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Instabilidade atlantoaxial Discente: Jheyne da Costa Lucas Motta Eliomax Ferreira Turma: 8° período de Medicina Veterinária/NOTURNO Docente: Vanessa Ingrid James Disciplina: Patologia e Clinica de Pequenos Animais Cacoal, 2017 Definições A articulação Atlantoaxial permite o movimento rotacional da cabeça sobre a colona vertebral; A instabilidade atlantoaxial é uma condição congênita e/ou adquirida por traumatismo; Esta afecção é resultante de anormalidades ósseas e ligamentares entre o atlas e o axis; Também conhecida – Subluxação atlantoaxial e luxação atlantoaxial; 2 Definições Uma alteração do dente ou dos ligamentos que cobrem a articulação atlantoaxial; Entre primeira e a segunda vértebra cervical e conduz ao deslocamento dorsal do axis em relação ao atlas podendo ocasionar lesões traumáticas da medula espinhal; Pode ocasionar uma concussão e compressão da medula espinhal cervical, resultantes do deslocamento do dente do axis (subluxação) para o interior do canal vertebral; Isto resultará em edema e inflamação da medula espinhal o qual pode estenderse cranialmente para o tronco cerebral. 3 Apresentação clínica Predisposição – Acomete cães da raça toy Yorshire Terrier, Chihuahua, Poodle miniatura É relatada em cães de raças grandes; Rottweiler, Doberman, Pinscher, Pastor Alemão e Poodle gigante Raramente em gatos; Sendo o início com menos de 1 ano de idade; Animais que demonstram sinais clínicos numa idade mais avançada – Desde do nascimento – Trauma; Disfunção motora nos membros – Pressão na medula espinhal. 4 Exame físico Tetraparesia progressiva e falta de coordenação; Proprietários relatam que animal não aceita toque na cabeça; Os achados físicos – Normais Exames neurológico – Fraqueza Motora Sinais hiperreflexia nas patas Preciso cuidado durante flexão cervical – Dente poderá lavar compressão da ME. 5 Sinais Clínicos Cães da raça toy que mostram-se com dor cervical; Característica de andar com cabeça e pescoço estirados para cima A dor cervical pode ser intensificada pela flexão do pescoço, seguida por quedas, paresia e paralisias A severidade do mesmo dependerá do grau de injúria por concussão e compressão à medula espinhal após uma Subluxação; Os sinais clínicos possuem progressão variada, podendo ter início agudo ou crônico, e evolução intermitente ou progressiva; 6 Sinais Clínicos Na instabilidade atlantoaxial os sinais clínicos são exacerbados após flexão do pescoço; O quadro de dor apresenta-se como um dos mais intensos observados na clínica de cães; Casos clínicos de Subluxação atlanto-axial geralmente resultam de uma combinação de fatores congênitos e traumáticos; 7 Sinais Clínicos Os animais acometidos podem apresentar dor cervical, ataxia dos membros torácicos e pélvicos, tetraparesia ou tetraplegia; Os reflexos espinhais dos membros torácicos e pélvicos podem estar normais ou aumentados; As alterações neurológicas podem ter surgimento agudo, progressivo ou intermitente; Em lesões graves pode ocorrer parada respiratória e óbito. 8 Diagnósticos Baseado nos Sinais clínicos, História, Apresentação, Avaliação neurológica e Exames radiológicos; Anestesia geral pode ser necessária para realizar-se o estudo radiológico; A projeção lateral revelará a presença de subluxação pelo aumento de distância entre C1 e C2 A forma traumática pode ocorrer em qualquer idade, em qualquer tamanho ou raça de cão. 9 Diagnósticos Radiografias cervicais laterais bem posicionadas fornecem um diagnóstico definitivo de subluxação atlantoaxial; 10 Diagnósticos Podem ser encontradas apresentações clínicas de origem traumática, congênita ou ambas; Traumática: pode ocorrer em cães independentemente da raça, idade ou porte; Congênita: quase que exclusivamente, afeta cães de raças toy, com menos de 1 ano de idade – Longo da vida; Ambos os sexos podem ser afetados 11 Tratamento O tratamento clínico, que consiste em confinamento