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Aulas Recursos Penais 1

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Recursos Penais 
 
1 
Recursos Penais. 
Prof. Beatriz Abraão. 
 
 
Classificação dos Recursos. 
1. Quanto à fonte 
 a) Constitucionais 
 b ) Legais 
 c) Regimentais 
2. Quanto à in iniciativa 
 a) Voluntários 
 b) necessários 
3. Quanto aos motivos 
 a) ordinários 
 b) extraordinários 
 
Bibliografia 
1. Mirabete 
2. Fernando Capez 
3. Tourinho (4 volumes) 
4. Paulo Rangel. 
 
www.ibccrim.org.br 
 
Esfera penal 
 Tribunal do Júri = crimes dolosos contra a vida (homicídio, infanticídio, aborto e 
induzimento ao suicídio). 
 JECRIM = o órgão de 2a. instância é a Turma Recursal. 
 Vara Criminal = crimes de menor potencial ofensivo. Recursos vão para o TJ e 
julgados pelos desembargadores. 
 
Quanto à fonte = na CF 
 
 Constitucionais: São aqueles previstos na CF  habeas corpus, recurso especial 
e recurso extraordinário. 
 Legais = CPP 581 a 667. Existem alguns recursos em leis especiais, como a 
LEP. 
 Regimentais = previstos nos regimentos internos dos tribunais. Agravo regi-
mental. 
 Voluntários: são aqueles em que a interposição do recurso fica a critério da par-
te. CPP 574. Reexame necessário (equivalente ao duplo grau). 
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que 
deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz: 
 I - da sentença que conceder habeas corpus; 
 II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circuns-
tância que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411. 
 Necessários: são aqueles também chamados recursos de ofício visto que, mes-
mo que as partes não recorram, o juiz irá encaminhá-lo para a segunda instân-
cia. 
 
Hipóteses: 
CPP 574, I. 
HC preventivo ou repressivo. 
No pedido, pede-se junto a liminar. 
Pedido procedente: Toda sentença concessiva de HC vai para reexame necessário 
no TJ. Na liminar não há sentença. 
Sendo o HC denegado, não cabe reexame. Cabe recurso pela parte. 
 
CPP 574, II - 
Começa com a denúncia pelo MP. Ao término da primeira fase, poderá haver a 
sentença de pronúncia. Termina a primeira fase do procedimento do Júri. A nature-
za dessa sentença é uma decisão interlocutória: juízo de admissibilidade para a se-
gunda fase. 
Ou na duvida, o juiz dá uma sentença de impronúncia. 
Terceira hipótese: absolvição sumária. Esta é uma sentença. = CPP 574, II. 
Existe uma 4a. hipótese: desclassificação: o juiz entendeu que não se trata de crime 
doloso e sim culposo. Na primeira fase o juiz encaminha o processo para a Vara 
Criminal. 
Se for na segunda fase ou plenário, o juiz dá a sentença. 
 
Quanto aos motivos: 
 Ordinários ou comuns, são aqueles que não requerem nenhum requisito especí-
fico. 
 Os extraordinários são aqueles que requerem determinados requisitos específi-
cos. Ex.: protesto por novo júri. Ex.: apelação, recurso em sentido estrito. 
 
 
Pressupostos recusais 
1 Objetivos 
1.1 Previsão legal 
1.2 Observância das formalidades legais. 
1.3 Tempestividade 
 
2 Pressupostos subjetivos 
2.1 Legitimidade 
2.2 Interesse 
 
3 Juízo de Admissibilidade 
Recursos Penais 
 
2 
3.1 Juízo de Prelibação 
3.2 Juízo de Delibação. 
 
4. Extinção dos recursos 
4.1 Desistência 
4.2 Deserção 
4.3 Falta de preparo 
 
 
1.1 – Previsão Legal  CPP 581  rol taxativo ou numerus clausus. 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou 
sentença: 
 I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
 II - que concluir pela incompetência do juízo; 
 III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
 IV - que pronunciar 
 V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, 
indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberda-
de provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 
7.780, de 22.6.1989) 
 
 VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; 
 VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a 
punibilidade; 
 IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de ou-
tra causa extintiva da punibilidade; 
 X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
 XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; 
 XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
 XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em par-
te; 
 XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
 XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; 
 XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão 
prejudicial; 
 XVII - que decidir sobre a unificação de penas; 
 XVIII - que decidir o incidente de falsidade; 
 XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a senten-
ça em julgado; 
 XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
 XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do 
art. 774; 
 XXII - que revogar a medida de segurança; 
 XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em 
que a lei admita a revogação; 
 XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
 
A parte que se sentir lesada poderá pedir o recurso adequado. 
 Princípio da Adequação 
 Princípio da Fungibilidade 
 
O recurso deve estar previsto taxativamente no CPP, estando relacionado tal 
pressuposto aos princípios da adequação e da fungibilidade. 
 
Adequação  a parte que oferece o recurso deve procurar utilizar o instrumento 
adequado ao caso concreto, CPP 581, I. 
 
CPP 581, I  recurso em sentido estrito. 
 
O juiz, analisando e vendo que não houve má-fé, aceita um recurso de ape-
lação como recurso em sentido estrito (por exemplo). 
 
1.2 – Formalidades  O recurso pode ser interposto por petição ou por termo nos 
autos (p.e., apelação). Os embargos de declaração somente por petição. 
 
