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TRABALHO SEMESTRAL DE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO ANIMAL Texto

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO - UNIRP 
 
 
 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
BRUNA APARECIDA BERTOSSI 
HELIVÉTON GALINDO DO AMARAL 
HUGO MEDICI PRADO 
JEFFERSON FÉLIX SILVA 
JEFERSON BUENO DE FREITAS 
NATALIA TONETE DE MELO 
VANDERLEI APARECIDO P. JÚNIOR 
VANILSON BASTOS 
 
 
 
 
 
 
VITAMINAS NA NUTRIÇÃO ANIMAL 
ÁCIDO FÓLICO, ÁCIDO PANTOTÊNICO, BIOTINA, COLINA E PP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 
2017 
 
BRUNA APARECIDA BERTOSSI 
HELIVÉTON GALINDO DO AMARAL 
HUGO MEDICI PRADO 
JEFFERSON FÉLIX SILVA 
JEFERSON BUENO DE FREITAS 
NATALIA TONETE DE MELO 
VANDERLEI APARECIDO P. JÚNIOR 
VANILSON BASTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITAMINAS NA NUTRIÇÃO ANIMAL 
ÁCIDO FÓLICO, ÁCIDO PANTOTÊNICO, BIOTINA, COLINA E PP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho acadêmico apresentado como 
requisito parcial para aprovação junto à 
disciplina Nutrição e Alimentação Animal 
do curso de Agronomia do Centro 
Universitário de Rio Preto - UNIRP. 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Rodolfo Marques de Brito 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 
2017 
 
 
RESUMO 
 
As vitaminas formam um importante grupo de substâncias orgânicas essenciais para 
o funcionamento dos organismos, e devendo ser disponibilizadas em dietas, já que 
não podem ser sintetizadas pelos organismos heterotróficos. Sendo provenientes de 
diversas fontes, as vitaminas, não formam uma classe homogênea e podem ser 
subdividas em dois outros grandes grupos: vitaminas hidrossolúveis, que são 
solúveis em água; e vitaminas lipossolúveis, só são solúveis em lipídeos. 
 
 
Palavras-chave: Vitaminas. Substâncias. Orgânicas. Organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 5 
 
2 ÁCIDO FÓLICO 5 
2.1 Generalidades 5 
2.2 Funções metabólicas 6 
2.3 Sintomas carenciais 6 
3 ÁCIDO PANTOTÊNICO 7 
3.1 Generalidades 7 
3.2 Funções metabólicas 7 
3.3 Sintomas carenciais 8 
4 BIOTINA 8 
4.1 Generalidades 8 
3.2 Funções metabólicas 9 
4.3 Sintomas carenciais 9 
5 COLINA 10 
5.1 Generalidades 10 
3.2 Funções metabólicas 10 
5.3 Sintomas carenciais 11 
6 VITAMINA PP 11 
6.1 Generalidades 11 
3.2 Funções metabólicas 12 
6.3 Sintomas carenciais 12 
7 CONCLUSÕES 13 
 
REFERÊNCIAS 13 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 As vitaminas, bem como os minerais, tem funções essenciais no 
metabolismo dos animais como, por exemplo, cofatores de enzimas e regulação de 
processos metabólicos os quais podem ser desencadeados e controlados por 
vitaminas. As quantidades requeridas pelo organismo são bem pequenas, porém 
vitais para os animais, e quando ingeridas nas quantidades adequadas podem 
otimizar o desempenho animal. 
 Ainda em comparação com os minerais, as vitaminas podem ser 
exigidas em quantidades superiores ao normal quando os animais estiverem com 
problemas de sanidade. 
Essas substâncias são divididas em dois grandes grupos que as 
distingue em relação à solubilidade sendo eles: o grupo das Vitaminas 
Hidrossolúveis – solúveis em água; e o grupo das Vitaminas Lipossolúveis – solúveis 
em lipídeos. 
Vitaminas hidrossolúveis podem ser sintetizadas por micro-
organismos do rúmen e pelos próprios animais, sendo sua suplementação na dieta 
uma questão ainda em discussão, uma vez que quase sempre só se utiliza a 
suplementação desse tipo de vitaminas, em especial a Niacina, na alimentação de 
vacas leiteiras de grande produção, então não há muito que se preocupar com elas. 
Já as vitaminas lipossolúveis são muito dependentes da dieta, 
mesmo que algumas delas possam ser sintetizadas no próprio organismo como é o 
caso da vitamina D que pode ser produzida na epiderme quando expostos ao sol. 
Apresentaremos a seguir algumas vitaminas. 
 
