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Ensino IV
Aula 2 : Demências e Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
Demência
Conceito:
	É uma síndrome adquirida na qual a deterioração progressiva nas habilidades intelectuais globais. É de tal gravidade que interfere com o desempenho ocupacional e social cotidiano da pessoa.
Declínio geral no funcionamento intelectual, o que pode incluir perdas de memória, da capacidade de raciocínio abstrato, do julgamento e da linguagem;
Alteração da personalidade;
Deterioração da capacidade de realizar as atividades;
Suspeita-se de demência quando a pessoa apresenta um declínio substancial na memória, outras alterações cognitivas, ou ambos;
As alterações comprometem a três categorias gerais: cognitiva, funcional e comportamental;
As demências podem ser reversíveis ou irreversíveis.
Causas Reversíveis da Demência:
Alcoolismo
Uso de medicamentos
Distúrbios psiquiátricos
Hidrocefalia com pressão normal.
Demência por hipotireoidismo.
Demência mais comuns irreversíveis são:
Doença de Alzheimer;
Doença por multi-infarto;
Combinação entre doença de Alzheimer e demência por multi-infarto.
Demência por HIV.
Demência por Multi-infarto (demência vascular)
Comprometimento cerebral acontece quando o aporte sanguíneo para o cérebro é rompido;
Infartos pequenos mas cumulativos em seus efeitos.
Declínio desigual e acentuado da função mental;
Curso clínico imprevisível;
A morte do tecido cerebral, ocorre com rapidez impressionante;
A evolução desta demência é desigual;
O paciente apresenta história de doença cardiovascular e vascular cerebral.
Sinais iniciais:
Vertigens;
Cefaleia;
Diminuição do vigor físico;
Sonolência.
 50% dos casos surge agudamente, como uma súbita confusão. Esta seguida de perda de memória gradual e salpicada.
Cuidados:
Tratamento precoce da hipertensão e da doença vascular pode evitar a progressão da doença;
DOENÇA DE ALZHEIMER
http://abraz.org.br/
 
Distúrbio neurológico degenerativo, progressivo e irreversível, que começa de maneira insidiosa e se caracteriza por perdas graduais da função cognitiva e de distúrbios no comportamento e afeto.
Não é encontrada exclusivamente na pessoa idosa
ATENÇÃO: 
Fatores de Risco:
Idade avançada, história familiar da doença de Alzheimer (componente familiar) e a presença da síndrome de Down;
Fisiopatologia
Alterações neuropatológicas e bioquímicas específicas;
Entrelaçamento neurofibrilar e placas neuríticas (placas senil);
Ocorre principalmente no córtex cerebral e resulta na diminuição do tamanho do cérebro;
As células mais afetadas são aquelas que utilizam o neurotransmissor acetilcolina.
Manifestações Clínicas
Progressão da doença:
Fase inicial:
O esquecimento e a perda sutil da memória;
Preservação da função cognitiva;
Pode acontecer depressão nesse período;
Com a progressão da doença os déficits não podem mais ser escondidos.
Fase moderada:
Esquecimento em muitas ações diárias;
Podem perder a capacidade de reconhecer lugares, faces, objetos e ficar perdidos no ambiente familiar;
Repetem as mesmas histórias;
Dificuldades em achar palavras;
O paciente é incapaz de identificar as consequências de sua ação, e portanto, exibirá um comportamento impulsivo;
Alterações na personalidade: deprimido, desconfiado, paranoide, hostil e, até mesmo, agressivo.
Fase Avançada:
As habilidades da fala deterioram-se para sílabas sem sentidos (afasia);
Paciente pode vaguear a noite;
A agitação e a atividade física aumentam;
Disfagia e incontinência (urinária e fecal);
Estágio terminal podem durar meses;
O paciente fica imóvel e requer cuidado integral. 
A morte acontece em consequência de complicações como a pneumonia, desnutrição e/ou desidratação.
