Aula 08 REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL. Crase

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Aula 08
Português p/ ENEM 2016
Professores: Equipe Rafaela Freitas, Rafaela Freitas
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
CRASE 
EA 
 
Vamos, nesta aula, falar sobre a interdependência que há entre verbos e 
nomes (termos regentes) com seus complementos (termos regidos) e sobre as 
preposições que fazem as ligações entre os termos. Logo após, falaremos 
também sobre as regras de uso da crase. 
Vamos mergulhar comigo!!! 
 
SUMÁRIO 
CONCEITOS..........................................................................................02 
REGÊNCIA VERBAL................................................................................03 
FIXAÇÃO DO CONTEÚDO........................................................................15 
REGÊNCIA NOMINAL..............................................................................17 
CRASE.................................................................................................22 
HORA DE PRATICAR...............................................................................33 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................60 
GABARITO............................................................................................79 
O MEU ATÉ BREVE.................................................................................79 
 
Sabias palavras para nossa reflexão: 
³6HMD�FRPR�RV�SiVVDURV�TXe, ao pousarem um instante sobre ramos muito 
leves, sentem-QRV�FHGHU��PDV�FDQWDP��(OHV�VDEHP�TXH�SRVVXHP�DVDV´� 
Victor Hugo 
 
e�LVVR�JHQWH��QmR�p�TXDOTXHU�³JDOKLQKR´�TXH�YDL�QRV�LQWLPLGDU��/HPEUHm-
se: temos asas. #vamoquevamo 
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Regência: É a relação de dependência entre dois termos. 
 
Nesse processo de interdependência entre verbos e nomes e seus 
complementos, temos a palavra que depende, que é chamada 
de regida ou termo regido, e o termo a que se subordina, que é chamado 
de regente ou termo regente. 
A sintaxe de regência estuda a relação entre um termo e seu 
complemento, verificando se o complemento será introduzido ou não por 
preposição. 
 
 
Alguns conceitos: 
Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que necessita de complemento para 
ter o sentido completo, e esse complemento vem ligado a ele diretamente, 
sem preposição obrigatória. O complemento do VTD é chamado de Objeto 
Direto (OD). 
Exemplo: Maria ama João. 
 
Verbo transitivo indireto (VTI): é o verbo que necessita de complemento, e 
esse complemento vem, obrigatoriamente, precedido de preposição. O 
complemento do VTI é chamado de Objeto Indireto (OI). 
Exemplo: Maria gosta de João. 
 
Verbo bitransitivo ou transitivo direto e indireto (VTDI): é o verbo que 
necessita de dois complementos, um sem preposição e outro preposicionado. 
Exemplo: Maria enviou um e-mail a João. 
 OD OI 
 
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Preposição: palavra invariável que liga dois elementos de uma frase, 
estabelecendo uma relação entre eles. 
Exemplos: 
Maria precisa de XP�ODU���YHUER�µSUHFLVDU¶�H[LJH�SUHSRVLomR�³GH´� 
Criança tem medo de HVFXUR���VXEVWDQWLYR�µPHGR¶�H[LJH�SUHSRVLomR�³GH´�� 
 
Regência Verbal 
A regência verbal ocorre quando o termo regente é o verbo. 
Exemplo: 
 
 
No último quadrinho da tira, podemos ver o verbo resistir, que é 
transitivo indireto H�UHJH�SUHSRVLomR�³D´��H�³DRV�DSHORV´��TXH�p�R�FRPSOHPHQWR�
desse verbo. 
 
 
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- Lembraram dos conceitos e de como se dá a regência? 
Fácil, não é mesmo?! Agora, vamos ver verbos que apresentam mais de uma 
regência. 
 
 
 
A língua portuguesa, linda e rica, apresenta vários verbos que variam de 
sentido e, com isso, na maioria das vezes, de transitividade, de acordo com o 
contexto ao qual estão inseridos. Vejamos: 
 
1. ASPIRAR 
 - É Verbo Transitivo Direto (VTD) no sentido de inspirar. 
Exemplo: Aspirava o perfume da flor. 
 VTD Objeto Direto (OD) 
 
- É Verbo Transitivo Indireto (VTI), rege uso da preposLomR�³D´��QR�VHQWLGR�
de almejar. 
Exemplo: Aspiro a um belo presente de Natal. 
 VTI Objeto Indireto (OI) 
 
2) ASSISTIR 
- É VTD no sentido de ajudar, de prestar assistência. 
Exemplo: Há poucos enfermeiros para assistir os feridos de guerra. 
 VTD OD 
 
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- É VTI no sentido de ver, presenciDU��UHJH�XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´�� 
 
Exemplo: Assistiremos ao filme já já. 
 VTI OI 
 
 
É muito comum usarmos, principalmente na linguagem falada, o verbo 
assistir no sentido de ver com a regência errada, sem a preposição antes do 
complemento: 
 
Assisti o jogo de domingo em casa. 
 
1HVWH� FDVR�� IDOWRX� D� SUHSRVLomR� ³D´� exigida pelo verbo. Cuidado! Sem a 
preposição, o verbo assistir tem sentido de prestar assistência, ajudar. 
O correto então é: 
Assisti ao jogo de domingo em casa. 
 
- É VTI também no sentido de caber H�UHJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´� 
Exemplo: É um direito que assiste a todos os alunos. 
 VTI OI 
 
- É intransitivo no sentido de morar, residir, ou seja, não pede 
complemento. 
Exemplo: Você assiste em Juiz de Fora. 
 VI Adj. Adv. Lugar 
 
ATENÇÃO: Juiz de Fora é Adjunto Adverbial de Lugar, não é complemento 
do verbo. 
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3. ATENDER 
- É VTD no sentido de acolher, receber, responder, ouvir, conceder. 
Exemplos: 
O médico não quis atender os pacientes. 
 VTD OD 
Deus atendeu a súplica de seu servo. 
 VTD OD 
 
ATENÇÃO: nesse último exemplo, R�³D´�p�DUWLJR�IHPLQLQR�VLQJXODU�� 
 
- É VTI no sentido de dar atenção, considerar, prestar atenção. Rege o 
XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´� 
Exemplos: 
Atendemos ao apelo daquelas mães. 
 VTI OI 
Se sentia triste, não quis atender aos amigos. 
 VTI OI 
 
$7(1d­2�� R� ³D´�� QRV� GRLV� FDVRV�� DQWHV� GH� ³R´� H� GH� ³RV´� p� SUeposição 
exigida pelo verbo. 
 
4. VISAR 
- É VTD no sentido de apontar, mirar. 
Exemplo: O arqueiro visou seu alvo, atirou e acertou, marcando pontos. 
 VTD OD 
 
- É VTD no sentido de dar o visto: 
Exemplo: A professora visou os cadernos.VTD OD 
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- É VTI no sentido de ter em vista, rege a prepRVLomR�³D´� 
Exemplo: Eu sempre viso ao seu bem-estar, meu filho. 
 VTI OI 
 
- Quando o complemento é um verbo no infinitivo, a preposição não é 
exigida. 
Exemplo: Viso alcançar o primeiro lugar do pódio. 
 VTI 
 
5. QUERER 
- É VTD no sentido de desejar. 
Exemplo: Eu quero aquele carro. 
 VTD OD 
 
- É VTI no sentido de estimar��5HJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´� 
Exemplo: Quero a meus amigos. 
 VTI OI 
 
Admite voz passiva = Meus amigos são queridos por mim. 
 Sujeito Agente da passiva 
 
6. CUSTAR 
- É VTI no sentido de ser difícil. 
Exemplo: Custa-me acatar tal ideia. (Acatar tal ideia custa a mim.) 
 VTI OI Sujeito 
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- É VI também no sentido de ser difícil. 
Exemplo: Custa muito acatar tal ideia. (Acatar tal ideia custa muito.) 
 VI Sujeito 
 
- É VTDI no sentido de acarretar. 
Exemplo: A dívida custou-lhe muita dor de cabeça. 
 Suj. OI OD 
 
7. ESQUECER / LEMBRAR 
 
- É VTD no sentido de sair da memória. 
Exemplo: Esqueci o documento. 
 VTD OD 
 
- É VTI no sentido de sair da memória, mas quando houver uso de 
pronome, quando for empregado como verbo pronominal. 
Exemplo: Esqueci-me dos documentos necessários. 
 VTI OI 
 
- É VTI = cair no esquecimento, perder importância. 
Exemplo: Esqueceram-me os fatos passados. 
 VTI OI Sujeito 
Obs.: Esse último é mais visto em obras literárias. 
 
ATENÇÃO: O verbo LEMBRAR se comporta da mesma maneira que o verbo 
ESQUECER. 
 
 
 
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8. PROCEDER 
- É VI no sentido de ter fundamento. 
Exemplo: A afirmação deles não procede. 
 VI 
 
- É também VI no sentido de procedência: 
Exemplo: Nós procedemos de São Paulo. 
 VI Adj. Adv. Lugar 
 
$7(1d­2�� ³GH� São Paulo´� p� DGMXQWR� $GYHUELDO� GH� /XJDU�� 1­2� p�
complemento verbal. 
 
