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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Educação licenciatura- 1º semestre
inclusão, educação e diversidade
Cruz alta
2016
inclusão, educação e diversidade
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de: Filosofia da Educação e Pensamento Pedagógico, Organização do Trabalho Pedagógico, Psicologia da Educação e da Aprendizagem e Seminário da Prática II.
Professores: Mari Clair Moro Nascimento, Renata de Souza França Bastos de Almeida, Diógenes Magri da Silva, Juliana Chueire Lyra e Leandro Cesar Leocádio 
Cruz Alta
2016
	1. INTRODUÇÃO
	
	No presente trabalho, vamos falar sobre a Inclusão e diversidade na área educacional, tema que é caro ao educador físico que se vê, por diversas vezes, inserto no ambiente escolar, liderando o aprendizado de diversas pessoas em formação.
	A relevância do tema é inerente à qualidade do educador de pessoas em formação, no caso, jovens de ensino médio, pois o professor possui grande participação na formação dos cidadãos que, num futuro próximo, atuarão em todos os ramos de acordo com os preceitos éticos que internalizaram durante os estágios de formação.
	Não apenas hodiernamente observa-se que o diferencial na aptidão física – tal como quaisquer outras diferenças – tem desdobramentos na forma como é posicionado o indivíduo nos círculos sociais na escola, tal como a capacidade para a prática de esportes e outros aspectos como a orientação sexual e até mesmo o tom de pele.
	A Educação Física Escolar exponencia tais aspectos, motivo pelo qual o educador físico em ambiente escolar é especialmente posicionado para influir sobre as práticas discriminatórias, por ter um contato sempre mais direto com as ocorrências destas.
	O objeto desta pesquisa foi, de maneira a possibilitar resultados mais eficientes, delimitado a uma análise de caso. Para isto, foi realizada uma entrevista com uma professora que leciona Educação física, na cidade de Cruz Alta, para termos um primeiro contato com quem já trabalha e vivencia essa realidade, para possibilitar uma investigação majoritariamente empírica, trazendo a realidade do dia-a-dia, dos diversos tipos de diversidade, e sua abordagem para lidar com os problemas enfrentados no seu cotidiano.
	O viés empírico, entretanto, não é o único dos caminhos metodológicos desta pesquisa, que conta também com pesquisa bibliográfica, para subsidiar os apontamentos e discussões supervenientes aos dados, pois a entrevista realizada não é bastante em si para uma análise, mesmo que inicial, da temática que é objeto deste trabalho, com carater qualitativo e exploratório.
	2. DESENVOLVIMENTO
	2.1 A entrevista com profissional da área docente
	No dia 21 de outubro de 2016, foi realizada, no Instituto de Ensino Professor Annes Dias, na cidade de Cruz Alta, uma entrevista com a professora Geane Isabela Noronha Foletto, que leciona nesta instituição. Lhe foram feitas as seguintes perguntas e dadas as seguintes respostas:
	a) Idade: 48 anos;
	b) Formação: formação em Educação Física;
	c) Formação complementar: com especialização em Ciência do Movimento Humano;
	d) Tempo de atuação no ensino: 24 anos de docência;
	e) Jornada de trabalho semanal: 40 horas;
	f) Nível de atuação: Todos os anos do Ensino Médio.
Na continuidade da entrevista com a professora, buscou-se questionar os quesitos predefinidos pela comissão proponente do trabalho, infra dispostas, com as respostas fornecidas:
a) O que é diversidade? Ela relatou que compreende por diversidade as várias identidades que formam e caracterizam os grupos e a sociedade;
b) Como você trabalha com as questões da diversidade na escola?Sua intervenção, explicou, visa a auxiliar na formação de cidadãos esclarecidos, críticos e tolerantes, levando em conta sempre o ambiente social em que os alunos estão inseridos. 
