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Disciplina: Direito do consumidor
Aluno: Diego Ferreira Santana
Periodo : 9
Principios
1. Vulnerabilidade do Consumidor (CDC. Art. 4º, I)
2. Transparência (CDC, art. 4º)
3. Informação (CDC, art. 6º, III;  art. 8º; art. 9º)
4. Segurança (CDC, art. 6º, I; art. 8º; art. 10; art. 12, § 1º)
5. Equilibrio das prestações (CDC, art. 4º, III; art. 6º, V; art. 51, IV; art. 51, § 1º, III)
6. Reparação Integral (CDC, art. 6º, VI)
7. Solidariedade (CDC, art. 7º, PU; art. 18; art. 19; art. 25, § 1º; art. 34).
8. Interpretação mais favorável ao consumidor (CDC, art. 47; art. 54; CC, art. 425º).
9. Boa-fé Objetiva
10. Adimplemento substancial (CDC, art. 4º, III)
Vulnerabilidade do Consumidor (CDC. Art. 4º, I)
TJ-PR - 946546501 PR 946546-5/01 (Acórdão) (TJ-PR) 
Data de publicação: 02/10/2012 
Ementa: AGRAVO. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. PRECEDENTES DO STJ. SUBSTITUTO PROCESSUAL. TEMAS TOCANTES A CONSUMIDORES. TUTELA POR AÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL. COEXISTÊNCIA DE AÇÕES. EXTENSÃO SUBJETIVA DO JULGADO. LEGITIMAÇÃO ATIVA.EQUIPARAÇÃO. POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. FORO COMPETENTE. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
TJ-DF - Apelação Cível APL 929720008070004 DF 0000092-97.2000.807.0004 (TJ-DF) 
Data de publicação: 06/12/2007 
Ementa: CIVIL. RELAÇÃO DE CONSUMO. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR . PRINCÍPIO DA BOA-FÉ. PRÁTICA ABUSIVA. VULNERABILIDADE. ART. 39 , INC. IV DO CDC . CONTRATO ANULADO. PRÉ-QUESTIONAMENTO. 1. AO APELANTE FORNECEDOR, O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR , RECONHECENDO O CONSUMIDOR COMO P ARTE CONTRATUAL MAIS FRACA, IMPÕE UM MÍNINO DE ATUAÇÃO CONFORME A BOA-FÉ. TANTO QUE SEU ART. 4º , INC. III , TRAZ EXPRESSO O PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA QUE ATUA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO, LIMITANDO O PRINCIPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE E COMBATENDO OS ABUSOS PRATICADOS NO MERCADO. 2. O ART. 4º , INC. I DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR RECONHECE EXPRESSAMENTE E DE MODO GERAL A VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR NO MERCADO DE CONSUMO. OCORRE QUE, DENTRE OS CONSUMIDORES EXISTEM AQUELES AINDA MAIS VULNERÁVEIS, SEJA POR POUCA OU MUITA IDADE, POUCO CONHECIMENTO, OS DE SAÚDE FRÁGIL OU POSIÇÃO SOCIAL QUE NÃO LHES PERMITE AVALIAR COM PROPRIEDADE O PRODUTO OU SERVIÇO QUE ESTÃO ADQUIRINDO. E É ATRAVÉS DO ART. 39, INC. IV QUE O CONSENTIMENTO DESTES CONSUMIDORES, DITOS HIPOSSUFICIENTES, SÃO PROTEGIDOS. 3. É PACÍFICO O ENTENDIMENTO DE QUE O MAGISTRADO NÃO ESTÁ OBRIGADO A EXAMINAR E REBATER TODAS AS ALEGAÇÕES DO RECURSO, DEVENDO SIM, ATER-SE A EXPOR OS MOTIVOS QUE O LEVAM A FORMAR SEU CONVENCIMENTO COM FUNDAMENTOS JURÍDICOS BASTANTES PARA DEMONSTRAR AS RAZÕES PELAS QUAIS DÁ À LIDE DETERMINADA SOLUÇÃO. 4. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 
Transparência (CDC, art. 4º)
TJ-RJ - RECURSO INOMINADO RI 00143264120118190206 RJ 0014326-41.2011.8.19.0206 (TJ-RJ) 
Data de publicação: 17/09/2012 
Ementa: PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO QUINTA TURMA RECURSAL CÍVEL Recurso nº: 0014326-41.2011.8.19.0206 Recorrente: BANCO SANTANDER S/A Recorrido: CARLOS HENRIQUE LOPES DE OLIVEIRA VOTO Relação de consumo. Serviço de cartão de crédito. Desconto automático em conta corrente referente a pagamento mínimo de fatura do cartão. Ausência de demonstração de autorização expressa do consumidor com relação ao desconto em conta corrente. Prova que deveria ser demonstrada com a contestação, sob pena de preclusão. Abusividade configurada. Pedido de restituição em dobro da quantia descontada; abstenção de novos descontos e de indenização por dano moral. A sentença recorrida julgou procedentes em parte os pedidos para condenar o réu a se abster de efetuar novos descontos na conta corrente do autor a título de pagamento mínimo de cartão de crédito; a restituir o valor de R$154,50, já em dobro, e ao pagamento de R$3.000,00 a título de indenização por danos morais (fls. 25-30). Recorre exclusivamente o réu pugnando pela improcedência dos pedidos. Sentença que se reforma em parte, somente em relação as danos materiais. A parte autora prova que o valor referente a pagamento mínimo da fatura de seu cartão de crédito foi debitado em sua conta corrente (fls. 11). Cabia ao réu desconstituir a alegação autoral de desconhecimento da cláusula que autoriza o desconto direto em conta do valor mínimo da fatura do cartão, anexando cópia do contrato firmado entre as partes, o que não ocorreu (art. 333, II, do CPC). A simples alegação de existência de cláusula contratual, desprovida de elemento objetivo a comprovar a inequívoca ciência e anuência do consumidor com o desconto automático em conta corrente, na hipótese de atraso no pagamento da fatura do cartão de crédito, caracteriza violação ao principio da informação e transparência (art. 4º e 6º do CDC).