- É VTI no sentido de dar início ou sequência e rege o uso da preposição 
³D´� 
Exemplo: O delegado procederá ao inquérito. 
 VTI OI 
 
9. IMPLICAR 
- É VTD no sentido de acarretar. 
Exemplo: Seu gesto implicará uma decisão drástica. 
 VTD OD 
 
Seu gesto implicará EM uma decisão drástica. = ERRADO 
 Erro muito comum e explorado em provas. 
 
- É VTI no sentido de antipatizar e UHJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³FRP´� 
Exemplo: Ele implicou com a criança. 
 VTI OI 
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- É VTI, quando pronominal, no sentido de comprometer-se e rege o uso 
GD�SUHSRVLomR�³HP´� 
 
Exemplo: Os parlamentares implicaram-se em escândalos. 
 VTI OI 
 
- É VTDI no sentido de envolver e rege R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³HP´�QR�2,� 
Exemplo: Ele implicou o rapaz no crime. 
 VTDI OD OI 
 
10. PRECISAR 
- É VTD ou VTI no sentido de ter necessidade. 
Exemplos: 
O país precisava de agrônomos. 
 VTI OI 
9 5HJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³GH´� 
 
Precisava fazenda macia e pulseiras. 
 VTD OD 
Obs.: Esse último mais comum em obras literárias. 
 
- É VTD para indicar algo com exatidão. 
Exemplo: Ele não sabe precisar a quantia. 
 VTD OD 
 
- Quando o complemento é um verbo no infinitivo, a preposição não é 
exigida. 
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Exemplos: 
Preciso sair. 
Preciso relaxar um pouco. 
 
 
11. CHAMAR 
- É VTD no sentido de convocar. 
Exemplo: A mãe chamou as crianças para o almoço. 
 VTD OD 
 
 
- no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto. 
Exemplos: 
Chamaram Pedro de herói. 
 VTD OD Predicativo do Objeto 'LUHWR�³3HGUR´ 
 
Chamaram a Pedro de herói. 
 VTI OI PredicaWLYR�GR�2EMHWR�,QGLUHWR�³3HGUR´ 
 
- Fácil até aqui, não é mesmo? 
- É professora, muito bom!!! 
- Sabia que iriam gostar, mas é bastante informação. Então, vamos tomar um 
³DJXLQKD´�� 
 
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- Agora vejam mais alguns casos: 
 
 
12. INFORMAR 
- É sempre VTDI. 
Exemplos: 
Informamos o prefeito do / sobre o desastre. 
 VTDI OD OI 
 
Informamos o desastre ao prefeito. 
 VTDI OD OI 
 
13. PAGAR / PERDOAR 
 
- São VTDs quando se referem a coisas: 
Exemplos: 
Paguei o boleto do cartão ontem. 
 VTD OD 
Ele perdoou a minha dívida. 
 VTD OD 
 
- São VTIs quando se referem a pessoas ou coisas personificadas e regem 
R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´� 
Exemplos: 
Paguei ao vendedor 50 reais. 
 VTI OI 
Joana perdoou à amiga pela ofensa. (preposição a + artigo a = à) 
 VTI OI 
 
- São VTDIs quando se referem a coisas e a pessoas em sequência. 
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Exemplos: 
Paguei o livro ao vendedor. 
 VTDI OD OI 
 
A empresa perdoou a dívida de todos os funcionários. 
 VTDI OD OI 
Obs.: 1HVVH�~OWLPR�FDVR��R�YHUER�UHJH�SUHSRVLomR�³GH´�QR�2,� 
 
14. OBEDECER / DESOBEDECER 
- São sempre VTIs e regeP�D�SUHSRVLomR�³D´� 
Exemplos: 
Obedeça aos seus pais. 
 VTI OI 
Não desobedeça às leis de trânsito. 
 VTI OI 
 
 
Cuidado! É comum o uso equivocado da regência dos verbos obedecer e 
desobedecer: 
O jogador desobedeceu o juiz ± ERRADO! 
O jogador desobedeceu ao juiz ± CORRETO! 
 
 
Admite voz passiva = Os pais são obedecidos pelos filhos. 
 Sujeito Agente da Passiva 
 
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15. PREFERIR 
- É sempre VTDI e rege a preposição ³D´�QR�REMHWR�LQGLUHWR�� 
Exemplo: Prefiro doce a salgado. 
 VTDI OD OI 
 
Prefiro cinema que teatro = ERRADO! 
Prefiro mais cinema do que teatro = ERRADO! 
Prefiro cinema a teatro = CORRETO! 
 
16. SIMPATIZAR 
- É sempre VTI e rHJH�D�SUHSRVLomR�³FRP´� 
Exemplo: Não simpatizaram com ele. 
 VTI OI 
 
 
ATENÇÃO: o verbo simpatizar NÃO é pronominal! 
Não ME simpatizo com você. = ERRADO! 
 
17. CHEGAR 
- É sempre VI: 
Cheguei ao colégio. 
 VI Adj. adv. de lugar 
 
A7(1d­2�� ³DR� FROpJLR´� p� DGMXQWR� DGYHUELDO� GH� Ougar, não é complemento 
verbal. 
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Cheguei no carro da minha irmã. = CERTO 
 Adj. adv. de meio 
Cheguei no colégio. = ERRADO 
Cheguei ao colégio. = CORRETO 
 
18. NAMORAR 
- É sempre VTD. 
Exemplo: 
Namorei aquele garoto. 
 VTD OD 
 
 
* Namorei COM aquela garota. = ERRADO 
O verbo namorar não rege preposição! 
 
 
Para fixar o que vimos até agora, vejamos algumas questões sobre o 
assunto. 
1. Assinale a opção em que o verbo chamar é empregado com o mesmo 
sentido que apresenta em ³1R�GLD�HP�TXH�R�FKDPDUDP�GH�8ELUDMDUD��
4XDUHVPD�ILFRX�UHVHUYDGR��WDFLWXUQR�H�PXGR´� 
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a) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria; 
b) bateram à porta, chamando Rodrigo; 
c) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo; 
d) o chefe chamou-os para um diálogo franco; 
e) mandou chamar o médico com urgência. 
Comentário: QR�HQXQFLDGR�R�YHUER�³FKDPDU´�p�WUDQVLWLYR�LQGLUHWR�H�UHJH�
SUHSRVLomR�³GH´�SRUTXH�HVWi�FRP�Ventido de apelidar. O mesmo ocorre com 
esse verbo na opção A. 
Para as demais opções: nas letras B, D e E, o verbo está com seu sentido 
original; já na letra C ele está com sentido de clamar, regendo preposição 
³SRU´� 
GABARITO: A 
2. Em todas as alternativas, o verbo grifado foi empregado com regência 
certa, EXCETO em: 
 
a) a vista de José Dias lembrou-me o que ele me dissera. 
b) estou deserto e noite, e aspiro sociedade e luz. 
c) custa-me dizer isto, mas antes peque por excesso; 
d) redobrou de intensidade, como se obedecesse a voz do mágico; 
e) quando ela morresse, eu lhe perdoaria os defeitos. 
Comentário: a alternativa que apresenta erro de regência verbal é a letra 
'��HP�TXH�R�FRPSOHPHQWR�GR�YHUER�³REHGHFHU´��TXH�p�VHPSUH�WUDQVLWLYR�
indireto, está sem preposição. 
GABARITO: D 
3. Assinale a alternativa que contém as respostas corretas. 
 
I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, 
prejudicou toda uma família. 
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar 
qualquer ajuda do sogro. 
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III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora 
fosse tão humilde. 
IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, 
desmaiou. 
 
a) II, III, IV 
b) I, II, III 
e) I, III, IV 
d) I, III 
e) I, II 
 Comentário: a opção correta para essa questão é a letra A, pois a única das 
frases em que há erro de regência verbal é a I. Nela o verbo visar está com 
sentido de almejar, desejar, sendo transitivo indireto e regendo preposição a: 
A frase correta seria: Visando apenas aos seus próprios interesses, ele, 
involuntariamente, prejudicou toda uma família. 
GABARITO: A 
 
 
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- Uma questãozinha para aquecer as turbinas!!! 
Resposta correta: B 
 
Regência Nominal 
Trata-se da relação que se estabelece entre o nome e o termo (palavra 
ou expressão) que lhe serve de complemento, pois assim como há verbos com 
sentido incompleto, alguns nomes (adjetivos, substantivos e alguns advérbios) 
também precisam de complemento. 
Exemplos: 
Esse agasalho me parece adequado ao clima da região. 
Poucas pessoas têm capacidade de / para argumentar com coerência. 
Helena, aos dez anos, já é responsável pelos irmãos mais novos. 
 
 Alguns nomes regem mais de uma preposição, saber qual delas usar vai 
depender do contexto, da clareza e da eufonia. 
 
 
Eufonia: som ou combinação de sons agradáveis ao ouvido. 
 