CURSO DA DOÊNÇA (RESUMO):
Leve: confusão, perda de memória, desorientação espacial, dificuldade progressiva nas atividades cotidianas, mudanças na personalidade e na capacidade de julgamento;
Moderado: Dificuldades nas atividades de vida diária, ansiedade, delírios, alucinações,agitação noturna, alteração no sono, dificuldade de reconhecimento de amigos e familiares.
Severo: Diminuição acentuada do vocabulário, de apetite e do peso; descontrole urinário e fecal, dependência progressiva do cuidador.
Histórico e Achados Diagnósticos
O histórico de saúde, incluindo a anamnese, história social e cultural, a história medicamentosa, e o exame físico, incluindo o estado de saúde funcional e mental.
ESTES CONSTITUEM A CHAVE NO DIAGNÓSTICO DA PROVÁVEL DOENÇA DE ALZHEIMER. 
Outros exames: Tomografia, VDRL, Teste de HIV, níveis de hormônio, eletroencefalograma, ressonância magnética, punção do LCR.
Mini Exame do Estado Mental e a Escala de Depressão. 
Tratamento Médico
 CLORIDRATO DE TACRINA 
(1º tratamento Médico descoberto)
 DONEPEZIL: 5mg
 GALANTAMINA: 5 a 8 mg
 RIVASTIGMINA: 1,5 mg 2x ao dia
Exelon Patch – Adesivo
	
Tratamento de Enfermagem
Apoiando a função cognitiva:
Fornecer ambiente calmo e previsível;
Maneira agradável de falar, fala tranquila;
Uso de lembretes;
Rotina Regular;
Codificação por cores;
Promovendo a Segurança Física:
Iluminação;
Perigos óbvios deverão ser retirados;
Portas trancadas;
Uso de braceletes ou correntes de identificação.
Reduzindo a ansiedade e a agitação:
Apesar das profundas perdas cognitivas, ocorrerão momentos em que o paciente estará ciente de que suas capacidades estão diminuindo.
Apoio emocional / autoimagem positiva;
“Reação catastrófica” 
Melhorando a comunicação:
Estímulos táteis;
Uso de objetos;
Promovendo a independência nas tarefas:
Simplificar as atividades diárias (etapas curtas e exequíveis);
 
Atendendo às necessidades de socialização e intimidade:
Visitas, trocas de cartas e telefonemas devem ser encorajados;
Estimular o afeto a animais de estimação.
Promovendo a nutrição adequada:
Uma porção por vez;
Alimentar-se com as mãos;
Promovendo o equilíbrio entre atividade e repouso:
Apresentam distúrbio do sono, sonambulismo e outros comportamentos que parecem ser impróprios;
Períodos longos de sono durante o dia são desencorajados.
MAL DE PARKINSON
Distúrbio neurológico do movimento, com progressão lenta, podendo levar a incapacidade.
Vários fatores causais: genético (não prevalece), medicamentoso (antipsicótico), traumatismo craniano, aterosclerose, acúmulo de radicais livres, infecções virais e algumas exposições ambientais. 
 100 a 200 casos a cada 1000 habitantes
Costuma aparecer na faixa etária de 55 a 65 anos.
Fisiopatologia
Esta associada a níveis diminuídos de dopamina (neurotransmissor inibitório) devido à destruição das células neuronais pigmentadas na substância nigra (negra) dos gânglios basais do cérebro.
Os sintomas clínicos só aparecem quando 60% dos neurônios pigmentados estão perdidos e quando o nível diminuído de dopamina chega a 80%. 
Manifestações Clínicas
Três sinais cardeais da doença de Parkinson são:
Tremor : Tremor Essencial x Tremor do Parkinson;
Rigidez
Bradicinesia: movimentos anormalmente lentos.
Existem outros sintomas como: 
Hipocinesia,
Postura fletida (instabilidade postural); 
Fenômeno do congelamento, 
Micrografia, 
Face em máscara e sem expressão, 
Fala macia e em menor tom; 
Apresentam disfagia e salivação excessiva;
Sintomas autônomos:
Sudorese excessiva e descontrolada;
Hipotensão ortostática;
Retenção gástrica e urinária;
Constipação.
