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QUESTOES SOBRE TRIBUTAÇÃO MUNICIPAL DE UBERABA

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QUESTÃO Nº 01. A ESCOLA REZA CERTO ADQUIRIU UM IMÓVEL DE 150M2 DE CONSTRUÇÃO, 220 M2 DE ÁREA TOTAL, EM BAIRRO NOBRE DA CIDADE, PELO VALOR DE R$500.000. A PREFEITURA MUNICIPAL COBROU ITBI SOBRE ESTE VALOR, ALEGANDO QUE A REFERIDA ESCOLA NÃO ESTAVA CADASTRADA COMO INSTITUIÇÃO DE ENSINO, DESCUMPRINDO UMA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA, SENDO, PORTANTO, CONTRIBUINTE DO REFERIDO IMPOSTO. ESTA COBRANÇA ESTÁ CORRETA? O GRUPO DEVERÁ ANALISAR A LEGISLAÇÃO VIGENTE, INCLUSIVE O CÓDIGO MUNICIPAL E LEIS ESPARSAS MUNICIPAIS E VERIFICAR QUAIS TRIBUTOS SERÃO COBRADOS.
A Lei Municipal nº 4338/89, Código Tributário do Município de Uberaba, em seu artigo 27, inciso III, dispõe que não incise o ITBI sobre:
“III – A transmissão de bens ou direitos quando a aquisição for feita por pessoa jurídica de direito público interno, templos de qualquer culto ou instituições de educação e assistência social, observado o disposto no §6”
Portanto, a cobrança do referido imposto está incorreta, devendo a pessoa notificada procurar resolução do litígio administrativamente a princípio.
O fundamento usado pela Fazenda Pública como embasamento de cobrança não se sustenta, uma vez que o não cumprimento de obrigação acessória da ausência de inscrição em cadastro regular não afasta a não-incidência do imposto supracitado, conforme §6º do artigo 27 da Lei nº 4338/89.
Dispõe ainda, a Constituição Federal em seu artigo 150, inciso VI, “c” que as entidades de educação sem fins lucrativos ficam imunes do pagamento de impostos sobre seu patrimônio.
QUESTÃO Nº 02. UMA MANICURE ADQUIRIU IMÓVEL DE 40 M2, PELO PROGRAMA HABITACIONAL MINHA CASA, MINHA VIDA, NA CIDADE DE UBERABA, PARA NELE HABITAR E INSTALAR UM SALÃO DE MANICURES. NESTE CASO, A PROPRIETÁRIA PAGARÁ ITBI? E IPTU? SOBRE O IMÓVEL, DEVERÁ PAGAR MAIS ALGUM TRIBUTO? SE SIM, QUAIS? E SOBRE A ATIVIDADE ECONÔMICA, HAVERÁ ALGUMA TRIBUTAÇÃO? O GRUPO DEVERÁ ANALISAR O CÓDIGO MUNICIPAL E LEIS ESPARSAS MUNICIPAIS E VERIFICAR QUAIS OS CADASTROS ESTA PRESTADORA DE SERVIÇOS DEVERÁ SER INCLUÍDA E QUAIS TRIBUTOS SERÃO COBRADOS.
Conforme o disposto no artigo 40, inciso II, do Código Tributário Municipal (Lei 4338/89), ao qual concede isenção do ITBI com a aquisição do bem imóvel ter sido vinculada à programas habitacionais de promoção social de âmbito Federal, a Manicure se encontra isenta ao pagamento deste imposto. Logo, a Manicure, se enquadrando ao dispositivo citado acima, não se enquadra no rol de pessoas obrigadas a contribuir com o ITBI. 
Quanto ao IPTU, têm-se Lei Complementar de Uberaba nº 360 de 2006, ao qual disciplina no seu artigo 4º que estão isentos do pagamento deste tributo os imóveis residenciais de até 50m2 (cinquenta metros quadrados) destinados à moradia da família e que forem única propriedade. No ano 2000, com a Lei Complementar nº 202/2000 revogou parte das causas da isenção do IPTU, estando este previsto no artigo 18 do Código Tributário do Município de Uberaba – Minas Gerais, dentre elas a que isenta as construções de até 50m2 (cinquenta metros quadrados). Mas consideraremos a Lei Complementar nº 360 por ser mais recente. Logo, a Manicure está isenta do pagamento do IPTU. 
“Ficam isentos do pagamento do IPTU os imóveis residenciais de até 50m2 (cinquenta metros quadrados) destinados a moradia da família e que forem única propriedade”. 
Ao discutir se na questão em debate, a manicure será incluída em outros tributos, temos sob a propriedade imóvel teremos a incidência da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) a temos da Lei 10.710. A manicure deverá requerer sua inscrição no Cadastro Fiscal de Prestação de serviços antes de iniciar suas atividades (art. 87 do Código Tributário Municipal de Uberaba – Minas Gerais). O serviço prestado por ela deverá ser tributado no valor de 2%, conforme prerrogativa anexa da Lei 4388/89, Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza. 
QUESTÃO Nº 03. JOSÉ TINHA UMA SALA COMERCIAL EM UBERABA NO VALOR DE R$ 120.000,00. JOSÉ FALECEU E SEU FILHO MÁRIO É O ÚNICO HERDEIRO. ESTE É O ÚNICO BEM QUE JOSÉ TINHA. O QUE MÁRIO DEVE FAZER? ELE IRÁ PAGAR ALGUM TRIBUTO NA TRANSFERÊNCIA DO BEM? SE SIM, QUAL O VALOR? O GRUPO DEVERÁ ANALISAR A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E VERIFICAR COMO OS TRIBUTOS SERÃO COBRADOS. 
