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Citação no Processo Jurídico

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CITAÇÃO
CONCEITO DE CITAÇÃO
Previsto pelo artigo 238 no CPC, “Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. ” 
 Ao se mover uma ação, evoca-se o Judiciário para que preste a tutela jurisdicional para a tutela dos direitos, seja de lesão ou quanto à ameaça a direitos. A tão só propositura da ação perante o órgão jurisdicional faz com que o processo exista apenas para o autor. 
 Como ato processual formal, a citação é considerada pressuposto processual de existência do processo. Pela dicção do artigo 238 do CPC a citação é ato processual que visa chamar ao processo o réu para, querendo, se defenda da pretensão contra ele formulada. Justamente para que se resguardem os institutos fundamentais do processo (contraditório, ampla defesa, direito ao advogado e isonomia), a citação é compreendida como ato essencial para a existência jurídica do processo. A citação é imprescindível para a formação da relação jurídico-processual. A integração do réu na relação processual dá-se com a citação do mesmo. A citação tem como função prática dar conhecimento ao réu de que.[1: SCARPINELLA BUENO, Cássio. Curso sistematizado de direito processual civil: teoria geral do direito processual civil – v. 1. – São Paulo: Saraiva, 2007, p. 395-396 e 405.][2: GUTIER, Santo. Direito processual civil: processo de conhecimento – Uberaba, 2009, p. 23]
CONTRADITÓRIO E CITAÇÃO
O princípio constitucionalmente assegurado do contraditório (art. 5°, LV, CF/88) é uma condição sine qua non do devido processo legal e, por conseguinte, de validade da própria atividade jurisdicional criminal. Indissoluvelmente aliado ao sobredito princípio está a garantia da ampla defesa do acusado que abrange, dentre outros direitos, o de ter conhecimento amplo, pormenorizado e prévio dos fatos que lhe são imputados. Nesse contexto, surge o instituto da citação como o ato processual com o qual, nos dizeres de Frederico Marques, "se dá conhecimento ao réu da acusação contra ele intentada a fim de que possa defender-se e vir integrar a relação processual"[3: MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal. Campinas: Bookseller, 1997, vol. II, p. 171.]
O chamamento do réu a juízo, dando-lhe ciência do ajuizamento da ação, imputando-lhe a prática de uma infração penal, bem como oferecendo-lhe a oportunidade de se defender pessoalmente e através de defesa técnica. Trata-se de um corolário natural do devido processo legal, funcionalmente desenvolvido através do contraditório e da ampla defesa.[4: NUCCI, Guilherme de Souza. Código de processo penal comentado. 2ª ed. São Paulo: RT, 2003. p. 543.]
REVELIA E SEUS EFEITOS
A revelia é um fenômeno processual, civil, trabalhista e penal, porém, sua natureza e desdobramentos serão diferentes em cada uma destas áreas. Nosso enfoque aqui será no processo Civil. O Código de Processo Civil brasileiro não se preocupou em definir o que seria revelia, apenas optando expressamente por esta denominação, preterindo a nomenclatura contumácia, ausente no corpo do referido diploma legal, não obstante a predileção por este termo por grande parte da doutrina e sua adoção por diversos sistemas jurídicos, numa observação de direito comparado.
A doutrina ainda se apresenta vacilante quanto à distinção (ou não) entre revelia e contumácia. Concordam os doutos, entretanto, em dizer que ambas se caracterizam pela inatividade das partes no processo ou, no dizer de Calmon de Passos, pelo “desatendimento ao dever ou ao ônus de atuação ou comparecimento das partes no processo”. Alguns estudiosos, porém, apontam a contumácia como gênero do qual revelia seria uma espécie e significaria justamente a contumácia do réu, preferindo o insigne autor citado filiar-se à corrente doutrinária que não enxerga distinção entre tais expressões. Outros doutrinadores, entretanto, conferem à revelia um significado mais amplo, como o processualista Jorge Americano, que a define como “a inatividade da parte em face da demanda, ou de algum dos seus atos”.[5: PASSOS, José Joaquim Calmon de, Comentários ao Código de Processo Civil, vol. III (arts. 270 a 331), 8ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998, p. 341.][6: AMERICANO, Jorge, Comentários ao Código de Processo Civil do Brasil, São Paulo: Saraiva, 1960, apud PARIZATTO, idem.]

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