TJ-DF - Apelacao Civel : APC 20100111412036 DF 0046725-29.2010.8.07.0001
Ementa
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. REITEGRAÇÃO DE POSSE. CONTRATO BANCÁRIO. ARRENDAMENTO MERCANTIL. PEDIDO RECONVENCIONAL. PRINCIPÍO DA TRANSPARÊNCIA (CDC, ART. 52, II). VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA. TARIFA DE ABERTURA DE CRÉDITO. RESP 1.251.331/RS. LEGITIMIDADE DA COBRANÇA. CONTRATO ANTERIOR À RESOLUÇÃO CMN 3518/2007. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. JUROS MORATÓRIOS COM TAXAS VARIÁVEIS. CUMULAÇÃO COM OUTROS ENCARGOS MORATÓRIOS. IMPOSSIBILIDADE. CLÁUSULA QUE PREVÊ O VENCIMENTO ANTECIPADO DAS PARCELAS EM CASO DE INADIMPLÊNCIA. LEGALIDADE. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. TABELA PRICE. INVIABILIDADE DA DISCUSSÃO.
Informação (CDC, art. 6º, III;  art. 8º; art. 9º)
TJ-PR - PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos - Recurso Inominado : RI 000200702201581601360 PR 0002007-02.2015.8.16.0136/0 (Acórdão)
Ementa
RECURSO INOMINADO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RECUSA DE CONTRATAÇÃO SEM MOTIVAÇÃO PLAUSÍVEL. EMPRÉSTIMO NEGADO NA FASE FINAL DA NEGOCIAÇÃO. PRINCIPIO DA TRANSPARÊNCIA E DIREITO DE INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR. ART. 6, III, DO CDC. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. APLICAÇÃO DO ART. 46 DA LEI 9.099/95. PRECEDENTE DO STF. VALOR INDENIZATÓRIO READEQUADO PARA R$ 5.000,00. ADAPTAÇÃO AOS PARÂMETROS DESTA TURMA RECURSAL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
TJ-PR - Apelação : APL 11184875 PR 1118487-5 (Acórdão)
Ementa
DECISÃO: ACORDAM os Senhores Desembargadores e o Senhor Juiz de Direito Substituto em 2.º Grau integrantes da Décima Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, para CONHECER do recurso de Apelação Cível 1 e, por maioria de votos, para DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL, em maior extensão do que o voto do Relator, e para CONHECER do recurso de Apelação Cível 2 e, por unanimidade de votos, DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL. EMENTA: Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº 1118487-5 em que são apelantes Banco Itaú S/A e Carlos Fernando de Almeida Moccelin e apelados os mesmos. RELATÓRIO 1. Carlos Fernando de Almeida Moccelin propôs Ação Revisional cumulada de autos nº 0008512-89.2012.8.16.0014 contra Banco Itaú Unibanco S/A para obter a declaração de ilegalidade de cláusulas contratuais e a devolução dos valores pagos a maior (fls. 03- 27). O Juiz da causa julgou parcialmente procedentes os pedidos contidos na inicial para o fim de para determinar ao réu que restitua ao autor os valores de taxa de serviços de terceiros, de gravame eletrônico de R$ 39,70 e do ressarcimento de despesa de promotora de vendas de R$ 92,00, devidamente corrigidos pelo IN P C desde o efetivo pagamento, acrescido de juros de mora de 1% ao mês, a incidir a partir da citação, conforme fundamentação. Em razão da sucumbência, condenou-se as partes no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da condenação, cabendo ao autor 60% das verbas de sucumbência e ao réu 40%, ressalvada a gratuidade (fls. 89-96). Banco Itaú S/A interpôs Recurso de Apelação Cível para sustentar, em síntese, que: (a) deve ser aplicado o princípio da pacta sunt servanda aos contratos bancários; (b) é válida a cobrança de tarifa de inclusão de gravame ede serviços de terceiros; (c) não há valor a ser restituído ou compensado (fls. 104-126). Carlos Fernando de Almeida Moccelin interpôs Recurso de Apelação Cível para sustentar, em síntese, que: (a) é abusiva a cobrança de tarifa de cadastro; (b) inexiste pedido do autor acerca da declaração de abusividade da cobrança do IOF; (c) a verba honorária deve ser majorada e o ônus de sucumbência deve ser redistribuído (fls. 130-143). Os recursos foram recebidos em ambos os efeitos (fl. 153). As partes apresentaram resposta aos recurso para pugnar pelo seu desprovimento (fls. 159-165 e 167-182). ADMISSIBILIDADE 2. O recurso de Banco Itaú S/A é tempestivo conforme se observa do cotejo entre a certidão de fl. 129 e a interposição do recurso de fls. 104, o preparo consta às fls. 128. O recurso de Carlos Fernando de Almeida Moccelin é tempestivo conforme se vê do cotejo entre a certidão de fl. 129 e o protocolo de fl. 130, o preparo consta às fls. 144-145. VOTO 3. Trata-se de Recurso de Apelação Cível em que são apelantes Banco Itaú S/A e Carlos Fernando de Almeida Moccelin e apelados os mesmos. 