Alguns déficits cognitivos e de memória;
Manifestações psiquiátricas.
O intelecto usualmente está preservado.
Dores musculares são comuns, principalmente na região lombar;
Pálpebras indolentes e sem movimento.
Com a evolução da doença os pacientes ficam em risco de infecção dos tratos respiratórios e urinários.
Histórico e Achados Diagnósticos
Diagnóstico clínico é dado a partir da história do paciente e da presença de duas das três manifestações cardeais: tremor, rigidez muscular e bradicinesia.
Tratamento Médico
Controle dos sintomas e a manutenção da independência funcional;
Tratamento é baseado
no cuidado individualizado;
São cuidados em domicílios só indo as unidades hospitalares em caso de complicação da doença.
Os medicamentos anti-parkinsonianos atuam: aumentando a atividade dopaminérgica ou reduzindo a influência dos neurônios colinérgicos excitatórios.
Terapia com levedopa: “férias do medicamento”.
Terapia anticolinérgica;
Terapia antiviral (amantadina);
Tratamento Cirúrgico.
Tratamento de Enfermagem
Melhorando a Mobilidade: 
Programa de exercícios diários;
Exercícios posturais;
Banhos quentes;
Cuidados com a deambulação.
Estimular as atividades de autocuidado.
Melhorando a Eliminação Intestinal.
Melhorando a nutrição
Dieta semi-sólida;
Evitar Líquido.
TERAPIA MEDICAMENTOSA NO IDOSO
Dentre as inúmeras modificações que vivenciamos com o envelhecimento, três merecem destaque nesse momento, uma vez que podem acarretar consequências graves se não forem observadas e levadas em consideração pelos responsáveis pelo cuidado. 
A redução do metabolismo; 
A redução do volume total de água; 
A perda de função renal.
A redução do metabolismo, sobretudo o metabolismo realizado pelo fígado, representa fator de extrema importância na terapêutica medicamentosa. 
Esse órgão apresenta redução na sua capacidade de metabolizar drogas que estão circulando pela nossa corrente sanguínea, acarretando numa maior demora para que as mesmas sejam retiradas de nosso organismo, mantendo a concentração das mesmas em níveis mais elevados. 
Muitas vezes serão necessárias uma redução da dosagem das medicações ou até um aumento do intervalo entre uma administração e outra a fim de diminuir as super-dosagens e intoxicações.
A diminuição do volume total de água no organismo: quanto menor a proporção de água no organismo, mais lenta se torna a circulação sanguínea, o que resulta numa demora para a droga chegar nos locais onde será metabolizada e/ ou eliminada do nosso corpo. 
Além disso, tal redução também pode ocasionar uma maior concentração das drogas tanto na corrente sanguínea quanto nos seus locais de ação.
 Perda de função renal: ao atingir 80 anos o ser humano apresenta, em média, uma redução de 30-40% de seus glomérulos. 
Com isso, a eliminação da droga apresenta-se reduzida, assim como também fica reduzida a eliminação dos produtos resultantes do metabolismo da mesma
As pessoas idosas utilizam mais medicamentos que qualquer outro grupo etário. 
Assim, qualquer medicamento é capaz de alterar a condição do idoso causando inapetência, náuseas, vômitos, irritabilidade estomacal, constipação, diarreia. 
 
Todo cuidado com o uso da terapia medicamentosa no idoso deve ser tomada.
ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO
Os sinais de deficiências funcionais vão aparecendo de maneira discreta no decorrer da vida, naturalmente, sendo chamados de Senescência, sem comprometer as relações e a gerência de decisões. Esse processo não pode ser considerado doença. 
Senilidade é o envelhecimento com doenças, no qual a pessoa fica limitada para desenvolver suas atividades e fica dependente de terceiros.
Mortalidade (DataSUS, 2008)
 Doenças cardiovaculares 37%
 Neoplasias 16,7%
 Doenças respiratórias 13%
 Doenças metabolicas 7,5%
 Causa externa / acidentes 3% (fraturas)
 Em 25 anos seremos a 6ª maior população de idosos do mundo.