Observância das formalidades legais CPP 584  Dependendo do recurso, exis-
tem várias formalidades a serem cumpridas. Dentre as principais, destacam-se: a 
necessidade de recolhimento do acusado à prisão para oferecer recurso (por peti-
ção/por termo nos autos). 
 
Art. 594. O réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão, ou prestar fian-
ça, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido na sen-
tença condenatória, ou condenado por crime de que se livre solto. (Redação 
dada pela Lei nº 5.941, de 22.11.1973) 
 
1.3 -Tempestividade  o recurso deve ser interposto no prazo previsto em lei 
(prazo peremptório ou fatal, não pode ser prorrogado). 
 Obs.: fazer uma tabela com os diversos prazos dos recursos. 
 
2.1 Legitimidade  Irá depender da modalidade de ação penal de acordo com o 
CPP 577. Na Ação Penal Privada o MP é um fiscal da lei. Só podem oferecer recurso 
o querelante, o querelado e eventualmente o assistente de acusação ou represen-
tante legal no caso de menor ou incapaz. 
O MP pode recorrer, interpor recurso, na Ação Penal Pública. 
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo 
querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor. 
Recursos Penais 
 
3 
 Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que 
não tiver interesse na reforma ou modificação da decisão. 
 
Na A. P. Pública a legitimidade para interpor recurso é o MP e a defesa. Na A. P. 
Privada, querelante e querelado. 
Obs. Podem eventualmente ter legitimidade: o assistente da acusação ou o repre-
sentante legal, no caso de menor ou incapaz. 
 
2.2 Interesse  está relacionado ao aspecto de sucumbência e prejuízo para a 
parte que não conseguiu coma decisão judicial tudo o que pretendia. 
 
3 Juízo de admissibilidade. Quem faz é o juiz a quo (Juiz de admissibilidade) ou 
de primeira instância, que verifica se estão presentes os pressupostos de admissibi-
lidade. Este remete para o juiz ad quem (Tribunal). Julgado o mérito, vai (volta) ao 
Juízo de prelibação, é o juízo de admissibilidade, o primeiro. 
Juízo de Delibação é juízo de admissibilidade de segundo grau. 
 
Beatriz: Comentários reduzidos a termo: 
No juízo de admissibilidade o juiz irá analisar se estão presentes os pressupostos 
objetivos e subjetivos. Em regra, este primeiro juízo é feito pelo juiz a quo. Di-
ante da presença dos pressupostos, o juiz recebe o recurso manda processá-lo e o 
remete ao TJ. 
No caso de o juiz a quo receber o recurso e remetê-lo ao TJ, o juízo ad quem tam-
bém irá analisar se estão presentes os pressupostos recursais. A doutrina dispõe 
que trata-se de um novo juízo de admissibilidade realizado pelo desembargador que 
recebeu o recurso. Após conhecido o recurso, será julgado o mérito dando ou ne-
gando provimento (Juízo de Delibação). 
 
Dicionário Jurídico: 
 Delibação  Lat. Delibatio. Ato de encetar, principiar e também separar, aban-
dar ou extrair do todo uma parte para dar-lhe um destino próprio. 
 Juízo de Delibação  Expressão empregada para designar o órgão que dá iní-
cio a um processo a fim de ter seguimento em juízo inferior. 
 Juízo “a quo”  Juízo que proferiu a decisão de que se recorre. 
 Juízo “ad quem”  Juízo ao conhecimento do qual sobe o recurso. 
 
IV Extinção dos recursos. 
 
CPP 576. 
 Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interpos-
to. 
 
Falta de preparo  Diferença ou ausência no pagamento de custas. 
 
 
V - Efeitos dos Recursos 
1) Devolutivo 
2) Suspensivo 
3) Regressivo 
4) Extensivo 
 
 Proibição da Reformatio in pejus 
 
I  1a. Espécie de Recurso (RSE) – Recursos em Sentido Estrito. 
 
1) Devolutivo  Significa uma re-análise por um novo órgão julgador da decisão 
que está sendo objeto de recurso. É uma regra do Processo Penal, i.e., é um efeito 
comum a todos os recursos. 
 
2) Suspensivo  É a exceção do CPP. É aquele em que a parte interpõe um recur-
so e requer ao juiz que a decisão prolatada não possa produzir efeitos, isto é, só irá 
produzir efeitos após o trânsito em julgado da decisão. Trata-se de verdadeira ex-
ceção no Processo Penal. Só pode ser decretada pelo juiz se houver previsão na lei. 
 
3) Regressivo - CPP 589  sublinhar reformará, sustentará. (Recurso em sentido 
estrito). É um juízo de retratação, ou seja, volta ao mesmo juízo que prolatou a de-
cisão para reformá-la (a quo). Não reformando, cabe recurso ao tribunal (ad 
quem). 
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso 
ao juiz, que, dentro de 2 (dois) dias, reformará ou sustentará o seu despa-
cho, mandando instruir o recurso com os traslados que lhe parecerem ne-
cessários. 
 Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte con-
trária, por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber re-
curso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independente-
mente de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em tras-
lado. 
 
É a possibilidade de o próprio juiz que prolatou a decisão reformar ou man-
ter a decisão anteriormente proferida. Tal modificação pode ser no todo ou em par-
te. Ex. Embargos de Declaração (obscuridade, omissão). 
 
4) Extensivo CPP 580. Riscar o art. 25 do CP e colocar art. 29. No caso de uma 
quadrilha com vários advogados de defesa. Um só recorre para um dos réus. Os 
efeitos benéficos se estendem a todos os outros réus (CP 30?). 
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 29), a decisão 
do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não se-
jam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. 
Recursos Penais 
 
4 
 
Ocorre no caso de concurso de pessoas quando um dos agentes interpõe re-
curso que será aproveitado aos demais, desde que o resultado seja favorável e os 
agentes estejam em condições semelhantes no caso concreto. 
 
