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2017312 224151 Apostila+ +Tutela+de+Urgência

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1º Bimestre
UNIDADE I - DA TUTELA PROVISÓRIA
1 INTRODUÇÃO
1.1 Noções básicas: tutela definitiva e tutela provisória
A compreensão completa do estudo da tutela provisória no contexto do Novo CPC exige um esforço inicial no sentido de esclarecer outra parte importante do léxico da ciência processual: a tutela definitiva, compreendida nas suas facetas satisfativa ou cautelar.
Neste sentido, compreende Didier que a tutela definitiva deve ser compreendida enquanto um direito obtido com base na cognição exauriente – debatendo de maneira contundente e profunda o objeto da decisão –, à luz dos direitos e das garantias fundamentais, em especial o devido processo legal e seus corolários – contraditório e ampla defesa. Prestigia, assim, a segurança jurídica cristalizada pela imutabilidade conduzida pela coisa julgada.[1: DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol.2. Salvador: Juspodium, 2016, p.575, 2016.]
	
TUTELA DEFINITIVA
	Satisfativa: “[...] visa certificar e/ou efetivar o direito material. Predispõe-se à satisfação de um direito material com a entrega do bem da vida almejado. É a chamada tutela – padrão”.[2: Op.cit., p.576.]
	
	Cautelar: “[...] tutela definitiva não-satisfativa, de cunho assecuratório, para conservar o direito afirmado, e, com isso, neutralizar os efeitos maléficos do tempo [...] não visa a satisfação de um direito (ressalvado, obviamente, o próprio direito à cautela), mas, sim, a assegurar a sua futura satisfação, protegendo-o”.[3: Idem.]
Obs.: A doutrina ainda aponta que há dois tipos diferentes de tutela satisfativa: a tutela de certificação de direitos (declaratória, constitutiva e condenatória), e a tutela de efetivação dos direitos (tutela executiva, em sentido amplo).
Por sua vez, a tutela provisória é proferida mediante cognição sumária, o juiz não possui acesso a todos os elementos de convicção a respeito de determinada controvérsia jurídica – excepcionalmente, todavia, também pode ser proferida mediante cognição exauriente, por intermédio de uma sentença. Por sua vez, Cássio Scarpinella define a tutela provisória como o conjunto de técnicas que permite ao magistrado, na presença de determinados pressupostos, que gravitam em torno da presença da “urgência” ou da “evidência”, prestar tutela jurisdicional, antecedente ou incidentalmente, com base em decisão instável (por isto, provisória), apta a assegurar e/ou satisfazer, desde logo, a pretensão do autor.[4: BUENO, 2015, p. 469.]
Assim, disciplinado desde o artigo 294 ao artigo 311 do NCPC, a tutela provisória possui como finalidade lidar um bem indispensável a vida em sociedade: o tempo.
1.2 Espécies
	Tutela provisória (Arts. 294 – 311 CPC)
	Tutela de urgência (Arts.300-310 CPC)
	Tutela de evidência (Art.311 CPC)
	Antecipada (Arts.300-303 CPC)
	Cautelar (Arts.300-303 CPC)
	
	Antecedente (Arts.303-304 CPC)
	Incidental
	Antecedente (Arts.305-310 CPC)
	Incidental
	
Art. 294.  A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único.  A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
	NOTA DO AUTOR: CÁSSIO SCARPINELLA BUENO
Para chegar no ponto, prezado leitor, convém evidenciar as classificações sugeridas pelos precitados dispositivos com relação à tutela provisória e que permitem a visualização de três espécies: a fundada em urgência ou em evidência; a antecedente a incidente e, por fim, a antecipada e a cautelar. 
Quanto ao fundamento, a tutela provisória pode ser de urgência ou de evidência (art. 294, caput). A tutela provisória de urgência ocupa a maior parte dos dispositivos, arts. 300 a 310, que corresponde ao Título II do Livro V da Parte Geral. A tutela provisória de evidência restringe-se a um só, o art. 312, equivalente ao Título III. 
O parágrafo único do art. 294 apresenta para a tutela provisória de urgência duas espécies: a antecedente ou a incidente e a cautelar e a antecipada. A distinção entre antecedente e incidente leva em conta o momento em que re- querida a tutela provisória, se antes ou durante o processo. Será antecedente a tutela provisória fundamentada em urgência requerida antes do processo. 