2 ÁCIDO FÓLICO 
 
2.1 Generalidades 
 
Também chamado de folacina, ácido pteroilglutâmico, ou ainda 
vitamina B9, o ácido fólico é um nutriente do complexo B, hidrossolúvel, que, 
segundo Andriguetto et al. (2002), traz em sua composição química um núcleo de 
pteridina, o ácido paraminobenzóico e o ácido glutâmico que é uma condição para a 
6 
 
atividade biológica do composto. Nos alimentos, parte do ácido fólico se encontra 
ligada a várias moléculas do ácido glutâmico, estando nesse momento em uma 
forma inativa, porém em alguns órgãos do corpo (fígado, pâncreas e rins) existem 
enzimas capazes de desfazer essas ligações, liberando assim a vitamina para 
realizar sua função primordial. O ácido fólico puro é um pó de coloração alaranjada. 
É encontrado na maioria dos alimentos (farelos de soja, alfafa, algodão, aveia, 
linhaça, farinha de fígado, dentre outros), especialmente nos vegetais verdes, em 
alguns órgãos do corpo e em microrganismos. 
 
2.2 Funções metabólicas 
 
O ácido fólico é importante na síntese de proteínas com função 
estrutural e hemoglobina, sendo ainda essencial ao metabolismo de compostos 
monocarbonados. Temos algumas reações específicas envolvendo o ácido fólico de 
compostos C1 como: degradação de histidina, síntese de bases nitrogenadas, 
síntese de grupamentos metil para muitos compostos como metionina, colina e 
timina. 
Agindo diretamente na produção de ácidos nucléicos, por meio da 
síntese das bases nitrogenadas,a deficiência dessa vitamina pode gerar danos 
sérios para o organismo como anemias. 
 
2.3 Sintomas carenciais 
 
Em um estado geral o animal (suínos, ratos, aves, patos, cobaias) 
pode apresentar inibição no crescimento e diminuição do apetite. Em aves, na pele e 
mucosa da cabeça as penas podem ficar eriçadas, pode ter o aparecimento de 
dermatite e despigmentação das penas em pintos e patinhos, além de paralisia 
cervical e perose nesses últimos. 
Frangos, coelhos e gatos podem ter anemia macrocitária, leucopenia 
e trombopenia. Pode ocorrer gastrenterite hemorrágica e degeneração gordurosa do 
fígado, e pintos, especialmente, podem apresentar diarreia branca e fluida. 
Suinos tem possibilidade de apresentar transtornos de reprodução e 
lactação, e aves, má eclodibilidade e má formação do bico. 
 
7 
 
3 ÁCIDO PANTOTÊNICO 
 
3.1 Generalidades 
 
O ácido pantotênico ou vitamina B5 é uma vitamina hidrossolúvel do 
complexo B, foi descoberto por Williams e seus colaboradores em 1933 sendo uma 
substancia importante para o crescimento de leveduras. Em 1938 Williams e seus 
colaboradores estabeleceram a estrutura do ácido pantotênico. Já em 1939 Jukes e 
Woolley apresentaram a semelhança entre o ácido pantotênico e o fator anti 
dermatite dos frangos. 
A identificação do ácido pantotênico aconteceu através de uma 
síndrome de deficiência conhecida como pelagra dos pintos, que acontecia após as 
aves serem alimentadas com uma dieta composta por caseína e milho e que só 
eram curadas com extratos de fígados. O nome vem do grego Panthos que significa 
de todos os lugares, pois o mesmo pode ser encontrado em diversos locais. 
O ácido pantotênico está presente na maioria dos alimentos 
(grandes quantidades em farelo de amendoim e trigo) e em quantidades razoáveis, 
porém em uma forma química na qual o animal não consegue aproveitar de forma 
integral, havendo assim a necessidade de suplementação dessa substância na 
dieta. 
 