estrito por 6 a 8 semanas; A instabilidade traumática ou congênita pode ser tratada tanto de modo conservativo como cirúrgico; O tratamento conservativo é recomendado para cães com déficits neurológicos leves; 12 Tratamento Aqueles para os quais as restrições financeiras não incluem a cirurgia como uma opção; O objetivo do tratamento conservativo é imobilizar a articulação atlantoaxial; Órtese cervical – Precisa ser usado durante esse período sobre confinamento; Taxa de sucesso do tratamento conservativo varia de 50% a 63% 13 14 Tratamento O tratamento consiste em confinamento em canil por o período – utilização de analgésicos – cloridrato de tramadol Anti-inflamatórios – meloxicam e colar cervical rígido Corticosteróides por curto prazo, pode amenizar os sintomas – Dexametasona por via IM por 24 a 48 horas 15 Tratamento Como o tratamento conservativo se baseia em resultado em longo prazo – Proprietários devem ser alertados em proteger seus cães de trauma, indefinitivamente; Animais com menos de seis meses de idade indica-se a terapia conservadora – Para permitir uma completa mineralização dos ossos e fechamento das fises vertebrais; 16 Tratamento O tratamento cirúrgico é indicado para cães que apresentam sinais neurológicos crônicos progressivos, agudos graves ou irresponsivos ao tratamento conservativo; Animais mais velhos – Ossos capazes de sustentar implantes cirúrgicos; Mais probabilidade de sucesso Maior de 2 anos Duração dos sinais clínicos superior a 30 dias, Se animal for ambulatório ou pré-operatório 17 Tratamento Seu objetivo incluem: Redução da Subluxação atlantoaxial Descompressão da medula espinhal e Raízes nervosas e Estabilização da articulação atlantoaxial; As técnicas cirúrgicas para descompressão e estabilização são: Dorsal e ventral 18 Cuidados pré-operatórios Animais devem receber líquido e esteroides antes da cirurgia; Os esteroides – Proteger a medula espinhal de possíveis efeitos traumáticos; Esteroide utilizado – Succinato de metilprednisolana; A glicemia deve ser avaliada antes e durante cada 30 a 60 minutos 19 Posicionamento Pescoço e posicionado diretamente estendida e fixada em leve tração linear; Esta posição promove a redução da Subluxação e ajuda a descomprimir a medula espinhal e raízes nervosas; 20 Técnica cirúrgica O acesso dorsal permite redução da subluxação e fixação da lâmina dorsal do axis ao processo espinhoso de atlas. Técnicas dorsais promovem descompressão, redução e estabilização da articulação Atlantoaxial; Estabilização Dorsal 21 Técnica cirúrgica É preferível para cães leves; Que não permitem a utilização de implantes metálicos ventrais pelo tamanho reduzido da vértebra; Está contra indicada quando há um desvio dorsal do processo odontóide comprimindo a medula espinhal; A fixação depende da formação de tecido fibroso para uma boa imobilização 22 Técnica cirúrgica O procedimento dorsal apresenta taxa de insucesso de 39 a 46%; Desvantagens adicionais incluem: Aumento do risco de trauma da medula espinhal durante a colocação do implante, Falha do implante por fratura do arco do atlas, Processo espinhoso ou realinhamento inadequado da articulação atlantoaxial 23 Técnica cirúrgica Promover acesso á coluna cervical cranial, elevar periostealmente o músculo epaxial da lamina dorsal do atlas e da espinha dorsal, lâmina e pedículos do axís; Fazer uma incisão na fáscia, atlanto-occipital, cranial ao arco atlas e entrar no espaço epidural; Passar uma alça de fio ortopédico sob o arco do atlas em direção cranial para caudal; Passar o material de sutura por dentro do fio ortopédico, a qual é puxado delicadamente sob o arco do atlas; 24 Perfurar dois orifícios no processo espinhoso dorsal do axis e passar as pontas do material de sutura através dos orifícios; Uma da direita para esquerda e a outra, da esquerda para a direita; Reduzir a articulação atlantoaxial e amarrar as pontas o fio para manter a redução; Fechamento