3.1 No plano fático verifica-se que as partes firmaram contrato de financiamento de nº 23513538-1 em 09/01/2009 no valor total de R$ 10.722,63 (fls. 30-31). 3.2. Banco Itaú S/A afirma que não é possível a revisão das cláusulas de contrato devendo ser aplicado o princípio da pacta sunt servanda. O contrato firmado entre as partes está submetido às normas do Código de Defesa do Consumidor, de acordo com entendimento jurisprudencial já pacificado, notadamente a partir da Súmula 297 do Superior Tribunal de Justiça. Deste modo, é possível a revisão do contrato sem ofensa a sistemática de regulação jurídica de contratualidade que, aliás, não se coaduna com a ideia de intangibilidade do contrato. Assim, comprovada a onerosidade excessiva e a hipossuficiência do consumidor, fica autorizada a revisão das cláusulas contratuais. Sobre essa questão, veja-se o entendimento da 17ª Câmara cível: APELAÇÃO CIVIL. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA.REVISÃO CONTRATUAL - ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE PELO PRINCÍPIO DA PACTA SUNT SERVANDA - INOCORRÊNCIA. RELATIVIZAÇÃO DA PACTA SUNT SERVANDA FRENTE AO PRINCIPIO DA LEGALIDADE. APLICAÇÃO DO CDC EM CONTRATOS BANCÁRIOS - SÚMULA 297 STJ. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS - POSSIBILIDADE - CONTRATO CELEBRADO APÓS 31.03.2000 - PREVISÃO EXPRESSA. TAXA ANUAL SUPERIOR AO DUODÉCUPLO DA TAXA MENSAL. RESP 973.827/RS EM SEDE DE RECURSOS REPETITIVOS.RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJPR - 17ª C.Cível - AC - 1097580-9 - Ipiranga - Rel.: Maria Roseli Guiessmann - Unânime - - J. 25.03.2015). Assim, é possível a revisão das cláusulas de contratos bancários. 3.3 A instituição financeira sustenta que o valor cobrado a título de custos com serviços de terceiros é legal, pois previsto. O contrato pactuado entre as partes, prevê a cobrança no valor de R$ 50,00 como Serviço de Terceiros (fl. 68). De acordo com a Resolução nº 3.518/2007 do CMN, editada pela Lei nº 4959/1964, "não se caracteriza como tarifa o ressarcimento de despesas decorrentes de prestação de serviços por terceiros, podendo seu valor ser cobrado desde que devidamente explicitado no contrato de operação de crédito ou de arrendamento mercantil". Embora o contrato admita a cobrança de R$ 50,00 (fl. 68) a título de serviços de terceiros, a cédula bancária não específica a destinação do respectivo serviço, o que torna abusiva e ilegal a sua cobrança, seja por não atender ao disposto na Resolução mencionada, seja por violar o direito do consumidor à informação clara e adequada (art. 6º, III, do CDC). Nesse sentido, colhe-se a seguinte jurisprudência: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL.CONTRATO DE FINANCIAMENTO. PACTA SUNT SERVANDA RELATIVIZADO. PREVISÃO EXPRESSA DO CDC. CLÁUSULAS CONTRATUAIS ABUSIVAS. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS PACTUADA APÓS 2008 E COM PREVISÃO EXPRESSA NO CONTRATO.TARIFA DE CADASTRO PREVISTA NA RESOLUÇÃO 3693/2009. DESPESAS COM REGISTRO. POSSIBILIDADE DE COBRANÇA DESDE QUE PACTUADA. TARIFA DE SERVIÇOS DE TERCEIROS. COBRANÇA INDEVIDA.AUSÊNCIA DE DESCRIÇÃO EXATA DOS SERVIÇOS. TARIFA DE AVALIAÇÃO DO BEM.LEGALIDADE. PREVISÃO EXPRESSA NO CONTRATO E AUTORIZAÇÃO PELAS RESOLUÇÕES 3518/2007, 3693/2009 E 3919/2010. MATÉRIAS DECIDIDAS PELO STJ SOB A SISTEMÁTICA DOS RECURSOS REPETITIVOS. MATÉRIAS PACIFICADAS PELO STJ, STF E TJPR. READEQUAÇÃO DA SUCUMBÊNCIA. RECURSO DO BANCO A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO.(TJPR - 17ª C.Cível - AC - 1078605-9 - São José dos Pinhais - Rel.: Fabio Andre Santos Muniz - Unânime - - J. 29.04.2015). A cobrança da tarifa de serviço de terceiros deve ser reconhecida abusiva, pois transfere ao consumidor despesas administrativas que são inerentes à própria atividade da instituição financeira. Ressalvado o entendimento do Relator e, observando o entendimento majoritário da Câmara, verifica-se no contrato que há pactuação da tarifa de serviços de terceiros no valor de R$ 50,00 (fl. 68) para um valor líquido do crédito R$ 10.722,63 (dez mil setecentos e vinte e dois reais e sessenta e três centavos), ou seja, não ultrapassa a alíquota razoável de 2% sobre o valor do contrato. Desse modo, a cobrança a título de serviços de terceiros, no caso em análise, não cria situação de desvantagem exagerada ao consumidor. Assim, baseado nos preceitos de equidade e razoabilidade, entende-se que há de se limitar a cobrança relativa a serviços de terceiros em 2% do valor contratado. Sendo assim, e ressalvado o entendimento do Relator, a sentença merece reforma, a fim de manter a legalidade da tarifa de serviços de terceiros. 3.4. O banco sustenta que não há abusividade na cobrança da tarifa de inserção de gravame. O contrato prevê a cobrança de tarifa por inclusão de gravame eletrônico no valor de R$ 39,70 (fl. 68). Em relação à tarifa de inserção de gravame, essa não foi objeto do REsp 1251331, assim, mantem-se o entendimento que vem sendo adotado pelos tribunais na esteira do que disciplina no art. 1º, da Resolução CMN nº 3.919/2010 que afirma que as tarifas cobradas pelas instituições financeiras devem estar previstas no contrato firmado entre a instituição e o cliente ou deve ter sido o respectivo serviço previamente autorizado ou solicitado pelo consumidor. Assim, poder-se-ia afastar a referida tarifa caso fosse comprovada sua abusividade, o que não é o caso dos autos. Esse é o entendimento dessa 17ª Câmara Cível, veja-se: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO.
Segurança (CDC, art. 6º, I; art. 8º; art. 10; art. 12, § 1º)
TJ-RJ - RECURSO INOMINADO : RI 00175204320118190014 RJ 0017520-43.2011.8.19.0014
Ementa
Processo n.º 0017520-43.2011.8.19.0014 Origem: Juizado Especial Cível da Comarca de Campo dos Goytacases Recorrente: GELSON AS DE FREITAS Recorrido: BANCO BRADESCO S/A R E L A T Ó R I O Trata-se de AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO buscando compensação por Danos Materiais intentada por GELSON SÁ DE FREITAS em face de BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S.A., ao argumento que: (i) firmou contrato de financiamento de veículo junto ao Réu; (ii) ocorre que no total do financiamento, constatou que o réu havia inserido o valor de R$ 250,00 a título de "Valor C.O.A", "Registro de Contrato" no valor de R$ 227,23 e "Tarifa Administrativa" no valor de R$ 3,90, aduzindo que tal cobrança é considerada abusiva. Em razão dos fatos narrados, requer, (i) a restituição, já em dobro, das cobranças consideradas indevidas no montante de R$ 1.235,26, declarando-as nulas; e, (ii) compensação por danos morais no valor de R$ 10.000,00. Audiência de Instrução e Julgamento realizada às fls. 21. Contestação apresentada às fls. 22/34 alegando, (a) o Autor tinha total ciência do contrato confeccionado, além de todas as tratativas preliminares do negócio que foram levadas a termo; (b) a cobranças contra qual o Autor se insurge possuem total amparo legal; (c) inexistência de conduta ilícita uma vez que as cobranças das tarifas encontravam-se discriminadas no contrato celebrado; (d) inaplicabilidade da restituição em dobro de forma que a simples aceitação das transaçõesbancárias contratualmente previstas não se reputa indevida, (e) inexistência de danos morais; e, por fim (f) impossibilidade de inversão do ônus da prova, requerendo ao final a improcedência total do pedido. A sentença foi proferida às fls. 47, julgando parcialmente procedente o pedido para (i) declarar nula a cobrança indevida a título de "Tarifa de emissão de boletos"; (ii) restituir o valor da referida cobrança na quantia de R$ 280,00 (duzentos e oitenta reais), já com a dobra legal ao Autor; e, julgando improcedente o pedido de indenização por dano moral. Às fls. 48/52 encontramos o recurso inominado intentado pelo Autor, em que repisa os argumentos expostos na exordial, pugnando pela reforma parcial da sentença para afastar a incidência da prescrição e condenar o Réu ao pagamento a título de danos morais. Contrarrazões apresentadas pelo Autor às fls. 61/76, sustentando, em síntese, a manutenção do julgado. É