[...][5: BUENO, Cássio Scarpinella. Curso de Direito Processual Civil. São Paulo: Saraiva, 2015, p.469-474.]
2 Disposições gerais da tutela provisória
2.1 Competência
Para tecer considerações sobre competência é necessário fazer referência aos dois momentos passíveis: incidente e antecedente.
Quando for o caso de pedido incidental, o juízo competente será o mesmo da “causa”, ou seja, o juízo no qual corre o procedimento no qual será formulado em sede incidental a requisição.
Por sua vez, no caso de tutela provisória antecedente – ou seja, quando ainda não há um processo em curso – o juízo competente será o que seria o recorte funcional apto para conhecer do pedido principal.
Deve-se atentar para a peculiaridade do parágrafo único do artigo 299, CPC:
Art. 299.  A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único.  Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.
2.2 Motivação
Ao certo, o proferimento em sede provisória, que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela deverá ser fundamentada. Desde já, resta claro que a distinção entre fundamentação e motivação corresponde a uma postura adequada inserida na “Teoria da Decisão”, todavia, não compete ao trabalho discorrer sobre estas filigranas.
Tendo em observância isso, tomemos no trabalho a motivação como dever decorrente do mandamento de fundamentação inserido no artigo 93, IX, da Constituição – um modelo constitucional do procedimento civil. 
Assim, a exposição dos fatos, fundamentos e razões deve ser acompanhada por uma posição que tome a hermenêutica enquanto atividade contínua do magistrado, não somente na concessão da medida provisória, como em qualquer momento do processo. Clareza e precisão são dois apontamentos que o artigo 298, CPC, insiste em mencionar: a razão é simples, evitar concessões provisórias demasiadamente sucintas, que não exponham as reais razões por trás dos conceitos jurídicos.
Art. 298.  Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
	NOTA DO AUTOR: LENIO LUIZ STRECK
“Daí que, para a hermenêutica é comum a afirmação de que o dito sempre carrega consigo o não dito, sendo que a tarefa do hermeneuta é dar conta, não daquilo que já foi mostrado pelo discurso (logos) apofântico, mas sim daquilo que permanece retido – como possibilidade – no discurso (logos) hermenêutico.
Portanto, para a hermenêutica, não faz sentido procurarmos determinar, de maneira abstrata, o sentido das palavras e dos conceitos, como fazem as posturas analíticas de cariz semântico, mas é preciso se colocar na condição concreta daquele que compreende – o ser humano – para que o compreendido possa ser devidamente explicitado. E esse é o ponto fulcral!”[6: STRECK, Lenio Luiz. O que é isto? Decido conforme minha consciência? Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012, p.40-41.]
2.3 Duração da tutela provisória
Neste ponto devemos destacar a característica da provisoriedade. Dito de outra forma, quando mencionamos a questão da tutela provisória em termos de sua duração, queremos falar, em verdade, da sua eficácia. Neste sentido, cabe a literatura do artigo 296, CPC. Assim, mantém sua duração enquanto o processo se desenvolver.
Outrossim, é de bom alvitre mencionar que – em concordância com uma interpretação sistêmica que toma por base o artigo 314 – nos casos de suspensão processual a eficácia serámantida, vide o parágrafo único do artigo 296, CPC.
Art. 296.  A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único.  Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
2.4 Cautela e antecipação: o dever-poder geral de asseguramento e de satisfação
O CPC autoriza, em sede do artigo 297, que o magistrado tenha um poder – também considerado como um dever, tendo em observância a necessidade de asseguramento/satisfação e os próprios motes/escopos do processo em sede de Estado Democrático de Direito – de conceder medidas para adequadas para conferir efetividade ao condão nuclear da tutela pretendida, nas palavras de Cássio Scarpinella, As “medidas que [o juiz] considerar adequadas [...] devem, por isto mesmo, ser entendidas amplamente para viabilizar que [...] o magistrado crie condições efetivas para assegurar direitos [...].”[7: BUENO, p.480-481.]
O parágrafo único, por sua vez, aponta a necessidade de observância das regulamentações próprias do cumprimento provisório da sentença.
