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Direito Penal I, Resumo AV1

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12direito PENAL 2º PERÍODO
RESUMO E CONTEUDO DE MATÉRIA PARA AV1. 
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
AULA 1
Conceito de Direito Penal. ..................................................................................................................... Pág. 2
Evolução Histórica do Direito Penal. ...................................................................................................Pág. 2
Funções do Direito Penal. ........................................................................................................................Pág. 2
Controle Social como Papel do Direito Penal. ...................................................................................Pág.2
Fontes do Direito Penal. ............................................................................................................................Pág.2
Conceito de Direito Penal
 Direito Penal esta dentro do Direito Público, pois o Estado, somente ele tem o poder de punir, aplicar a pena, isso que caracteriza o Direito Penal como ramo do Direito Público.
 Conceito de Direito Penal é um conjunto de normas jurídicas que define crimes e suas penas correspondentes e é um ramo do Direito Publico.
	
Relação Jurídica = Estado VS Criminoso
Crime = Pena = Crime
Para toda pena existe um crime, para todo crime existe uma pena, não existe crime sem uma pena prevista.
Evolução Histórica do Direito Penal
 Sempre houve desvios sociais, violação das regras desde a Idade da Pedra, na antiguidade quando alguém violava era tido como pecado, acreditavam que quando alguém violava uma regra, que era matar, roubar, eles acreditavam em uma “Ira Divina”, a tribo ou clã expulsavam os membros “Pecadores”, temendo uma Ira que vinha de diversas formas, como chuva que entrava e inundava as cavernas, a seca, uma peste, coisas que não podiam ser explicadas como, “Choveu porque ele matou! Devemos expulsa-lo da caverna!” essa fase era chamada de Fase Divina, foi à primeira fase.
 A segunda fase era chamada de Vingança Privada, que era a justiça com as próprias mãos, prevalecia a lei do mais forte, um roubava a caça do outro, e por conta disso esses outros se vingavam matavam aqueles que roubavam qualquer coisa que não fosse dele, no dia seguinte a mesma coisa, outro roubava a caça do mesmo, então era um ciclo vicioso de guerra do homem com ele mesmo, o forte tomava do fraco e o fraco morria.
 A terceira fase era chamada de Vingança Publica, nessa época foi eleito um julgador, um líder em opinião para julgar qual devia ser a sentença mas geralmente era o código de amutrab, que era “olho por olho e dente por dente”, exemplos disso: roubou a roupa do outro, cortava-se fora a mão do ladrão. Matou uma pessoa, como foi à execução? Ele matou batendo com a pedra cinco vezes na cabeça e jogou do penhasco. O mesmo seria feito com o acusado. 
 No fim do século XVII vem à segunda etapa da Vingança Publica que era onde eles começaram a questionar o porquê do Julgador não poder ser questionado, porque ele sabia mais que todos, porque ele deveria das às decisões.
Funções do Direito Penal
 O Direito Penal tem quatro funções que são Função Preventiva, Função Repressiva, Função Protetiva e Função Simbólica.
 Função Preventiva: É a parte mais importante porque impede que aconteça o crime, motivar o indivíduo a não cometer o crime.
Exemplo disso: Um indivíduo chega ao outro e diz: - “Po” cara, preciso que você leve 1 kg de droga pra mim pra Indonésia, te pago 500mil reais.
O outro individuo fala: - Mas na Indonésia o crime para tráfico de drogas é a morte, “to” fora!
 É para isso que essa etapa funciona, fez com que o crime não seja cometido.
Protege os bens jurídicos (valores, interesses indispensáveis à manutenção e desenvolvimento do individuo e da sociedade).
 Função Repressiva: É o Estado aplicando a Pena, o instrumento que o Estado tem no Direito Penal. Somente o Estado tem essa função que o poder de Punir, reprimir no Direito Penal. 
 Função Protetiva: Ele que da o limite no Estado, ele diz ate onde a pena pode ir, ele da um direcionamento ao Estado para não haver abuso da pena, no Direito Penal.
 Função Simbólica: É apenas simbólico mesmo, o Direito Penal não serve para diminuir a criminalidade. O que diminui a criminalidade é a certeza que a pena é aplicada de forma rápida, e que seja cumprida, também dando meios para a polícia trabalhar, salário digno, treinamento, e não se criando mais leis criminais, pois dessa forma é ineficaz.
Controle social como papel do Direito Penal.
 Controle social tem um papel importante no Direito ate mesmo no meio informal, através de influencia religiosa, ou através da educação em obtida em casa. Temos dois tipos de controles sociais, o controle Informal que induz o Individuo a não tomar certas atitudes, seja quando a igreja diz “não matar”, tal atitude é pecado, isso induz o Individuo a não comer crimes por ser reprovável na sua religião. 