VI - Proibição da reformatio in pejus  CPP 617  sublinhar: quando somente o 
réu tiver apelado da sentença. 
 Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao 
disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, po-
rém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sen-
tença. 
 
Quando o recurso é oferecido apenas pela defesa, o tribunal que irá julgá-lo 
não pode piorar a situação do acusado. Porém, havendo recurso de ambas as par-
tes, o juízo ad quem está livre para manter, diminuir ou agravar a decisão anterior. 
 
 
Recurso em sentido estrito. 
 
CPP 581  1ª corrente  Rol taxativo (numerus clausus). 
2ª corrente  Rol exemplificativo (numerus apertus) 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sen-
tença: 
 I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
 II - que concluir pela incompetência do juízo; 
 III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
 
 IV pronúncia 
 
 V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, 
indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberda-
de provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 
7.780, de 22.6.1989) 
 
 VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; 
 VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a 
punibilidade; 
 IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de ou-
tra causa extintiva da punibilidade; 
 X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
 XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; 
 XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
 XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em par-
te; 
 XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
 XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; 
 XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão 
prejudicial; 
 XVII - que decidir sobre a unificação de penas; 
 XVIII - que decidir o incidente de falsidade; 
 XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a senten-
ça em julgado; 
 XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
 XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do 
art. 774; 
 XXII - que revogar a medida de segurança; 
 XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em 
que a lei admita a revogação; 
 XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
 
A primeira corrente entende que o rol é taxativo ou numerus clausus, e 
nesse caso todas as hipóteses do RSE estão elencadas expressamente neste dispo-
sitivo. 
 
A segunda corrente entende que o rol é meramente exemplificativo, cha-
mado de numeros apertus, isto é, existem outras hipóteses passíveis de RSE que 
não estão previstas expressamente na lei (corrente majoritária). 
 
APELAÇÃO 
1- Conceito 
2- Características 
3- Hipóteses 
 
Redução a termo 
Existe discussão na doutrina acerca da revogação de alguns incisos do art. 
581 do CPP. 
Uma PRIMEIRA CORRENTE entende que o art. 581 deve ser aplicado na íntegra 
pela ausência de revogação expressa da LEP  Lei 7.210/84. 
A SEGUNDA CORRENTE entende que no tocante aos incisos do art. 581 relacio-
nados à execução penal, tais como XIX ao XXIII, teriam sido revogados tacitamente 
pela LEP que prevê o recurso específico de agravo em execução nestes casos.Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sen-
tença: 
 XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a senten-
ça em julgado; 
 XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
 XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do 
art. 774; 
Recursos Penais 
 
5 
 XXII - que revogar a medida de segurança; 
 XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em 
que a lei admita a revogação; 
 XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
 
Mirabete entende que os incisos relacionados à execução penal devem ser 
atacados pelo agravo em execução, exceto o inciso XVII, que trata da unificação das 
penas. 
 Nesse caso, como a previsão é do CP, segundo este autor, o recurso mais 
adequado continua sendo o RSE  RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. 
 Observe-se que cabe ainda ressaltar que mesmo que seja utilizado o agra-
vo, o procedimento continua sendo o do recurso estrito, apesar de uma minoria en-
tender que caberia procedimento previsto no CPC. 
 
 
 
 
CPP 593 Apelação. 
Conceito  É o recurso pelo qual a parte interessada devolve à segunda instância 
uma decisão que já foi proferida em primeiro grau. 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela 
Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas 
por juiz singular; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por 
juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; (Redação dada 
pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei 
nº 263, de 23.2.1948) 
 a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 
263, de 23.2.1948) 
 b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à deci-
são dos jurados; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medi-
da de segurança; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos au-
tos. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 § 1º Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou 
divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a 
devida retificação. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 § 2º Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, 
o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou 
da medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 § 3º Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad 
quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrá-
ria à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo jul-
gamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação. 
(Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 § 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em 
sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra. (Pará-
grafo único renumerado pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
Obs.: A Apelação vai ser sempre julgada no TJ, exceto no caso do JECRIM. 
Temos: 
Turma Recursal  decisões oriundas do JECRIM 
Tribunal de Justiça  decisões oriundas do Tribunal do Júri. 
No JECRIM, quem julga o recurso é a Turma Recursal e o recurso denomina-
se "Recurso Inominado". No TJ, quem julga é a Seção Criminal ou Grupo de Câ-
maras, e o recurso é "Apelação". 
Turma, nas Câmaras Criminais, composta por 3 desembargadores, sendo 
um Relator, outro Revisor e um terceiro, vogal. 
Na esfera penal: Seção Criminal e Grupo de Câmeras. 
A Apelação é julgada na Câmara Criminal. As Câmaras Criminais são com-
postas por vários desembargadores, mas apenas 3 julgam. O Presidente da Câmara 
não vota, ela está acima dos demais desembargadores. 
 
Exemplos: 
1 – O juiz não recebe uma denúncia. Recurso cabível  Recurso em Sentido Es-
trito. No JECRIM é Apelação, previsto pela Lei 9.099/95. Mas essa apelação tem 
um outro propósito. Numa sentença de mérito iríamos entrar com um Recurso 
Inominado, que, em outras palavras, seria essa mesma Apelação agora estudada. 
 