Art. 297.  O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único.  A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
2.5 Decisões interlocutórias sobre tutela provisória: recursos
De acordo com a literalidade do artigo 1015, CPC, as decisões que tenham por finalidade conferir efeitos concretos ao condão provisório são recorridas por agravo de instrumento quando proferidas em primeira instância.
Por sua vez, no caso de decisões monocráticas, a via de recorribilidade adequada é o agravo interno, de acordo com o artigo 1021, CPC.
Art. 1.021.  Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
[...]
3 DA TUTELA DE URGÊNCIA
3.1 Pressupostos
Para fim de concessão da tutela de urgência são necessários dois elementos:
	Probabilidade do Direito (Fumus Boni Iuris)
	Perigo de Dano ou o risco ao resultado útil do processo (Periculum in mora)
É de bom alvitre lembrar que a necessidade de caução é casuística, é depende de avaliação do magistrado quanto ao bem levado em juízo, vide a literatura do artigo 300, CPC:
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
	NOTA DO AUTOR: CÁSSIO SCARPINELLA BUENO
A despeito da conservação da distinção entre “tutela antecipada” e “tutela caute- lar” no CPC de 2015, com importantes reflexos procedimentais, é correto entender, na perspectiva do dispositivo aqui examinado, que os requisitos de sua concessão foram igualados. 
Não há, portanto, mais espaço para discutir, como ocorria no CPC de 1973, que os requisitos para a concessão da tutela antecipada (“prova in- equívoca da verossimilhança da alegação”) seriam, do ponto de vista da cognição jurisdicional, mais profundos que os da tutela cautelar, perspectiva que sempre me pareceu enormemente artificial. 
Nesse sentido, a concessão de ambas as tutelas de urgência reclama, é isto que importa destacar, a mesma probabilidade do direito além do mesmo perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo.[8: BUENO, p.486-487.]
Jurisprudência: STJ – RCD na AR 5879/SE:
PROCESSUAL CIVIL. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO RECEBIDO COMO AGRAVO INTERNO. AÇÃO RESCISÓRIA (ART. 966, VIII, § 2º, DO CPC/2015).
ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. AÇÃO INDENIZATÓRIA. PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA (ART. 300 DO CPC/2015). AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE PERICULUM IN MORA. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA.
1. Em preliminar, cumpre receber o pedido de reconsideração como agravo regimental.
2. Na hipótese em análise, o requerente busca a concessão de tutela de urgência nos termos do art. 300 do Código de Processo Civil de 2015 para que sejam suspensos os processos de execução do julgado que visa rescindir por meio da ação rescisória. A propósito, sustenta a plausibilidade do direito invocado na ação rescisória e a existência de prejuízo irreversível inerente à continuidade dos
processos de execução.
3. O artigo 300 do Código de Processo Civil de 2015 exige para a concessão da tutela de urgência a presença cumulativa dos requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, sendo que a ausência de qualquer dos requisitos referidos obsta a referida pretensão.
4. Ademais, impende destacar que o ajuizamento de ação rescisória não impede o prosseguimento da decisão que visa ser rescindida, nos termos do artigo 966 Código de Processo Civil de 2015: "A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória."
[...]
3.2 Audiência de justificação e irreversibilidade: o que fazer?
Em termos de contraditório, a tutela de urgência pode ser concedida de maneira liminar e sem a oitiva da parte contrária, ou após justificação prévia. A modulação do contraditório, com a concessão in limine, será dosada a partir da casuística em sua efetividade, ou seja, a partir da sobreposição da relevância do direito material em relação ao processual.
Caso contrário, haverá a necessidade de se autorizar uma audiência de justificação prévia, para que o requerente da tutela produza lastro probatório relativa aos requisitos que autorizam a concessão da medida.
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
[...]
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Conforme visto acima, inserido no parágrafo terceiro do artigo 300, CPC, a medida antecipada de urgência não deve ser concedida quando houver indícios de que a decisão possa gerar efeitos irreversíveis.
3.3 Quais medidas podem ser adotadas?
Em que pese possível dúvida que possa soar nas mentes dos estudantes de direito, bem como dos operadores que não buscarem atualizações sobre a questão da urgência, é necessário afirmar que as medidas do artigo 301, CPC, são meramente ilustrativas.
Dito de outro modo, são medidas sugestivas para a tutela provisória urgente e de natureza cautelar. 