 Até 2050 anos – 63 milhões de idosos.
 Hoje aproximadamente 17,6 milhões.
Estatuto do idoso Lei 10.741 de 2003; 
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA
	IDOSA – Portaria Nº 2528, de 19 de Outubro 2006;
Estatuto do Idoso
Capitulo IV 
Do direito à saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
	 § 1o A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de:
   	I – cadastramento da população idosa em base territorial;
	II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
	III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social;
	 IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação.
	V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das sequelas decorrentes do agravo da saúde.
	§ 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
	 § 3o É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
	§ 4o Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lei.
	  Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
	 Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo tratamento conceder autorização para o acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade, justificá-la por escrito.
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
 Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será feita:
    I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
 II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contactado em tempo hábil;
 III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar.
	IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao Ministério Público.
	Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto-ajuda.
	
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos:
    	 I – autoridade policial;
   	II – Ministério Público;
 	III – Conselho Municipal do Idoso;
	IV – Conselho Estadual do Idoso;
	 V – Conselho Nacional do Idoso
Pacto pela Vida
‘O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira (MS,2006)’.
São seis as prioridades pactuadas:
Saúde do Idoso;
Controle do câncer do colo do útero e da mama;
Redução da mortalidade infantil e materna;
Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza;
Promoção a Saúde
Fortalecimento da Atenção Básica.
Política Nacional de Atenção ao Idoso
	
	Tem como finalidade primordial a recuperação, manutenção e promoção da autonomia e da independência da pessoa idosa,direcionando medidas coletivas e individuais para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do SUS.
Será considerada idosa
 a pessoa com 60 anos ou mais.
O trabalho nesta área deve seguir as seguintes diretrizes (MS, 2006): 
 Promoção do envelhecimento ativo e saudável;
 Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa;
 Estímulo às ações intersetoriais, visando a integralidade da atenção;
 A implantação de serviços de atenção domiciliar;
 O acolhimento preferencial em unidades de saúde, respeitado o critério de risco;
 Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa
Fortalecimento da participação social;
Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde
da pessoa idosa.
Divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;
Promoção da Cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa;
Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS
Caberá aos gestores do SUS, de forma articulada e na conformidade de suas atribuições comuns e específicas, prover os meios e atuar de modo a viabilizar o alcance do propósito desta Política Nacional de Saúde do Idoso, que é a promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e a melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida.
Estratégias
Caderneta de saúde da Pessoa Idosa - instrumento de cidadania com informações relevantes sobre a saúde da pessoa idosa;
Manual de Atenção Básica à Saúde da Pessoa Idosa – para indução de ações de saúde, tendo por preferência as diretrizes contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.
Programa de Educação Permanente à Distância –voltado para profissionais que trabalham na rede de atenção básica à saúde, contemplando os conteúdos específicos das repercussões do processo de envelhecimento populacional para a saúde individual e para a gestão dos serviços de saúde. 
Acolhimento – reorganizar o processo de acolhimento à pessoa idosa nas unidades de saúde, como uma das estratégias de enfrentamento das dificuldades atuais de acesso.
Assistência Farmacêutica – desenvolver ações que visem qualificar a dispensação e o acesso da população idosa;
Atenção Diferenciada na Internação – instituir avaliação geriátrica global realizada por equipe multidisciplinar/interdiciplinar;
Atenção Domiciliar 
PROCESSO DE ENFERMAGEM
 EM PACIENTES IDOSOS
A palavra processo representa a articulação entre todos os elementos necessários para a organização da assistência, ou seja, o objeto e a finalidade do seu trabalho definidos
É sistemático por consistir de 05 (cinco) passos: 
Investigação;
Diagnóstico;
Planejamento; 
Implementação; 
Avaliação
Investigação
É o primeiro passo para determinação da situação de saúde. As informações coletadas formam um quadro nítido do estado de saúde da pessoa.
As informações devem ser: corretas, completas e organizadas.
COLETA DE DADOS
Processo organizado e sistemático de obter informações. É através deste dados que o Enfermeiro identifica os diagnósticos e pode então traçar o plano assistencial do paciente. 