 No controle formal é diferente você não necessita do Direito Penal para todos os problemas existe outras áreas do Direito onde se busca a solução para resolver os problemas da sociedade, o Direito Penal é para ser usado em ultimo caso.
 Direito de Controle Informal, controle feito pela família, religião.
 Direito de Controle Formal, que é o direito penal somente em ultimo caso.
Fontes do Direito Penal
 Existem duas fontes do Direito, de Material ou de produção. As leis, que são criadas pela União, e que também é a legisladora do Direito Penal. ART 22. I. CF → UNIÃO → PODER LEGISLATIVO → CONGRESSO NACIONAL → SENADO FEDERAL (Entre outros). As outras fontes são formas, conhecimento, meios de ajuda na interpretação do Direito. Fontes do Direito em linguagem penal são as Imediatas (Lei) e as Mediatas (Jurisprudências, costumes, servem para ajudar a interpretar a lei, mas não cria lei nem revoga lei).
AULA 2
Tema: Princípios Constitucionais do Direito Penal. 
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana(Art.1º, III, CF). ..........................................................Pág.5
Princípio da Humanidade das Penas ou Limitação das Penas (Art.5º, XLVII, CF). ................Pág.5
Princípio de Responsabilidade Pessoal(Art.5º, XLV, CF). ..............................................................Pág.5
Princípio da Individualização da Pena(Art.5º, XVLI, CF). ..............................................................Pág.5
Princípio da Legalidade(Art.5º XXXIX CF e Art.1º CP). ...................................................................Pág.5
Princípios Infraconstitucionais. .............................................................................................................Pág.5
 6.1- Princípio da Intervenção Mínima. ....................................................................................................................Pág.6
 
 6.2- Princípio da Lesividade ou Ofensividade. .....................................................................................................Pág.66.3- Principio da Adequação Social. ..........................................................................................................................Pág.6
 
 6.4- Princípio da Insignificância ou Bagatela. ......................................................................................................Pág.6
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (Art.1º, III, CF).
 É o direito de ser, o ser humano deve ser tratado como ser e não como coisa, toda vez que o ser humano é tratado como coisa está infringindo esse Princípio da D.P.H. Até mesmo quando preso única coisa que ele tem tirada dele é o Direito de ir e vir. Todo ser humano tem o Direito à vida, direito a ter uma casa para morar, a segurança e etc., tem direitos ao mínimo para sobreviver o essencial.
Princípio da Humanidade das Penas ou Limitação das Penas (Art.5º. XLVII CF). (PQP)
Nosso ornamento jurídico não permite pena de morte, não pode ser criada uma lei ou qualquer dispositivo legal sob a pena de morte, salvo em guerra, que a utilização do Código Penal Militar, quando ele entra em vigor encontramos nele então para traição da pátria, deserção como outros, nesse caso são aplicados sim, penas de morte.
 No nosso ordenamento jurídico não se pode trabalho forçado, o que vem a ser isso? O trabalho forçado como pena, isso não é permitido na nossa Constituição, mas o Detento trabalhar por si próprio sim, isso é bom e muita das vezes é de vontade do detento. Então não são permitidos trabalho forçado, banimento, prisão perpétua e pena cruel.
Nota, assunto de sala de aula: Estupro de Vulnerável, é o nome para aqueles que cometem crimes libidinosos como Pedofilia, porém Pedofilia é o nome que se dá a Síndrome.
1830, tem se o primeiro Código Penal.
1884, tem a principal alteração no Código Penal. 
1940, têm se o Código em vigor até os dias de hoje.
Princípio da Responsabilidade Pessoal (Art.5º, XLV, CF).
 Nenhuma pena passará do julgado para sucessores, salvo reparação de bens, que sim passa a sucessores, em caso de herança. Se o sucessor não tiver herança ele não tem como assim então ressarcir a reparação de bens, sendo daquilo então que ele próprio consiga para si, não pode ser usado para pagar a dívida de seu antecessor. Em caso de falecimento se passa dívida e também bens.
Princípio da Individualização da Pena (Art.5º, XLVI, CF).
 É pena ser cobrada em individualização, isso tem três etapas, a primeira é de cominação, que prevê a pena para o crime, a segunda etapa é a aplicação da pena, a terceira é feita pelo juiz que é a execução.
Princípio da Legalidade (Art.5 º XXXIX CF e Art.1º CP)
 Não a crime sem lei anterior que a defina, e não existe uma pena sem uma cominação legal, todo crime tem pena prevista. (Cominação = LEG = Prever).
