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1 Fatores Psicomotores 1

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FATORES PSICOMOTORES
Profa. Fátima Brito
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DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
O desenvolvimento humano inclui aspectos relativos aos componentes físico, motor, cognitivo, afetivo-social ou relacional.
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DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
No início, a relação da criança com o mundo dos objetos é mediada pelos adultos;
É com a ajuda do adulto, que a criança assimila habilidades que foram construídas pela história social ao longo dos anos;
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Fatores que influenciam o Desenvolvimento Motor
Desenvolvimento humano
Aspectos psicomotores
Aspectos Cognitivos
 Aspectos afetivos
Maturação
Adaptação
Crescimento
Experiência
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FATORES PSICOMOTORES
Tônus
Equilíbrio postural
Esquema Corporal
Dominância Lateral ou Lateralidade
Noção Espacial
Noção Temporal
Praxia Global
Praxia Fina
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TONICIDADE
Tensão fisiológica dos músculos que garante equilíbrio estático e dinâmico, coordenação e postura em qualquer posição adotada pelo corpo, esteja ele parado ou em movimento. 
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TONICIDADE
Exemplo: a maioria das pessoas portadoras da Síndrome de Down possui uma hipotonia, ou seja, uma tonicidade ou tensão menor do que a normal, o que faz com que haja um aumento da mobilidade e da flexibilidade e uma diminuição do equilíbrio, da postura e da coordenação.
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DESENVOLVIMENTO DO EQUILIBRIO
EQUILÍBRIO POSTURAL
Ele está diretamente associado aos exercícios de consciência e controle do próprio corpo;
Ele pode ser alcançado através de exercícios de equilíbrio e coordenação;
Em alguns casos basta incentivar o estabelecimento na criança de hábitos simples;
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DESENVOLVIMENTO DO EQUILIBRIO
EQUILÍBRIO POSTURAL
Em outros casos tem que ser alcançado um estado de tomada de consciência e de uma educação real do equilíbrio postural.
O equilíbrio é a base de toda a coordenação dinâmica global;
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DESENVOLVIMENTO DO EQUILIBRIO
EQUILÍBRIO POSTURAL
O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico;
O equilíbrio estático exige muita concentração e seu controle se faz importante para uma futura e adequada aprendizagem;
Suas formas de ação referem-se à capacidade de sustenta-se em diferentes situações; 
Seu domínio implica o controle da postura.
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DESENVOLVIMENTO DO EQUILIBRIO
EQUILÍBRIO POSTURAL
O equilíbrio dinâmico está em estreita relação com a constituição das funções tônico-motoras, com os membros e os órgãos.
“O equilíbrio necessita de uma estruturação do esquema corporal e uma integração e perfeição dos mecanismos neuropsicomotores” (Alves, 1981).
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EQUILIBRIO
Responsável pelos ajustes posturais antigravitários, estabelecendo autocontrole nas posturas estáticas e no desenvolvimento de padrões locomotores
 O controle na postura bípede se desenvolve por volta dos 12 meses aos 2 anos de idade.
A criança é capaz de manter o equilíbrio com os olhos fechados por volta dos 7 anos, sendo que esta habilidade é refinada com a idade
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DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
NOÇÃO DE CORPO: IMAGEM CORPORAL E ESQUEMA CORPORAL
IMAGEM CORPORAL – É a representação mental que fazemos (temos) de nosso corpo
ESQUEMA CORPORAL - É a integração da imagem corporal ao conceito de corpo em movimento, nunca se repetindo e ligando-se ao modelo postural do corpo. (Schimid, 1997)
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DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
O esquema corporal é a organização das sensações relativas ao seu próprio corpo em relação aos dados do mundo exterior (Le Boulch);
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DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
O esquema corporal desenvolve-se de forma lenta e gradual ao longo do processo de desenvolvimento da criança, terminando aproximadamente por volta dos 11/12 anos;
É importante a inclusão de atividades que visem o desenvolvimento da conscientização corporal durante os anos escolares iniciais.