 
 
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Segue uma lista com alguns nomes e suas preposições: 
 
abrigado - a, com, de, em, sob 
acessível - a, para, por 
acostumado - a, com 
adequado ± a, com, para 
adepto - a 
admiração - a, por 
afável - a, com, para com 
agradável ± a, de, para 
alheio - a, de 
amante - de 
amigo - de 
amoroso - com, para, para com 
análogo - a 
ansioso - de, para, por 
anterior - a 
aparentado - a, com 
apegado - a 
apto - a, para 
atento - a, em, para 
atentado - a, contra 
avaro - a, de 
avesso - a, de, em 
ávido - de, por 
bacharel ± em, por 
banhado - de, em, por 
benéfico - a 
capacidade - de, para 
capaz - de, para 
caritativo - com, para com 
caro - a, de 
certo - com, de, em, para 
cheio - com, de 
cobiçoso - de 
compatível - a, com 
comum ± a, com, de, em, entre, para 
confiança ± em, de 
conforme - a, com, em, para 
convivente - com, em 
constante - de, em 
contemporâneo - a, de 
contente - com, por, de 
contíguo - a, com 
contrário - a, de, em, por 
cruel - a, com, em, para, para com 
cuidadoso - com, de, em 
cúmplice - de, em, para 
curioso - a, de 
desagradável - a, de, para 
desatento - a 
descontente - com, de 
desejoso - de 
desfavorável - a, para 
desleal - a, com, para com 
devoto - a, de 
devoção - a, para, com, por 
diferente - com, de, em, entre, por 
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digno - de 
diverso - de, em 
dócil - a, para 
doutor - de, em 
equivalente - a 
empenho - de, em, por 
entendido - em, por 
erudito - em 
escasso - de 
essencial - a, de, em, para 
estranho - a, de 
exalo - em 
fácil - a, de, em, para 
falho - de, em 
falto / faltoso - de 
fanático ± por 
farto - de 
favorável - a 
feliz - com, de, em, por 
fértil - de, em 
firme - em 
forte - de, em, para 
franco - a, com, e, sobre 
furioso - com, contra, por 
generoso - com 
grato - a, por 
hábil - em, para 
habituado - a, com, sobre 
furioso - com, contra, por 
hábil - em, para 
habituado - a, com, em 
horror - a, de, diante de, por 
hostil - a, contra, para com 
ida - a, para 
idêntico - a, em 
igual - a 
imediato - a 
impaciente - com, de, porimpotente - a, ante, contra, diante de, 
em, para 
impróprio - a, de, para 
imune - a, de 
inábil - em, para 
inacessível - a 
incapaz ± de, em, para 
incentivo ± a 
incompatível - com 
incompreensível - a, para 
inconstante - em 
incrível ± a, para 
indeciso - em, entre, quanto a, sobre 
indiferente - a 
indigno - de 
indulgente - com, para, para com 
inerente - a, em 
inofensivo - a, para 
insensível ± a 
intolerante - a, com, em, para 
intransigente - em 
junto - a, de, com 
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leal - com, em, para com 
lento - de, em 
liberal ± com, de, em, para 
longe - de 
maior - de 
mau - com, para, para com 
medo - a, de 
menor ± de 
misericordioso ± com, para com 
morador - de, em 
natural - a, de, em 
necessário ± a, em, para 
negligente - em 
nocivo - a 
obediente - a 
odioso - a, para, por 
oneroso - a, para 
orgulhoso ± com, de, em, por 
pálido - de 
paralelo - a 
parco - com, de, em 
parecido - a, com, em 
passível - de 
peculiar - a, de 
perito - em 
pernicioso - a 
pertinaz - em 
perto - de 
piedade - com, de, para, para com, por 
posterior - a 
preferível - a 
prejudicial - a 
prestes - a, em, para 
pródigo ± a, com, de, em, para com 
proeminência - sobre 
pronto ± a, em, para 
propício - a, para 
próprio ± a, de, para 
proveitoso - a, para 
próximo - a, de 
querido - a, de, em, por 
referente - a 
relacionado - com 
relativo - a 
rente - a, com, de, por 
residente - em 
respeito - a, com, de, em, entre, para 
com, por 
sábio - em, para 
satisfeito - com, de, em, por 
semelhante - a 
sensível - a 
simpatia - a, por 
situado - a, em, entre 
solícito - com, de, para, para com, por 
suspeito ± a, de 
temeroso - a, de, em 
temível - a, para 
tendência - a, para 
triste - com, de, em, por 
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união - a, com, de, entre 
único - a, em, entre, sobre 
útil - a, em, para 
utilidade - a, em, para 
utilizado - em 
vacilante - em 
vagaroso - em 
vaidade - de 
vaidoso - de, em 
vário / variado - de 
vazio - de 
vedado - a, por 
velado ± a, de, por 
vencido - de, em, por 
vendido ± a, por 
veneração ± a, de, para, com, por 
venerado - por 
venerável - a, por 
venturoso ± com, por 
verdade - de, em, sobre 
vergonha - de, para 
versado - em 
vestido - a, com, de, para, por 
veto /vetado ± a, contra 
viagem ± a, através, de, em, por 
vinculado - a, com, por 
visível - a 
vizinho - a, com, de 
vulgar - a, em, entre 
vulgarizado ± em, por 
vazio - de 
 
 
- Mas, professora, nós vamos ter que decorar essa lista?! 
- É queridos! É uma lista bem extensa... e ainda não vimos todos! Mas não vai 
ser necessário decorar porque, tenho certeza de que, quando vocês lerem 
calmamente esses nomes, vão identificar em sua memória situações em que 
já os leram (como bons leitores que são ± rsrsrs - olha eu de alfinetada) ou 
falaram. Assim, vão ver que não é isso tudo que estão pensando e que 
somente alguns não conhecem. 
9RFrV� SRGHP�� LQFOXVLYH�� DSURYHLWDU� SDUD� ³GHVDSRVHQWDU´� DTXHOH� QRVVR� YHOKR�
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amigo. 
- Que amigo, professora? 
- O dicionário, meus queridos. Com qualquer um, seja ele manual ou virtual, 
vocês poderão consultar as palavras que não conhecem e aumentar seu léxico 
pessoal. Além disso, alguns deles, principalmente os virtuais, trazem 
exemplos do emprego dos vocábulos em frases, assim vocês poderão também 
ver a aplicação deles. Olha que beleza: absorção de conhecimento em 
massa!!! Rsrsrs 
 
- Precisam de intervalo agora? Querem? Ok!! 
Dois minutos para um café, pessoal! 
 
- (�Dt��SURQWRV"�(X�HVWRX�³OLJDGD�QR�����YROWV´�KHKH 
- (� SDUD� FRPHoDUPRV� D� ID]HU� HVVH� DVVXQWR� ³HQWUDU� QD� QRVVD� FDEHoD´� VHP�
drama, vamos ver alguns exemplos de como a Regência nominal pode ser 
cobrada. 
 
1. As palavras ansioso, contemporâneo e misericordioso regem, 
respectivamente, as preposições: 
a) a ± em ± de ± para. 
b) de ± a ± de. 
c) por ± de ± com. 
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d) de ± com ± para com. 
 e) com ± a ± a. 
 
Comentário: R� YRFiEXOR� ³DQVLRVR´� UHJH� DV� SUHSRVLo}HV� GH�� SDUD�� por; 
³FRQWHPSRUkQHR´� UHJH� D�� de�� H� ³PLVHULFRUGLRVR´� UHJH� DV� SUHSRVLo}HV� com, 
para com. Comparando as preposições regidas pelos vocábulos com as que 
foram trazidas na alternativas, temos como resposta correta a letra C. 
GABARITO: C 
 
2. Indique onde há erro de regência nominal: 
a) Ele é muito apegado em bens materiais. 
b) Estamos fartos de tantas promessas. 
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja. 
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento. 
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável. 
 
Comentário: Ki�HUUR�QD�DOWHUQDWLYD�$��SRLV�R�QRPH�³DSHJDGR´�UHJH�SUHSRVLomR�
³a´. A frase correta seria: Ele é muito apegado a bens materiais. 
Na letra E, que pode gerDU�G~YLGD��³LQWUDQVLJHQWH´�UHJH�SUHSRVLomR�³HP´��HP�
+ esse) 
GABARITO: A 
 
 3. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser seguidos pela 
mesma preposição: 
 a) ávido, bom, inconsequente 
 b) indigno, odioso, perito 
 c) leal, limpo, oneroso 
 d) orgulhoso, rico, sedento 
 e) oposto, pálido, sábio 
 
Comentário: analisando as alternativas: 
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A ± ávido por; bom para, com; inconsequente com. 
B ± indigno de; odioso a; perito em. 
C ± leal a, limpo de; oneroso a. 
D ± orgulhoso de, rico de, sedento de. 
E ± oposto a, pálido de, sábio em, para. 
GABARITO: D 
 
 
 
 
 
Crase 
 
Encaixado ao assunto Regência, está o emprego da crase. Vamos ver 
quando ocorre crase, se é obrigatória ou facultativa, e quando ela não ocorre. 
2�WHUPR�³FUDVH´�VLJQLILFD junção. Ela é a junção de duas vogais idênticas, 
porém uma terá função de preposição, regida pelo verbo ou pelo nome, outra 
terá função de vogal determinante do substantivo feminino. 
 