Princípios Infraconstitucionais 
 São princípios fora da constituição, não tem previsão legal, mas é muito importante.
6.1- Princípio da Intervenção Mínima ou da Fragmentaridade. (ultima ratio “Latim” > Subsidiariedade) 
 Defende um Direito Penal mínimo, por conta de sua inflação, o Direito Penal cresceu muito nos últimos anos de forma desenfreada.
6.2- Princípio da Lesividade ou Ofensividade
 Só poderá haver criminalização de condutas que constituam lesão ou ameaça de lesão à bem jurídico. (vida, patrimônio, honra.).
 Exemplo disso é Pegar uma pistola apontar em direção a uma pessoa atirar, porem não acertar nenhum dos tiros, isso ofereceu um potencial ofensivo à vida da pessoa.
6.3- Princípio da Adequação Social (costume)
 Aquilo que se torna costume na sociedade tem de ser descriminalizado. O costume ajuda na interpretação da lei.
Exemplo, em 1940 uma placa fincada na areia dizia “Proibido Biquínis” em época isso queria dizer que não se podia tomar banho de sol se não fosse com Maiôs. No entanto a mesma placa hoje, quer dizer que não se pode tomar banho com roupa, que deveria se estar nu, no sentido da praia de nudismo. Pois os costumes e tempos mudam, biquínis hoje em dia não são mais algo visto como escândalo e tentado ao pudor como algo extremamente sexy e antiquado como em época.
6.4- Princípio da Insignificância ou Bagatela. (sem valor, significa nada) (baixo valor).
 Só considerar quando há uma lesão considerável, mas quando é uma coisa insignificante que não cause dano ao bem jurídico pode se aplicar a insignificância.
No entanto é muito subjetivo mais existem requisitos para aplicação do Princípio da Insignificância, um mínimo potencial lesivo de conduta, ausência de periculosidade da conduta, reduzido grau de reprovabilidade de conduta, irrelevância de lesão provocada.
Exemplo, o cliente vai ao advogado penal dele, diz ter cometido furto a uma bicicleta. Pois bem a bicicleta não chegaria ao valor de cem reais, de tão depredada que estava o Advogado aplicou Princípio da Insignificância, no entanto a bicicleta era de um Trabalhador de zona rural, onde não tinha meio de transporte publico ou privado e tinha que andar 40 km todo dia com a bicicleta que fora furtada. Então nesse caso obviamente o juiz não aceitou o Principio da Insignificância, pois ela era de valor inestimável para o trabalhador. Por isso depende muito de como vai ser aplicado e pode ser muito subjetivo.
 Salvo lembrar que qualquer crime mediante violência não pode se aplicar o princípio da insignificância.
AULA 3
Teoria da normal penal. ...................................................................................................................Pág 8
Classificação: Incriminadoras, não incriminadoras e norma penal em branco.
Interpretação da Lei penal. ............................................................................................................Pág 8
- Quanto ao Sujeito: Autentica, Doutrinaria e Jurisprudencial
- Quanto aos meios empregados: Literal ou gramatical, Teleológica ou Lógica, Sistêmica.
- Quanto ao resultado: Interpretação extensiva, Interpretação analógica
Integração da Lei Penal. ..................................................................................................................Pág 8
Analogia.
Concurso ou Conflite aparente de normas. ...............................................................................Pág 8
Princípios da Especialidade, Subsidiariedade, Consunção e Alternatividade.
Teoria da Norma Penal
É uma norma imperativa aplicada a todo mundo, não contem uma ordem direta, ela é uma norma descritiva a uma conduta que é proibida. Ela tem uma característica de descrever a conduta que o Estado não quer que seja praticada. Temos dois tipos de normas penais a Incriminadora e a Não Incriminadora.
Incriminadora é aquela que descreve o crime e consequentemente descreve sua pena. Essa norma tem duas partes que são preceito primário e preceito secundário.
Preceito Primário, Art. 121 do CP, homicídio, ela vem com a conduta que o estado quer proibir antes do preceito secundário.
Preceito Secundário, é a pena.
Não Incriminadora, CP = 1º a 120= Geral (teoria dos crimes), elas podem ser permissivas ou explicativas(definem algo, explicam algo, art. 150 CP= violação de homicídio)
Conceito de Norma Penal em Branco (Possível Questão de Prova)
É aquela em que há uma necessidade de complementação para que se possa compreender o âmbito de aplicação do seu preceito primário.
