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modelo de mandado de segurança

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE ______________
IMPETRANTE: ____________
IMPETRADO: (AUTORIDADE COATORA)
____________, brasileiro, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº xxxxx, portador da carteira de identidade nº xxxxxx, residente e domiciliado na Rua (endereço completo), por meio de seus procuradores signatários, conforme instrumento de procuração em anexo (Doc. 01), vem à presença V. Exa. Impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA C\
PEDIDO LIMINAR
com fundamento no inciso LXIX do artigo 5º da Constituição Federal, e Lei n.º 1.533/51, contra ato praticado pelo (AUTORIDADE COATORA), endereço à ENDEREÇO COMPLETO pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
No presente modelo a autoridade coatora é o Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de XXXX por não permitir a participação de candidato ao cargo de conselheiro tutelar por não preencher o requisito de horas de participação de cursos sobre (ECA) mesmo após apresentar a documentação probatória.
I - DOS FATOS
O impetrante inscreveu-se para participar do processo de escolha dos conselheiros tutelares do município de xxx – Gestão 2016, com o fito de exercer as funções de conselheiro tutelar.
Realizada a faze de entrega de documentação o impetrante entregou toda a documentação, pessoalmente, no local predeterminado no item 4.4 do edital xxx, conforme se infere das cópias fornecidas dos procedimentos administrativo anexo.
Conforme orientação os candidatos deveriam acompanhar através do sitio o resultado das inscrições e em havendo desconformidade atenderem os pedidos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de XXX.
Para surpresa do impetrante, sobreveio aviso que o mesmo não teria totalizado as 120 horas por haverem certificados inválidos, conforme se infere da fl. 28 do processo administrativo nº XXXX. Importante ressaltarmos que referidos decisão não foi motivada sequer informando qual documento não teria sido considerado e por qualquer motivo não poderia ter sido aceito.
Inconformado o impetrante buscou informações junto ao conselho que determinou que o mesmo junta-se recurso com documentos.
O impetrante novamente valendo-se das informações que lhe foram prestadas bem como do disposto no Edital XXXX anexou justificativa e documentação complementar.
Para sua surpresa novamente sobreveio decisão entendendo por bem não homologar sua inscrição por não ter comprovado habilitação exigida no edital.
Inconformado o impetrante buscou explicações no local constante no edital que lhe mandaram buscar seus direitos na justiça.
Destarte, não lhe restou outra alternativa senão a busca pelo Judiciário como forma de justiça.
II – DO DIREITO
DOS PRESSUPOSTOS DA MEDIDA LIMINAR
A medida ora pleiteada comporta prestação liminar, inaudita altera pars, o que desde já se requer, eis que presentes todos os pressupostos necessários para o seu deferimento.
A plausibilidade jurídica da concessão da liminar encontra-se devidamente caracterizada no presente mandamus, tendo em vista que o impetrante irresigna-se contra o erro grosseiro da analise das documentações, que observou os requisitos exigidos pelos editais do processo de escolha dos conselheiros tutelares do município de XXX, bem como se encontra em conformidade com a legislação Constitucional.
O fumus boni iuris resta devidamente demonstrado pelos elementos fáticos e jurídicos trazidos à colação, na medida o somatório dos cursos aos quais o impetrante particípio ultrapassam em muito a carga horária exigida pelo edital de 120h, estando apto a participar da prova e se aprovado posterior pleito eleitoral.
E, a incidência do periculum in mora repousa, ainda, no prejuízo acarretado ao impetrante acaso a decisão não seja exarada antes da efetivação da prova de conhecimento, a qual está prevista para o 19/07/15, não sendo oportunizado outro momento para realização da prova, item “6.3”, do edital XXX. Sendo assim, a não apreciação da medida liminar antes da realização da prova de conhecimento específico acarretará a perda do objeto da demanda.
Desse modo, imprescindível se faz a concessão da medida liminar para que a autoridade coatora permita que o impetrante realize no dia 01/10/2016, a prova de conhecimento.
DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO
A presente demanda funda-se na possibilidade de o Poder Judiciário rever decisão de comissões de concursos quando as mesmas contrariam os editais, bem como quando as decisões são imotivadas ou imotivadas de forma insuficiente ou sem observância dos princípios de direitos administrativos. A Lei Maior, no seu art. 5º, XXXV, dispõe que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito".