 Mário, para transferir o bem para si, deverá pagar um tributo ao qual se intitula de ITCD. Tributo este que incide sobre a doação ou sobre a transmissão hereditária ou testamentária de bens móveis, inclusive semoventes, títulos e créditos, e direitos a eles relativos ou bens imóveis situados em território do Estado, na transmissão da propriedade plena ou da nua propriedade e na instituição onerosa de usufruto. 
Estipulado no artigo 144, I, “a” da Constituição Estadual de Minas Gerais, o estado é competente para instituir imposto sobre a transmissão causa mortis e a doação, de bem ou direito. A lei estadual nº 14941/2003, em seu art. 1º, I, também traz que a transmissão da propriedade de bem ou direito por ocorrência de óbito se dá com o pagamento deste tributo. 
A base de cálculo do imposto, nesta questão, é o valor venal do bem, vide art. 4º, Lei estadual 14941/2003. Como intitula o §1º desde artigo, o valor venal é o valor de mercado do bem ou direito na data da abertura da sucessão ou da avaliação ou da realização do ato ou contrato de doação, na forma estabelecida em regulamento. O art. 10 da mesma lei (alterado pelo projeto de lei nº 3298/2016) também determina com o será feito o cálculo do referido imposto:
“Art. 10 – O imposto será calculado aplicando-se as seguintes alíquotas sobre o valor total fixado para a base de cálculo dos bens e direitos transmitidos por causa mortis e por doação: 
a) 5% (cinco por cento), se o valor total dos bens e direitos for de até 400.000 Ufemgs (quatrocentas mil Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais);
b) 8% (oito por cento), se o valor total dos bens e direitos for superior a 400.000 (quatrocentas mil) Ufemgs; 
Parágrafo único – O Poder Executivo poderá conceder desconto, nos termos do regulamento:
I – Na hipótese de transmissão causa mortis, de até 20% (vinte por cento) do valor do imposto devido, desde que recolhido no prazo de até noventa dias contados da abertura da sucessão [...] ”
A ocorrência do fato gerador do tributo independe da instauração de inventário ou arrolamento, judicial ou extrajudicial (art. 1º, §4º Dec. Nº 46441/2014 – MG). Como o imposto será calculado aplicando-se a alíquota de 5% sobre o valor total fixado para a base de cálculo, o valor a ser recolhido por Márcio é de R$ 6.000,00 (seis mil reais). 
QUESTÃO Nº 04. MÁRIO (DA QUESTÃO ANTERIOR), REGULARIZOU O IMÓVEL E AGORA É O SEU NOVO PROPRIETÁRIO. MÁRIO TEM UM SALÁRIO DE R$ 1.800,00 POR MÊS. DISSERAM PARA O MÁRIO QUE ELE DEVERIA DECLARAR IMPOSTO DE RENDA PARA INCLUIR ESTE ÚNICO IMÓVEL QUE ELE TEM. O GRUPO DEVERÁ ANALISAR AS REGRAS DE DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E DIZER SE ELE TERÁ OU NÃO DE FAZER A DECLARAÇÃO E SE HÁ VALORES PROVÁVEIS A SEREM RECOLHIDOS. 
O herdeiro recebe mensalmente R$ 1.800,00. A tabela da base de cálculo do Imposto de Renda em 2017 determinou como mínimo obrigatório o valor de R$ 1903,98 para que a pessoa o declare. Mário se encontra abaixo do mínimo estipulado, estando, então, dentro do rol de isentos da declaração do IR. Porém, Márcio recebeu como herança uma sala comercial no valor de R$12.000,00, e o transferindo para si, regularizando o ITCMD recolhido pelo Estado. 
A princípio, não há de se falar em declaração do IR, uma vez que o analisado está isento, por seu salário não alcançar o mínimo estipulado em 2017, porém a herança muda a sua situação quanto à declaração, o tornando obrigado a declarar, uma vez que os bens ou direitos devem ser incluídos na declaração de bens dos herdeiros na data em que foi finalizado o inventário extrajudicial (data da escritura), informando na coluna discriminação dos dados dos bens e direitos recebidos, a forma de aquisição e a parte ideal que coube ao herdeiro.
O grupo, em análise ao Decreto nº 3000/99, acerca dos tributos, encontramoso artigo 39, inciso XV, ao qual disciplina que não estará cômputo do rendimento bruto o valor de bens adquiridos por doação ou herança. Além do artigo 119, §2º, do mesmo decreto:
“O herdeiro, o legatário ou o donatário deverá incluir os bens ou direitos, na sua declaração de bens correspondente à declaração de rendimentos do ano-calendário da homologação da partilha ou do recebimento da doação, pelo valor pelo qual houver sido efetuada a transferência (Lei nº 9.532, de 1997, art. 23, § 3º). ”
Em estudo a esses artigos, ficou esclarecido que o valor sobre o imóvel não está computo ao rendimento bruto do IR, porém nada impede de o herdeiro ter que incluir este bem à sua declaração de bens correspondentes à declaração de rendimentos do ano-calendário da homologação da partilha.
Temos que a herança é rendimento isento pelo Imposto de Renda, mas ainda sim Marcio é obrigado a declarar o IR em 2017 por ter atingido uma das condições de obrigatoriedade da entrega da declaração, onde o valor recebido da herança deve ser informado na ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. 
Não há de se falar em valores a serem recolhidos pela União, uma vez que, como já mencionado aqui, o imóvel de Márcio é isento pelo IR, a não ser aquele valor já recebido pelo Estado pelo ITCMD, que o herdeiro teve que regularizar para a transferência do bem. Como este valor superar R$ 40.000,00, Mário está obrigado a declará-lo (entendimento doutrinário).

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