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Peça de Constitucional

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DEPUTADO FEDERAL XXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, agente político, portador da cédula de identidade N° xxx, expedido pela xxxxxxxxxxx, CPF Nº xxxxxxxxxxxxxxxxx, através de sua advogada infrafirmada (instrumento procuratórios anexo – DOC1), vêm, perante essa Egrégia Suprema Corte de Justiça, com fulcro no artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, bem como nos demais dispositivos legais aplicáveis à espécie, interpor a presente
AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR 
Nos termos da Lei nº 12016/2009, contra ato omissivo do Excelentíssimo Senhor Doutor PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, o qual deve fazer a análise da admissibilidade do projeto de lei n° xxxxxxxxxxxxxxxx, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Federal xxxxxxxxxxxxxxx do Estado de Goiás, projeto esse que já foi declarado inconstitucional pela Digníssima e Respeitosa COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS- CCJC 
1. DOS FATOS 
O impetrante, no seu dever legal de representar o povo dessa nação, sente-se na obrigação de eximir-se da deliberação e votação do projeto de lei amparado pelo procedimento em que não se fez observados as formalidades exigidas pelo dispositivo legal.
Trata-se de projeto de Lei Ordinária Federal inconstitucional, uma vez que usurpa a competência municipal para fixação do horário de funcionamento do comércio. O funcionamento dos estabelecimentos bancários é um caso particular, não abrangido pelo teor do Enunciado Sumular vinculante nº 49 do STF e Súmula nº 19 do STJ, uma vez que não se trata de estabelecimentos bancários, mas do setor do comércio local, abrangido pelo princípio da predominância do interesse, e no caso prevalece o municipal, nos termos do inc. I do art. 30 da CRFB/88 e do Enunciado Sumular nº 645 do STF, conforme exposto na conclusão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. 
Não obstante os fatos o projeto de lei ordinária nº xxxxxxxxxxxxxxx, o projeto em questão, foi submetido a plenário, ignorando os procedimentos legislativos previsto no artigo 59 da Constituição Brasileira, no que tange as leis ordinárias.
Diante aos fatos, expõe-se ...
2. DO DIREITO
A tramitação do processo legislativo ordinário previstos nos artigos 59 a 61 da Constituição da República Federativa do Brasil, determinam que a Câmara dos Deputados normalmente fará o papel de Casa iniciadora no processo legislativo e o Senado exercerá o papel de Casa revisora. Porém, caso o Senado atue como Casa iniciadora, essa ordem se inverterá. Isso somente não ocorrerá nos casos de projetos de lei de iniciativa popular, privativas do Presidente da República, Tribunais Superiores e STF em que a Câmara dos Deputados exercerá necessariamente o papel de Casa iniciadora. Após essa fase de apresentação, o projeto de lei ordinária será apreciado pela Mesa da Casa legislativa, lido em Plenário, receberá um número de ordem e será publicado no Diário Oficial. Assim, caberá ao Presidente da casa legislativa, nesse momento, fazer a análise de admissibilidade do projeto, sob as perspectivas: i) competência da Casa para análise da proposição; ii) aspecto formal do projeto de lei ordinária; iii) atendimento do regimento da Casa; iv) análise da constitucionalidade do projeto. Caberá, também, ao Presidente da Casa definir o regime de tramitação do projeto: se tradicional ou terminativo. No regime tradicional, o projeto de lei ordinária estará sujeito à deliberação em plenário, ao passo que no regime terminativo ele será apreciado apenas no seio das comissões. Essa decisão do Presidente da Casa está prevista no Regimento Interno da Câmara dos Deputados: 
Art. 16. O Presidente é o representante da Câmara quando ela se pronuncia coletivamente e o supervisor dos seus trabalhos e da sua ordem, nos termos deste Regimento. (...) p) anunciar o projeto de lei apreciado conclusivamente pelas Comissões e a fluência do prazo para interposição do recurso a que se refere o inciso I do § 2º do art. 58 da Constituição Federal;
