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estudo de caso 2

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A questão acima deve ser refletida pelo profissional, logo, o que não pode acontecer em sala é o constrangimento do aluno, mas a correção sim. Porém, durante a aula é essencial deixar claro com a turma que as variedades da língua não são erros e que precisam ser respeitadas por todos, explicar que dependendo da situação comunicativa falar “POBREMA” OU “DRENTO” em lugar de problema e dentro não são erros, só não estão de acordo com o que o português padrão propõe, sendo, no entanto, entendida pelos interlocutores que podem ser amigos ou familiares. É necessário ensinar a norma culta porque os alunos precisam aprendê-la para se saírem bem tanto em situações formais quanto informais de uso da língua.
Cabe ao professor, conscientizá-los de que a variante padrão não é mais importante que a não padrão, mas que há contextos comunicativos que exigem uso de uma ou de outra, estando todas certas, deixando de lado assim a ideia de erro.
Trabalhar as diferenças em sala de aula nem sempre é uma tarefa fácil para o professor que precisa ensinar a norma padrão sem desconsiderar o conhecimento que o aluno traz consigo, ou seja, a variante informal.
Ao trabalhar as variedades linguísticas, o educador precisa destacar alguns pontos relevantes no que se referem às questões concernentes à língua, tais como: marcas de oralidade, níveis de registro, dialeto, neologismos, entre outros. 
São vários os caminhos que o docente pode escolher: 
Nas produções textuais, o professor poderá sugerir diversas modalidades para o texto, trabalhando a questão da linguagem informal. Ele deverá ser construído utilizando-se de um linguajar caipira, ou ainda produzir um diálogo baseado na linguagem utilizada nas salas de bate-papo, e outros. 
A prática de análise linguística deverá ser da própria leitura dos textos produzidos pelos alunos nas aulas de produção de textos; 
Para cada aula de prática de análise linguística, o professor deverá selecionar apenas um problema. De nada adianta querermos enfrentar de uma vez todos os problemas que podem ocorrer num texto produzido pelo aluno;
 Quer tornar a aula atrativa e diferente? Promova uma dramatização explorando de um lado a linguagem formal e de outro, a informal. Para isso os atores encenarão adequando o vestuário e a linguagem a ser utilizada de acordo com a situação condizente para o momento. Neste caso, há a predominância de gírias (sem exageros e com muito bom senso) e de uma linguagem em nível mais formal. 
Quanto à questão dos dialetos regionais, é sempre bom promover uma mostra focalizando os costumes, tradições e cultura de uma forma geral, pois é uma forma de interação entre os participantes e também de transmitir conhecimentos a todos que visitarão. 
Fundamenta essa prática o princípio: “partir do erro para a autocorreção”.
Nesta mostra poderá haver exposição de comidas típicas, artesanato, danças, sarau de poesias, como é o caso da literatura de Cordel, oriunda da região nordestina. 
Quando os conteúdos permitem esta diversidade, no que se refere à maneira de como explorá-los, sem dúvida os mesmos farão mais diferença no aprendizado dos alunos.

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