2 – A Turma Recursal para uns é de 2º grau, mas para outros é de 1º grau, porque 
a Turma não é composta por desembargadores e sim por juízes, sendo um vogal. 
Essa é uma discussão doutrinária. 
 
Características  Apelação 
1. É um recurso residual, significa que só é utilizada a apelação nos casos em 
que não houver previsão expressa do recurso em sentido estrito. 
2. É um recurso amplo, porque admite a devolução ao tribunal de toda a matéria 
que foi objeto da decisão de primeiro grau. 
3. Pode ser plena ou parcial. Plena quando vai discutir novamente tudo o que foi 
colocado na sentença, e parcial, quando recorre somente de uma parte da de-
cisão. Vigora o princípio do "tantum devolutum quantum apelatum", signifi-
ca que só pode ser objeto do recurso vindo a ser julgado no tribunal a matéria 
suscitada pela parte ao interpor o mesmo. 
 
Recursos Penais 
 
6 
A apelação pode ser principal ou subsidiária. A principal é interposta 
pelo MP; a subsidiária, pela parte, pelo assistente de acusação, quando o MP per-
de o prazo. 
 
Hipóteses 
1- CPP 593, I  sentença definitiva é sinônimo de sentença em que houve julga-
mento do mérito. Cabível em casos oriundos da Vara Criminal ou do JECRIM quan-
do a sentença condenou ou absolveu o acusado. 
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz 
singular; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
3) Hipóteses... 
4) Prazo 
4.1 - Prazo para interposição 
4.2 - Prazo para juntada das razões. 
4.3 - Contagem do prazo  quando começa? 
4.4 - Prazo no JECRIM 
5) Regras 
5.1 - Juízo de Admissibilidade 
5.2 - Razões em separado 
5.3 - Assistente de acusação 
6) Efeitos 
 
Prazo  CPP 593  5 dias. 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela 
Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
Inciso I - Sentenças definitivas  São aquelas em que o processo vai ser encer-
rado havendo o julgamento do mérito, porém não geram absolvição nem condena-
ção. Ex.: extinção da punibilidade. 
 I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas 
por juiz singular; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
Inciso II - Decisões com força de definitivas  Extinguem o processo com força 
de definitiva ou uma fase deste sem julgar o mérito. 
 II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por 
juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; (Redação dada 
pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
Inciso III, a - Decisões do Tribunal do Júri  Tratando-se de nulidade argüida 
pelas partes até à pronúncia, basta uma simples petição com tal requerimento (de 
nulidade). Porém, caso seja encontrada após a pronúncia, deverá ser argüida por 
meio de recurso de apelação (Trib. Júri). Ex.: Se dos 21 jurados convocados com-
parecerem menos de 15 e o juiz aceitar, é causa de nulidade. O advogado de defe-
sa vai até o fim com o julgamento, e no final requer a nulidade do julgamento. 
 III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei 
nº 263, de 23.2.1948) 
 a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 
263, de 23.2.1948) 
 
Inciso III, b - Ocorre quando o juiz profere uma sentença que está em desacordo 
com a decisão feita pelos jurados ao responderem os quesitos no Tribunal do Júri. 
 b) for a sentença do juiz-presidentecontrária à lei expressa ou à deci-
são dos jurados; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
Inciso III, c - Ocorre quando o juiz não fundamenta as fases da aplicação da pena 
com base nos artigos pertinentes no CP, tais como art. 59 e 97 do CP. 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de 
segurança; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
CP Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta 
social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conse-
qüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, 
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do cri-
me: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previs-
tos;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberda-
de;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra 
espécie de pena, se cabível. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação 
(art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, 
poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Inciso III, d - Ocorre na hipótese de interposição do recurso quando os jurados de-
cidiram sem base nos elementos de convicção existentes nos autos. 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
Prazo  593, caput - 5 dias, da intimação da sentença no D.O., para o MP e advo-
gados. Para o acusado, tem quer ser pessoal e conta da intimação. 
Recursos Penais 
 
7 
Obs... para prescrição, conta do primeiro dia. 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
 
A contagem do prazo é a partir da publicação da sentença no D.O. ou da in-
timação das partes feita na própria audiência, contagem a partir do primeiro dia útil 
seguinte. 
Obs.: não cabe juízo de retratação na apelação. 
 
Prazo para juntada das razões  CPP 600 - Prazo de 8 dias após a intimação 
decorrente do recebimento da apelação. O juiz de admissibilidade examina os pres-
supostos recursais. 
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apela-
do terão o prazo de 8 (oito) dias cada um para oferecer razões, salvo nos 
processos de contravenção, em que o prazo será de 3 (três) dias. 
 
Prazo no JECRI M  Prazo 10 dias, contados do dia útil seguinte á publicação no 
D.O., ou da intimação das partes na sentença (art. 82, Lei 9.099). 
As razões devem ser apresentadas juntamente com a interposição do recur-
so. 
 
Regras. 
5.1  Juízo de admissibilidade 
 
5.2  Razões em separado se o recorrente não tiver apresentado no início. Abertu-
ra de prazo para contra-razões. Prazo  8 dias. Após a apresentação das contra-
razões, sobe ao tribunal ad quem. 
 
5.3  Assistente de Acusação - art. 600 § 1°  prazo de 3 dias depois do MP. 
§ 1º Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de 3 (três) dias, após o 
Ministério Público. 
 
