no sistema de Lucro Real, [...] o lucro líquido do período, apurado com observância das normas das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda. No planejamento tributário de uma empresa, a opção pela escolha do sistema de tributação irá depender não só da atividade da empresa e de sua receita bruta, mas das vantagens que cada sistema oferece para reduzir o valor pago em tributos, que impede o crescimento da empresa. Diante disso, salienta-se que o sistema do Lucro Presumido é mais simplificado em relação ao Lucro Real, porque caso o lucro for maior dentro da média determinada para as empresas da mesma atividade, terá a vantagem de pagar seus impostos utilizando uma alíquota pré-fixada. Outra vantagem do sistema de Lucro Presumido é que as alíquotas de PIS e COFINS são inferiores as do Lucro Real. (SOUZA, 2017). Além da opção pelo sistema de Lucro Presumido ser mais vantajosa para a Edifica, por atuar na área da construção civil, há ainda a possibilidade de reduzir seus encargos através dos benefícios da desoneração da folha de pagamento, desde que a empresa não tenha em suas atividades a incorporação de imóveis. Segundo Mendes (2017), a desoneração da folha de pagamento ocorre quando a receita da empresa é originária da prestação de serviços de construção, que se constitui da redução da “contribuição patronal por outro tributo incidente sobre o faturamento da empresa, e não mais sobre a folha de pagamentos, com alíquotas entre 1% e 2%, a depender do setor da economia”. Outro fator importante para o planejamento tributário da empresa Edifica é investir em construções de imóveis do Programa Minha Casa Minha Vida, que conforme Staczuk (2017) oferece a possibilidade de aplicação de alíquota de 1% sobre as receitas provenientes de vendas das construções residenciais. A empresa poderá também, no caso de atividades com incorporação de imóveis, utilizar o Regime Especial de Tributação (RET), com uma alíquota global sobre o faturamento de 4%. A vantagem do RET é a alíquota reduzida e o 11 pagamento único de “quatro tributos devidos pelas empresas em decorrência do exercício dessa atividade empresarial, os mesmos do Simples: IRPJ, CSLL, PIS e COFINS”. (STACZUK, 2017). 2.3 MATEMÁTICA FINANCEIRA 1. Considerando o valor a receber do Ativo Circulante e o empréstimo e financiamentos no passivo circulante do ano de 2013, qual seria a taxa de juros compostos mais adequada para que a empresa tenha um acréscimo de 5% no valor das suas disponibilidades no ativo circulante em um período de 12 meses? Valor a Receber do Ativo Circulante = 587 Financiamentos no passivo circulante do ano de 2013 = 0 Quer obter 5% em cima das disponibilidades = 31,00 + 5% = 32,55 Capital é o ativo mais o passivo = 587 N = 12 meses M=C(1+i)n 32,55 = 587 (1 + i)12 Taxa = - 21% No período de 12 meses, a taxa de juros compostos para que a empresa obtenha um acréscimo de 5% no valor de suas disponibilidades, seria necessário um desconto de 21%. 2. Se o empréstimo e financiamento no Passivo Circulante de 2013 tivessem que ser pagos em 5 parcelas iguais e mensais: 2.1) Qual tipo de amortização seria a mais adequada? Sugere-se como tipo de amortização mais adequado o Sistema Francês de Amortização ou Tabela Price, comumente utilizado para parcelas iguais e mensais. Na Tabela Price os juros serão sempre incidentes pelas parcelas restantes, ou seja, o saldo devedor, tornando-se decrescente com o pagamento das parcelas. A vantagem da Tabela Price é a manutenção do mesmo valor de parcela 12 pelo período contratado, que permite com que a empresa mantenha seu planejamento e equilíbrio financeiro. (DRAMBOWSKI, 2014, p. 134). 2.2) Qual seria o valor das parcelas considerando uma taxa de 1,7% a. m.? PV = 0 n = 5 i = 1,7% = 0,017 PMT = ? PMT = PV. (1+i)n . i ÷ (1+i)n – 1 PMT = 0 . [(1+ 0,017)5 . 0,017] ÷ (1 + 0,017)5 – 1 PMT = 0 . [0,0185 ÷ 0,0879] PMT = 0 . 