o breve relatório, passo a decidir. V O T O Ementa: Recurso Inominado Conhecido, eis que preenchidos os requisitos de admissibilidade e no mérito Parcialmente Provido. Inicialmente cabe ressaltar que a parte requerente manteve com a empresa ré uma relação de consumo, nos moldes da Lei nº. 8.078/90. Por isso, devem ser aplicados ao caso os ditames do CDC, que prevê prazo qüinqüenal, conforme previsto em seu art. 27. Assim, considerando que o contrato de financiamento foi encerrado em 10.04.09 (fl. 10/11), não houve decurso do prazo prescricional de 05 anos. Devida portanto a devolução da tarifa denominada "Valor C.O.A". Cobrança de tarifas abusivas, embutidas em cont rato de financiamento. Cláusula abusiva. Configuração de onerosidade excessiva para o Consumidor. Sentença que determina a devolução das "tarifas" cobradas indevidamente em dobro na forma prevista no art. 42, parágrafo único do CDC. Devolução das quantias indevidamente cobradas na forma simples, aderindo à Jurisprudência firmada sobre o tema no STJ, com ressalva do entendimento pessoal deste relator. Há que se aderir ao entendimento firmado pelo STJ na Reclamação nº. 4892/PR pela necessidade de demonstração de má-fé do credor para devolução em dobro do indébito. Resguardo da Segurança Jurídica e da Uniformização da Jurisprudência. Comprovação de pagamento de todas as 36 parcelas. Dano moral configurado. Ressalva do entendimento pessoal do relator. Posição unificada na Turma Recursal quanto a configuração de dano moral nesta hipótese. Precedentes firmados no valor de R$ 1.000,00. Ante o exposto, conheço do recurso e VOTO no sentido de que lhe seja dado parcial provimento para: (a) condenar o Réu (Recorrido) a restituir ao Autor (Recorrente) os valores indevidamente cobrados, na forma simples, perfazendo a quantia de R$ R$ 617,63 (seiscentos e dezessete reais e sessenta e três centavos); (b) condenar o Réu (Recorrido) a pagar ao Autor (Recorrente) a título de compensação pelos danos morais sofridos a quantia de R$ 1.000,00 (mil reais). Sem condenação em verbas de sucumbência.
TJ-RJ - RECURSO INOMINADO : RI 00084098320098190053 RJ 0008409-83.2009.8.19.0053
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Processo n.º 0008409-83.2009.8.19.0053 Origem: Juizado Especial Adjunto Cível da Comarca de São João da Barra Recorrente: SERVATIS S/A Recorrido: JOSÉ MEIRELES DA SILVA R E L A T Ó R I O Trata-se de AÇÃO INDENIZATÓRIA intentada por JOSÉ MEIRELES DA SILVA em face de SERVATIS S/A, ao argumento que: (i) no dia 18.11.2008, a Ré foi responsável por um derramamento de um pesticida altamente tóxico na localidade de Resende; (ii) tal fato gerou além dos imensos prejuízos de ordem ambiental, a impossibilidade do exercício de seu oficio, qual seja o de pescador profissional; (iii) assim, não consegue obter o seu próprio sustento e, tampouco o de sua família. Em razão dos fatos narrados, requer a condenação da Ré por danos morais no valor de R$ 18.600,00 (dezoito mil e seiscentos reais). Contestação apresentada às fls. 54/62 alegando, preliminarmente, a falta de interesse de agir, sob o argumento de que já foram propostas ações coletivas, sendo uma ação civil pública e, a outra uma ação coletiva proposta pela Federação dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro; e, no mérito, (a) que diversos casos idênticos julgados improcedentes pelas Turmas Recursais; (b) que o Autor não comprova os danos e os prejuízos alegados; (c) a inexistência de danos morais, uma vez que os meros aborrecimentos não autorizam a pretendida indenização, requerendo ao final a improcedência total do pedido. Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento realizada às fls. 49/53, ocasião em que foi prolatada a sentença, julgando procedente em parte o pedido para condenar a Ré a pagar ao Autor a quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais) a título de danos morais. Às fls. 99/110 encontramos o recurso inominado intentado pela Ré, em que repisa todos os argumentos expostos na contestação, pugnando pela reforma total da sentença. Contrarrazões apresentada às fls. 114/118 sustentando em síntese a manutenção do julgado. É o breve relatório, passo a decidir. 