§ 4°  o apelante declara que vai arrazoar na superior instância. 
§ 4º Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apela-
ção, que deseja arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao 
tribunal ad quem onde será aberta vista às partes, observados os prazos le-
gais, notificadas as partes pela publicação oficial. (Incluído pela Lei nº 
4.336, de 1º.6.1964) 
 
 
Art. 596  
Art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja 
posto imediatamente em liberdade. (Redação dada pela Lei nº 263, de 
23.2.1948) 
 Parágrafo único. A apelação não suspenderá a execução da medida de 
segurança aplicada provisoriamente. (Redação dada pela Lei nº 5.941, de 
22.11.1973) 
 
Art. 597  Interpretado em conjunto com o art. 596. 
Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo 
o disposto no art. 393, a aplicação provisória de interdições de direitos e de 
medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o caso de suspensão condicional 
de pena. 
 
 
Efeitos  devolutivo e suspensivo. 
A sentença condenatória tem efeito suspensivo, exceto nas hipóteses do 
art. 597. Se a sentença é absolutória, o efeito é meramente devolutivo  art. 
596. 
 
Não existe o efeito regressivo na apelação. 
Efeito extensivo  está presente na apelação. Se forem dois ou mais agentes, o 
benefício a um será dado aos outros. 
 
 
 
Exercícios. 
 
1) O que ocorre quando é decretada uma prisão preventiva e o pedido de liberdade 
provisória é negado pelo juiz? Sendo você advogado do acusado que está preso, 
qual medida iria tomar? O que poderá fazer o juiz? 
Respostas: 
 Entraria com um RSE  Recurso em Sentido Estrito, previsto no CPP 581, 
V. 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sen-
tença: 
... 
 V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, 
indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberda-
de provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 
7.780, de 22.6.1989) 
 
 O juiz poderá rever o seu ato, reformando a sentença, ou se não o fizer, a 
matéria subirá ao Tribunal. Mesmo com a reforma da sentença, ainda cabe-
rá novo recurso pela parte contrária, e o juiz não mais poderá modificar a 
sua sentença, sendo o recurso encaminhado à instância superior, na forma 
do art. 589 e § ú, do CPP. 
 
Recursos Penais 
 
8 
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso 
ao juiz, que, dentro de 2 (dois) dias, reformará ou sustentará o seu despa-
cho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem ne-
cessários. 
 Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte con-
trária, por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber re-
curso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independente-
mente de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em tras-
lado. 
 
2) Tratando-se de recurso de apelação, diferencie a plena da parcial e a principal 
da subsidiária. 
Respostas: 
 Plena, será discutida toda a matéria objeto da sentença. 
 Parcial, apenas parte da sentença será objeto de discussão. CPP 599. 
 Principal  é interposta pelo MP; 
 Subsidiária  interposta pela parte, pelo assistente de acusação, quando o 
MP perder o prazo. 
 
3) O que significa o princípio do tantum devolutum quantum apelatum? 
Resposta: Somente a matéria suscitada pela parte na interposição do recurso é 
que pode ser objeto de apreciação pelo Tribunal. 
 
4) Manuela foi condenada a 3 anos de reclusão pela prática de crime de extorsão. 
Seu advogado ofereceu recurso de apelação e o desembargador relator incluiu a 
pena de multa no acórdão proferido. Está correto? Explique. 
Resposta: Não está correto, pois houve reformatio in pejus, com agravação da 
pena em recurso interposto somente pelo réu - CPP 617. 
 
5) À luz dos recursos já estudados, faça uma síntese dos prazos para serem inter-
postos. 
 Respostas: 
No JECRIM, 10 dias contados da publicação no D.O. ou da intimação das partes na 
sentença. Art. 82, Lei 9.099. 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO CPP 581-595. 
 5 dias, Recurso Voluntário, CPP 586. 
 20 dias, exclusão ou inclusão da lista de jurados, CPP 586 § único. 
 5 dias, Recurso por Instrumento, CPP 587 § único. 
 2 dias, apresentar razões ou contra razões em recurso, CPP588. 
 5 dias, ao juiz ad quem, CPP 591. 
 
APELAÇÃO 
 5 dias, Apelação, CPP 593. 
 15 dias, para os casos previstos no CPP 31 c/c 598 § único (MP perde pra-
zo). 
 5 dias, razões na apelação, e 3 dias, se contravenção, CPP 600. Se houver 
assistente, 3 dias. 
 5 dias, para remessa à instância superior, findo o prazo para as razões, CPP 
601, ou 30 dias, CPP 603. 
 
6) Tratando-se de JECRIM, quais são os recursos utilizados? 
Resposta Recurso Inominado (equivalente à Apelação, no CPC) e Apelação, art. 
82 Lei 9.099/95 (equivalente ao RSE, no CPC). 
 