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DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
 Os exercícios de percepção e educação dos diferentes elementos do próprio corpo, devem ser desenvolvidos em dois níveis:
Nível da consciência e do conhecimento da criança: conhecer as partes do corpo, saber diferenciá-las e perceber suas atribuições (para que servem);
Nível de controle de si mesmo: alcançar independência de seus movimentos e sentir seu corpo mais disponível para a execução de ações diversificadas.
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ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
PRIMEIRA ETAPA: CORPO VIVIDO (até os 03 anos)
 Esta etapa corresponde a fase da inteligência sensório-motora de Piaget. A criança sente o meio ambiente como fazendo parte dela mesma. 
A criança não tem consciência do “eu”.
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ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
PRIMEIRA ETAPA: CORPO VIVIDO (até os 03 anos)
 A etapa é marcada pela experiência vivida pela criança, pela exploração do meio. Ela passa pela fase do conhecimento das partes do seu corpo, através da sensação de cada segmento.
No final desta etapa já há uma imagem do corpo pois o “eu” se torna unificado e individualizado.
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ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
SEGUNDA ETAPA: CORPO PERCEBIDO OU “DESCOBERTO” (03 aos 07 anos)
 A criança desenvolve a função de “interiorização” (ela desloca sua atenção do meio para seu corpo com o objetivo de tomar consciência de alguma coisa). Sua atenção está centrada no seu próprio corpo.
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ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
SEGUNDA ETAPA: CORPO PERCEBIDO OU “DESCOBERTO” (03 aos 07 anos)
 A criança possui um maior domínio do corpo e consegue ter movimentos mais coordenados dentro de um espaço e tempo determinados.
Ela descobre sua dominância e seu eixo corporal. Seu espaço e tempo são orientados a partir de seu próprio corpo. Ocorre a assimilação de conceitos como embaixo, em cima, direita, esquerda, etc.
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ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
TERCEIRA ETAPA: CORPO REPRESENTADO (07 a 12 anos)
 A criança já adquiriu as noções do todo e das partes do seu corpo (pode ser visto em sua verbalização e no desenho da figura humana);
Possui um controle e um domínio corporal mais desenvolvido.
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ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
TERCEIRA ETAPA: CORPO REPRESENTADO (07 a 12 anos)
 A imagem mental do corpo em movimento ocorre a partir de 10/12 anos, onde ela atinge uma representação mental de uma sucessão motora;
A criança passa a antecipar a imagem. Ela programa mentalmente suas ações em pensamento.
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ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
TERCEIRA ETAPA: CORPO REPRESENTADO (07 a 12 anos)
 Há uma descentralização do corpo e ela consegue ter pontos de referência externos ao próprio corpo.
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DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
Uma boa estruturação do esquema corporal é de fundamental importância para o desenvolvimento psicomotor da criança, pois vários outros fatores psicomotores dependem do esquema corporal, tais como: o equilíbrio, a coordenação viso-motora, a percepção de movimentos e estruturação espaço-temporal.
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DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
O processo de integração da noção de corpo pode ser visualizado no desenho do corpo humano durante o percurso de desenvolvimento da criança.
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DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
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DESENVOLVIMENTO DO ESQUEMA CORPORAL
Um sistema corporal bem desenvolvido requer:
Domínio corporal;
Conhecimento corporal;
Passagem para a ação.
