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Avaliação e atuação de enfermagem em distúrbios neurológicos INFO 1 [Salvo automaticamente]

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Avaliação e atuação de enfermagem em distúrbios neurológicos
PROF. CRISTINA RENOLPHI
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meningite
A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. Existem diversos tipos de meningite, e para cada um deles há causa e sintomas específicos.
Principais tipos de meningites
Meningite viral
Meningite bacteriana
Meningite fúngica.
Esses três tipos podem levar a um quadro de meningite crônica.
causas
A causa da meningite varia de acordo com o tipo. A mais comum das meningites é aquela causada por vírus, mas há casos também da doença provocada por bactérias. Menos comum, a meningite causada por fungos também pode surgir.
A meningite viral pode ser causada por diversos tipos de vírus e é a forma mais comum e menos perigosa de meningite, pois muitas vezes nem exige tratamento. Os vírus causadores da meningite podem ser transmitidos via alimentos, água e objetos contaminados e são mais comuns entre o fim do verão e o começo do outono.
Meningite bacteriana é a mais grave de todas. Ela ocorre geralmente quando a bactéria entra na corrente sanguínea e migra até o cérebro. Pode acontecer, também, de a doença ser desencadeada após uma infecção no ouvido, fratura ou, mais raramente, após alguma cirurgia. Existe mais de uma bactéria capaz de transmitir a doença. Conheça:
bactérias
Streptococcus pneumoniae (pneumococo)
Essa é a mais comum entre todas as bactérias que transmitem meningite. Ela também pode causar infecções no ouvido e até pneumonia. Existe uma vacina disponível para reduzir a ocorrência da infecção por essa bactéria.
Neisseria meningitidis
Esta bactéria costumava ser a principal causa de meningite em crianças. Hoje, no entanto, sua ocorrência foi controlada e reduzida por meio de vacinas. No Brasil, a vacina contra a meningite causada por essa bactéria faz parte da cartilha obrigatória de vacinação na infância. Quando não prevenida, tanto crianças quanto adultos podem apresentar a doença, que se desenvolve a partir de uma infecção no trato respiratório.
Haemophilus influenzae
Esta bactéria costumava ser a principal causa de meningite em crianças. Hoje, no entanto, sua ocorrência foi controlada e reduzida por meio de vacinas. No Brasil, a vacina contra a meningite causada por essa bactéria faz parte da cartilha obrigatória de vacinação na infância. Quando não prevenida, tanto crianças quanto adultos podem apresentar a doença, que se desenvolve a partir de uma infecção no trato respiratório.
Listeria monocytogenes
A maioria das pessoas expostas a essa bactéria não manifestam sintomas, mas mulheres grávidas, pessoas com imunidade comprometida, recém-nascidos e idosos são mais suscetíveis à esse tipo de meningite.
Meningite por fungos
A criptococose é a principal micose que atinge o sistema nervoso central (SNC), sendo de distribuição mundial. É causada pelo Cryptococcus neoformans (nome antigo: Torula histolytica).
O criptococo é encontrado como saprófita no solo, em frutas estragadas e particularmente em fezes ressecadas de pombo (uma grama pode conter 50 milhões de C. neoformans). Não é descrita transmissão inter-humana. A maioria dos casos ocorre em portadores de imunodeficiências (p. ex., AIDS) ou neoplasias do sistema linfóide.
A meningite criptococócica se caracteriza pela abundância de parasitas que se multiplicam encontrando muito pouca resistência.
As manifestações clínicas são as de uma meningoencefalite crônica, com cefaléia, irritabilidade, confusão mental até coma, náuseas, vômitos, paresias de nervos cranianos e edema de papila. Há também febre e rigidez de nuca.
MANIFESTAÇÕES CLINÍCAS
PREVENÇÃO
Punção lombar
A punção lombar é feita com o posicionamento adequado do paciente, geralmente deitado lateralmente ou sentado, a aplicação de anestesia local e a inserção de uma agulha através da dura-máter (a membrana que envolve a medula espinhal) para coletar 
o líquido cefalorraquidiano (LCR). No momento em que a agulha chega neste ponto, a pressão de abertura do líquor é medida através de um manômetro. A pressão normal encontra-se entre 6 e 18 centímetros de água (cmH2O); na meningite bacteriana, a pressão é geralmente elevada. 
A primeira aparição do fluido já pode revelar uma indicação da natureza da infecção: o líquor turvo indica altos níveis de proteína, presença de glóbulos vermelhos e brancos e/ou bactérias, e, portanto, sugerem meningite bacteriana.
Punção lombar
Convulsão e Epilepsia
 A epilepsia se caracteriza por crises epilépticas de repetição. É uma doença frequente que acomete cerca de 1 a 2% da população geral. Além disto, cerca de 4% das pessoas, já apresentou pelo menos uma crise convulsiva na vida. Na crise epiléptica, por algum motivo, um agrupamento de células cerebrais se comporta de maneira anormal, como se fosse um curto-circuito. A convulsão é um tipo de crise epiléptica.
 Na grande maioria dos casos, as crises desaparecem espontaneamente, mas a tendência é que se repitam de tempos em tempos. Crise que dura mais de cinco minutos ou crises recorrentes indicam uma situação de emergência neurológica conhecida como estado do mal epilético. Nesse caso, o paciente precisa de atendimento médico imediato.
As crises convulsivas se originam de focos ou regiões de mal-funcionamento do cérebro. Eventualmente todo o cérebro pode estar comprometido.
Um episódio único não é indicativo de epilepsia. O médico precisa ouvir a história do paciente e o relato das pessoas que presenciaram a crise para determinar o diagnóstico. Além disso, é preciso certificar-se de que não existe nenhum fator precipitante da crise, seja tóxico, seja provocado por alguma outra doença.
Crise Convulsiva
Algumas causas são reversíveis, como por exemplo, variação na quantidade de sal das células; outras estão presentes desde o nascimento, como as malformações do cérebro. Existem também epilepsias associadas à presença de lesões graves, potencialmente fatais, como tumores ou hemorragias cerebrais. Para o paciente, descobrir a doença que causa suas crises é fundamental, e atualmente os exames complementares disponíveis facilitam muito o diagnóstico.
No entanto nem sempre isso é possível, e muitas vezes o tratamento é apenas sintomático, ou seja, baseado em medicações anti-epilépticas. 