Art. 301.  A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
	NOTA DO AUTOR: CÁSSIO SCARPINELLA BUENO
E para o prezado leitor que quer saber o que está por trás dos nomes empregados pelo art. 301, não custa saciar a sua curiosidade, levando em conta o que, nessa perspectiva, sempre foi bem aceito pela doutrina e jurisprudência do CPC de 1973, quanto às finalidades daquelas medidas: 
arresto é (era) medida que quererá salvaguardar o resultado útil do cumprimento de sentença ou do processo de execução em se tratando de obrigações de pagar dinheiro; sequestro tem(tinha) final- idade idêntica só que dizendo respeito a obrigações de entrega de coisa; arrola- mento de bens é(era) medida destinada à identificação e à conservação de bens e protesto contraalienação de bens, a comunicação formal de uma determinada manifestação de vontade, aqui, a alienação patrimonial. Se, a despeito de todo o esforço argumentativo em direção à desnecessidade daqueles nomes, prevalecerem as finalidades acima indicadas, menos mal. 
Isto não quer dizer, contudo, que a ênfase para o devido alcance do art. 301 não resida na cláusula geral que termina o dispositivo. Em suma: é importante que doutrina e jurisprudência preocupem-se menos com a literalidade das técnicas enunciadas no art. 301 – afastando-as de qualquer saudosismo de seus pressupostos no âmbito do CPC de 1973 – e mais com a viabilidade de pleno exercício do “dever-poder geral de cautela” pelo magistrado com fundamento na parte final do dispositivo, o que, de resto, já está suficientemente garantido nos incisos XXXV e LXXVIII do art. 5º da CF. 
3.4 A responsabilidade e a tutela de urgência
Seja para concessão de tutela incidental ou antecedente, cautelar ou antecipada, a responsabilidade inserida nos incisos do artigo 302, CPC, deve ser observada como uma forma de tentativa de controle para além da quantificação dos danos processuais.
Assim, a parte responderá pelo prejuízo – ou possível prejuízo – que a efetivação da tutela de urgência puder causar à parte contrária nos casos em que: a) a sentença lhe for desfavorável; b) obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; c) ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; d) o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Art. 302.  Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único.  A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.
	NOTA DO AUTOR: CÁSSIO SCARPINELLA BUENO
O parágrafo único do art. 302 dispõe que indenização será liquidada (apurada) nos autos em que a medida tiver sido concedida sempre que possível. Se não for – e a prática mostrará muitas razões para tanto –, a postulação respectiva será exercitada em outros autos (físicos ou eletrônicos), o que não significa que haverá novo “processo” nem outra “ação” para aquela finalidade. 
Uma vez apurado o valor dos prejuízos, o procedimento a ser observado é o do cumprimento de sentença, definitivo ou provisório, consoante o respectivo título executivo tenha, ou não, transitado em julgado. [9: BUENO, p.493-494.]
4 TUTELA ANTECIPADA E SUA REQUISIÇÃO ANTECEDENTE
Quando for caso da parte propor uma tutela provisória antecipada fundamentada em urgência – requisitada antes do processo. É o que autoriza o artigo 303, CPC, que menciona:
Art. 303.  Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
4.1 Petição inicial, concessão e não concessão da tutela
Para compreender a formulação da exordial, devemos abordar que, quando a fator urgente for concomitante à propositura da ação – do protocolo – o autor pode limitar-se a fazer a peça vestibular no qual requeira a tutela antecipada – indicando também a final, expondo as razões da lide –, constando o direito que almeja realizar, bem como os requisitos de dano ou risco ao resultado do processo. 
Art. 303 [...]
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Conforme menciona Scarpinella (2015, p.489 e ss.), Se concedida a tutela antecipada, o autor deve aditar a petição inicial, complementando a sua argumentação, juntando, se for o caso, novos documentos, confirmando a requisição, tudo no prazo de quinze dias, salvo se o magistrado não conceder prazo maior.
Se não concedida, será determinada ao autor a emenda da petição inicial no prazo de até cinco dias. Se, por sua vez, não houver aditamento da inicial, o processo será extinto sem resolução de mérito (extinção do processo que teve início, insisto, com o registro da petição inicial em que o autor requereu a tutela antecipada antecedente)
4.2 Estabilização da tutela provisória
A decisão torna-se estável se não houver interposição do respectivo recurso, vide os termos do artigo 304, CPC, a saber:
Art. 304.  A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o.