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DOMINÂNCIA LATERAL OU LATERALIDADE
A lateralidade é uma dimensão da atividade motora humana marcada pela dominância de um lado corporal sobre o outro;
Um lado do corpo e, consequentemente, uma parte do cérebro assume uma ascendência nas variadas atividades motoras e perceptivas;
A lateralidade pode ser compreendida como a bússola do esquema corporal;
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DOMINÂNCIA LATERAL OU LATERALIDADE
Ao obter a consciência de sua lateralidade e conseguir identificar direita e esquerda, a criança terá mais facilidade de perceber os movimentos corporais no espaço e no tempo;
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DOMINÂNCIA LATERAL OU LATERALIDADE
A lateralidade não está vinculada ao conhecimento pela criança do que é direita e esquerda;
A noção de direita e
esquerda refere-se ao espaço externo do indivíduo (está ligada a noção espacial;
A lateralidade refere-se ao espaço interno;
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DOMINÂNCIA LATERAL OU LATERALIDADE
Durante o desenvolvimento, naturalmente se define a lateralidade e esta pode ser:
Lateralidade Homogênea
Lateralidade Cruzada
Ambidestra
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DOMINÂNCIA LATERAL OU LATERALIDADE
Lateralidade Homogênea
- Dominância destra ou canhota a nível de todas as observações (membros superiores, inferiores, olhos, ouvidos).
Lateralidade Cruzada
- Destra da mão, canhoto do pé, do olho e ouvido ou vice-versa.
Lateralidade ambidestra
- É tão hábil do lado esquerdo quanto do direito.
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A NOÇÃO ESPACIAL
A consciência espacial e a busca de um equilíbrio neste espaço é fundamental no desenvolvimento humano;
A noção espacial depende do esquema corporal, pois a partir das noções sobre seu próprio corpo ela progressivamente irá localizar os objetos em relação a si mesma e depois entre eles.
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A NOÇÃO ESPACIAL
“É a tomada de consciência da situação das coisas entre si. É a possibilidade, para a pessoa, de organizar-se perante o mundo que a cerca, de organizar as coisas entre si, de colocá-las em um lugar, de movimentá-las. É ter noção de direção e de distância em integração” (Bueno, 1991)
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A NOÇÃO ESPACIAL
A noção espacial permite a integração entre os elementos fundamentais da psicomotricidade: espaço/corpo/tempo;
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A NOÇÃO TEMPORAL
É a capacidade de situar-se em função:
Da sucessão de acontecimentos (antes, durante, após...);
Da duração dos intervalos (hora, minuto, rápido, lento);
Renovação cíclica de certos períodos (dias da semana, meses, estações...);
Do caráter irreversível do tempo (noção de envelhecimento, plantas e pessoas...)
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A NOÇÃO TEMPORAL
A noção temporal é uma relação abstrata e de difícil assimilação por parte da criança;
Ela está intimamente relacionada com a noção espacial;
Para a compreensão do tempo é fundamental a ação da memória;
“A noção temporal é o tempo ligado ao espaço e envolve o ritmo” (Fonseca, 1983).
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A PRAXIA GLOBAL
A praxia global está relacionada com a possibilidade de controle dos movimentos amplos de nosso corpo;
É ela que possibilita a contração e a descontração dos diferentes grupos musculares de forma independente, inibindo os movimentos parasitas, como as paratonias e sincinesias;
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A PRAXIA GLOBAL
A praxia global e a experimentação levam a criança a adquirir a dissociação de movimentos;
A praxia global está relacionada aos movimentos intencionais, organizados que envolvem todo o corpo ao mesmo tempo, devendo haver harmonia nos movimentos;
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A PRAXIA GLOBAL
Para um bom desenvolvimento da praxia global, as atividades devem seguir uma progressão, partindo de propostas mais simples para outras mais complexas e combinadas, seguindo do amplo para o específico;
A praxia global nos dá indicadores sobre a organização práxica da criança com reflexos nítidos sobre a eficiência, a proficiência e a realização motora;
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A PRAXIA FINA
A praxia fina corresponde a capacidade de controlar os pequenos músculos para a realização de exercícios refinados como: recorte, perfuração, colagem, encaixe, entre outros;
Esta praxia está relacionada aos movimentos delicados, os quais exigem fineza e precisão do gesto, sendo necessário também uma relação com os dados visuais e cinestésicos.
A praxia traduz-se pela precisão dos movimentos da mãos, dos pés e dos dedos e envolve também a visão. 
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