Buscar

peca 01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Peça (aula 02). Petição Inicial no Rito Sumaríssimo.
 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO- RJ
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍCIO, brasileiro, casado, portador do rg sob número_____, expedida pelo ssp, inscrita no cpf sob o número _______, com endereço eletrônico _________, residente e domiciliado na rua ________, bairro centro, cep ________, São Gonçalo- RJ, por seu procurador infraassinado, com endereço eletrônico _________, com endereço na rua ..... número .....,  bairro centro, Porto Alegre - RS, para fins do artigo _______, vem a este juízo propor:  
 
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO 
Pelo procedimento sumaríssimo em face da Empresa ALFA LTDA (qualificação), pelas razões de fato e de direito que passam a expor: 
Da opção do autor pela realização de audiência de conciliação ou mediação. 
 
DOS FATOS:  
Devido a Compra e Venda de um sítio situado na rua Bromelia , nº138, Centro, Petrópolis/RJ., pelo preço certo e ajustado de R$200.000,00 (duzentos mil reais) , lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo/RJ e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente, realizada pelos Réus sem o consentimento dos herdeiros necessários sobre o ato jurídico.
Decorre que, do acima exposto, os autores não concordam com a  venda, bem como não foram consultados sobre o referido negócio, cabendo salientar que o valor de mercado do imóvel a época era de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais). 
Dessa maneira, estando em linha reta de parentesco buscam de pleno direito a anulabilidade do negócio jurídico por falta de consentimento. 
 
DOS FUNDAMENTOS:   
O direito encontra resguardo no Código Civil, art 496, por tratar-se de descendentes não cabendo a venda sem consentimento. 
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.  
 
         Consoante definição do art 1845, CC. 
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. 
 
         Nesse passo, o limite para dispor da herança é de 50 %, conforme art 1.846, CC. 
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. 
 
 Conforme a jurisprudência inclina-se procedente o entendimento: 
RECURSO ESPECIAL Nº 407.123 - RS (2002/0008996-0) EMENTA Venda de ascendente para descendente. Art. 1.132 do Código Civil. Precedentes da Corte. A disciplina do art. 496 do novo Código Civil, Lei nº 10.406, de 10/01/02. Precedentes da Corte. 1. Embora presente a divergência doutrinária e jurisprudencial sobre se nula ou anulável a venda de ascendente para descendente, nos termos do art. 1.132 do Código Civil, o certo é que a disciplina do novo Código, no art. 496, prestigiou a corrente que considera anulável o negócio, na mesma linha do Acórdão recorrido. 2. A divergência sem regular apresentação não colhe êxito. 3. Recurso especial não conhecido.  
 
 Assim, as lições de Clovis Bevilaqua, Pontes de Miranda e Orlando Gomes, concluem como segue: 
“Seja, portanto, pela prática de ato em fraude da lei, seja porque o consentimento expresso dos demais descendentes se reputa como formalidade essencial à validade da venda, o certo é que estamos diante de verdadeira nulidade, dado que, embora de direito privado a regra do art. 1.132 do Código, contém ela carga de ordem pública indisfarçável, desde a Documento: 416486 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 01/09/2003 Página 4 de 7 Superior Tribunal de Justiça sua introdução na legislação do reino, para afastar 'enganos e demandas'." 
                                                                                       
 
DO PEDIDO: 
 
Diante do exposto, requer:  
1. Que seja designada audiência de conciliação ou mediação e a consequente citação do réu para comparecer em audiência de conciliação ou mediação, ficando ciente de que não havendo acordo, iniciará o prazo para contestar, na forma da lei; 
2. A citação do réu para comparecer em audiência de conciliação ou mediação, ficando ciente de que não havendo acordo iniciará o prazo para contestar na forma da lei. 
3. Que seja julgado procedente o pedido para anular o negócio jurídico celebrado entre as partes; 
4. Que seja expedido o ofício ao cartório competente de registro de imóvel para realização da pré-notação da presente decisão; 
5. Que seja julgado procedente o pedido para julgar e condenar o réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios. 
 
DAS PROVAS: 
Requer a produção de todas as provas em direito admitido, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu. 
 
DO VALOR DA CAUSA: 
Dá-se a causa o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
Pede deferimento. 
Porto Alegre, RS, 24 de março de 2017. 
Maia Faria Verdun  
OAB/RS xxxxxxxxxx  
Diego Machado 
OAB/RS xxxxxxxxxx

Outros materiais