Equilíbrio das prestações (CDC, art. 4º, III; art. 6º, V; art. 51, IV; art. 51, § 1º, III)
TJ-PR - Apelação : APL 12478625 PR 1247862-5 (Acórdão)
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DECISÃO: Acordam os Desembargadores da 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em conhecer parcialmente do recurso de apelação cível e, na parte conhecida, dar parcial provimento, nos termos do voto da Relatora. Participaram da sessão e acompanharam o voto da Relatora os Excelentíssimos Desembargador CELSO JAIR MAINARDI e Juiz Substituto em 2º Grau GIL FRANCISCO DE PAULA XAVIER F. GUERRA. Curitiba, 10 de dezembro de 2014. EMENTA: AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE CLÁUSULA EXPRESSA C/C NULIDADE DE CLÁUSULA CONTRATUAL. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. SENTENÇA PARCIALMENTE PROCEDENTE. APELAÇÃO CÍVEL INTERPOSTA PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. ENCARGOS E TARIFAS. MATÉRIA NÃO CONHECIDA. INOVAÇÃO RECURSAL. JUROS REMUNERATÓRIOS. NÃO CONHECIMENTO. OFENSA AO PRICIPIO DA DIALETICIDADE. MATÉRIA ARGUIDA NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. DETERMINADA DEVOLUÇÃO NA FORMA SIMPLES. FALTA DE INTERESSE RECURSAL. REVISÃO CONTRATUAL. POSSIBILIDADE. BUSCA PELO EQUILÍBRIO CONTRATUAL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. SITUAÇÃO CONCRETA EM QUE EM 08 DOS CONTRATOS ANALISADOS (1º AO 8º) ESTÁ PREVISTA APENAS A TAXA MENSAL DE JUROS E AUSENTE CLÁUSULA EXPRESSA DA PACTUAÇÃO. MANUTENÇÃO DO AFASTAMENTO DA CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS. APLICAÇÃO DA PRIMEIRA ORIENTAÇÃO FIRMADA NO RESP 978.827/RS SUBMETIDO AO REGIME DOS RECURSOS REPETITIVOS. OUTROS TRÊS CONTRATOS (9º AO 12º) COM PREVISÃO CONTRATUAL DE TAXA ANUAL EFETIVA SUPERIOR AO DUODÉCUPLO DA TAXA MENSAL DE JUROS (9º AO 12º). MÉTODO COMPOSTO DE FORMAÇÃO DE JUROS.VALIDADE. APLICAÇÃO DO RESP 973.827/RS COM EFEITOS DO ART. 543-C DO CPC. REFORMA DA SENTENÇA EM RELAÇÃO A ESTES CONTRATOS. ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA. REDISTRIBUIÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NA PARTE CONHECIDA, PARCIALMENTE PROVIDO. VISTOS, relatados e discutidos estes autHHos de Apelação Cível nº 1247862-5, do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Londrina - 5ª Vara Cível, em que é Apelante BANCO RURAL S/A e Apelado MARISTELA SANTOS DE OLIVEIRA.
TJ-PR - Apelação : APL 13274152 PR 1327415-2 (Acórdão)
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DECISÃO: ACORDAM os integrantes da Décima Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em conhecer parcialmente e negar provimento ao recurso de Apelação I; conhecer parcialmente e, por maioria de votos, dar parcial provimento ao recurso II. Vencida a Des.ª Denise Kruger Pereira, que dá parcial provimento ao recurso de apelação II em menor extensão. EMENTA: DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO. CONTRATO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA. ATRASO NA ENTREGA.APELAÇÃO I: (i) PLEITO DE REFORMA DA SENTENÇA NO TOCANTE ÀS TAXAS CONDOMINIAIS. AUSÊNCIA DE DISCUSSÃO DESTA MATÉRIA NA SENTENÇA E DE PEDIDO NA INICIAL. FALTADE INTERESSE RECURSAL. (ii) SENTENÇA QUE CONDENOU A PROMITENTE VENDEDORA À RESTITUIÇÃO AOS COMPRADORES DOS VALORES PAGOS A TÍTULO DE JUROS DE OBRA NO PERÍODO DE ATRASO DE CONCLUSÃO DA OBRA. POSSIBILIDADE.APELAÇÃO II: (i) APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. (ii) ILEGALIDADE DA CLÁUSULA DE TOLERÂNCIA NA ENTREGA DA OBRA. INOVAÇÃO RECURSAL. PIETO NÃO FORMULADO NA PETIÇÃO INICIAL.ATRASO NA ENTREGA DA OBRA DEVIDAMENTE VERIFICADO EM SENTENÇA (iii) INVERSÃO DA CLÁUSULA PENAL. POSSIBILIDADE. ABSUVIDIDADE DA CLÁUSULA PENAL ENTABULADA APENAS EM FAVORECIMENTO DO PROMITENTE VENDEDOR, EM DETRIMENTO DO CONSUMIDOR. ART. 51, I E IV, CDC. (iv) PRETENSÃO DE DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS À TÍTULO DE ATUALIZAÇÃO DE SALDO DEVEDOR. IMPOSSIBILIDADE.QUANTIA CORRESPONDENTE AO VALOR DO PRÓPRIO IMÓVEL. DEVER DA COMPRADORA. (v) PRETENSÃO DE DEVOLUÇÃO DE VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE, ATRAVÉS DA EMISSÃO DE BOLETOS SEM QUE SE SAIBA A SUA CAUSA. POSSIBILIDADE. VENDEDOR QUE NÃO COMPROVA A ORIGEM DE REFERIDOS DÉBITOS, ÔNUS QUE LHE INCUMBIA. (vi) DEVOLUÇÃO DO INDÉBITO DE FORMA DOBRADA. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DO ARTIGO 42 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.(vii) INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.DESNECESSIDADE. NÃO DEMONSTRAÇÃO DA EFETIVA OCORRÊNCIA DE DANO MORAL INDENIZÁVEL.