 
Embargos de Declaração 
1. Conceito  CPP 619 c/c 382  Na 1a. instância são os embarguinhos (CPP 
382), e na 2a., embargos propriamente ditos (embargos de declaração - CPP 
619)  Consiste em recurso dirigido a um órgão que prolatou a sentença ou o 
acórdão desde que haja ambigüidade, obscuridade, contradição ou omissão. 
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou 
turmas, poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de 2 (dois) 
dias contado da sua publicação, quando houver na sentença ambigüidade, 
obscuridade, contradição ou omissão. 
Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao ju-
iz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambigüidade, 
contradição ou omissão. 
2. Natureza Jurídica  Quanto à natureza jurídica, existe uma divergência na 
doutrinária. Uma primeira corrente, majoritária, entende que é recurso vis-
to que é um meio voluntário de atacar a sentença ou acórdão, estando previsto 
dentro do capítulo dos recursos. Para a segunda corrente, não é recurso, vis-
to que o objetivo é apenas fazer um esclarecimento ou uma pequena correção 
na sentença ou no acórdão, sendo um meio de auto-integração tanto da senten-
ça quanto do acórdão. 
3. Hipóteses  Obscuridade, ambigüidade, omissão ou contradição. 
a. Obscuridade quando a sentença ou acórdão não estão claros. 
b. Ambigüidade está relacionada a duplo sentido, mais de uma interpreta-
ção. 
c. Omissão o juiz ou desembargador deixa de se manifestar acerca de de-
terminado ponto. 
d. Contradição ocorre quando existe uma desconformidade entre a funda-
mentação e a parte decisória. 
e. Quem pode recorrer? MP, acusado pelo seu advogado, o assistente de 
acusação, querelante, querelado, qualquer parte que tenha interesse, 
inclusive sendo parte vencedora na sentença. 
4. Procedimentos  Prazo de 2 dias CPP 619, a partir da publicação da sentença 
ou, no casos de sentença condenatória, da intimação da mesma. Endereçado: 
Recursos Penais 
 
9 
se forem embarguinhos, serão endereçados ao juiz que prolatou a sentença de 
1a. instância. Se forem embargos de declaração, será para o Relator do acór-
dão. Não haverá intimação para que a outra parte se manifeste. Se for no JE-
CRIM  Lei 9.099/95 art. 83. Prazo 5 dias. Embargos de Declaração. Atenção 
para os §§. No CPC 538 há interrupção para embargos, no CPP não há men-
ção. Para a doutrina seria uma interrupção no CPP, recomeçando a contagem 
do prazo do zero. 
Lei 9.099/95 Art. 83. Caberão embargos de declaração quando, em senten-
ça ou acórdão, houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. 
 § 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmen-
te, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. 
 § 2º Quando opostos contra sentença, os embargos de declaração sus-
penderão o prazo para o recurso. 
 § 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício. 
 
CPP Art. 538. Após o tríduo para a defesa, os autos serão conclusos ao juiz, 
que, depois de sanadas as nulidades, mandará proceder às diligências indis-
pensáveis ao esclarecimento da verdade, quer tenham sido requeridas, quer 
não, e marcará para um dos 8 (oito) dias seguintes a audiência de julgamen-
to, cientificados o Ministério Público, o réu e seu defensor. 
 § 1º Se o réu for revel, ou não for encontrado no domicílio indicado 
(arts. 533, § 3o, e 534), bastará para a realização da audiência a intimação 
do defensor nomeado ou por ele constituído. 
 § 2º Na audiência, após a inquirição das testemunhas de defesa, será 
dada a palavra, sucessivamente, ao órgão do Ministério Público e ao defensor 
do réu ou a este, quando tiver sido admitido a defender-se, pelo tempo de 20 
(vinte) minutos para cada um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do ju-
iz, que em seguida proferirá a sentença. 
 § 3º Se o juiz não se julgar habilitado a proferir decisão, ordenará que 
os autos Ihe sejam imediatamente conclusos e, no prazo de 5 (cinco) dias, 
dará sentença. 
 § 4º Se, inquiridas as testemunhas de defesa, o juiz reconhecer a ne-
cessidade de acareação, reconhecimento ou outra diligência, marcará para um 
dos 5 (cinco) dias seguintes a continuação do julgamento, determinando as 
providências que o caso exigir. 
5. Efeitos  Redução a termo  De acordo com a doutrina, uma vez interpos-
tos os embargos, não irá correr o prazo para a interposição de outro recurso. 
Discute-se se haveria suspensão ou interrupção do prazo. Por analogia ao CPC 
entendia-se antes da alteração de 1994 que o prazo era suspenso (CPC 538). 
Com tal alteração passando a interrupção, também houve modificação junto ao 
CPP, que passou a entender que ocorre a interrupção do prazo. Obs: no caso 
do JECRIM o prazo para interposição dos embargos é de 5 dias e de acordo com 
o art. 83 § 2°, Lei 9.099/95, será suspensivo. 
 
Embargos de Nulidade e Infringentes 
1. Conceito  CPP 609  Trata-se de um recurso exclusivo da defesa oposto 
contra uma decisão não unânime de órgão do 2° grau. Os embargos de nulida-
de são relacionados à matéria processual enquanto que os embargos infringen-
tes estão relacionados à questão de mérito, que, via de regra, é de direito pe-
nal. 
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais 
de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência esta-
belecida nas leis de organização judiciária. (Redação dada pela Lei nº 1.720-
B, de 3.11.1952) 
 Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instân-
cia, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, 
que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de 
acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão 
restritos à matéria objeto de divergência. (Incluído pela Lei nº 1.720-B, de 
3.11.1952) 
2. Hipóteses  1ª) quando a decisão não unânime foi tomada por maioria de vo-
tos. 2a) 
3. Procedimento  Prazo de 10 dias da publicação do acórdão. Dirigido ao de-
sembargador relator que irá abrir vista para o revisor. Observe-se que o relator 
não pode ter tomado parte na decisão que foi embargada. O revisor vai marcar 
a data para o julgamento, quando participará um terceiro desembargador. 
 