Exemplo: Eu me dirigi a a aluna daquela sala. (somente à aquela aluna) 
 à 
 
 
- A afirmação do exemplo acima é diferente de: 
Eu me dirigi a alunas maiores de 18 anos. 
- Aqui a referência é TXDOTXHU�DOXQD�PDLRU�GH�����VHQGR�DVVLP��R�³D´�GHSRLV�
do verbo é a preposição que ele exige. 
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Entender isso é muito importante para sabermos identificar quando haverá 
crase ou não mesmo diante de palavra feminina. 
 
Condições necessárias para a crase ocorra: o termo regente deve exigir apreposição e o termo regido tem de ser uma palavra feminina que admita 
artigo. 
Dica: para ter certeza se a crase ocorre ou não, primeiro certifique-se das 
condições necessárias para que ela ocorra; depois substitua a palavra 
feminina, termo regido, por uma masculina equivalente, se na substituição 
ocorrer ao(s) antes do termo regido, haverá crase. 
Exemplo: Amanhã chegaremos ao Brasil. / Amanhã chegaremos à China. 
 
MACETE 
Para saber se antes do topônimo (nome de um lugar) tem crase, basta 
decorar o versinho: 
Chego da, crase há! 
Chego de, crase pra quê? 
 
Testando o macete: 
Cheguei da Alemanha = fui à Alemanha (com crase) 
Cheguei de Ubatuba = fui a Ubatuba (sem crase) 
 
Casos em que a crase SEMPRE ocorre: 
 
 1. Em locuções prepositivas, adverbiais ou conjuntivas (femininas). 
Exemplos: 
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à queima-roupa, às cegas, às vezes, à beça, à medida que, à proporção que, à 
procura de, à vontade, às pressas etc 
 
 
Em expressões que indicam instrumento, a crase é opcional. 
Exemplo: Escrevi a /à caneta. 
 
 2. Expressão à moda de, mesmo que subentendida. 
Exemplos: 
Almocei lasanha à bolonhesa (à moda de Bolonha). 
O cardápio será churrasco à gaúcha. 
O jogador fez um gol à Pele (à moda do Pelé). 
 
 3. Quando as palavras "rXD����ORMD����HVWDomR�GH�UiGLR���³UHGH�GH�WHOHYLVmR´�
estiverem subentendidas. 
Exemplo: Maria chegou à Globo faz anos. (chegou à estação de rádio, ou à 
rede de televisão). 
 
4. Na expressão devido à(s) + palavra feminina ocorre crase. 
Exemplo: Devido à saída de João, teremos que contratar outro estagiário. 
 
Casos em que a crase NÃO ocorrerá 
 
 1. Antes de palavra masculina e de verbos. 
Exemplos: 
Vende-se à vista e a prazo no cartão. 
A prova começa a partir de agora. 
 
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 2. Antes de artigo indefinido e numeral cardinal (exceto em horas). 
Exemplos: 
Refiro-me a uma blusa mais fina. 
Posto de gasolina a três quarteirões daqui. 
Chego às sete. (exceção) 
 
 3. Antes dos pronomes pessoais, inclusive as formas de tratamento. 
Exemplo: Entregarei a correspondência a Sua Majestade. 
 
 
Neste caso, os pronomes senhora e senhorita são exceções. 
 
 4. Antes de pronomes demonstrativos esta(s) e essa(s). 
Exemplo: Aonde você pretende ir a esta hora? 
 
 5. Antes de pronomes indefinidos, com exceção de outra. 
Exemplos: 
Direi a todas as pessoas. 
Não diga nada às outras. (exceção) 
 
 
A regra é: antes dos indefinidos, NÃO existe crase. Ocorre, porém, que 
alguns indefinidos (outra, tal, mesma, muita, pouca) podem admitir o artigo 
"a" antes deles, permitindo que ocorra a crase. 
- Mas, professora, como saberemos se haverá o artigo antes do indefinido? 
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- Usando a dica da substituição do substantivo feminino que os segue por um 
masculino. 
Exemplo: 
Assistimos sempre às mesmas cenas / aos mesmos episódios. 
 
5. Se antes da preposição a tiver outra preposição, a crase não ocorre. 
Exemplo: Compareceu perante a juíza no dia da audiência. 
 
 
Se a preposição for até, a crase é facultativa. 
Exemplo: Acompanhe-o até a / à porta. 
 
6. No meio de expressões com palavras repetitivas. 
Exemplos: 
Ficamos cara a cara. 
Ela riu de orelha a orelha. 
 
7. No a singular seguido de palavra no plural. 
Exemplo: Joana já agendou sua viagem a cidades portuárias. 
 
8. Não haverá crase antes de pronome interrogativo. 
Exemplo: Essa referência foi feita a quem? 
 
9. Palavra feminina tomada em sentido genérico. 
Exemplo: A pena pode ir de advertência a multa. 
Multa = qualquer tipo. 
 
A crase é facultativa: 
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 1. Antes de nomes próprios femininos (exceto em nomes de personalidade 
pública - sem artigo): 
Exemplo: Enviei um presente a / à Maria. 
 
 
A exceção ocorre quando o nome feminino vier acompanhado de uma 
expressão que a determine, então a crase será obrigatória. 
Exemplo: Dedico minha vida à Rosa do Jaboatão (determinação). 
 
2. Antes do pronome adjetivo possessivo feminino singular. 
Exemplos: 
Transmiti as informações a minha secretária. 
Transmiti as informações à minha secretária. 
Transmiti as informações a minhas secretárias. 
Transmiti as informações as minhas secretárias. 
Transmiti as informações às minhas secretárias. 
 
 
Se o pronome possessivo for substantivo e o verbo ou nome exigir 
preposição, a crase será obrigatória. 
Exemplo: Marcou a viagem a / à sua cidade natal e à minha. (a primeira 
crase é facultativa e a outra é obrigatória) 
 
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Os pronomes substantivos substituem o substantivo numa frase para evitar 
a repetição. 
 
 Casos especiais do uso da crase 
 
1. Crase diante de pronomes relativos demonstrativos e relativos. 
 
- Com os demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo, basta verificar se, 
por regência, alguma palavra pede a preposição que irá se fundir com o "a" 
inicial do próprio pronome. 
 
O MACETE é trocar aquele(a/s) por este(a/s) e aquilo por isto, se antes 
aparecer a, há crase. 
Exemplos: 
Enviei presentes àquela menina (a esta menina). 
A matéria não se relaciona àqueles problemas (a estes problemas). 
Não dê ênfase àquilo (a isto). 
 
 - Diante do pronome relativo que, geralmente não há crase, uma vez 
que esse pronome não admite a anteposição do artigo. 
Ex.: Esta é a posição a que aspiro. (nesse caso, o a é preposição) 
 
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No entanto, ocorrerá crase diante do que quando antes dele tivermos o 
pronome demonstrativo a ou as com sentido de aquela, aquelas. 
Exemplos: 
Esta camisa é igual à que comprei. 
Estas roupas são semelhantes às que se usavam no século passado. 
 Em caso de dúvida, use a dica da substituição. 
 
 - Ocorrerá crase com os pronomes relativos a qual, as quais quando 
esses pronomes vierem precedidos da preposição a, exigida por algum termo 
da oração que tais pronomes introduzem. 
Exemplo: A cidade à qual iremos possui praias às quais chegaremos. 
Aqui os termos iremos e chegaremos exigem a preposição a, por isso 
ocorre a crase que se funde aos pronomes relativos. 
 
2. Crase diante dos nomes casa e terra 
As palavras casa (com sentido de lar, moradia) e terra (com sentido de 
chão firme) não admitem a anteposição do artigo a, por isso diante delas 
não ocorre a crase. 
Exemplos: 
Voltamos cedo a casa. (Voltamos cedo aolar.) 
Os marinheiros desceram a terra. 
 
Porém, se essas palavras estiverem especificadas, passarão a admitir o 
artigo e, consequentemente, ocorrerá a crase diante delas. 
Exemplos: 
Voltamos cedo à casa dos amigos. 
Os marinheiros desceram à terra dos gigantes. 
 
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3. Não se usa crase antes da palavra distância, salvo se vier 
determinada. 
Exemplos: 
Via-se o barco à distância de quinhentos metros (determinada). 
Olhava-nos a distância. 
 