TJ-RJ - RECURSO INOMINADO RI 01364838320108190001 RJ 0136483-83.2010.8.19.0001 (TJ-RJ) 
Ementa: que por constituir a contraprestação de um serviço prestado deve guardar perfeita adstrição com o contrato. Tratando-se de tarifa extravagante ao contrato bancário comum de conta corrente, para a sua exigência impõe-se a manifestação convergente e expressa do consumidor bem informado, não podendo reconhecer-se a volição tácita pelo fato de reclamar após a realização de alguns descontos abusivos. Prevalência dos direitos fundamentais do consumidor previstos no art. 6º , III , IV , VI e VIII do CDC , concernente a informação clara sobre os serviços, a proteção contra métodos abusivos, reparação de danos e inversão do ônus da prova. Imperioso reconhecer nesses casos o abuso de direito pelo excesso praticado, violando o recorrido com a sua conduta os princípios basilares da boa-fé, lealdade e transparência. Obrigações iníquas ou abusivas e que são destoantes da equidade e boa-fé, não devem ser suportadas. Deste modo a ilicitude da cobrança que deriva da antinomia com o sistema de proteção do consumidor. Prática vedada nos incisos III, IV, V,X e XI do CDC . Restituição que constitui corolário da cobrança indevida
Solidariedade (CDC, art. 7º, PU; art. 18; art. 19; art. 25, § 1º; art. 34).
TJ-MG - Apelação Cível : AC 10024112906789001 MG - Inteiro Teor
APELAÇÃO CÍVEL - OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS - COMPRA E VENDA DE IMÓVEL - ATRASO NA ENTREGA DA OBRA - MULTAS - PRINCIPIO DA ISONOMIA - INAPLICABILIDADE - LUCROS CESSANTES - NÃO COMPROVAÇÃO - TAXA DE EVOLUÇÃO DA OBRA - NÃO CABIMENTO - REEMBOLSO DE ALUGUEIS - NÃO COMPROVAÇÃO - DANOS MORAIS - CONFIGURAÇÃO - QUANTUM - CIRCUNSTÂNCIAS E RAZOABILIDADE.
TRT-3 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA : RO 1238099 12380/99 - Inteiro Teor 
EMENTA - RESERVA DE POUPANÇA - RESTITUIÇÃO - 
CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DA MORA 
O pecúlio reserva de poupança foi restituído integralmente, não havendo 
diferenças, na forma estatutária. Não há considerar-se também cláusula 
penal a previsão de devolução das quantias efetivadas para a reserva com 
correção monetária, por não se revestir da estrutura própria do stipulatio 
poenae. Para este caso, restituição da importância prestada, devem ser 
observados, para correção monetária, na seq"uência, ORTN e OTN até 
janeiro/89; o BTN até sua extinção em fevereiro de 1991; de março/91 a 
dezembro/92, a variação da TR; a variação do INPC do IBGE entre 
janeiro/93 a fevereiro/94; com base na URV a partir de março de 1994 até 
junho de 1994; em julho/94, no IPC-R do IBGE, expungindo-se os juros. 
Correção monetária não se presta a alterar o valor da dívida, apenas 
recompõe o poder de compra (não é um plus que se acrescenta ao crédito, 
mas um minus que se evita).
Interpretação mais favorável ao consumidor (CDC, art. 47; art. 54; CC, art. 425º).
TJ-BA : 3442832003 BA 
	EMENTA : 8.078/90, QUE ADMITE EXPLICITAMENTE A INTERFERÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO NAS RELAÇÕES CONTRATUAIS DE CONSUMO (ART. 6o, IV E V), VISANDO PRESERVAR OS PRINCÍPIOS DA BOA-FÉ E DO EQUILÍBRIO ENTRE AS PARTES. RECURSO PROVIDO PARCIALMENTE APENAS NO QUE PERTINE AO VALOR DA CONDENAÇÃO IMPOSTA, MANTIDA A SENTENÇA NOS SEUS OUTROS FUNDAMENTOS. CUSTAS PROCESSUAIS PELA RECORRENTE, JÁ RECOLHIDAS, DISPENSADOS OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PORQUE A RECORRIDA NÃO SE FEZ ASSISTIDA POR CAUSÍDICO. 