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.
	NOTA DO AUTOR: CÁSSIO SCARPINELLA BUENO[10: BUENO, 2015, p.490 e ss.]
“A que recurso refere-se o dispositivo? Se se tratar de processo na primeira instância, o recurso cabível é, inequivocamente, o de agravo de instrumento (art. 1.015, I). Se a tutela antecipada antecedente for pleiteada perante algum Tribunal – em casos em que aqueles órgãos jurisdicionais ostentem competência originária –, a decisão muito provavelmente será monocrática. Como tal, contra ela cabe agravo interno (art. 1.021). Na eventualidade de se tratar de acórdão, não custa aventar esta possibilidade, contra ele caberá recurso especial e/ou extraordinário, consoante o caso. 
Friso o entendimento do n. 6.2, supra, de que a legítima incidência da conse- quência prevista no art. 304 (a estabilização)pressupõe que o mandado de citação e de intimação expedido ao réu para os fins do inciso II do § 1º do art. 303 contenha expressamente a advertência de que a não interposição do recurso significará a estabilização da tutela concedida em seu desfavor. 
[...]
Superadas as questões derivadas do caput e do § 1º, os demais parágrafos do art. 304 pressupõem a tutela antecipada já estabilizada e disciplina o que as partes – qualquer uma delas, a que tenha requerido ou a em face de quem se tenha requerido a tutela provisória, portanto – podem, querendo, fazer com relação àquela decisão. 
De acordo com o § 2º do art. 304 qualquer das partes demande a outra “... com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput”. Para este fim, qualquer das partes poderá “... requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida” (art. 304, § 4º). 
5 TUTELA CAUTELAR E SUA REQUISIÇÃO EM CARÁTER ANTECEDENTE
Conforme observamos da literatura dos artigos 305-310 do NCPC, os dispositivos são muito próximos ao que se conhecia como processo cautelar antecedente, com peculiaridades da nova interpretação dada pela mentalidade pós-2015 em termos de procedimento.
Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único.  Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Art. 306.  O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.
Art. 307.  Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único.  Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.
Art. 308.  Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
§ 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
§ 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Art. 309.  Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único.  Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
5.1 As atitudes iniciais, apresentação do pedido nuclear e indeferimento
Uma vez o ato de recebimento da inicial o magistrado determinará prazo para contestação, 5 dias, e para apresentação de contra provas. Se, por acaso, o réu não apresentar a devida defesa, os fatos podem, conforme a literatura do artigo 307, CPC, serem presumidos verdadeiros.
Se houver contestação no caso, aplica-se o dispositivo do parágrafo único do art.307, CPC, observando o procedimento comum que couber.
	NOTA DO AUTOR: CÁSSIO SCARPINELLA BUENO[11: BUENO, 2015, p.495 e ss.]
Efetivada a “tutela cautelar”, o “pedido principal” deve ser formulado pelo autor no prazo de trinta dias nos mesmos autos, sem adiantamento de novas custas processuais, tudo consoante determina o caput do art. 308.
O “pedido principal” a que se refere o dispositivo deve ser compreendido no sentido do objeto (o bem da vida) sobre o qual o autor requer recaia a tutela jurisdicional para além da tutela cautelar que já lhe foi concedida. [...]Ainda tratando do “pedido principal”, permite o § 2º do art. 308 que a causa de pedir seja aditada quando da formulação do “pedido principal”. 
O § 3º do art. 308, por sua vez, dispõe que, apresentado o “pedido principal”, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação (art. 334). 
A intimação será feita a seus advogados ou pessoalmente, dispensada nova citação do réu, que já integra o processo para todos os fins desde sua citação para os fins do art. 306.  
[...]O § 1º do art. 308 permite que o pedido principal seja formulado juntamente com o pedido de “tutela cautelar”. Neste caso, a melhor interpretação é de que deve ser observado, desde logo, o procedimento comum, citando-se o réu para comparecer à audiência de conciliação ou mediação, independentemente do segmento recursal que, porventura, tenha início contra a decisão concessiva (ou negatória) daquela tutela. [...]