Exemplo, um carro cheio de Bebida Alcoólica é parada numa blitz policial e tentam prender o dono do carro. Art. 33, Lei 11343/06 (lei de drogas, transportar sem autorização) se não tiver o complemento para se saber oque é droga ilícita e licita não tem como se saber que tipo de droga pode ou não ser transportada. Portaria ANVS 333/98 (complementos da lei).
Toda vez que precisar de uma norma para entender o preceito criminal primário de uma lei ela é uma lei em branco, mas ela também se divide, ela pode ser Homogênea ou Heterogênea.
Homogênea, lei (diz o que é crime), quando seu complemento diz o que é uma lei (lei).
Heterogênea, lei (diz o que é crime), quando seu complemento diz que é uma Portaria ou outro judiciário.
CP 1º a 120= Geral (teoria dos crimes)
CP 121 ao 361= Especial (a parte dos crimes)
Interpretação da lei penal
Interpretação Autentica ou Legislativa, é realizada no corpo da lei (dentro da lei). 
Art. 317 CP, solicitar ou receber para si ou para outrem direta ou indiretamente, crime para funcionário publico.
Art. 327 CP, para efeitos públicos....
Livro Indicado: Rogério Greco
INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA
É feita por um doutrinador (estudioso do direito que tem livro), no entanto é muito subjetivo pois varia muito de doutrinador para doutrinador que são pontos de vista de algumas situações.
INTERPRETAÇÃO
É aquela que é realizada por um membro do poder judiciário, (ou juiz)dentro de um determinado processo.
Quanto aos meios empregados: Literal ou gramatical, quando busco sinônimo ou significado da palavra na lei. 
Exemplo: Matar alguém. Alguém é o que? O ser vivo. 
Teleológica ou Logica, quando busca a intenção da lei.
Interpretação Sistêmica ou Sistemática, Art. 5º XXVIII, d).
Art. 157, Paragrafo 3º CP, Latrocínio, Roubo seguido de morte.
Quanto ao resultado de interpretação extensiva e analógica.
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA
É quando o intérprete aumenta ou alarga o alcance da norma pois ela disse menos do que pretendia.
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA
É quando a lei nos fornece uma fórmula casuística seguindo-se uma fórmula genérica. Art. 121 §2º, III, C.P. Homicídio Qualificado.
Nota: Insidioso, quando se omite o verdadeiro propósito.
ANALOGIA
Quando não se tem na lei, ou quando a lei foi lacunosa. No direito penal não se pode incriminar uma atitude com analogia, única fonte do direito penal é a lei.
IN BONAM PARTEM = AJUDAR Nesse caso a analogia pode ser usada, pois serve para ajudar.
IN MALAM PARTEM = CRIMINALIZAR/PREJUDICAR Nesse caso não pode ser usada para criminalizar alguém.
Concurso ou Conflite aparente de normas.
Princípios da Especialidade, Subsidiariedade, Consunção e Alternatividade.
ESPECIALIDADE
Norma Especial afasta a norma geral. Se o caso especial se encaixar no determinado ato para o caso ele elimina a norma geral.
Exemplos: 
Art. 168 Apropriação Indébita | Apropriação indébita de um funcionário público sob uma Ferrari que foi apreendida, porem a usa para fins particulares sem procurar seu dono.
Art. 312 Crime de Peculato.
Art. 123 Infanticídio e Art. 121 Homicídio Simples, Matar alguém. | Mulher grávida pós parto mata o filho para poder voltar para casa.
SUBSIDIARIEDADE
Na ausência ou na impossibilidade de aplicação da norma penal principal ou mais grave aplica-se a norma subsidiaria menos grave.
Exemplo:
Art. 132 Perigo para vida ou saúde de outrem e Art. 129 Lesão Corporal | Soltando fogos de artificio no alto da cobertura do prédio expondo a perigo pessoas. Se couber o caso mais grave aplica-se, ou se não o menos grave se melhor adepto. Casou lesão corporal? Caso sim, então se aplica o caso mais severo, se não, não se aplica.
CONSUNÇÃO
É quando um crime é meio ou preparatório para a execução de um outro crime. [Um crime consome o outro.]
Art. 150 e Art. 155 Responde pelo pior deles tendo as duas causas.
ALTERNATIVIDADE
Nos crimes onde existem varias condutas o agente será punido por uma das condutas embora pratique mais de uma.
Caso Concreto
Embriaguez, homicídio culposo.