3.2 Funções Metabólicas 
 
O ácido pantotênico é um constituinte da forma ativa da coenzima A, 
que encontramos em todos os tecidos. São importantes para o metabolismo de 
carboidratos, proteínas e gorduras, além de serem ricas em energia e ativar ácidos 
com pouca capacidade de ativação. Outra função do ácido pantotênico é a síntese 
de compostos vitais como hormônios, esteróis, fosfolipídios, anticorpos e 
metabolismo de medicamentos. 
Outra reação importante é a combinação com acetato formando o 
acetil-CoA que possui alta energia. Ele é utilizado em combinação com o ácido 
oxaloacético para formar o ácido cítrico que é um constituinte do ciclo de Krebs. O 
acetil-CoA derivado de gorduras e aminoácidos pode sofrer uma queima no final do 
8 
 
ciclo de Krebs e isso originara dióxido de carbono e agua como uma síntese de 
energia. 
 
3.3 Sintomas carenciais 
 
A falta dessa vitamina pode acarretar diversos sintomas, em geral 
são paralização do crescimento, diminuição do apetite e a má utilização dos 
alimentos em todos os animais. Na pele, pelos e plumas perdem a coloração em 
cães, ratos, raposas e aves. No sistema nervoso ocorre irritabilidade, colapso e até 
morte em cães, falta de coordenação dos movimentos, caminhar espasmódico, 
rígido, especialmente na parte superior (passos da parada) em suínos e cães. 
No aparelho digestivo os sintomas de carência são fígado graxo em 
aves, diarreias em suínos, cães e coelhos, ulceração e abscessos intestinais. E por 
fim, no sistema reprodutor acontece a reabsorção do feto e falha de lactação nos 
suínos além de mau desenvolvimento do aparelho reprodutor, crias fracas, 
debilidade muscular e falta de coordenação dos movimentos em leitões. 
 
4 BIOTINA 
 
4.1 Generalidades 
 
A biotina, também conhecida como vitamina H, vitamina B7 ou 
vitamina B8, é uma molécula da classe das vitaminas que funciona como cofator 
enzimático. É considerada uma vitamina do complexo B, essencial para bovinos. 
(Araújo et al., 2010) 
O grupo das carboxilases necessita da biotina para funcionar 
corretamente. Elas são as enzimas responsáveis pelo metabolismo de alguns 
lipídeos, proteínas e até carboidratos, e para que a suas formas inativas se tornem 
ativas é preciso que a biotina esteja anexada à lisina em um lugar específico dessas 
enzimas. Bactérias do rúmen e do intestino grosso podem sintetizar a biotina, 
entretanto, a quantidade produzida é muito variável limitada, pode ser oferecida na 
dieta em alimentos como farelo de algodão e girassol. 
 
9 
 
4.2 Funções metabólicas 
 
A biotina, no ciclo de Krebs, é o cofator da enzima piruvato 
carboxilase por ser uma molécula especializada no transporte de dióxido de carbono 
(CO2). Na reação catalisada pela piruvato carboxilase, a biotina capta uma molécula 
de CO2 e transfere-a para uma molécula de piruvato, formando oxaloacetato. 
Atua na formação de ácidos graxos, principalmente os de cadeia 
longa, por meio de uma série de reações de carboxilação e descarboxilação a partir 
da acetil CoA, além de entrar na síntese de proteínas. Dados mostram que, na falta 
da biotina, a biossíntese de albumina sérica e da enzima Amilase é diminuída, além 
de indiretamente afetar a produção de ácidos dicarbônicos, especialmente o ácido 
oxalacético, que depois de convertidos em outras substâncias, tornam-se fatores 
limitantes para a produção de algumas proteínas. 
 