 
 
 
Habeas Corpus > CPP 647 e ss. 
1. Natureza Jurídica  Uma primeira corrente entende que é recurso visto que 
encontra-se dentro do capítulo dos recursos. Já uma segunda corrente entende 
que é uma ação popular, constitucional, de natureza penal - CF 5°, LXVIII. A 
segunda corrente é a majoritária. A primeira corrente é o entendimento de Fer-
nando Tourinho. 
CF 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou 
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de loco-
moção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
2. Espécies  Existem duas: preventivo e repressivo ou liberatório. O preventivo 
ocorre quando se pretende evitar a efetivação da coação. O liberatório ocorre 
quando se pretende a restituição da liberdade de alguém cuja atuação esteja vi-
olada, através da ausência de liberdade. 
3. Legitimidade Ativa  Qualquer pessoa pode oferecer HabeasCorpus, chama-
da de impetrante. Paciente é a pessoa física que sofre a coação ou a violação 
na liberdade de ir e vir. Impetrante e paciente podem ser a mesma pessoa, se 
não existir a figura do advogado. 
Recursos Penais 
 
10 
4. Legitimidade Passiva  A autoridade coatora, sempre pessoa física, também 
chamada de coator. Tem que ser identificado quem agiu (Diretor, secretário, 
alguém que está representando a entidade). 
5. Hipóteses  CPP 648 - sublinhar a palavra "ilegal" (não amparado pela lei). O 
gênero é o ato ilegal que é aquele que contraria dispositivo legal sendo uma das 
espécies de abuso de autoridade previsto na Lei 4.898/65. 
a. CPP 648, I  Não existem indícios de autoria e materialidade (suporte 
probatório mínimo). "Trancar" o inquérito é pará-lo, equivale a deixá-lo 
arquivado. 
b. 648, II  acusado preso por mais tempo do que o devido. Depende do 
tipo de prisão. 
c. 648, III  prisão ilegal é coação ilegal. Falta de competência da autori-
dade. 
d. 648, IV  Ex.: prisão por não ter endereço fixo e agora já tem. 
e. 648, V  c/c 310, § ú. O inciso está revogado, na prática. Vigora o § 
ú. 
f. 648, VI  c/c 564. 
g. 648, VII  c/c 107 CP. 
 
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: 
 I - quando não houver justa causa; 
 II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a 
lei; 
 III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-
lo; 
 IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; 
 V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em 
que a lei a autoriza; 
 VI - quando o processo for manifestamente nulo; 
 VII - quando extinta a punibilidade. 
6. Competência  Critério utilizado é do da territorialidade, ou seja, será compe-
tente o juiz onde esteja ocorrendo a coação. A petição é sempre endereçada pa-
ra uma autoridade superior. O endereçamento da petição é fixado sempre para 
uma autoridade acima da autoridade coatora. Existem alguns casos em que ha-
beas Corpus será originário do STJ (CF 105, ?) e do STF (CF 102, ?). 
CFArt. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda 
da Constituição, cabendo-lhe: 
 I - processar e julgar, originariamente: 
 
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas 
alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do 
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e 
do próprio Supremo Tribunal Federal; 
 i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coa-
tor ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos di-
retamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime su-
jeito à mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela Emen-
da Constitucional nº 22, de 1999) 
 
CF Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
 a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Fede-
ral, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais 
de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de 
Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, 
dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos 
ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que 
oficiem perante tribunais; 
 b) ... 
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas 
mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua ju-
risdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Ae-
ronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 23, de 1999) 
 
II - julgar, em recurso ordinário: 
 a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Fede-
ral e Territórios, quando a decisão for denegatória; 
7. Procedimento  CPP 654 § 1°  O que deverá conter a petição. CPP 660 > 
regras aplicáveis. CPP 656. Obs.: o MP poderá impetrar HC como fiscal da lei. 
660, §§ 1° e 2°. 
 Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, 
em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público. 
§ 1º A petição de habeas corpus conterá: 
 a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou 
coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça; 
 b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples 
ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor; 
 c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não 
souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências. 
 Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente, o juiz de-
cidirá, fundamentadamente, dentro de 24 (vinte e quatro) horas. 
 § 1º Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto em liberda-
de, salvo se por outro motivo dever ser mantido na prisão. 
Recursos Penais 
 
11 
 § 2º Se os documentos que instruírem a petição evidenciarem a ilegali-
dade da coação, o juiz ou o tribunal ordenará que cesse imediatamente o 
constrangimento. 
8. Efeitos  Sendo concedida a ordem de HC, o juiz ou tribunal irá determinar, 
imediatamente, a soltura (repressivo); sendo o HC preventivo, o juiz irá de-
terminar o salvo conduto. Se não for concedido o HC, diz-se que a ordem foi 
denegada; 
 
Quando a sentença conceder o HC obrigatoriamente irá para a instância superi-
or, caberá duplo grau de jurisdição obrigatória (CPP 574, I). Em caso de recurso, 
será o RSE (CPP 581, X). Cabe recurso em sentido estrito da concessão ou denega-
ção do HC. 
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em 
que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz: 
 I - da sentença que conceder habeas corpus; 
 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou senten-
ça: 
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
 
REVISÃO CRIMINAL. 
1- Natureza jurídica  CPP 621. 
2- Legitimidade  CPP 623. 
3- Prazo  CPP 622. 
4- Hipóteses de cabimento  CPP 621, I e II. 
5- Competência  CPP 624. 
6- Procedimento  CPP 625  . 
7- Conseqüência 
 
Natureza Jurídica 
É uma questão divergente. A primeira corrente entende que é um recurso, 
e uma segunda corrente, majoritária, entende que é uma ação penal de conheci-
mento de caráter desconstitutivo (CPP 621) 
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: 
 I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evi-
dência dos autos; 
 II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos 
comprovadamente falsos; 
 III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou 
de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena. 
 