CP= Art. 121 §3 | Embriaguez → Consunção por Homicídio Culposo
CTB= lei 9503/97 |
AULA 4
Lei Penal no Tempo. ....................................................................................................................Pág. 12
Conflito de leis penais no tempo. ............................................................................................Pág. 12
Lei penal mais grave. ..................................................................................................................Pág. 12
 
Lei penal mais benéfica. ............................................................................................................Pág. 12
Principio da extratividade lei penal. .....................................................................................Pág. 12
Retroatividade. .............................................................................................................................Pág. 12
Ultratividade. .................................................................................................................................Pág. 12
Combinação de Leis Penais. ......................................................................................................Pág. 13
Leis Excepcionais e temporárias ( Autorrevogáveis). ......................................................Pág. 13
Tempo do Crime. ...........................................................................................................................Pág. 13
Crime permanente ou continuado. ........................................................................................Pág. 13
Lugar de Crime. .............................................................................................................................Pág. 13
Territorialidade. ...........................................................................................................................Pág. 14
Extraterritorialidade. .................................................................................................................Pág. 14
CASO CONCRETO. ..........................................................................................................................Pág. 14
Lei Penal no Tempo.
VACCACIO LEGIS
Conflito de leis penais no tempo.
Lei que cria o crime NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA
Descriminalização ABOLITIO CRIMINIS
Uma lei que aboliu um crime, assim como o Art. 240 C.P, adultério foi revogado pela lei 11.106/05. Ela só cessa os efeitos penais, mas os outros não.
Lei penal mais grave. 
 NOVATIO LEGIS IMPEJUS / LEX GRAVION
Quando a lei entra em vigor sendo mais severa aumentando uma pena.
Lei penal mais benéfica. 
NOVATIO LEGIS IN MELHUS/ LEX MITTION
Quando a lei entra em vigor reduzindo uma pena.
Principio da extratividade lei penal
É a capacidade da lei penal se movimentar no tempo desde que benéfica ao réu.
Retroatividade.
É a possibilidade da lei penal de retroagir para regular fatos a sua vigência. Jogar a lei para trás para beneficiar o réu.
Linha do tempo Inicial ano 2012, lei A vigente, pena 2/4 anos, o crime ocorre em 2013, porem a lei B vem com uma pena mais branda com pena ½ anos em 2015, o julgamento foi em 2017, sendo assim usou-se a retroatividade para beneficiar o réu fazendo com que o mesmo tenha uma pena mais branda e não tão severa.
Ultratividade.
É quando a lei penal mesmo revogada, continua fatos ocorridos durante a sua vigência. Jogar a lei para frente para beneficiar o réu.
Linha do tempo Inicial ano 2011, lei A revogada em 2014 pela lei B, pena 2/4 anos, o crime ocorre em 2012, porem em 2014 vem a publicação da lei B, sendo B com uma pena mais pesada de 3/6 anos, o julgamento foi em 2017, sendo assim usa-se a ultratividade para trazer a lei A pois ela estava vigente e era mais branda que a lei B, sendo assim pode-se usar a lei A para beneficio do cliente.
Combinação de Leis Penais
Quando o juiz pega boa parte de uma lei e de outra e cria uma lei para o caso específico.
Leis Excepcionais e temporárias ( Autorrevogáveis)
Prevista no Art. 3 do CP, uma lei excepcional ou temporária mesmo revogada, sempre ira regularos fatos em sua vigência. Não se aplica retroatividade nem ultratividade.
Um exemplo de Lei autorrevogável, é uma das leis que quem invadir o campo de futebol durante a copa do mundo ira ser detido e preso. Se a lei fora desse tempo da Copa seja mais branda e não o leve a prisão, não á como ultrativar a lei nesse período da Copa do Mundo pois ela é Excepcional e o acusado deverá ser julgado conforme a data em que foi detido.
 Tempo do Crime
Duas maneiras de cometer um crime. Atividade = omissão e ação.
Art. 4º CP. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
 Independente do resultado o importante é na ação, o tempo em que a ação ou a omissão foi feita.
Crime permanente ou continuado
Em continuidade, não se aplica retroatividade ou ultratividade. 
Sumula 711 STF – A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Se o cometedor do crime comete o crime durante uma lei menos rigorosa, depois continua durante uma nova lei em vigor e depois uma outra lei mais leve que a inicial entra em vigor, a pena mais pesada será aplicada.
Lugar de Crime 
Lugar do Crime, Art. 6 C.P, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Atividade / Resultado 
Mista ou Ubiquidade
Territorialidade
Art.5º CP, aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Crimes cometidos dentro do território brasileiro, em navios, aviões públicos ou privados a mando do governo é considerado território nacional, caso seja uma embarcação privada em alto mar, aplica a pena do Brasil, caso entre em águas de outro país então não se aplica a pena brasileira.