Vale a pena ressaltar que ter epilepsia não implica obrigatoriamente em ter distúrbios de comportamento ou retardo mental. Apesar do preconceito que envolve a doença, existem vários profissionais de todas as áreas que têm epilepsia e usam medicação regularmente.

No entanto nem sempre isso é possível, e muitas vezes o tratamento é apenas sintomático, ou seja, baseado em medicações anti-epilépticas. 

Vale a pena ressaltar que ter epilepsia não implica obrigatoriamente em ter distúrbios de comportamento ou retardo mental. Apesar do preconceito que envolve a doença, existem vários profissionais de todas as áreas que têm epilepsia e usam medicação regularmente.

TIPOS DE CRISE CONVULSIVA
Quando falamos em crise convulsiva, convulsão ou ataque epilético, logo vem à nossa cabeça aquela assustadora imagem de um paciente se debatendo todo, babando, com os olhos revirados e com movimentos anárquicos dos membros. Na verdade, isto representa uma crise convulsiva generalizada, chamada de crise convulsiva tônico-clônica. É apenas um dos vários tipos de crise convulsiva existentes.
As crise convulsivas (crises epiléticas) são divididas em dois grupos: crise convulsiva parcial e crise convulsiva generalizada.
Crise convulsiva parcial
A crise epilética parcial é aquela que ocorre quando os impulsos elétricos anômalos ficam restritos a apenas uma região do cérebro.
É chamada de crise epilética parcial simples, aquela que ocorre sem alteração do nível de consciência do paciente. Os sintomas podem ser sutis e dependem da área cerebral afetada. Alguns sintomas que podem ocorrer na crise epilética parcial simples são:
– Movimentos involuntários de parte do corpo
– Alterações sensoriais como do paladar, audição, visão
ou olfato.
– Alucinações
– Alterações na fala
– Vertigens
– Sensação de estar fora do corpo
Muitas vezes os sintomas destas crises parciais simples são tão sutis que o diagnóstico é difícil de ser pensado, até mesmo para o paciente. Às vezes são confundidos com doenças psiquiátricas.
Crise convulsiva generalizada
Na crise convulsiva generalizada, os dois hemisférios do cérebro são afetados.
Uma das manifestações possíveis da crise epilética generalizada é a crise de ausência, também chamado de pequeno mal. Na crise de ausência o paciente perde contato com o mundo externo e fica parado com o olhar fixo. É possível haver alguns automatismos como picar de olhos repetidamente, como ocorre na crise parcial complexa. 
convulsiva tônico-clônica
Crise Convulsiva / Ataque epilético
O paciente subitamente apresenta uma rigidez dos músculos e imediatamente cai inconsciente. Segue-se, então, movimentos rítmicos e rápidos dos membros. O paciente perde controle dos esfíncteres, podendo se urinar ou evacuar. É comum salivar e morder a língua durante a crise, o que pode provocar uma Sialorréia, ou, “espumamento” avermelhado.
 crises tônico-clônicas duram entre 1 a 3 minutos. Ao final, o paciente apresenta cansaço extremo, sonolência, confusão e amnésia, não lembrando do que ocorreu.
A crises tônico-clônicas duram entre 1 a 3 minutos. Ao final, o paciente apresenta cansaço extremo, sonolência, confusão e amnésia, não lembrando do que ocorreu.
Status epilépticos
A maioria das crises convulsivas são autolimitadas e não precisam de tratamento médico imediato. Chamamos de status epilépticos quando a convulsão não cede após vários minutos ou quando o paciente apresenta quadros repetidos de crise sem que tenha havido tempo dele recuperar a consciência entre os episódios. Geralmente, crises convulsivas que duram mais de 5 minutos são consideradas emergências, pois colocam o cérebro em risco, e devem ser tratadas com drogas para abortá-las.
Convulsão febril
A convulsão febril ocorre normalmente em crianças entre seis meses e seis anos de idade (pico entre 1 ano e 1 ano e meio) que apresentam quadro febril acima de 38ºC. Apesar de ser um quadro assustador para os pais, é benigno e não causa lesão cerebrais na criança. É comum e ocorre em até 5% das crianças.
Se a criança só tem convulsão quando está febril, ela não é considerada como portadora de epilepsia.
O que desencadeia a convulsão é a febre, independente da sua causa. A crise pode ser parcial (mais comum) ou complexa, inclusive com crises tônico-clônicas. A convulsão febril costuma ser mais demorada do que as crises nas epilepsias. Podem durar até 15 minutos. Não se assuste se a criança apresentar fraqueza em um dos membros logo após o fim das crises. É temporário.
Convulsão febril
Não adianta dar banho em água fria ou encher a criança de antitérmicos. Isso não impede o aparecimento das crises. também não é necessário usar drogas antiepiléticas. O quadro é benigno e os efeitos colaterais não justificam o seu uso.
A convulsão febril não traz maiores complicações e desaparece com a idade. O ideal é sempre levar a criança ao pediatra após a crise para que ele possa investigar o motivo da febre e confirmar que se trata apenas de convulsão febril, e não de epilepsia.

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