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TRATADOS INTERNACIONAIS I Direito Internacional 1. O tratado como fonte do direito internacional 2. Estrutura formal dos tratados 3. Conceito de tratado 4. Classificações dos tratados 5. Condições de validade dos tratados Os tratados como fonte do Direito Internacional O Estatuto da Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas no seu artigo 38 dispõe sobre as fontes do Direito Internacional, dentre elas: a) Tratados; b) Costumes; c) Princípios gerais do Direito; d) Doutrina e Jurisprudência e e) Equidade, caso as partes concordem Dica: Porque os tratados são considerados as fontes mais democráticas? Isto ocorre em razão da necessidade da manifestação da vontade para que o Estado se vincule a determinado tratado. Estrutura formal dos tratados Os tratados são divididos em duas partes, são elas: o preâmbulo e a parte dispositiva. No preâmbulo são descritos os motivos que levaram a criação daquele tratado, enquanto na parte dispositiva encontram-se os artigos propriamente ditos. Conceito de tratado De acordo com a Convenção de Viena, artigo 2ª “Tratado é um acordo firmado por escrito entre Estados, quer conste de um único instrumento quer de dois ou mais instrumentos conexos.” Importantíssimo: A Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (CVDT)de 1969 é um tratado que cria as regras comuns para a conclusão de tratados internacionais. Fundamento dos tratados De acordo com o artigo 26 e 31 da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 a obrigatoriedade dos tratados decorre de dois princípios essenciais: pacta sunt servanda e boa –fé. Neste sentido, os tratados firmados entre as partes devem ser cumpridos de boa –fé pelas nações. Condições de validade dos tratados Capacidade das partes (artigo 2º da CVDT) Habilitação dos agentes signatários (artigo 7º.2 da CVDT) Objeto lícito e possível (artigo 53 da CVDT) Consentimento mútuo (artigos 48 ao 52 da CVDT) Atenção: O consentimento mútuo do Estado não pode sofrer vícios. Estes de acordo com a CVDT podem ser: erro, dolo, coação sobre o representante do Estado, corrupção do representante do Estado e coação sobre o Estado com o uso ou ameaça da força. Neste último caso o tratado é nulo, logo não produz nenhum efeito jurídico. Isto decorre do princípio do não uso da força disposto na Carta das Nações Unidas, 1945, artigo 2.4. Referências MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. 14ªed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002, vol. I. REZEK, Francisco. Curso de Direito Internacional. 10. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2002. TAVARES, Francisco de Assis Maciel. Ratificação de Tratados Internacionais. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2003. Até a próxima aula! Fases de conclusão dos tratados internacionais; Reserva e emenda; Adesão e Extinção dos tratados internacionais Obrigada!
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