Caso uma embarcação privada estrangeira cometa um crime dentro do território brasileiro nacional, pode também se aplicar a lei brasileira.
Extraterritorialidade
Art. 7º C.P, Ficam sujeitos a lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro.
Crimes cometidos fora do território brasileiro que podem ser julgados no Brasil, mas apenas crimes contra vida e liberdade.
CASO CONCRETO
1-RESPOSTA: FELIPE SERA JULGADO PELO ECA, PORQUE PELO TEMPO DO CRIME ELE AINDA ERA UM MENOR DE IDADE, SEGUNDO O ART.4º C.P.
2-MULTIPLA ESCOLHA
RESPOSTA: LETRA B
AULA 5
Infração penal: Crime e contravenção penal. ........................................................................Pág. 16
Infrações Penais. ..............................................................................................................................Pág.16
Conceito de Crime: Legal, formal, material e analítico. .....................................................Pág.16
Sujeitos e objetos do crime. ..........................................................................................................Pág.16
Classificação dos Crimes: Quanto sujeito ativo: comum e próprio. ................................Pág.17
Crime de mão própria, crime de dano e crime de perigo. ..................................................Pág.17
Quanto a conduta e resultado: Crime material, crime formal e de mera conduta. ..Pág.17
Quanto a conduta: omissivo, comissivo. ...................................................................................Pág.18
Quanto ao momento consumativo: Crime instantâneo, permanente e instantâneo com efeito permanente. ..........................................................................................................................Pág.18
Crime Vago, crime habitual, crime continuado, crime de forma livre, crime de forma vinculada, crime de ação múltipla. ............................................................................................Pág.18
 Caso concreto da Aula 5
Infração penal: Crime e contravenção penal.
Infração penal só pode ser duas coisas, pode ser crime ou contravenção penal. Se tiver no preceito secundário de detenção ou reclusão mais multa é então crime. Contravenção penal é quando ofende o bem jurídico de forma menos grave. Prisão simples ou/mais multa.
DL 3914/41 L.C.P – DL 3688/41
LIC8-Art 1º Lei 11.343/06 – Art.28
Infrações Penais.
Todo crime tem uma sanção, se for um ilícito penal.
Conceito de crime: Legal, formal, material e analítico.
CONCEITO FORMAL DE CRIME: é toda conduta que atente contra o direito penal.
CONCEITO MATERIAL DE CRIME: conduta que viola os bens jurídicos mais importantes.
CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME:
Sujeitos e Objetos do crime.
Sujeito ativo = em regra ser humano
É aquele que pode praticar conduta descrita no tipo penal (Tipo=Artigo) conduta proibida. Art. 225, §3º C.P, Lei 9.605/95
Sujeito passivo formal = estado
Sujeito passivo material = é o titular do bem jurídico sobre o qual recai a conduta criminosa do sujeito ativo.
Objeto jurídico = patrimônio por exemplo, a vida, a integridade física. Sempre vai existir.
Objeto material = é a pessoa ou a coisa contra qual recai a conduta criminosa no sujeito ativo. O corpo do ser humano por exemplo.
Classificação dos Crimes: Quanto sujeito ativo: comum e próprio.
COMUM (Art. 123 C.P)
É aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa.
PRÓPRIO (Art. 312 C.P e 123 C.P)
Somente determinadas pessoas que podem praticar.
Crime de mão própria, crime de dano e crime de perigo.
CRIME DE MÃO PRÓPRIA (Art. 342 C.P e Art. C.P)
Somente determinadas pessoas e ninguém mais pode praticar. Ninguém pode fazer por você.
CRIME DE DANO
Se consuma com a simples exposição do bem jurídico a uma situação de perigo.
Quanto a conduta e resultado: Crime material, crime formal e de mera conduta.
CRIME MATERIAL
É quando o tipo penal prevê uma conduta e um resultado exigindo o resultado para sua consumação.
CRIME FORMAL
O tipo penal descreve uma conduta e um resultado, exigindo para sua consumação apenas a conduta.
Art. 159 Extorsão Mediante Sequestro
Crime Material = Conduta + Resultado
Crime Formal = Conduta e Resultado (Não precisa do resultado)
CRIME DE MERA CONDUTA
O tipo penal descreve somente a conduta exigindo para consumação a realização da conduta
Art. 150 C.P
QUANTO A CONDUTA
OMISSIVO , COMISSIVO
OMISSÃO AÇÃO
Quanto ao momento consumativo: Crime instantâneo, permanente e instantâneo com efeito permanente
CRIME INSTANTANEO
É quando a consumação do crime ocorre num instante ou momento.