É nesta fase, que teremos o estabelecimento do relacionamento entre enfermeiro/paciente.
Fonte de Dados:
Primária e Secundária
Métodos de Coleta:
Interação: comunicação verbal e não verbal;
Observação
Mensuração: Exame Físico
Requer mais tempo e paciência:
Dificuldades: hipoacusia, presbiopia, déficit de memória, confusão mental, falta de um bom informante, etc.
Roteiro da Anamnese
 
Identificação (ID)
Queixa Principal (QP)
História da Doença Atual (HDA)
História Mórbida pregressa (HMP)
História Mórbida familiar (HMF)
Histórico fisiológico e social (HFS)
Diagnóstico Médico 
Interrogatório sobre diversos aparelhos:
AR
ACV
AGI
AGU
SNC
PARTICULARIDADES
Imobilidade
Instabilidade postural
Incontinência
Insuficiência cerebral
Iatrogenia
Durante a anamnese, podemos observar alguns sinais típicos de provável doença:
	– Quedas
	– Perda funcional
	– Delírio
	– Imobilidade
	– Alterações bruscas do humor
	– Incontinência urinária e fecal
	– Perda do vigor
Exame Físico no Idoso
EXAME FÍSICO GERAL (ectocospia):
Observar o grau de autocuidado e sinais de negligência, comportamento, grau de orientação e capacidade cognitiva; marcha, independência, edemas, mucosas, hidratação, perfusão, icterícia e cianose.
Dados vitais: Temperatura, FC, P, FR, PA.
Dados antropométricos: CA, IMC, Peso, altura.
ESCALAS;
Pele e mucosas: pele senil, grau de higiene, intertrigo, escaras e dermatites (fraldas);
Cabeça: couro cabeludo, cabelos.
Olhos: catarata; acuidade visual;
Ouvidos: acuidade auditiva, cerume.
Boca (ver aparelho gastrointestinal);
Pescoço: tireoide; estase de jugular; pulso carotídeo, linfonodos. 
Aparelho Respiratório:
 - Inspeção, palpação, percussão, ausculta;
	– Redução da expansão torácica, levando a aumento do volume residual e da parede intratorácica;
	– Aumenta a Cifose torácica;
	– Crepitações bibasais podem ser fisiológicas;
	– Aumento da FR é um grande sinal no idoso;
Aparelho cardiovascular:
	– Inspeção
	– Palpação
	– Ausculta: estenose mitral; sopro cardíaco.
	– PA nas 3 posições
Aparelho Gastrointestinal:
– Cavidade Oral: Queilite, próteses, Eritroplasias, Leucoplasias, Tumores, Monilíase, estomatites.
– Abdome:
Inspeção, ausculta, percussão e palpação.
Redução da musculatura pode dar falsa impressão de distensão abdominal;
Palpação: pesquisar bexigoma, massas, hérnias.
QUEILITE ANGULAR
QUEILITE ACTÍNICA
ERITROPLASIA
LEUCOPLASIA
MONILÍASE
MONILÍASE
NEOPLASIA MALIGNA
NEOPLASIA MALIGNA
Aparelho Genitourinário:
	– Mamas: Nódulos
	– Exame de períneo: pesquisa de sinais de incontinência urinária, cistocele, retocele e prolapso uterino.
	– Palpação testicular;
	– Toque retal.
AUTO EXAME DA MAMA
PROLAPSO: BEXIGA E RETO
RETOCELE
PROLAPSO UTERINO
PROLAPSO UTERINO
PROLAPSO UTERINO
Aparelho locomotor:
Avaliação geral: postura, equilíbrio e marcha;
Equilíbrio: teste de Romberg
Avaliação articular e muscular global: ectoscopia, palpação (Tônus muscular);
 Coluna (cifose, lordose e escoliose); pés (pé diabético); articulações de MMII; mãos possibilidade de fraturas patológicas.
 Osteoporose, ostomalácia, Doença de Paget.