De acordo com o art. 310, não obstante o indeferimento da “tutela cautelar”, a parte poderá formular o “pedido principal”, observando o art. 308, cujo julgamento não estará prejudicado pela anterior rejeição e que não necessariamente influenciará na análise daquele pedido. A única hipótese em que a interferência de um no outro é admitida reside no reconhecimento da decadência ou da prescrição. Nestes casos, aquele reconhecimento é considerado resolução de mérito e, como tal, apto a inviabilizar nova apreciação do mesmo direito. 
5.2 Duração
De acordo com o artigo 309, são elementos que cessam a eficácia da tutela conferida pelo ente judicante os seguintes fatos: não dedução do pedido principal tempestivamente; não efetivação em 30 dias; ou julgamento improcedente do pedido principal formulado do autor (ou extinção do processo sem julgamento do mérito).
6 TUTELA DE EVIDÊNCIA: SUA DEFINIÇÃO E APLICABILIDADE
A partir do artigo 311, NCPC, o legislador da nova norma processual preocupou-se em apontar as filigranas da tutela de evidência. Interpretamos, aqui, evidência como uma forma mais genérica do que a etimologia da palavra possa a soar: pela dispensa de demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, verificamos a probabilidade do merecimento da tutela jurisdicional.
	NOTA DO AUTOR: CÁSSIO SCARPINELLA BUENO[12: BUENO, 2015, p.500 e ss.]
As hipóteses de tutela da evidência estão nos incisos do art. 311: (i) abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte; (ii) apresentar alegações de fato passíveis de comprovação apenas documental desde que haja tese firmada em julgamento de casos repetitivos (art. 928) ou em súmula vinculante; (iii) pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa, hipótese que, bem entendida, corresponde à “ação de depósito” que, no CPC de 1973, era disciplinada como um dos procedimentos especiais, em seus arts. 901 a 906, e (iv) petição inicial instruída com prova docu- mental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não opon- ha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
A situação do inciso I do art. 311 merece ser compreendida levando em conta a exigência genérica do caput do art. 300 no sentido de haver elementos que eviden- ciem a probabilidade – sempre entendida no sentido de maior juridicidade – do direito. 
O que o caput do art. 311 dispensa nocaso é a “demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo” e não a circunstância de o direito do requerente da tutela ser mais “evidente” – ou, como acabei de escrever, mais merecedor de tutela jurisdicional – que o do requerido. Isto porque o mal comportamento do réu (abusando do direito de defesa ou atuando de modo procrastinatório) nada diz sobre a maior ou a menor juridicidade do direito do autor. [...] por ser da evidência, pressupõe este elemento (juridicidade do direito), a 
despeito de dispensar aquele (perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo). 
As demais hipóteses do art. 311, incisos II a IV, não trazem maiores dúvidas sobre a configuração da “evidência” do direito. Todas elas exigem do autor a demonstração da maior juridicidade de seu direito, adaptando a exigência genérica do caput do art. 300 os requisitos específicos.
O parágrafo único do art. 311 admite, ainda, que as hipóteses dos incisos II e III sejam “decididas liminarmente”, o que deve ser entendido como a possibilidade de o magistrado, diante de seus respectivos pressupostos conceder a tutela provisória antes e independentemente da prévia oitiva do réu. A previsão encontra eco no inciso II do parágrafo único do art. 9º
É possível a decisão liminar no caso da tutela de evidência? O parágrafo único do artigo 311, CPC, é bem claro ao mencionar que quando se tratar de alegações de fato que puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante, ou se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa, não é possível a decisão liminar por parte do magistrado, em razão não somente da natureza do objeto, mas da própria opção sistemática do legislador.
Outra questão deve ser feita: é possível que a tutela da evidência torne-se estável, nos moldes do art. 304? Sim, com fundamento incisos II ou III do art. 311, que, de acordo com o parágrafo único daquele mesmo dispositivo, aceitam a ocorrência da hipótese do art. 303. 
Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
REFERÊNCIAS
BUENO, Cássio Scarpinella. Curso de Direito Processual Civil. São Paulo: Saraiva, 2015.
DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol.2. Salvador: Juspodium, 2016, 2016.
STRECK, Lenio Luiz. O que é isto? Decido conforme minha consciência? Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.
Tutela de Urgência e Processo Coletivo

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