CRIME PERMANENTE
É aquele cuja consumação se prolonga no tempo.
CRIME INSTANTÂNEO DE EFEITOS PERMANENTES
É quando a consumação ocorre num instante ou momento e os efeitos são permanentes matar.
Crime Vago, crime habitual, crime continuado, crime de forma livre, crime de forma vinculada, crime de ação múltipla.
CRIME VAGO
Quando sujeito passivo é indeterminado. (Sociedade, família)
CRIME HABITUAL
É produzido por meio de reiterar o ato que em seu todo forma o estilo de vida do agente. Tem que entrar no estilo de vida, manter a mesma atitude seguidas vezes.
CRIME CONTINUADO (Art. 71 C.P)
Com uma ação comete vários crimes. 30 furtos de steps, nesse caso é aplicado crime continuado com aumento de 1/6 da pena. Uma única ação é crime.
CRIME DE FORMA LIVRE
É praticado por qualquer forma e maneira.
CRIME DE FORMA VINCULADA
O tipo penal descreve a maneira pelo qual o crime é cometido.
CRIME DE AÇÃO MULTIPLA
Quando tem mais de um verbo. Receptação por exemplo.
 Caso Concreto
1- Perigo
2- Assinale a alternativa correta 
Letra A)
AULA 6
Fato Típico – Conduta
Introdução
Conceito de conduta é um comportamento humano comissivo ou omissivo, doloso ou culposo consciente involuntário dirigida ao resultado previsto em lei transgrissional ao código ao código penal.
Formas de conduta
Comissiva e Positiva
Ação, quando age contra a norma. Sempre serão materiais ou formais.
Omissiva e NegativaPrópria ou simples – “Deixar de” Mera conduta
 Imprópria – Comissiva por omissão
Omissiva, é quando o agente deixa de fazer aquilo que a norma obriga a fazer.
Conduta Imprópria, é necessário que o agente possua um dever de agir para evitar o resultado.
Garantidor → Ele garante Art.13 §2º CP – Poder Agir ↗ a) Legal
 Dever Agir → b)Assumiu 
 ↘ c)Criou o risco
Dever de agir: Pai, mãe, polícia, médico, bombeiro. Aquele que tem obrigação legal sempre ira responder pelo resultado. Ele sempre responderá penalmente pelo resultado.
Aquele que não é garantidor responde pela omissão. Exemplo: Uma pessoa andando na rua vê uma terceira passar mal e não ajuda. Responderá somente por omissão de socorro. No entanto se um médico na rua vê uma pessoa passar mal e ele não o socorre, é omissão de socorro.
Mas também se torna garantidor aquele que assume o risco ou cria o mesmo. Exemplo: Um cara em um churrasco vai jogar o outro na piscina, dai o segundo fala “não sei nadar” se o cara jogar ele na piscina e ele se afogar e morrer ele responde pelo resultado, homicídio. Pois ele criou o risco a pessoa e tornou-se garantidor do resultado. 
Ausência de Conduta
Força Irresistível: força da natureza.
Movimentos reflexos: são movimentos involuntários que o corpo tem reagindo a algo.
Exemplo: O criminoso faz um sequestro a mão armada e pega uma vitima, faz dela refém, só que depois da policia chegar ao local ele desiste. Porem tinha um policial infiltrado la dentro e reage dando um tiro de Taser no criminoso, porem ele estava com a arma apontada para a cabeça da refém e quando ele tomou o choque ele atirou e matou a vitima. Ele responde por tentativa de sequestro mas não responde por homicídio, pois ele fez um movimento em prol do choque.
Outro exemplo, se uma pessoa empurra a outra e ela cai causando lesão corporal em uma terceira, ele não é responsabilizado pois foi um movimento reflexo que você não conseguiu evitar, mas a pessoa que empurrou é responsabilizada e punida por isso.
AULA 7
Conduta Dolosa e Culposa
Conduta Dolosa (art.18, I,cp)
Dolo = vontade e consciência. 
Dolo é a vontade livre e consciente dirigida a realizar a conduta prevista no tipo penal.
Teorias do Dolo: Vontade e Assentimento (consentimento )
Teoria da vontade, é quando o agente quer a produção do resultado.
Teoria do assentimento, quando o agente mesmo não querendo o resultado, não se importa com sua ocorrência, assumindo o risco de praticado.
Espécies de Dolo: Direto e Indireto (Eventual)
Quando o agente age de caso pensado com sua conduta no tipo penal.