músculo, tecido e pele. 25 Estabilização ventral O acesso ventral permite a redução anatômica precisa para descompressão; o uso de pinos transarticulares para a estabilidade; As técnicas de estabilização ventral são utilizadas com a finalidade de fusionar o atlas com o axis ou para reparação de fraturas; 26 A fixação ventral é preferível à dorsal, pois permite a visualização das articulações atlantoaxial, do processo odontóide do axis e da medula espinhal; Técnica facil, rápida, segura e eficaz envolvendo colocação de fios de Kirschner ou parafusos através da articulação C1 e C2 As complicações associadas ao acesso ventral incluem: Paralisia laríngea Colocação impropria de implantes causando compressão da medula espinhal Fixação instável Falta de implante Disfagia secundaria Comprometimento respiratório durante o pós-operatorio. 27 Elevar, periostealmente, os músculos longos do pescoço a partir do aspecto ventral do atlas e do áxis; Identificar e abrir o par de articulações atlantoaxial; Dissecar a capsula articular para visualizar a cartilagem articular – Usar um backhaus para prender a parte média do C2 28 Colocar tração caudal sobre C2 para abrir a articulação atlantoaxial, possibilitando a remoção da cartilagem articular; Selecionar fios de Kirschner do tamanho apropriado e sem rosca ou pinos; Iniciar o primeiro pino perto da linha mediana no corpo caudoventral do áxis; Direcionar o pino medialmente para incisura alar – Furadeira; Colocar o segundo do mesmo modo. 29 Moldar o cuidadosamente o cimento para incorporar os pinos; Lavagem com solução salina fria para dissipar a calor polimerização – Sutura músculo, tecido e pele. 30 Foram desenvolvidas varias técnicas alternativas de estabilização atlantoaxial semelhantes à técnica do pino cruzado; Implante para distribuir forças sobre uma área maior – reduzir o risco de falta de fixação; 31 Vai ser feito o mesmo procedimento de inicio da anterior; Elevar, periostealmente, os músculos longos do pescoço a partir do aspecto ventral do atlas e do áxis; Identificar e abrir o par de articulações atlantoaxial; Dissecar a capsula articular para visualizar a cartilagem articular; Movimenta excessiva. 32 Colocar um parafuso de osso cortical na parte caudal do corpo de C2; Estimar tamanho por radiografia; 33 Colocar outro na parte cranial do C2; Girar o fio ortopédico em torno das cabeças de ambos os parafusos; 34 Manter a tração e a redução enquanto se atravessam dois fios de kirschner transarticulares pelas articulações atlantoaxiais; 35 Remoção dos fios; Colocar 3 parafusos corticais no arco ventral de C1; Colocar no espaço articular um enxerto de ossp esponjoso; Moldar com cimento sobre a extremidade expostas dos implantes; Lavar com solução salina e fechamento. 36 Prognóstico O prognóstico tratados cirurgicamente com acesso dorsal ou ventral está relacionado com sucesso ou falha dos implantes; Implantes falharem – Prognóstico Negativo Implantes Bem- sucedidos – Prognóstico favorável. 37 Referencias Bibliográficas STAINKI, Daniel Roulim; GARCIA, Fátima Simone; SILVA, Natércia Ribeiro. Instabilidade atlanto-axial em canino: breve revisão e relato de caso. Revista da FZVA, v. 6, n. 1, 1998. ZANI, Carolina Camargo et al. Instabilidade atlantoaxial em cães: fisiopatologia, abordagens clínico-cirúrgicas e prognóstico. Veterinária e Zootecnia, v. 22, n. 2, p. 163-182, 2015. LORIGADOS, Carla Aparecida Batista; DE ALMEIDA STERMAN, Franklin; PINTO, Ana Carolina B. Fonseca. Estudo clínico-radiográfico da subluxação atlantoaxial congênita em cães. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 41, n. 6, p. 368-374, 2004. STAINKI, Daniel Roulim; GARCIA, Fátima Simone; SILVA, Natércia Ribeiro. Instabilidade atlanto-axial em canino: breve revisão e relato de caso. Revista da FZVA, v. 6, n. 1, 1998. Cirurgia de pequenos animais – Thereza Welch Fossum 38 Obrigada !! 39
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