 
 
 ³2�FDPLQKR�SDUD�EDL[R�HUD�HVWUHLWR�H�tQJUHPH��H�WDQWR�RV�KRPHQV�TXDQWR�
os animais não sabiam onde estavam pisando, por causa da neve; todos os 
que saíam da trilha ou tropeçavam em algo perdiam o equilíbrio e 
despencavam no precipício. A esses perigos eles resistiam, pois àquela altura 
já se haviam acostumado a tais infortúnios, mas, por fim, chegaram a um 
lugar onde o caminho era estreito demais para os elefantes e até para os 
animais de carga. Uma avalanche anterior já havia arrastado cerca de 
trezentos metros da encosta, ao passo que outra, mais recente, agravara 
ainda mais a situação. A essa altura, os soldados mais uma vez perderam a 
calmD�H�TXDVH�FDtUDP�HP�GHVHVSHUR�´ 
(Políbio, Histórias) 
 
Questão 01 - (TJ/BA ± 2015 ± Analista Judiciário ± FGV) 
³$���� HVVHV� SHULJRV� HOHV� UHVLVWLDP�� SRLV� jTXHOD���� DOWXUD� Mi� VH� KDYLDP�
acostumado a(3) tais infortúnios, mas, por fim, chegaram a(4) um lugar onde 
o caminho era estreito demais para os elefantes e até para os animais de 
FDUJD�´� 
 
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Nesse segmento do texto há quatro ocorrências numeradas da preposição A; 
dessas quatro ocorrências, as exigidas pela regência verbal são: 
 
(A) 1-2-3; 
(B) 2-3-4; 
(C) 1-2-4; 
(D) 1-3-4; 
(E) 1-2-3-4. 
 
Comentário: Apenas as preposições marcadas por 1, 3 e 4 são exigidas por 
regência verbal: 
1 ± UHJLGD�SHOR�YHUER�³UHVLVWLU´ 
3 ± UHJLGD�SHOD�ORFXomR�YHUEDO�³KDYLDP�DFRVWXPDGR´ 
4 ± UHJLGD�SHOR�YHUER�³FKHJDU´ 
$�SUHSRVLomR�HP�³jTXHOD�DOWXUD´�p�MXVWLILFDGD�SRU�VHU�XPD�H[SUHVVmR�DGYHUELDO�
feminina (A + aquela). 
GABARITO: D 
 
Questão 02 ± (TRT 4ª Região (RS) ± 2011 ± FCC) 
A frase redigida de modo claro e condizente com o padrão culto escrito é: 
 
(A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a 
cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se 
depende. 
(B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional como 
em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante naquela 
pendência. 
(C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a todos, 
sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou 
desajeitado. 
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(D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação a 
apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua 
dignidade. 
(E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado deve 
ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos 
especialistas. 
 
Comentário: vamos analisar as falhas em cada alternativa errada: 
(A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a 
cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se 
depende. 
ERRADA - Problema de concordância verbal, pois o sujeito é composto "A 
criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes" e leva o verbo 
ao plural: estão. 
(B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional como 
em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante naquela 
pendência. 
ERRADA - ³'H�FDUD´�SHUFHEHPRV�R�HUUR�QR�XVR�GD�FUDVH�DQWHV�GH�YHUER�HP�³j�
GHVHMDU´�� Percebemos também que, na oração "que sua atuação tanto 
profissional como em sociedade não deixava", o uso do pronome "que" e do 
"sua" estão dando ambiguidade à frase porque tanto podem estar referindo-se 
ao chefe quanto ao rapaz. Para tirar a ambiguidade, a frase pode ser reescrita 
da seguinte maneira: Advoguei, junto ao chefe, que a atuação do rapaz 
tanto profissional como em sociedade não deixava nada a desejar, o que lhe 
ajudou bastante naquela pendência. 
(C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a todos, 
sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou 
desajeitado. 
CORRETA - Perceba que o verbo "se dignava" é transitivo indireto e, por isso, 
há preposição "de" em seguida. Note que a expressão "-nos a todos" significa 
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"a todos nós". Assim, temos o objeto direto "nos" e o reforço pleonástico "a 
todos". Isso está correto. Veja que a dupla vírgula está correta, por intercalar 
o adjunto adverbial de modo "sem exceção". 
(D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação a 
apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua 
dignidade. 
ERRADA - A locução verbal "posso atribuir" é transitiva direta e indireta 
(atribuir alguma coisa a alguém). O termo "a precária condição de acesso" é o 
objeto direto, seguido do complemento nominal "à Educação". O objeto 
indireto deve ser precedido GH� SUHSRVLomR�� QR� FDVR�� SUHSRVLomR� ³D´. Como o 
núcleo "condição" admite artigo "a", ocorrerá a crase: "à condição". Assim, 
deve-se retirar a preposição "a" antes de "apenas", pois esta preposição se 
repete depois deste vocábulo formando a crase (à condição). 
(E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado deve 
ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos 
especialistas. 
ERRADA. O sujeito "Os resultados da pesquisa científica" possui núcleo plural 
³UHVXOWDGRV´�� VHQGR� DVVLP, esse sujeito da oração principal deve levar a 
locução verbal para o masculino plural: devem ser abertos. O mesmo ocorre 
com o adjetivo "restrito", que deveria ser restritos. Nesse contexto, o pronome 
"a" retoma apenas "pesquisa" e não "resultados". 
GABARITO: C 
 
É fácil entender por que os advogados estão aprimorando suas técnicas de 
júri. Enquanto um juiz julga com base no código legal, o júri segue convicções 
pessoais�� ³-XUDGRV� VmR� PDLV� SDVVLRQDLV�� Analisam por consciência, não por 
FLrQFLD´��GL]�0DXUR�2WiYLR�Nacif, criminalista que já trabalhou na defesa de 800 
casos, como o de Suzane von Richthofen, condenada em 2006 pelo 
assassinato dos pais. Por isso, advogados têm de atingir a razão e também o 
coração dos jurados. Nos EUA, uma indústria se formou só para pesquisar 
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como os jurados absorvem explicações e que tecnologias dariam mais 
credibilidade aos argumentos de advogados. Lá, processos envolvendo 
empresas também podem ir a júri, e uma decisão passionalpode custar 
indenizações milionárias ao réu. Com dinheiro em jogo, os americanos 
trataram de criar armas sofisticadas para influenciar os jurados. 
(Superinteressante, julho de 2010) 
 
Questão 03 ± (MPE/SP ± 2010 - Analista de Promotoria ± VUNESP) 
Considerando-se o emprego do acento indicativo da crase, no trecho ± «� e 
uma decisão passional pode custar indenizações milionárias ao réu. ± a 
expressão ao réu pode ser corretamente substituída por 
 
(A) à um condenado pela lei. 
(B) à quem for condenado. 
(C) à uma pessoa que for condenada. 
(D) àquele que for condenado. 
(E) à alguém que seja condenado. 
 
Comentário: para que a crase seja formada, é necessário que a expressão 
PDVFXOLQD�³DR�UpX´�VHMD�VXEVWLWXtGD�SRU�XPD�HTXLYDOHQWH�IHPLQLQD��9HMDPRV�DV�
possibilidades: 
(A) à um condenado pela lei. ± ERRADA. 
Antes de artigo indefinido NÃO ocorre crase. 
(B) à quem for condenado. ± ERRADA. 
$QWHV�GR�SURQRPH�³TXHP´�1­2�RFRUUH�FUDVH�� 
(C) à uma pessoa que for condenada. ± ERRADA. 
Antes de artigo indefinido NÃO ocorre crase. 
(D) àquele que for condenado. ± CORRETA! 
&UDVH�GD�SUHSRVLomR�³D´���R�GHPRQVWUDWLYR�³DTXHOH´�� 
(E) à alguém que seja condenado. ERRADA. 
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Antes de pronome indefinido NÃO ocorre crase. 
GABARITO: D 
 
 
 
 
O tempo não para 
 
O processo é conhecido. Os custos crescem, os competidores avançam, e 
os acionistas querem resultados. Saída: renovar os quadros. Leia-se: livrar-se 
dos funcionários mais velhos e caros, contratar jovens efebos, com muita 
vontade e pequeno salário. Dito e feito. Então, o trabalho emperra, os clientes 
reclamam, mas a planilha de custos fala mais alto. Assim tem sido: a cada 
crise, interna ou externa, as empresas rejuvenescem seus quadros. Alguns 
REVHUYDGRUHV�EDWL]DUDP�R�SURFHVVR�GH�³MXQLRUL]DomR´� 
Renovar sistematicamente os quadros é um princípio de gestão 
importante para qualquer empresa. Profissionais mais jovens trazem novas 
ideias, colocam em xeque processos anacrônicos e ajudam a evitar que a 
empresa envelheça e perca o contato com as mudanças em seu ambiente de 
negócios. A renovação, realizada na medida certa, traz efeitos positivos. 
A juniorização, por sua vez, quando realizada com o propósito de reduzir 
custos, compromete a qualidade da gestão e põe em risco o futuro das 
companhias. Vista como panaceia, evita que a empresa trate de questões mais 
substantivas, relacionadas ao seu modelo de negócios e às suas práticas de 
gestão. 
Além disso, a juniorização segue na contramão da demografia. O Brasil 
está envelhecendo. Nas próximas décadas, as empresas terão de lidar com 
quadros profissionais cada vez mais maduros. Uma pesquisa recente, feita pela 
consultoria PwC e a FGV-Eaesp, procurou avaliar como o mundo corporativo 
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busca adequação para essa realidade. Foram ouvidas mais de cem empresas, 
de diversos segmentos da economia. Algumas conclusões são preocupantes. 
Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas 
reconhecem que quadros mais maduros podem constituir alternativa para a 
escassez de talentos, problema hoje de centenas de corporações brasileiras 
que estão freando seus planos de crescimento. 
Em segundo lugar, as companhias reconhecem: profissionais mais 
maduros possuem competências valiosas, relacionadas à capacidade de 
realizar diagnósticos e resolver problemas, além de apresentarem maior 
equilíbrio emocional. Paradoxalmente, essas companhias não contam com 
modelos de gestão de carreira que facilitem os processos pelos quais tais 
características poderiam ser mais bem exploradas. 
(Thomaz Wood Jr, Carta Capital, 17.04.2013. Adaptado) 
 