4.3 Sintomas carenciais 
 
A carência se manifesta sempre por alterações na pele, 
acompanhada de sintomas não específicos como cansaço, falta de apetite, mal estar 
e outros. 
Numa visão geral há inibição do crescimento, diminuição do apetite 
– em suínos e aves – e paralisia das extremidades posteriores, o que resulta na 
impossibilidade do animal em se manter de pé. 
A pele – em aves – pode apresentar dermatite, inflamação do pé, 
crostas e ulcerações, aparecimento de rachaduras no bico e nas patas 
principalmente na planta do pé e dedos; em suínos – dermatite, perda de pelos, 
ulcerações na pele dos músculos e ventre, exsudato (leitões), rachaduras entre os 
dedos (cascos) e modificação no modo de andar do bicho. 
Diminui a eclodibilidade, há má formação embrionária do esqueleto, 
prejudica a aderência entre o 3° e 4° dedo do pé, e o bico de pintos pode crescer 
arqueado. Pode ocorrer também perose em frangos e patos. 
Alguns animais de interesse econômico são mais sensíveis à falta 
dessa vitamina, como é o caso dos perus que tem uma exigência de 2 a 3 vezes 
maior que frangos, e vacas leiteiras que tem o aumento da produção de leite 
associado à suplementação de biotina na dieta. 
10 
 
 
5 COLINA 
 
5.1 Generalidades 
 
Considerada como um nutriente essencial ao organismo animal, sua 
classificação é controversa, pois não se enquadra na classificação clássica das 
vitaminas e, em função disso, talvez essa designação não seja a correta. Alguns 
nutricionistas não consideram a colina como uma vitamina do complexo B, pois esta 
não participa no metabolismo como coenzima. A colina serve para a síntese de 
lecitina e de outros fosfolipídios que participam da estrutura das células e, 
consequentemente, dos tecidos. 
Tendo participação ativa na síntese da lecitina, esfingomielina e 
acetilcolina onde lecitina participa da absorção e transporte das gorduras no fígado e 
da posterior mobilização e transporte das gorduras hepáticas, além de estar 
presente nas membranas celulares. A esfingomielina participa no metabolismo 
nervoso e a acetilcolina é a substância mediadora da atividade nervosa, sendo 
responsável pela transmissão de estímulos nervosos (Bertechini, 2006). 
O fígado, farinha de peixe, solúveis de pescado, leveduras,solúveis 
de destilaria e torta de soja são ricos em colina. Altos níveis (100 – 600 mg / 100 g) 
estão presentes na maioria dos tecidos animais. A gema do ovo contém 
aproximadamente 1700 mg/ 100 g. Amplamente encontrada nos alimentos de 
origem animal, que são considerados as melhores fontes, e nos vegetais, 
particularmente nas sementes de oleaginosas. No entanto, as fontes proteicas de 
origem animal são as mais ricas nesta vitamina. 
 
5.2 Funções metabólicas 
 
Dentre suas funções, destacam-se: participação na construção e 
manutenção da estrutura celular. Além de suas próprias características, pode ser 
convertida no organismo em seu anidrido, a betaína, que é um importante doador 
dos grupamentos metil para muitas reações de transmetilação. 
11 
 
Ela pode ser acetilada para formar a acetilcolina, mediador da 
transmissão de impulsos nervosos. Possui atividade lipotrópica, prevenindo assim o 
acúmulo anormal de gordura no fígado e parece estar relacionada com um aumento 
da produção de fosfolipídios. 
 