c) Quais diversidades estão em evidência na sua escola? Durante o diálogo, a professora descreveu os vários tipos de diversidades encontradas em seu ambiente de trabalho até o presente momento. Identificou a diversidade de cor, relativa as diferentes etnias que compõe a população escolar. Constatou, também, durante os anos em que labora, que existe uma discriminação de gênero, ou seja, uma discriminação voltada a prevalência do sexo masculino sobre o feminino, uma questão cultural identificada em nosso estado. Algo enraizado que surge no meio familiar (herança cultural). Também relata ter encontrado nas séries iniciais do Ensino Médio, uma desigualdade etária, onde alunos repetentes tornam-se líderes informais, influenciando os demais alunos em idade regular de forma que, na maioria das vezes acabam sendo, de certa forma, influências negativas aos demais. Outra forma de disparidade encontrada, foi relativa às pessoas com deficiência, onde as mesmas necessitavam de uma atenção especial e diferenciada em seu aprendizado com relação a turma.	No entanto o tipo de discriminação que carecia de atenção, sendo difícil de trabalhar, é relacionado à orientação sexual dos alunos, haja vista que, no ambiente escolar ocorre várias manifestações de opções de gênero sexual. Existem homossexuais, transexuais e demais tipos de orientação, cabendo à professora manter o respeito a estas orientações. Durante o tempo em que leciona, a professora observou, também, um tipo de discriminação muito difícil de se conter: a referente ao nível sócio econômico de cada aluno. Muitos alunos, manifestam suas considerações a respeito do outro, ridicularizando direta ou indiretamente a condição social do colega.
d) Quais ações a escola deveria realizar para a promoção do respeito à diversidade na escola? A entrevistada relatou que, em sua área, promoveu atividades voltadas para este fim. Implementou nas atividades realizadas com os alunos, questionamentos sobre esportes culturalmente considerados de meninos e de meninas, demonstrando ao final, que todos os esportes podem ser praticados por ambos os sexos. No entanto, por um critério de avaliar-se o potencial de cada individuo, convenciona-se que ao praticar-se um esporte, ocorra a separação entre os sexos. No tocante à discriminação por aspectos socioeconômicos, relata que por meio do diálogo buscou construir a noção de que, no ambiente escolar, todos possuem a mesma possibilidade de êxito. Por fim, citou também a importância do planejamento escolar, o Projeto Político Pedagógico, onde sempre visou na sua implementação, a educação com pluralidade cultural, uma forma de encontrar um caminho para atenuar as diversidades encontradas, já que considera a escola o lugar ideal para preparar os alunos para um mundo de diferenças.
	
	
2.2 Discussões e reflexões: a diversidade na Educação Física Escolar
	O Brasil, por seu histórico imigracional que compreendeu diversas e numerosas etnias e nacionalidades, é um país com notória pluralidade em todos os campos, tanto nos aspectos raciais, quanto nos aspectos socioculturais. Somam-se a tais diferenças as naturais, como a diversidade de sexos, a capacidade motora, a inteligência espacial e reflexos, a orientação sexual, as deficiências físicas e intelectuais, e encontramos uma complexidade intrínseca ao ambiente escolar que resulta em um cenário, por vezes, propício para a reprodução dos preconceitos de toda ordem.
	Muito disto parte de aspectos culturais enraizados, onde se tem uma visão eurocentrista da sociedade brasileira que não condiz com a realidade plural desta�. O preconceito étnico e racial em um país tão plural é, não meramente por aparência, uma contradição. Tal como o preconceito de ordem socioeconômica, em um país denotadamente tão desigual.
	Ainda, também resta assentado no âmago social ocidental a noção de que o sucesso do educador físico é expresso nasua capacidade de identificar os alunos com natural capacidade motora avançada e encaminhá-los à carreira profissional�, o que acarreta em uma natureza muito excludente no tocante às oportunidades recebidas por cada aluno neste âmbito. Esta natureza excludente gera, ainda, o bullying, que, em termos ulteriores, pode até mesmo desencadear o suicídio� das vítimas desta prática.