Questão 04 ± (SEFAZ/SP - 2013 - APOFP - VUNESP) 
Observe os trechos: 
‡�5HQRYDU�VLVWHPDWLFDmente os quadros é um princípio de gestão importante 
para qualquer empresa. (segundo parágrafo) 
‡ Uma pesquisa recente, feita pela consultoria PwC e a FGV-Eaesp, procurou 
avaliar como o mundo corporativo busca adequação para essa realidade. 
(quarto parágrafo) 
‡� (P� SULPHLUR� OXJDU, menos de 40% das organizações pesquisadas 
reconhecem que quadros mais maduros podem constituir alternativa para a 
HVFDVVH]�GH�WDOHQWRV«�(penúltimo parágrafo) 
 
Considerando as regras de emprego do acento indicativo de crase, as 
expressões destacadas podem ser substituídas, correta e respectivamente, por 
 
�$��j�«�j�«�D 
�%��j�«�D «�D 
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�&��j�«�j�«�j 
�'��D�«�D�«�j 
�(��D�«�j�«�j 
 
Comentário: vamos fazer as devidas substituições: 
‡� 5HQRYDU� VLVWHPDWLFDPHQWH� RV� TXDGURV� p� XP� SULQFtSLR� GH� JHVWmR�
importante a qualquer empresa. (segundo parágrafo) 
Justificativa: antes de pronome indefinido não se usa crase. 
 
‡� 8PD� SHVTXLVD� UHFHQWH�� IHLWD� SHOD� FRQVXOWRULD� 3Z&� H� D� )*9-Eaesp, 
procurou avaliar como o mundo corporativo busca adequação a essa realidade. 
(quarto parágrafo) 
Justificativa: antes de pronome demonstrativo ³HVVD´�não se usa 
crase. 
 
‡� (P primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas 
reconhecem que quadros mais maduros podem constituir alternativa à 
HVFDVVH]�GH�WDOHQWRV«��SHQ~OWLPR�SDUiJUDIR� 
-XVWLILFDWLYD��FUDVH� IRUPDGD�SHOD�SUHSRVLomR�H[LJLGD�SRU�³FRQWUXLU�
alternativa a´� H� R� DUWLJR� IHPLQLQR� TXH� DFRPSDQKD� R� VXEVWDQWLYR� ³a 
HVFDVVH]´�� 
Temos então: a ± a - à 
GABARITO: D 
Leia o texto e responda as questões 05, 06 e 07. 
 
É preciso ir além da Lei Seca no trânsito 
 
A aprovação da Lei 11.705, em junho de 2008, que modificou (e tornou 
mais rígido) o Código de Trânsito Brasileiro, com a adoção da chamada Lei 
Seca, representou um passo importante para conter a violência nas ruas e 
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estradas do país, responsável por um flagelo que se mede, a cada ano, em 
milhares de mortos e feridos (e, como extensão das tragédias em si, na 
desgraça que atinge as famílias das vítimas de acidentes). 
Num primeiro momento, principalmente nas regiões que adotaram ações 
diretas de fiscalização, como as blitzes contra a mistura de álcool e direção, os 
índices sofreram quedas acentuadas, voltaram a crescer e retomaram a curva 
descendente nos dois últimos anos. 
Mas, em geral, os números de mortos, feridos e de acidentes ainda são 
elevados. Relatório da Polícia Rodoviária Federal com os índices registrados nas 
estradas sob sua jurisdição em 2013 mostra o tamanho da tragédia. Foram 
8.375 óbitos, ou 23 pessoas por dia a perder a vida, e 103 mil feridos em 
quase 186 mil acidentes. A PRF estima que, somados os registros em vias 
urbanas e estradas estaduais, o total de mortos tenha alcançado 50 mil 
somente no ano passado, quase tanto quanto o número de soldados 
americanos que tombaram em toda a Guerra do Vietnã. 
Isso corresponde a algo entre 20 a 25 mortos por cada grupo de cem mil 
habitantes, bem distante da relação registrada em países nos quais a guerra 
do trânsito parece ter sido contida emlimites aceitáveis, sete óbitos por grupo 
de cem mil. Mesmo que em 2013 tenha sido consignada uma queda nos 
índices de violência nas estradas, como captou o relatório da PRF, o Brasil 
ainda está longe de atingir a meta estabelecida pelas Nações Unidas para o 
país, de, até 2020, reduzir à metade a estatística sobre 
mortos/feridos/acidentes. 
A evidência de que mesmo com a Lei Seca em vigor o país não consiga 
reduzir drasticamente os registros do flagelo das estradas não significa que a 
legislação seja ineficiente. Ao contrário, não fosse o endurecimento do CTB, 
por certo a curva de tragédias seria ascendente ² portanto, com números 
ainda mais apavorantes que os atuais. A questão reside, entre outras razões, 
no fato de, por leniência, descaso ou inapetência do poder público por ações de 
fiscalização mais rígida, esperar-se que os efeitos da Lei 11.705, por si só, 
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sejam bastantes para conter grande parte dos abusos no trânsito. As 
estatísticas mostram que não são. A Lei Seca pode ter atingido seu limite de 
eficácia. 
O comportamento do brasileiro ao volante, em grande medida, ainda é 
de desrespeito a normas e desapreço pela vida alheia. Não por acaso, as 
infrações mais comuns são excesso de velocidade, ultrapassagens temerárias e 
outras nas quais estão implícitos riscos assumidos, álcool à parte. Uma cultura 
inapropriada, que, para ser revertida, implica punições sistemáticas, 
fiscalização permanente e ações educativas ² um desafio de que não se pode 
desviar para reduzir a níveis aceitáveis os atuais indicadores de uma carnificina 
que o país precisa enfrentar e acabar. 
O Globo - Editorial - 19/01/14 
Disponível em http://oglobo.globo.com/opiniao/e-preciso-ir-alemda-lei-seca-no-transito-
11333839#ixzz2qe4kA2eq 
 
Questão 05 ± (Empresa Municipal de Artes Gráficas S A ± 2015 ± 
Advogado - FJG) 
³���� tQGLFHV� UHJLVWUDGRV� QDV� HVWUDGDV� sob sua jurisdição HP� �������´� ± 2º 
parágrafo. A preposição em destaque ± sob ± preenche corretamente a lacuna 
em: 
 
(A) Nessa situação, multiplicam-se os momentos em que o medo transborda 
por ___ a sociedade. 
(B) Abriu a mala do carro e retirou uma arma de ____ um tapete dobrado. 
(C) A precaução vê-se derrotada ___ um adversário terrível: a cega pressa. 
(D) É preciso punir os infratores, deixando-os mal ___ os demais motoristas. 
 
Comentário: A preposição sob traz a ideia de uma posição inferior a algo. 
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Na alternativa A, podemos notar que o uso do verbo sob faz com que a frase 
SHUFD�D�FRHUrQFLD��XPD�YH]�TXH�QmR�p�SRVVtYHO�³WUDVERUdar ³HPEDL[R��VRE�´�
GD�VRFLHGDGH´��/RJR�D�DOWHUQDWLYD�HVWi�HUUDGD� 
Embora a alternativa B pareça errada pelo uso de duas preposições juntas, 
nesse caso seu uso é totalmente aceito. Logo a alternativa está correta. 
No caso da alternativa C, para percebermos o erro, basta que analisemos a 
ORFXomR�YHUEDO�³VHU�GHUURWDGR´��4XHP�p�GHUURWDGR�p�GHUURWDGR por alguém ou 
por alguma coisa, sendo assim, a preposição sob não cabe. 
A frase da alternativa D seria escrita de forma correta caso a preposição usada 
fosse com�´ É preciso punir os infratores, deixando-os mal com os demais 
PRWRULVWDV�´ 
GABARITO: B 
Questão 06 ± (Empresa Municipal de Artes Gráficas S A ± 2015 ± 
Advogado - FJG) 
³���� UHGX]LU� à PHWDGH� D� HVWDWtVWLFD� VREUH� PRUWRV�IHULGRV�DFLGHQWHV�´� ± 3º 
parágrafo. Está destacado o uso do acento grave, indicativo de crase, que 
também é obrigatório em: 
 
(A) Essa blitz estará funcionando até as dez horas. 
(B) Infelizmente, muitos ficam indiferentes a essa questão. 
(C) As recomendações de cautela são feitas a muitas pessoas. 
(D) As infrações as quais o autor se refere são temerárias. 
 