5.3 Sintomas carenciais 
 
O primeiro sintoma de deficiência de colina é a diminuição na taxa 
de crescimento; em seguida, surge a perose em aves com 12 a 15 dias de idade. 
Essa perose se caracteriza inicialmente por pequenos pontos hemorrágicos na 
região tibiometatársica. Progressivamente, o tendão de Aquiles se desloca do 
côndilo, ocorrendo um engrossamento da articulação e posterior arqueamento do 
metatarso, levando a ave à dificuldade em se locomover (Macari e Berchieri Junior, 
2000). Porém a perose não é um sintoma significativo, já que pode aparecer na 
ocorrência de falta de uma série de outros nutrientes. 
Em muitas espécies pode-se observar o sintoma de fígado gordo, 
que ocorre com a carência da colina por ela ser uma vitamina com atividade 
lipotrópica – capacidade de uma substância se fixar à gordura e, assim, facilitar o 
metabolismo da mesma – e a continuidade da carência pode levar os animais jovens 
à cirrose. 
Outros sinais de carência de colina, contidos na literatura são: 
necrose hemorrágica do córtex renal, hemorragias oculares e regressão do tímus. 
 
6 VITAMINA PP 
 
6.1 Generalidades 
 
A niacina (PP), nome genérico da nicotinamida, também 
referenciada como ácido nicotínico, existente nos organismos sob a forma de duas 
coenzimas de extrema importância no metabolismo geral, em especial na 
degradação e síntese de glicídios e lipídios estruturais. Pode ser formada a partir da 
degradação de um aminoácido, o triptofano. Esta vitamina é fundamental a todos os 
animais, essencial ao metabolismo animal. 
12 
 
É a vitamina hidrossolúvel mais comumente adicionada às dietas 
de vacas leiteiras. A principal forma presente nas plantas é a niacina, entretanto a 
principal forma metabólica presente no organismo dos animais é a nicotinamida. 
 Relata-se que aproximadamente 50% das vacas leiteiras em 
rebanhos de alta–produção, passam por um estado cetótico durante o início da 
lactação. A niacina na alimentação de vacas tem sido mostrada por corrigir 
depressão na proteína do leite, induzida pela gordura e está presente nos farelos de 
amendoim, girassol, trigo e farinha de fígado. 
 
6.2 Funções metabólicas 
 
A atividade desta vitamina está relacionada com o metabolismo de 
carboidratos, lipídeos e proteína como coenzima a nicotinamida adenina 
dinucleotídeo (NAD). Nos ruminantes a niacina tem importância em reações para a 
detoxificação hepática e de cetonas em caso de cetose. 
A niacina possui um papel fundamental em mais de 100 funções 
necessárias no organismo e é especialmente importante para a produção de energia 
e dilatação dos vasos sanguíneos. A niacina também é necessária para a formação 
de hemácias, ajuda a manter a saúde da pele, regula o funcionamento digestivo e 
atividades cerebrais. Embora a niacina seja bastante instável nos alimentos, ela 
pode ainda ser destruída quando estes são moídos e processados. 
Depois, biologicamente, esta acaba por dar origem a duas 
coenzimas que costumam intervir na grande maioria das rações de óxido-redução, 
sendo estas a NAD+ (nicotinamide adenine dinucleotide - dinucleótido de 
nicotinamida e adenina) e a NADP+ (nicotinamide adenine dinucleotide phosphate – 
fosfato de dinucleótido de nicotinamida e adenina). Esta vitamina costuma ser 
chamada de PP por que Previne a Pelagra. 
 
6.3 Sintomas carenciais 
 
Na falta de niacina os animais podem apresentar um quadro clínico 
chamado doença dos 3 "D", composto por diarreia, demência e dermatite. A língua 
pode apresentar cor avermelhada, ulcerações e edema. Pode haver salivação 
excessiva e aumento das glândulas salivares. 
13 
 
Podem aparecer dermatites parecidas com queimaduras de pele 
(nos cães, a dermatite aparece mais especificamente em torno do abdômen e 
membros posteriores, e ocorre quando o alimento contém poucos ingredientes de 
origem animal e suplementos do grupo B), diarreia, esteatorréia, náuseas e vômitos. 
No sistema nervoso, aparecem manifestações como cefaleia, 
tonturas, insônia, depressão, perda de memória e, nos casos mais severos, 
alucinações, demência e alterações motoras e alterações neurológicas com períodos 
de ausência e sensações nervosas alteradas. 
 