 Definido o regime de tramitação, serão definidas as comissões nas quais o projeto tramitará, a depender da sua temática. Porém, caberá sempre à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) analisar a constitucionalidade dos projetos de lei em tramitação.
 Poderão ser apresentadas “emendas” ao projeto de lei, que podem adicionar, retirar, fundir conteúdos de outra(s) emenda(s), modificar, substituir ou alterar a redação do projeto de lei original. 
Uma vez aprovado, o projeto seguirá para a casa revisora para aprovação, seja no Plenário ou nas Comissões. Se aprovado sem emendas, seguirá para sanção ou veto pelo Chefe do Poder Executivo – Presidente da República. Se aprovado com emendas, deverá retornar à Casa iniciadora para deliberação acerca dessa(s) emenda(s); isso se a emenda provocar uma modificação significativa no projeto de lei ordinária. 
Sobre as emendas, importante ressaltar que a sua deliberação é feita em blocos, ficando restrito o trabalho da Casa iniciadora ao conteúdo das emendas e não à revisitação do projeto de lei ordinária como um todo. Rejeitadas as emendas pela Casa iniciadora, o projeto seguirá para autógrafo (formalização) e, após, para sanção ou veto do Presidente da República sem as emendas. Se aprovadas as emendas, elas serão incorporadas ao projeto e seguirão o mesmo caminho. Ainda são vedadas subemendas ou “emendas das emendas”.
Diante da fundamentação fica evidente a lesão ao Direito líquido e certo, que tange as garantias constitucionais em relação a tramitação do procedimento para aprovação de leis em nosso regimento interno da câmara pautados no artigo 59 da Constituição da república Federativa do Brasil: 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar
disporá sobre a elaboração, redação, alteração e
consolidação das leis.
Por essas razões se faz necessário afastar essa conduta lesiva pelo Poder Judiciário
3. DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA E DA COMPETÊNCIA PARA JULGÁ-LO
Conforme o Artigo 5o, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil, conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Nesse mesmo sentido é a redação do artigo 1º da Lei 12.096 de 2009 ao assegurar que conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Registre-se que, para fins de Mandado de Segurança, equiparam-se às autoridades os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.
4.  DO PEDIDO LIMINAR
Conforme o art. 7º, III da Lei 12.016/09, ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida. Diante do exposto, vê-se que o fundamento da presente impetração é relevante e que encontra amparo no texto da Constituição e na jurisprudência consolidada do STF, sinal de bom direito.
De igual modo, há risco na demora da prestação jurisdicional. Observa-se que do ato impugnado pode resultar a ineficácia damedida, caso seja deferida somente ao final, pois, se não for deferida a medida liminar, correr-se-á o risco de aprovar projeto de lei, já declarada inconstitucional, a qual erradicará efeitos na competência de legislar dos entes resguardados pela Constituição da República Federativa do Brasil.
 Assim, presentes os requisitos, pede a V. Exa. que, LIMINARMENTE, assegure os direitos líquidos e certos objetivados na presente ação.
4. REQUERIMENTOS E PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência que se digne a:
 
a) Requer seja notificada a autoridade coatora do conteúdo da presente petição inicial.
b) Requer seja dado ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada.
c) Requer seja ouvido o representante do Ministério Público.
d) Reitera o pedido liminar nos termos formulados.
e) Pede a concessão da segurança para fins de assegurar ao Impetrante o direito líquido e certo da observância das formalidades para a tramitação de leis no nosso regimento interno da Câmara de Deputados, afastando a ilegalidade de colocar tal projeto de Lei em votação no plenário.
Provas pré-constituídas anexas.
Atribui à causa o valor de R$ 1.000,00 (fins fiscais)
Termos em que pede e espera deferimento.
5 de Junho de 2017
Advogado
OAB n º

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