Culpa = Falta de cuidado. ( culposo )
Conduta culposa quando o agente deu causa ao resultado por uma falta de cuidado
(imprudência, negligência ou imperícia)
Conduta Culposa
Elementos da conduta culposa: Conduta Lícita, Inobservância do dever de cuidado, resultado lesivo, previsibilidade e tipicidade.
Sempre conduta ilícita, roubar, matar etc.
Conduta lícita andar a cima do limite de velocidade. 
Modalidades de Culpa: Negligência, imprudência e imperícia.
Negligencia, quando deixa de fazer que deveria fazer. Agir sem cuidado, exemplo: limpar uma arma sem analisar se estava carregada. Sair de casa sabendo que tinha o gás aberto e voltar depois de uma semana, e quando voltou todos vizinhos estavam mortos.
Imprudência, ação perigosa. Praticar uma ação temerária, sem cuidado. Exemplo: Andar de carro em alta velocidade e cometer um homicídio.
Imperícia, culpa profissional quando o erro é no exercício profissional ou quando age ou deixa de agir. Exemplo: um erro médico deixando o bisturi dentro do paciente. É todos os outros dentro da profissão.
Culpa Inconsciente e consciente
Culpa inconsciente, é quando o agente se quer faz a previsão do resultado e o resultado era previsível ao homem médio.
Culpa consciente ou culpa normal, é quando o agente faz a previsão do resultado mas tem certeza que é capaz de impedir o resultado. Prevê o resultado porém acredita que evita-lo, acredita na sua habilidade.
AULA 9
Crime Impossível – (Art. 17 C.P) Não haverá crime na hipótese de crime impossível. Quando ele age pensando que esta cometendo o crime, porem o sujeito não tem a menor possibilidade de cometer o crime, e o bem jurídico no qual ele quer afetar não corre risco, nesse caso não há direito penal. Se o bem jurídico não sofre nenhum risco de lesão, não há crime.
Exemplo: Um indivíduo invade a casa de seu inimigo com uma arma de fogo, vê o inimigo deitado na cama, e da 5 tiros, porem o individuo já estava morto antes dos tiros. 
Um cara tem a intenção de matar o outro porem sua esposa troca as balas de sua arma por munição de festim, ele dispara no individuo e não causa nenhuma lesão corporal nem risco a vida do indivíduo. Isso é um crime impossível, na cabeça do cara era crime, mas não tinha como causar nenhum dano, então era impossível.
Ineficácia absoluta do meio: É quando o instrumento utilizado na pratica do crime é incapaz de trazer risco ao bem jurídico.
Absoluta impropriedade do Objeto: é quando o objeto material não é mais um bem jurídico.
Lembrar do principio da lesividade ( vai cair na prova ) crime consumado quando houve dano ao bem jurídico ou ofereceu algum risco. Tentativa: Art.15 C.P
Exercícios
Itercriminis = caminho do crime
fase do itercriminis →cogitação → preparação → execução → consumação.
Execução: Praticando o verbo do tipo penal.
Responde por dano Art.163 C.P e invasão de domicilio Art.150 C.P
AULA 10
Tipo Penal – o que esta escrito no tipo penal. Tipicidade é quando o sujeito ativo, viola o tipo penal e a conduta se encaixa com o tipo penal.
Tipicidade é quando a conduta se encaixa perfeitamente no tipo penal.
Tipicidade Penal
-Formal e Material
Tipicidade Formal: É a adequação da conduta do agente ao modelo previsto na lei penal. (Esse modelo é o Tipo Penal)
Tipicidade Material: É quando ocorre a efetiva lesão ao bem jurídico protegido. Esta ligada ao princípio da insignificância ou bagatela, ela esta ligada a tipicidade formal também. Ela quando se encaixa no tipo penal porem não há lesividade ou uma significância de dano para reparar judicialmente a pessoa.
Adequação Típica é a tipicidade formal (enquadramento)
-Subordinação Imediata (Direta) Quando se encaixa no tipo penal, no Art. 155, no Art. 127
-Subordinação Mediata (Indireta) Bombeiro deixa vitima morrer por ter rivalidade pessoal. Art 121, combinado com Art. 13, §2, alínea A.
AV – 1
6 questões múltipla escolhas total de 3,0 pontos
1,2,3,4,5,6 ( X )
3 questões objetivas 
7 (1,0 ) 8 (2,5) 9 (2,5) 
Princípios constitucionais, princípio da bagatela, principio da lesividade.
Aula 3 cai toda matéria.
Aula 4 cai toda matéria.
Aula 5 classificação dos crimes.
Aula 6 conduta, comissivo por omissão, garantidor.
Aula 7 conduta dolosa e culposa. Diferença Dolo eventual e culpa consciente
Aula 9 toda.

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