Comentário: Analisando todas as alternativas: 
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Na alternativa A, a preposição até não pede que a preposição a a acompanhe. 
Desta forma, não é necessário o uso de acento indicativo de crase (uso 
facultativo). 
Já na alternativa B, o acento grave não é necessário porque diante de 
pronomes demonstrativos não ocorre crase. 
Na alternativa C, não se usa crase porque temos a preposição a no singular 
seguida da palavra muitas no plural. 
Por se referir a as infrações, é necessário o uso de acento indicativo de crase 
no as que precede quais. Em casos como esse, o truque de substituir o sujeito 
IHPLQLQR�SHOR�PDVFXOLQR�IXQFLRQD�PXLWR�EHP��([HPSOR��³2V�KRPHQV�DRV�Tuais 
R�DXWRU�VH�UHIHUH���´� 
GABARITO: D 
Questão 07 ± (Empresa Municipal de Artes Gráficas S A ± 2015 ± 
Advogado - FJG) 
Considerando as regras gramaticais referentes à regência verbal, constata-se 
que podem ser seguidos pela mesma preposição todos os verbos reunidos em: 
 
(A) chamar; interessar-se; perdoar; visar 
(B) esquecer-se; lembrar-se; responder; pedir 
(C) aborrecer-se; aconselhar; convocar; equivaler 
(D) aspirar; assistir; ensinar; obrigar-se 
 
Comentário: De forma simples, coloquemos as preposições corretas possíveis 
em cada palavra: 
(A) chamar a; interessar-se por; perdoar a; visar a 
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(B) esquecer-se de; lembrar-se de; responder a; pedir a 
(C) aborrecer-se com; aconselhar a; convocar a; equivaler a 
(D) aspirar a; assistir a; ensinar a; obrigar-se a 
GABARITO: D 
Leia o texto para responder às questões de números 08 e 09. 
 
O Arquivo da Academia Brasileira de Letras (ABL) possui uma grande 
variedade de documentos textuais e iconográficos. É composto por 
correspondências, discursos, originais de obras literárias, fotografias e 
periódicos. Esses documentos, acumulados pela Academia desde a sua 
fundação, em 1897, recebem tratamento de acordo com as normas 
arquivísticas contemporâneas. 
O Arquivo é composto por duas linhas de acervo: o Arquivo dos 
Acadêmicos, com a documentação pessoal dos membros efetivos, patronos e 
sócios correspondentes, e o Arquivo Institucional, com a documentação 
administrativa e funcional. Notícias e textos literários publicados em jornais e 
revistas formam a Hemeroteca, outra valiosa fonte de pesquisa sobre os 
Acadêmicos e a Academia. 
(www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=14. Adaptado) 
 
Questão 08 ± (UNESP 2015 ± Bibliotecário ± VUNESP) 
Considerando as regras de regência do verbo compor no contexto da frase 
seguinte, assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
O Arquivo Institucional compõe-se ___ documentação administrativa e 
funcional da Academia. 
 
(A) a 
(B) ante 
(C) sobre 
(D) em 
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(E) de 
 
&RPHQWiULR��5HHVFUHYHQGR�D� IUDVH�GD� IRUPD�FRUUHWD��³2�$UTXLYR�,QVWLWXFLRQDO�
compõe-se de documentação administrativa e funcional da Academia. 
GABARITO: E 
 
Questão 09 ± (UNESP 2015 ± Bibliotecário± VUNESP) 
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase, no que se refere ao 
uso do acento indicativo de crase: 
 
Quem visitar o Arquivo da ABL terá acesso__ 
 
(A) à uma grande variedade de documentos textuais e iconográficos. 
(B) à correspondências, discursos, originais de obras literárias, fotografias e 
periódicos. 
(C) à documentos acumulados pela Academia desde sua fundação. 
(D) à documentação pessoal dos membros efetivos, patronos e sócios da 
Academia. 
(E) à riquíssimo acervo para conhecer a vida e a obra dos Acadêmicos. 
 
Comentário: Vamos analisar cada alternativa: 
 
(A) à uma grande variedade de documentos textuais e iconográficos. (Não se 
usa crase quando a preposição é seguida por um artigo indefinido.) 
(B) à correspondências, discursos, originais de obras literárias, fotografias e 
periódicos. (Preposição no singular seguida de palavra no plural ± não se usa 
acento indicativo de crase nesse caso.) 
(C) à documentos acumulados pela Academia desde sua fundação. (Crase 
usada de forma indevida. Nessa frase, não é necessário o uso de artigo. Mas 
se nos decidirmos por usá-lo, seria na forma da contração aos, obedecendo-se 
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a concordância com o gênero e o número do objeto indireto documentos 
acumulados.) 
(D) à documentação pessoal dos membros efetivos, patronos e sócios da 
Academia. (Uso da preposição a + artigo definido a, que precede 
documentação pessoal ± o uso da crase está correto!) 
(E) à riquíssimo acervo para conhecer a vida e a obra dos Acadêmicos. (Nesse 
caso, não se usa crase porque o objeto indireto está no masculino. Logo usa-se 
a contração ao.) 
GABARITO: D 
 
A morte conhece tudo a nosso respeito, e talvez por isso seja triste. Se é 
certo que nunca sorri, é só porque lhe faltam os lábios, e esta lição anatômica 
nos diz que, ao contrário do que os vivos julgam, o sorriso não é uma questão 
de dentes. Há quem diga, com humor menos macabro que de mau gosto, que 
ela leva afivelada uma espécie de sorriso permanente, mas isso não é verdade, 
o que ela traz à vista é um esgar de sofrimento, porque a recordação do tempo 
em que tinha boca, e a boca língua, e a língua saliva, a persegue 
continuamente. Com um breve suspiro, puxou para si uma folha de papel e 
começou a escrever a primeira carta deste dia, Cara senhora, lamento 
comunicar-lhe que a sua vida terminará no prazo irrevogável e improrrogável 
de uma semana, desejo-lhe que aproveite o melhor que puder o tempo que lhe 
resta, sua atenta servidora, morte. Duzentas e noventa e oito folhas, duzentos 
e noventa e oito sobrescritos, duzentas e noventa e oito descargas na lista, 
não se poderá dizer que um trabalho destes seja de matar, mas a verdade é 
que a morte chegou ao fim exausta. Com o gesto da mão direita que já lhe 
conhecemos fez desaparecer as duzentas e noventa e oito cartas, depois, 
cruzando sobre a mesa os magros braços, deixou descair a cabeça sobre eles, 
não para dormir, porque morte não dorme, mas para descansar. Quando meia 
hora mais tarde, já refeita da fadiga, a levantou, a carta que havia sido 
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devolvida à procedência e outra vez enviada, estava novamente ali, diante das 
suas órbitas atônitas. 
Se a morte havia sonhado com a esperança de alguma surpresa que a 
viesse distrair dos aborrecimentos da rotina, estava servida. [...] Entre ir e vir, 
a carta não havia demorado mais que meia hora, provavelmente muito menos, 
dado que já se encontrava em cima da mesa quando a morte levantou a 
cabeça do duro amparo dos antebraços, isto é, do cúbito e do rádio, que para 
isso mesmo é que são entrelaçados. Uma força alheia, misteriosa, 
incompreensível, parecia opor-se à morte da pessoa, apesar de a data da sua 
defunção estar fixada, como para toda a gente, desde o próprio dia do 
nascimento. É impossível, disse a morte à gadanha silenciosa, ninguém no 
mundo ou fora dele teve alguma vez mais poder do que eu. eu sou a morte, o 
resto é nada. 
As intermitências da morte (Fragmento) SARAMAGO, José. . São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 
139-40. As intermitências 
 
Questão 10 ± (FACELI 2015 ± Administrador - FUNCAB) 
De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, 
R�YHUER�GHVWDFDGR�HP�³'(6(-2-lhe que aproveite o melhor que puder o tempo 
TXH�OKH�UHVWD��VXD�DWHQWD�VHUYLGRUD��PRUWH�´�p�� 
A) intransitivo. 
B) transitivo indireto. 
C) transitivo direto. 
D) de ligação. 
E) transitivo direto e indireto. 
 
Comentário: na frase, R�SURQRPH�³lhe´ é o objeto indireto do verbo (desejo a 
você) H�³TXH�DSURYHLWH�R�PHOKRU�TXH�SXGHU�R�WHPSR�TXH�OKH�UHVWD´ é a oração 
que está funcionando como objeto direto. Logo o verbo é transitivo direto e 
indireto. 
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GABARITO: E 
 
Questão 11 ± (IBGE 2014 ± Analista Cansitário de Geoprocessamento ± 
CESGRANRIO) 
O emprego do acento grave indicando crase NÃO está de acordo com a norma-
padrão em: 
(A) O funcionário estava habituado a chegar sempre às nove. 
(B) Os trabalhadores realizam sua atividade à custa de muito esforço. 
(C) Ela preferia uma discussão às claras, em suas reuniões de trabalho. 
(D) A prefeitura ainda será chamada à cumprir suas obrigações constitucionais. 
(E) Enquanto assistiam às remoções, os moradores iam ficando mais 
indignados. 
 