	Para se combater, entretanto, esta exclusão, que é até mesmo inconsciente por parte dos educadores�, é ineficiente manter o modelo de, numa maneira homogênea, impor o mesmo padrão de perfeição sobre alunos com coeficientes motores diversos.
Nesse sentido, temos proposto uma Educação Física Plural, cuja condição mínima e primeira é que as aulas atinjam todos os alunos, sem discriminação dos menos hábeis, ou das meninas, ou dos gordinhos, dos baixinhos, dos mais lentos. Esta Educação Física Plural parte do pressuposto que os alunos são diferentes, recusando o binômio igualdade/desigualdade para compará-los. Sendo eles diferentes e tendo a aula que alcançar todos os alunos, alguns padrões de aula terão que, necessariamente, ser reavaliados.�
	Esta divergência de aptidão motora é, ainda, especificamente segregadora das alunas no ambiente escolar�. Soma-se, a elas, o preconceito social sobre as capacidades motoras, os paradigmas socioculturais que inibem o seu interesse e as oportunidades de aprenderem práticas físicas reservadas aos homens, e a falsa associação da força física biologicamente diversa entre os sexos com a capacidade esportiva.
	Embora seja, tanto a Educação Física como ciência por excelência, quanto o esporte – grande protagonista desta no âmbito escolar – em sua dicotomia intrínseca de um versus outro, racionalidades lógicas, há de se compreender que esta racionalidade “não modifica por si só o imaginário e as representações coletivas negativas que se construíram sobre os ditos "diferentes" em nossa sociedade”�.
	Também há de se incluir na grade curricular saberes que articulem a noção histórica das origens plurais da população brasileira�: desconhecimento alimenta o preconceito racial, tal como cega tanto os alunos quanto os professores para os fatores que constituem o cenário atual.
	A preparação dos educadores deve ser multidisciplinar e amparada por diversos conhecimentos, pois a formação dos alunos não pode ser dotada puramente de aspectos técnicos e científicos, e sim de cidadania e convivência igual com os diversos grupos sociais e com as diversas características, naturais ou não.
	3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
	É, talvez, o maior desafio do educador físico, em âmbito escolar, conduzir suas aulas de modo a criar um ambiente saudável e estimulante para a absorção dos saberes que são inerentes à ciência da Educação Física, por muitos fatores já debatidos.
	Pela característica inerente de muitos dos fatores de discriminação, o professor a lecionar Educação Física nesta esfera estudantil tem uma posição central na resolução do problema, mas depara-se com uma trilha obstaculizada em vários momentos deste levante.
	Não fossem já quase insuperáveis os limites estruturais das escolas brasileiras, mais especificamente no referente às públicas, ainda deve conviver, o educador, com um ambiente complexo: múltiplas origens diferentes, múltiplos preconceitos carregados, um grupo de jovens acometidos pelas pressões inerentes ao âmbito escolar e, muitas vezes, também, um paradigma de total desconsideração pelo docente.
	Ao lutar contra os preconceitos e desconstruí-los, muitas vezes o educador acaba opondo os próprios conceitos éticos dos responsáveis do aluno transgressor, sendo, então, ainda mais exigente daquele para que se alcance o êxito. Não deve apenas, para tal, demonstrar o erro e a falta de sustentação da prática discriminatória do aluno, mas, de certa maneira, estabelecer uma prevalência disciplinar sobre o responsável que, nesta fase da vida, é o principal mantenedor e fonte dos valores que o menor internaliza.
	Ainda, muitas vezes os discursos e práticas segregadoras vem do próprio educador: este, enquanto intérprete, não é isento do mesmo meio que produz as noções discriminatórias de seus alunos, mesmo que de maneira inconsciente.