No caso em epígrafe, o impetrante pretende assegurar sua participação na prova de conhecimento e demais fazes do certame, para possibilitar sua futura pretensão de concorrer ao conselho tutelar – Gestão 2016, e se eleito for tornar-se apto ao exercício da função de conselheiro tutelar, haja vista entender ter havido erro grosseiro quando da analise dos documentos comprobatórios de participação em cursos, e que a computação da pontuação de parte da documentação é suficiente para garantir a permanência do candidato no certame.
O impetrante irresigna-se contra o ato da autoridade coatora que entendeu pela não comprovação de habilitação gerando e sua não homologação, onde consta a seguinte redação, in vebis:
“INSCRIÇÃO NO PROCESSO DE ESCOLHA A CONSELHEIRO TUTELAR – Gestão 2016
ANÁLISE DE RECURSO AO CMDCA
Habilitante: XXXX
Microregião: XXX
Procedida a entrega de recurso, apensado ao processo, por motivo de não homologação na etapa de entrega de documentação, referentes ao disposto no item 4 do Edital XXX, publicado no Diário Oficial de XXXX em (data).
Em análise realizada por este Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, consideramos que o (a) habilitante NÃO COMPROVOU o (os) requisito (s) previsto (s) nos Editais. Portanto, conclui-se pelo parecer de NÃO HOMOLOGAÇÃO da inscrição, NÃO estando APTO a realizar a Prova de Conhecimentos.
(Requisito VI – Adicionar nova documentação não é permitida por lei).
É a manifestação, s. M. J.
Em (data).”
Verifica-se que a decisão exarada não observou o disposto no item 2.3 do Edital XXXX que permite aos candidatos a justificativa e anexar documentação complementar, conforme se infere do documento anexo a esta petição.
Portanto em momento algum deixou o candidato de observação o disposto nos editais, bem como deixou de entregar qualquer tipo de documentação exigida para o certame.
O que se verifica in casu é uma análise sem observância dos dispostos no edital que se mantida trará prejuízos ao impetrante.
Analisando a documentação acostada pelo impetrante verificamos que a mesma guarda conformidade com o preconizado no item 4 VI do Edital XXX que exige comprovação de 120h de curso ministrado por entidades técnicas, cientifica ou órgão público, senão vejamos: a) documentos constante do processo administrativo fls. 21 e 22 emitidos por órgão público qual seja escola do bairro XXX; b) documentos constante nas fls 23 e 24 emitidos por ONG entidade técnica; c) documentos constante na fl. 25 do processo administrativo foi emitido por órgão público neste caso coordenador de programa nacionalmente reconhecido que é o aluno cidadão.
Portanto, todos os documentos acostados aos autos já habilitam o impetrante a participar do processo de seleção ao conselho tutelar do município de XXX.
Contudo, o impetrante após ser notificado do seu indeferimento juntou recurso motivando suas razões e anexou documentação complementar demonstrando que foram diversos os cursos que participou mais uma vez colacionou documento emitido por escola do estremo sul de XXX comprovando sua participação.
O que podemos concluir é que diferentemente da decisão exarada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do adolescente de XXX o impetrante tem sim as condições para habilitação que lhepermite fazer a prova de conhecimento.
Ainda importante frisamos que inexiste prejuízo ao certame com a habilitação do impetrante, visto que existem diversas outras fazes a serem ultrapassadas pelos candidatos. Portanto, sua habilitação não será sinônimo de exercício da função mas de mera continuidade no certame.