Comentários: Vamos analisar a única situação na qual o acento grave foi usado 
em desacordo com a norma culta: 
1D� IUDVH� ³$� SUHIHLWXUD� DLQGD� VHUi� FKDPDGa à cumprir suas obrigações 
FRQVWLWXFLRQDLV�´�� QRWDPRV� TXH� R� verbo que está funcionando como objeto 
indireto cumprir não necessita de um artigo definido feminino que o anteceda 
por ser um verbo. Portanto, na alternativa D, o acento indicativo de crase foi 
usado de forma indevida. 
GABARITO: D 
 
Questão 12 ± (Pref. Estância Hidromineral de Poá/SP ± 2015 ± Agente 
Administrativo - VUNESP) 
Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas da frase a 
seguir, de acordo com a norma-padrão de emprego do sinal indicativo de 
crase. 
Meu pai voltou a comparecer___ festas e conheceu Tuta, unindo-se___ ela nas 
cantorias. 
 
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�$��DV�«�j� 
�%��jV�«�D� 
�&��jV�«�j� 
�'��j�«�D� 
�(��D�«�j 
 
Comentário: $�IUDVH�HVFULWD�GH�IRUPD�FRUUHWD�p��³Meu pai voltou a comparecer 
às festas e conheceu Tuta, unindo-se a ela nas cantorias.´ 
A primeira lacuna deve ser preenchia de forma que o conectivo concorde com 
o objeto indireto festas. Usamos às nesse caso, porque temos a preposição a 
seguida do artigo definido as. Já no segundo caso, não se usa acento 
indicativo de crase porque a preposição precede um pronome pessoal. 
GABARITO: B 
 
Leia o texto para responder as perguntas 13 e 14 
 
Dialética da mudança 
 
Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas 
tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis e atémesmo a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las. É natural que isso 
aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e 
tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés. 
Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis, embora 
acredite em determinados valores e princípios que me parecem consistentes. 
De fato, é muito difícil, senão impossível, viver sem nenhuma certeza, sem 
valor algum. 
No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase 
totalidade das pessoas, poucos eram os que questionavam, mesmo porque, 
dependendo da ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo. 
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Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas 
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo 
modo de lidar com as certezas e os valores. Questioná-los, reavaliá-los, negá-
los, propor mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e inevitável, 
dando-se início a uma nova época da sociedade humana. Introduziram-se as 
ideias não só de evolução como de revolução. 
Naturalmente, essas mudanças não se deram do dia para a noite, nem 
tampouco se impuseram à maioria da sociedade. O que ocorreu de fato foi um 
processo difícil e conflituado em que, pouco a pouco, a visão inovadora veio 
ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando posições estratégicas, o 
que tornou possível influir na formação de novas gerações, menos resistentes 
a visões questionadoras. 
A certa altura desse processo, os defensores das mudanças acreditavam-
se senhores de novas verdades, mais consistentes porque eram fundadas no 
conhecimento objetivo das leis que governam o mundo material e social. Mas 
esse conhecimento era ainda precário e limitado. 
Inúmeras descobertas reafirmam a tese de que a mudança é inerente à 
realidade tanto material quanto espiritual, e que, portanto, o conceito de 
imutabilidade é destituído de fundamento. 
Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar 
que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente 
errado. Em outras palavras, bastaria apresentar-se como inovador para estar 
certo. Será isso verdade? Os fatos demonstram que tanto pode ser como não. 
Mas também pode estar errado quem defende os valores consagrados e 
aceitos. Só que, em muitos casos, não há alternativa senão defendê-los. E 
sabem por quê? Pela simples razão de que toda sociedade é, por definição, 
conservadora, uma vez que, sem princípios e valores estabelecidos, seria 
impossível o convívio social. Uma comunidade cujos princípios e normas 
mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável. 
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Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, 
impedir a mudança é impossível. Daí resulta que a sociedade termina por 
aceitar as mudanças, mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas 
necessidades e a fazem avançar. 
GULLAR, Ferreira. Dialética da mudança. Folha de São Paulo, 6 maio 2012, p. E10. 
 
Questão 13 ± (BNDES 2013 ± Comunicação Social - CESGRANRIO) 
No Texto, o verbo atender �ľ������H[LJH�D�SUHVHQoD�GH�XPD�SUHSRVLomR�SDUD�
introduzir o termo regido. Essa mesma exigência ocorre na forma verbal 
destacada em: 
 
�$��³&HUWDPHQWH�SRUTXH�QmR�p�IiFLO�FRPSUHHQGHU�FHUWDV�TXHVW}HV��DV�SHVVRDV�
tendem a aceitar algumas afirmações como verdDGHV�LQGLVFXWtYHLV�´��ľ���-2) 
�%�� ³Introduziram-VH� DV� LGHLDV� QmR� Vy� GH� HYROXomR� FRPR�GH� UHYROXomR�´� �ľ��
17-18) 
�&��³,Q~PHUDV�GHVFREHUWDV�reafirmam a indiscutível tese de que a mudança é 
LQHUHQWH�j�UHDOLGDGH�WDQWR�PDWHULDO�TXDQWR�HVSLULWXDO�´��ľ����-30) 
�'��³3RU�RXWUR� ODGR��FRPR�D�YLGD�PXGD�H�D�PXGDQoD�p� LQHUHQWH�j�H[LVWrQFLD��
impedir D�PXGDQoD�p�LPSRVVtYHO�´��ľ����-43) 
�(��³'Dt�UHVXOWD�TXH�D�VRFLHGDGH�WHUPLQD�SRU�aceitar DV�PXGDQoDV��´��ľ����-44) 
 
Comentário: sabemos que o verbo atender é transitivo indireto (atender a). 
Observemos em cada alternativa a transitividade dos verbos: 
(A) Tender (VTI) 
(B) Introduzir (VTD) 
(C) Reafirmar (VTD) 
(D) Impedir (VTD) 
(E) Aceitar (VTD) 
Logo, a única alternativa na qual se necessita de uma preposição para 
introduzir o termo regido é a letra A. 
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Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 08 
 
 
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GABARITO: A 
 
Questão 14 ± (BNDES 2013 ± Comunicação Social - CESGRANRIO) 
Segundo a norma-padrão, o sinal indicativo da crase não deve ser utilizado no 
VHJXLQWH�WUHFKR�GR�7H[WR��³&HUWDPHQWH�SRUTXH�QmR�p�IiFLO�FRPSUHHQGHU�FHUWDV�
questões, as pessoas tendem a aceitar DOJXPDV� DILUPDo}HV´� �ľ�� �-2). A 
mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em: 
 
�$��³e�QDWXUDO�TXH�LVVR�DFRQWHoD��TXDQGR�PDLV�QmR�VHMD�SRUTXH�DV�FHUWH]DV�QRV�
dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de 
VRE�QRVVRV�SpV�´��ľ���-5) 
�%�� ³&RP� R� GHVHQYROYLPHQWR� GR� SHQVDPHQWR� REMHWLYR� H� GD� FLrQFLD�� DTXHODV�
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo 
PRGR�GH�OLGDU�FRP�DV�FHUWH]DV�H�RV�YDORUHV�´��ľ����-15) 
�&�� ³D� YLVmR� Lnovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, 
conquistando posições estratégicas, o que tornou possível influir na formação 
de novas gerações, menos resistentes a visões questionadoras�´� �ľ�� ��-
24) 
�'�� ³2FRUUH�� SRUpP�� TXH� HVVD� FHUWH]D� pode induzir a outros erros: o de 
achar que quem defende determinados valores estabelecidos está 
LQGLVFXWLYHOPHQWH�HUUDGR�´��ľ����-33) 
�(��³8PD�FRPXQLGDGH�FXMRV�SULQFtSLRV�H�QRUPDV�mudassem a cada dia seria 
FDyWLFD�H��SRU�LVVR�PHVPR��LQYLiYHO´���ľ����-41) 
 
Comentário: no trecho em questão, não se faz uso do acento grave porque a 
preposição está antes de um verbo. O mesmo acontece apenas na alternativa 
A. 
Nas alternativas C e D não há uso de acento indicativo de crase porque a 
preposição a está no singular seguida de palavra no plural. 
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Na alternativa B, não se faz uso do acento grave porque o substantivo que 
segue a preposição é masculino. 
Na alternativa E, não se utiliza crase devido ao fato de a preposição se 
encontrar antes de um pronome indefinido. 
GABARITO: A 
 
Questão 15 ± (CITEPE 2010 ± Mecânico Têxtil Pleno ± CESGRANRIO) 
Tinha certeza __________haveria de chegar o momento__________ mais 
sábio e menos impetuoso. 
 
De acordo com o registro culto e formal da língua, observada a regência, 
completam a frase, respectivamente, 
 
(A)de que - em que 
(B)de que - a que 
(C)em que - que 
(D)de que - de que 
(E)com que - em que 
 
Comentário: As locuções prepositivas que melhor se encaixam nesse trecho 
são: de que e em que, respectivamente. É sempre bom lembrarmos que para 
sabermos usar a preposição adequada a cada substantivo é necessário que 
pratiquemos bastante. E para nós, a melhor prática é a leitura! 
GABARITO: A 
 
Questão 16 ± (MPE/AM 2013 - AGENTE DE APOIO ± ADMINISTRATIVO 
- FCC) 
Leia o texto a seguir.