	Para a confecção de um ambiente frutífero e inclusivo no ambiente escolar é tarefa do educador tanto o aprimoramento de seus saberes científicos quanto a sua preparação enquanto cidadão: o ímpeto suficiente para combater tamanhas adversidades só virá quando da compreensão do seu papel relevantíssimo de fomentador de uma nova geração que tem potencial para conduzir a sociedade a um futuro mais nobre.
	Referências Bibliográficas
ALTMANN, Helena; AYOUB, Eliana; AMARAL, Silvia Cristina Franco. GÊNERO NA PRÁTICA DOCENTE EM EDUCAÇÃO FÍSICA EDUCAÇÃO FÍSICA:“MENINAS NÃO:“MENINAS NÃO GOSTAM DE SUAR AM DE SUAR AM DE SUAR, MENINOS SÃO, MENINOS SÃO HABILIDOSOS A HABILIDOSOS AO JOGAR”?. Estudos feministas, v. 19, n. 2, p. 491-501, 2011. 
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica: diversidade e inclusão. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17212-diretrizes-curriculares-nacionais-para-educacao-basica-diversidade-e-inclusao-2013&category_slug=marco-2015-pdf&Itemid=30192>, acesso em 20 out. 2016.
DAOLIO, Jocimar. Educação física escolar: em busca da pluralidade. Revista Paulista de Educação Física, n. 2, p. 40-42, 1996.
DE OLIVEIRA, Flavia Fernandes; VOTRE, Sebastião José. Bullying nas aulas de educação física. Movimento (ESEF/UFRGS), v. 12, n. 2, p. 173-197, 2006.
GOMES, Nilma Lino. Educação e diversidade cultural: refletindo sobre as diferentes presenças na escola. Disponível em: <http://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/NEAB/Educacao%20e%20Diversidade%20Cultural.pdf>, acesso em 22 out. 2016.
GUSMÃO, Neusa Maria Mendes. Desafios da diversidade na escola. Revista Mediações, Londrina, v.5, n.2, p.9-28, jul./dez., 2000. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9158/7749>, acesso em 24 out. 2016.
�	GUSMÃO, Neusa Maria Mendes. Desafios da diversidade na escola. Revista Mediações, Londrina, v.5, n.2, p.9-28, jul./dez., 2000. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9158/7749>, acesso em 24 out. 2016, p. 11.
�	 DAOLIO, Jocimar. Educação física escolar: em busca da pluralidade. Revista Paulista de Educação Física, n. 2, p. 40-42, 1996, p. 40.
�	 DE OLIVEIRA, Flavia Fernandes; VOTRE, Sebastião José. Bullying nas aulas de educação física. Movimento (ESEF/UFRGS), v. 12, n. 2, p. 173-197, 2006, p. 179.
�	 DAOLIO, Jocimar. Op. Cit., p. 41.
�	 DAOLIO, Jocimar. Op. Cit., loc. Cit.
�	 ALTMANN, Helena; AYOUB, Eliana; AMARAL, Silvia Cristina Franco. GÊNERO NA PRÁTICA DOCENTE EM EDUCAÇÃO FÍSICA EDUCAÇÃO FÍSICA:“MENINAS NÃO:“MENINAS NÃO GOSTAM DE SUAR AM DE SUAR AM DE SUAR, MENINOS SÃO, MENINOS SÃO HABILIDOSOS A HABILIDOSOS AO JOGAR”?. Estudos feministas, v. 19, n. 2, p. 491-501, 2011, p. 493. 
�	 GOMES, Nilma Lino. Educação e diversidade cultural: refletindo sobre as diferentes presenças na escola. Disponível em: <http://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/NEAB/Educacao%20e%20Diversidade%20Cultural.pdf>, acesso em 22 de outubro de 2016, p. 2.
�	BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica: diversidade e inclusão. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17212-diretrizes-curriculares-nacionais-para-educacao-basica-diversidade-e-inclusao-2013&category_slug=marco-2015-pdf&Itemid=30192>, acesso em 20 out. 2016, p. 134.

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