0,2104 PMT = 0 Não houveram financiamentos no Passivo Circulante do ano de 2013, portanto, o número de parcelas encontradas é igual a zero. 3. Imagine que o valor a receber no ativo circulante de 2012 não ocorreu até dezembro 2012, então é feito um novo planejamento para que esse valor seja pago à empresa em junho de 2013. Qual o novo valor a receber pela empresa considerando uma taxa de juros compostos de 2% a. m.? Valor a receber no ativo circulante de 2012 = 460 n = 6 meses (período de final de 2012 à junho de 2013) i = 2% ou 0,02 M=C.(1+i)n M = 460. (1 + 0,02)6 M = 460 . (1,02)6 M = 460 . 1,126 M = 518,03 Se considerarmos uma taxa de juros de 2% a.m., o novo valor a receber pela empresa será de R$ 518,03. 13 4. Para o empréstimo no Passivo Exigível a Longo Prazo não Circulante em 2013, qual forma de pagamento abaixo é mais interessante para a Mendes Jr., por quê? 4.1) Juros simples i = 0,0065 a.m n = 8 meses Passivo Exigível a Longo Prazo não Circulante em 2013 = 5713,832 Ji = C . i . n J = 5.713,83 . 0,0065 . 8 J = 297,11 M = C + J M = 5.713,832 + 297,11 = 6.010,95 4.2) Juros compostos i = 0,0075 a.m n = 5meses Passivo Exigível a Longo Prazo não Circulante em 2013 = 5713,832 M=C.(1+i)n M = 5.713,832 . (1 + 0,0075)5 M = 5.713,832 . (1,0075)5 M = 5.713,832 . 1,038 M = 5.931,33 Para a empresa a forma de pagamento mais interessante seria a opção 2, por que em 5 meses a uma taxa de 0,0075 a.m. o montante final a ser pago seria de R$ 5.931,33, mais vantajoso que na primeira opção com uma taxa menor, porém com período maior, cujo valor final seria de R$ 6.010,95. 14 3 CONCLUSÃO Neste trabalhão abordamos a análise vertical e horizontal da empresa Edifica, através da qual foi possível perceber que a empresa não apresentou crescimento econômico em razão de aumento nas despesas, custos e investimentos em ativo permanente, o que consequentemente reduziu sua receita bruta e seus ativos circulantes, respectivamente. Diante dessa situação sugerimos, na condição de diretor da empresa, adotar políticas de incentivo às vendas, redução de custos e despesas com as obras e elaboração do planejamento tributário. Ao elaborar o planejamento tributário para a Edifica, compreendemos que a melhor opção seria o sistema de Lucro Presumido, que possui vantagens em relação ao sistema de Lucro Real, e que a empresa poderá obter vantagens ficais se optar por construir unidades habitacionais no programa Minha Casa Minha Vida ou por atividades de incorporação de imóveis. Através de cálculos da matemática financeira observamos as melhores opções de investimentos e financiamentos para a empresa Edifica, através do Sistema de Amortização Frances (Tabela Price) e que nem sempre as taxas menores em maior tempo são mais vantajosas, é necessário analisar o tempo, a taxa aplicada e a forma de amortização, para que a empresa opte pela opção mais segura ao seu equilíbrio financeiro. 15 REFERÊNCIAS DAMBROWSKI, Adrian. Matemática financeira e comercial. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. MACHADO, Vânia de Almeida Silva. Contabilidade aplicada à administração. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. MENDES, Marcos. O que é desoneração da folha de pagamento e quais são seus possíveis efeitos? Disponível em: http://www.brasil-economia- governo.org.br/2014/08/11/o-que-e-desoneracao-da-folha-de-pagamento-e-quais- sao-seus-possiveis-efeitos/. Acesso em: 13 mai. 2017. PROENÇA, Fábio Rogério. Planejamento tributário. Londrina: UNOPAR, 2014. SOUZA, Samuel Barbosa de. A importância da contabilidade aplicada à Administração, matemática financeira e do planejamento tributário para as organizações nos dias atuais. Disponível em: http://www.webartigos.com/storage/app/uploads/public/588/508/18c/58850818c5e5b 111966767.pdf. Acesso em: 13 mai. 2017. STACZUK, Maria Emília. Novos dispositivos na legislação tributária ampliam opções às construtoras e incorporadoras e exigem a revisão de rotinas e procedimentos contábeis pelas empresas. Disponível em: http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao- construcao/163/artigo338030-3.aspx. Acesso em: 13 mai. 2017.
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