Legitimidade 
Somente a defesa tem legitimidade para propor a revisão criminal (CPP 623) 
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilita-
do ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
 
Prazo (CPP 622)  "A qualquer tempo" após o trânsito em julgado. 
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou 
após. 
 Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas 
provas. 
 
Hipóteses (CPP 621)  Incisos I a II  numerus clausus. 
Art. 621. A revisão dosprocessos findos será admitida: 
 I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evi-
dência dos autos; 
 II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos 
comprovadamente falsos; 
 
Obs.: numerus clausus  locução empregada para exprimir que a enunciação é enumera-
tiva, não exemplificativa, e por isso não admite acréscimos. 
 
Competência (CPP 624)  A petição é sempre dirigida para o Tribunal competente 
para os recursos em geral (STF, STJ, TJ ou TRF). Sempre dirigida ao Presidente do 
Tribunal. 
Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas: (Redação dada pelo Decreto-lei 
nº 504, de 18.3.1969) 
 I - pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele proferidas; (Redação 
dada pelo Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969) 
 II - pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos demais ca-
sos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969) 
 § 1º No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos o processo e julga-
mento obedecerão ao que for estabelecido no respectivo regimento interno. (Incluído pelo De-
creto-lei nº 504, de 18.3.1969) 
 § 2º Nos Tribunais de Justiça ou de Alçada, o julgamento será efetuado pelas câmaras ou 
turmas criminais, reunidas em sessão conjunta, quando houver mais de uma, e, no caso contrá-
rio, pelo tribunal pleno. (Incluído pelo Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969) 
 § 3º Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras ou turmas criminais, poderão ser 
constituídos dois ou mais grupos de câmaras ou turmas para o julgamento de revisão, obedeci-
do o que for estabelecido no respectivo regimento interno. (Incluído pelo Decreto-lei nº 504, de 
18.3.1969) 
 
Procedimento (CPP 625) 
 A petição é endereçada ao Presidente do Tribunal competente. 
 O requerimento é distribuído a um Relator que não tenha participado no 
processo. 
 O Relator pode indeferir liminarmente o pedido se entender insuficiente-
mente instruído ou inconveniente aos ditames da justiça. 
 É obrigatória a oitiva do MP que oferece um parecer. 
 Após a oitiva do MP, o Relator apresenta o relatório, depois é aberta vista 
ao Revisor que irá pedir para ser marcado o julgamento. 
Recursos Penais 
 
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 Ocorre a sessão do julgamento. 
 
 
Conseqüências. 
 Se for julgado improcedente, não pode ser repetida, exceto por novo mo-
tivo. 
 Se for julgado procedente, pode ocorrer a anulação do processo, a absolvi-
ção do acusado, diminuição da pena ou alteração da classificação da infra-
ção. 
 
Obs.: a doutrina entende que é cabível a revisão criminal, inclusive em crimes dolosos contra a vi-
da. (raríssimo) 
 
CPP 630  A doutrina prevê o pagamento de indenização, desde que não estejam 
presentes as hipóteses do art. 630, § 2°. 
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa in-
denização pelos prejuízos sofridos. 
 § 2º A indenização não será devida: 
 a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao próprio 
impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder; 
 b) se a acusação houver sido meramente privada. 
Exercícios. 
1- Quais são as hipóteses para o oferecimento dos embargos de declaração? 
R. Na forma do CPP 382 c/c 619, quando no Acórdão proferido existir, na 
sentença, ambigüidade, obscuridade, contradição ou omissão. 
 
Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a 
sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambigüidade, contradição ou omissão. 
 
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão 
ser opostos embargos de declaração, no prazo de 2 (dois) dias contado da sua publicação, 
quando houver na sentença ambigüidade, obscuridade, contradição ou omissão. 
Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas leia-se TRF, TJ, STJ, STF. 
 
2- Quais são os efeitos dos recursos? 
R. 
1) Devolutivo 
2) Suspensivo 
3) Regressivo 
4) Extensivo 
 
3- O que existe de peculiar em relação aos demais recursos na apelação? 
R. Possibilidade de as razões serem juntadas apartadas, somente no Tribu-
nal. 
 
4- Carol está sendo indiciada pelo crime de estelionato pelo delegado da 10ª DP, 
sendo que não foram encontrados indícios suficientes de autoria. Você, contratado 
como seu advogado, responda: 
a- Que medida irá tomar?  Hábeas Corpus. 
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência 
de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de 
punição disciplinar. 
b- A quem será dirigida?  Ao juiz da Vara Criminal. 
Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas 
 I - pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele proferidas 
 II - pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos 
demais casos. ) 
 § 1º No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos o proces-
so e julgamento obedecerão ao que for estabelecido no respectivo regimento interno. 
 § 2º Nos Tribunais de Justiça ou de Alçada, o julgamento será efetuado pelas 
câmaras ou turmas criminais, reunidas em sessão conjunta, quando houver mais de 
uma, e, no caso contrário, pelo tribunal pleno 
 § 3º Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras ou turmas criminais, 
poderão ser constituídos dois ou mais grupos de câmaras ou turmas para o julgamen-
to de revisão, obedecido o que for estabelecido no respectivo regimento interno. 
c- Qual o fundamento legal?  CPP 648, I, por não existir justa causa. 
 
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: 
 I - quando não houver justa causa;

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