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Nome: Tais Ferrareto Calou Turma:MG1 RA:00201227 Disciplina: Filosofia Resenha Crítica sobre os Livros Dois, Três e Quatro da Obra República de Platão. Livro Dois: Ideias Principais Podemos notar no Segundo Livro que Platão descreve a importância de cada membro da sociedade na composição da cidade. E essa funcionalidade irá resultar na necessidade do Direito e do surgimento da Justiça. Nesse Livro Platão retoma a questão proposta no Primeiro Livro, na qual a discussão se dá em torno do fornecimento de uma justificativa para considerarmos a justiça boa por ela mesma. Apesar de Glauco permanecer confuso pelo peso da vida injusta, uma vez que Sócrates apresenta a argumentação dizendo que a vida dos injustos é mais fácil e de maior recompensa do que a vida justa e direita, então para o convencer das virtudes da justiça Glauco decidiu fazer o papel de Trasímaco. Entre os extremos opostos expostos por Glauco, a justiça é vista como falta de opção e não como um bem em si mesma. Ele sustenta que, tendo o justo a oportunidade e o poder de cometer injustiças, ele não hesitaria, ou seja, ninguém seria justo por vontade própria. O injusto, na argumentação de Glauco, é capaz de reverter-lhe uma situação desfavorável, se quer ser superior na injustiça, além do que o lado mais extremo da injustiça seria dissimulado, ou seja, parecer-se-ia justo não o sendo. Já o justo precisaria ser despojado de tudo – exceto da própria justiça – e que se faça dele o oposto do anterior. Sua virtude seria posta à prova, não se deixando enfraquecer por uma má fama e suas consequências. Nessa situação cresce a figura de Adimanto que solicita a Sócrates que não se atenha tão-somente na prova de que a justiça é superior à injustiça; ele pede que mostre os efeitos que cada uma produz por si mesma na alma onde se encontra; o que faz de uma ser um bem, e a outra, um mal. Assim Sócrates se utiliza do exemplo de uma cidade para a explicação que consiga simplificar a superioridade da justiça sob a injustiça. O exemplo se inicia na questão do por que as cidades são formadas e o que leva os homens a se unirem em sociedade. Podemos dizer que o princípio agregador dos homens é aquele da necessidade: dado as múltiplas necessidades de sobrevivência dos homens, estes se se juntariam de forma a dividir as tarefas de acordo com a aptidão de cada um. E a união dessas pessoas supriria as suas respectivas necessidades e essa forma de organização prosperaria. Entretanto Glauco protesta, pois, a descrição de Sócrates se refere a uma cidade de luxo, isto é, a uma cidade Sócrates discursa, então, no restante do Livro II e no Livro III, sobre uma cidade que não visa somente à autossuficiência, mas que, também, tem relações externas e que, portanto, está sujeita a conflitos com outras cidades. Nessa cidade teria origem uma nova necessidade: a defesa. Os homens destinados a suprir esta última seriam os guardiões. Livro Três: Ideias Principais Nesse Livro Sócrates continua o desenvolvimento do Segundo Livro e especifica a como seria a educação em suas temáticas de um guardião da cidade, censurando antigos poetas. Sócrates e Adimanto determinam um padrão de educação a ser seguido. Sócrates alega que estes homens não devem ser muito propensos ao riso, pois na maior parte das vezes em que alguém se entrega a um riso excessivo, este lhe provoca uma transformação da mesma forma excessiva, e seria inadmissível que se representem homens dignos de estima sob o domínio do riso. Há uma busca da matéria perfeita da poesia, das fábulas e mitos a custo da história. Os deuses e heróis devem se comportar no agir virtuosamente para que “não produzam na juventude uma forte predisposição para os atos maus” Muito se conversou também sobre o modelo de orador ideal, visto que estes influenciariam os homens. No seu estilo constaria a imitação e a narração simples. Contudo, dependendo da natureza do discurso, a imitação teria uma menor participação – isso aplicar-se-ia em discursos longos, e não admitir-se-ia queixas e lamentações. Na poesia, Platão também esmiúça o tema com Glauco, que é músico, dividindo a poesia em odes e canções e colocando a música em três elementos: letra, harmonia e ritmo. A partir de então, a poesia será vista sob este novo aspecto. A natureza do belo e do gracioso, a fim de que os nossos jovens, à semelhança dos habitantes de uma terra sadia, tirem proveito de tudo que os rodeia. Entretanto, se a educação discutida até então for feita, os jovens terão a prática da justiça no dia a dia, o que torna desnecessária a existência do juiz ou a justiça dos tribunais. Assim, finalmente se retorna ao tema da justiça do Livro II, depois de se ter chegado à sua origem, a educação. Da natureza dos juízes – no diálogo entre Sócrates e Glauco, chega-se à conveniência de que os juizes precisam não ser novos, mas velhos, tendo aprendido tarde o que é a injustiça e que a tenha conhecido sem apoderar-se dela; outrossim, estudando-a “como uma estranha” (104), na observação de outrem. O juiz precisa aprender a injustiça na sabedoria, e não através de sua própria experiência. O pensamento central da questão é que um homem de boa alma é necessariamente bom, e esse é o caráter ideal para capacitar um homem de julgar os outros. Livro Quatro: Ideias Principais Nesse Livro O livro IV começa do último tema do livro III, isto é, ainda falando dos guardiões e da sua condição de pobreza. Adimanto questiona se não estaria assim condenando os guardiões à infelicidade. Ao final da Obra o autor retoma alguns conceitos do Segundo e do Terceiro Livro. Porém começa com o por que dos juízes não poderem acumular riquezas, o que poderia fazer com que estes homens ficassem insatisfeitos frente a esse cenário. No entanto, Platão argumenta que a possibilidade de acumular riquezas faria com que os guardiões se desvirtuassem de sua função, deixando de ser, portanto, guardiões. A partir daí, Sócrates começa a demonstrar os efeitos de como as diferenças econômicas constituem dificuldades para a harmonia da cidade e sua defesa. Sua analogia é comparável ao do homem quando se dedica ou muito à música, isto é, à alma ou quando se dedica muito à ginástica. Desta maneira, a cidade deve se organizar como um corpo só, não podendo se dar ao luxo de disputas internas para o seu próprio enfraquecimento. Cada parte é crucial na cidade, portanto deve-se também dar importância ao todo da cidade, já que ela não pode ser muito pequena ao ponto de não ser auto-suficiente e não pode ser muito grande ao ponto de não ser unida.
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