7 CONCLUSÕES 
 
Conclui-se, analisando as funções das vitaminas hidrossolúveis e 
seus efeitos no metabolismo dos animais, que quando ingeridas em quantidades 
suficientes otimizam o desempenho e consequentemente a produtividade dos 
animais, evitando o desenvolvimento de doenças que podem ser fatais para eles. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ANDRIGUETTO, J. M. et al. Nutrição animal. São Paulo: Nobel, 2002. Vol.1. 
 
ARAÚJO, W. A. G.; LELIS, G. R.; TOUVERNARI, F. C. et al. Biotina na nutrição 
animal. Nutritime, v.7, n.1, p. 1150-1160, 2010. Disponível em < 
http://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/104V7N1P1150_1160JAN2010
_.pdf >. Acesso em: 17 mai. 2017. 
 
BAYER SAÚDE ANIMAL. Cetose. Disponível em < 
https://www.saudeanimal.bayer.com.br/pt/bovinos/doencas/visualizar.php?codDoenc
a=cetose >. Acesso em: 16 mai. 2017. 
 
BERTECHINI, A.G. Nutrição de monogástricos. Lavras: Ed. UFLA, 2006. 301 p. 
 
14 
 
DEFINIÇÃO TOTAL. Para que serve a vitamina B3 – niacina?. Disponível em < 
http://definicaototal.com.br/nutricao/niacina-qual-a-sua-funcao/ >. Acesso em: 21 ma. 
2017. 
 
LISBOA,M. de M et al. Uso De Colina Na Avicultura. Nutritime, v. 11, n. 6, p. 3755- 
3759, nov./dez. 2014. Disponível em < 
http://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/ARTIGO278.pdf >. Acesso em: 
03 mai. 2017. 
 
MACARI, M; BERCHIERI JUNIOR, A. Doenças das Aves, Campinas: FACTA, 
2000, p. 800. 
 
MEDEIROS, S. R. de; GOMES, R. da C.; BUNGENSTAB, D. J. Nutrição de 
bovinos de corte – fundamentos e aplicação. Brasília: Embrapa, 2015. 176 p. 
Disponível em < 
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/120040/1/Nutricao-Animal-livro-
em-baixa.pdf >. Acesso em 11 mai. 2017. 
 
MORGONNI, D. C. Efeitos de níveis elevados de ácido pantotênico na ração 
sobre o desempenho e características de carcaça de suínos, Piracicaba – SP. 
2006, 56f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura 
“Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006. Disponível em < 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-
02032007.../DouglasMorgoni.pdf >. Acesso em: 05 mal. 2017. 
 
NUTRIÇÃO JOYCE ROUVIER. Detoxificação hepática. Disponível em < 
http://nutricaojoyce.com.br/detoxificacao-hepatica/ >. Acesso em: 22 mai. 2017. 
 
PEREIRA, Ricardo. Importância alimentar das vitaminas. 2011. Disponível em < 
http://atividaderural.com.br/artigos/4ec64d31b02c1.pdf>. Acesso em: 14 mai. 2017. 
 
PORTAL SÃO FRANCISCO. Vitamina B5 – ácido pantotênico. Disponível em < 
http://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/vitamina-b5-acido-pantotenico >. 
Acesso em: 18 mai. 2017. 
15 
 
VITAMINAS BAYER. Vitamina B5. Disponível em < 
http://www.vitaminas.bayer.pt/scripts/pages/pt/vitamina-B5.php >. Acesso em: 15 
mai. 2017.

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