O entendimento predominante da jurisprudência vem sendo pela possibilidade da intervenção do judiciário quando presente erro insanável administrativamente. Para tanto, colaciona-se os seguintes julgados:
CONCURSO PÚBLICO. MANDADO DE SEGURANÇA. MUNICÍPIO DE CORONEL BICACO. PROCESSO SELETIVO PARA CONSELHEIROTUTELAR. NÃO-HOMOLOGAÇÃO DA INSCRIÇÃO. ILEGALIDADE NO ATO ADMINISTRATIVO QUE INDEFERIU A INSCRIÇÃO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO RECONHECIDO. O impetrante teve obstada a sua inscrição no processo seletivo para eleições de Conselheiro Tutelardo Município de Coronel Bicaco, sob o argumento de que o candidato mantinha vínculo de emprego. Impedimento de realizar a inscrição que está revestido de ilegalidade. Ato contrário ao do disposto no art. 133 da Lei nº 8.069/90 e da Lei-Coronel Bicaco nº 1.595/03 que também estabelece os requisitos para a candidatura, sem, no entanto, limitar a tal ponto como fez o edital de abertura do processo seletivo. Liminar deferida que garantiu a inscrição do impetrante. Sentença de procedência que vai mantida. SENTENÇA CONFIRMADA EM REEXAME NECESSÁRIO. (Reexame Necessário Nº 70035486232, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nelson Antônio Monteiro Pacheco, Julgado em 25/09/2014).
APELAÇÕES CÍVEIS. REEXAME NECESSÁRIO. ELEIÇÃO DE CONSELHEIRO TUTELAR. MUNICÍPIO DE ESTEIO. PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA AVERIGUAÇÃO DE CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE. 1. Requisito relativo ao domicílio. Há nos autos certidão atualizada da Justiça Eleitoral, bem como diligência efetuada pelo Ministério Público, comprovando a residência da autora em Esteio. 2. A Lei nº 12.696/12 alterou a redação do art. 132 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ampliando o mandato dos Conselheiros Tutelares de três para quatro anos. DERAM PROVIMENTO À APELAÇÃO DA AUTORA, NEGARAM À DO MUNICÍPIO E CONFIRMARAM, NO MAIS, A SENTENÇA EM REEXAME NECESSÁRIO. (Apelação e Reexame Necessário Nº 70052625837, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Matilde Chabar Maia, Julgado em 29/05/2014).
No tocante às regras contidas no edital publicado para conselheiro tutelar – gestão 2016, em seu item 2.3. Edital XXX, consta a seguinte redação:
“2.3. A justificativa deverá ser digitada ou datilografada, apontando o requisito não comprovado, a justificativa, quando for o caso, e anexando a documentação complementar, quando necessário.”
O desatendimento da orientação adveniente do edital rompe o equilíbrio inarredável que deve imperar os envolvidos. O edital é a lei do concurso e o seu malferimento afronta o fundamento da legalidade, dando azo à intervenção do Poder Judiciário para sanar o vício.
Dessa feita, observa-se que a decisão atacada inobservou o disposto no edital, que lhe atribui vício insanável, tornou seu conteúdo em desacordo com a ordem editalícia, devendo ser a referida decisão anulada e/ou modificada.
Destarte, anulada e/ou modificada a decisão, conforme já exarado, garantir-se-á ao impetrante estar habilitado ao certame, condição exigida para a realização da prova de conhecimento, que consiste em faze, a ser realizada no domingo próximo (data).
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Por não poder arcar com as custas processuais sem o sacrifício próprio e de sua família, tendo em vista a sua condição econômica, o impetrante faz jus à concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, conforme dispõe a lei 1.060/50, bem como a Carta Magna, conforme comprova pela declaração em anexo (Doc. 02).
III – DO PEDIDO
Ante ao acima exposto, requer de V. Exa:
a) A concessão da medida liminar para determinar à entidade coatora que permita o impetrante de realizar a prova de conhecimento no dia (data), em local a ser designado pela entidade coatora
b) Seja intimada a autoridade coatora, nos moldes da lei, para prestar informações e querendo oferecer defesa, sob pena de confissão e revelia
c) Seja intimado o membro do Ministério Público
d) Seja concedida a segurança, declarando nula e/ou anulada a decisão por constar vício insanável que contraria as disposições do edital, permitindo a habilitação do candidato para participar do certame de escolha do conselheiros tuteares no município de Porto Alegre permitindo que o mesmo realiza a prova de conhecimentos e seu prosseguimento no certame
e) Seja confirmada a liminar concedida
f) Seja concedido o benefício de assistência judiciária gratuita, face à situação econômica do impetrante
g) Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos.
h) Dá-se à causa o valor de provisório alçada R$ 7.640,00.
Cidade – xx/xx/2015
_______________________
ADVOGADO OAB XXX

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