Síndrome de Imobilidade;
TIPOS DE MARCHA
OSTEOMALÁCIA
DOENÇA DE PAGET
Sistema Nervoso Central e Periférico:
 Consciência, Grau de alerta;
Avaliação cognitiva: clínica é o mais importante. Testes podem ser utilizados (MEEM), permitindo melhor seguimento da cognição;
Avaliação dos sintomas do humor em todos os pacientes;
 Avaliação do grau de independência funcional;
Tremores (Essencial x parkinson).
Motricidade
Sensibilidade
Postura, equilíbrio e marcha
Linguagem
Sinais de irritação meníngea
Reflexos
SINAL DE ROMBERG
Após a fase de coleta de dados será realizado o registro dos dados denominados, para posterior identificação dos problemas.
Diagnóstico
Título dado pelo enfermeiro para uma decisão sobre um fenômeno de enfermagem que é foco das suas intervenções.
Diagnósticos segundo a potencialidade:
Diagnóstico atual(real): alterações - recuperação
Diagnóstico de risco: vulnerabilidade- prevenção
Diagnóstico de bem estar: reações saudáveis – manutenção.
Exemplos de Diagnósticos de Enfermagem (CIPE):
Perfusão tissular periférica ineficaz
Padrão respiratório ineficaz 
Risco de intolerância à atividade .
Para cada diagnóstico de enfermagem deve haver um resultado esperado;
Ainda, para alcançar cada resultado o enfermeiro deverá prescrever cuidados de enfermagem.
Planejamento
Análise dos problemas (DE) e estabelecimento de prioridades.
 Definição das metas a serem alcançadas (resultados esperados) para cada DE.
Determina-se a “melhor” intervenção de enfermagem para cada caso.
 Registra-se o plano de cuidados de enfermagem (ou prescrição de enfermagem).
Ao escrever, usar verbo no infinitivo que indique a ação desejada. Exemplos:
Fazer, dar, realizar
Auxiliar, ajudar, facilitar, propiciar.
Monitorar, controlar
Encaminhar, levar, conduzir
O prazo de validade do Plano de Cuidados de Enfermagem é de 24h.
Implementação
São ações realizadas nesta etapa do processo de enfermagem e documentadas pelo enfermeiro, visando a monitorar o estado de saúde, afim de minimizar riscos, resolver ou controlar um problema, auxiliar na vida diária e promover a saúde (TANNURE; GONÇALVES, 2009)
Avaliação
Acompanhar as respostas do cliente sobre
os cuidados prescritos, por meio de anotações no prontuário ou nos locais próprios, da observação direta da respostas do cliente à terapia proposta, bem como do relato do cliente;
Histórico de Enfermagem
I.Z.P., sexo masculino, 66 anos, branco, casado, residente em Penedo, aposentado. Internado no setor de emergência do H.G.E com queixa de precordialgia, algia em MMSS, sensação de morte iminente, náusea e fadiga. Possui H.A.S., nega ser alérgico a medicamentos, faz uso de Captopril, antecedentes familiares de H.A.S. (pai, tios) e infarto do miocárdio (irmão). Não pratica atividade física; tabagista por 30 anos com interrupção há 10 anos; nega etilismo com uso de bebidas alcoólicas apenas aos finais de semana. Ao exame físico: Regular Estado Geral, orientado, ansioso, com expressão facial triste, postura cabisbaixa, memória preservada, marcha regular, pele fria, sudorese, dispnéico fazendo uso de musculatura acessória, conjuntiva ocular hipocorada(+++/_4), língua saburrosa, estase de Julgular bilateral; Tórax: simétrico com boa expansibilidade. AP: Murmúrios Vesiculares presentes, RA: estertores crepitantes em base pulmonar D; AC: RCR em 2T, bulhas hipofonéticas em foco mitral, com sopro; abdome: arredondado com ruídos hidroaéreos hiperativos nos quatros quadrantes; sons timpânicos à percussão; à palpação superficial semi-rígido. MMII apresentando edema sinal de cacifo (++/4+). verificado SSVV: PA: 180x100, P: 110 bpm, R: 28 mrpm e T: 36,6 º C.

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