TJ-PR - PETICAO DE RECURSO ESPECIAL : RESP 7979237 PR 797923-7 (Acórdão) 
AGRAVO RETIDO - CARÊNCIA DE AÇAO POR ILEGITIMIDADE ATIVA - AFASTADA. 
Se os riscos, cuja cobertura reclamam os mutuários, originaram-se no período de vigência do contrato de seguro, não se fala em ilegitimidade ativa em razão da quitação dos contratos de financiamento, mormente porque juntaram com a inicial documentos comprobatórios de sua condição de mutuários. 
"O adquirente de imóvel através de `contrato de gaveta', com o advento da Lei 10.150/2000, teve reconhecido o direito à sub-rogação dos direitos e obrigações do contrato primitivo (...)". (STJ, 1ª Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, REsp nº 705231/RS) 
ILEGITIMIDADE PASSIVA - INOCORRÊNCIA - SUCESSAO E TRANSFERÊNCIA DA OBRIGAÇAO PARA OUTRA SEGURADORA LÍDER - IRRELEVÂNCIA - RECEBIMENTO DOS PRÊMIOS - CONSUMIDOR QUE PODE OPTAR AJUIZAR AÇAO EM FACE DE QUALQUER SEGURADORA 
A contratação das seguradoras dá-se somente com os agentes financeiros, sem que o mutuário possa escolher ou, ao menos, saber qual seguradora é a responsável por seu contrato, sendo eleito um 'pool' de seguradoras que se habilitam para atuar no SFH garantindo juntas a cobertura do seguro habitacional. 
Assim, os seguros são pagos pelas seguradoras que operem em tal ramo, inequivocamente estabelecendo uma relação de solidariedade entre tais companhias, de modo a fazer com que a indenização possa ser exigida de qualquer uma delas. 
PARTICIPAÇAO DA CEF DESNECESSIDADE - COMPETÊNCIA - JUSTIÇA ESTADUAL. 
A Caixa Econômica Federal é parte ilegítima para figurar como litisconsorte necessário no pólo passivo da relação processual em que se discute pretensão indenizatória em contrato de seguro - demanda entre partes litigantes - usuário x seguradora - de natureza eminentemente privada, compete a Justiça Estadual o seu processamento e julgamento. 
"Nos feitos em que se discute a respeito de contrato de seguro adjeto a contrato de mútuo, por envolver discussão entre seguradora e mutuário, e não afetar o FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais), inexiste interesse da Caixa Econômica Federal a justificar a formação de litisconsórcio passivo necessário, sendo, portanto, da Justiça Estadual a competência para o seu julgamento". (REsp 1091363/SC). 
Acrescente-se também que os contratos de seguro em discussão, não seriam alcançados pela Lei n.º 12.409/2011 (MP 513/2010), deve respeitar o ato jurídico perfeito estabelecido entre as partes. 
PRESCRIÇAO - DANOS QUE SE PROTRAEM COM O TEMPO - IMPOSSIBILIDADE DE FIXAÇAO DO TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL. 
Conclui-se que os danos seriam contínuos e permanentes, não se podendo afirmar o momento exato em que eles teriam se concretizado; ou a data precisa em que os autores tiveram ciência inequívoca de suas origens (art. 178, 6º do CC/1916). 
CLÁUSULAS DUVIDOSAS E CONTRADITÓRIAS - LEITURA CONSOANTE A ÓTICA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - PROVA PERICIAL CONCLUSIVA. 
Evidenciados, através de perícia técnica realizada, os vícios de construção que ocorreram de forma permanente e contínua, os quais, ante a inferioridade dos materiais utilizados geraram danos que se não realizadas as devidas correções, ou anulações de suas origens, podem evoluir para uma ameaça de desmoronamento; deve a seguradora arcar com a cobertura securitária prevista, surgindoo dever de indenizar. 
Em havendo no contrato cláusulas contraditórias com relação à cobertura de sinistros decorrentes de vício de construção, estas devem ser interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor (art. 47, do CDC), e atenta à finalidade social do seguro habitacional.
Boa-fé Objetiva
TJ-SC - Apelação Cível AC 20120824153 SC 2012.082415-3 (Acórdão) (TJ-SC) 
Data de publicação: 01/07/2013 
Ementa: DIREITO OBRIGACIONAL. AÇÃO ORDINÁRIA DE PRECEITO COMINATÓRIO C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. PLANO DE SAÚDE NA MODALIDADE AUTOGESTÃO. APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (SÚMULA 469 DO STJ). ANTECIPAÇÃO DA TUTELA CONCEDIDA PARA O FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS PARA TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO (OXALIPLATINA E XELODA). PRESTADORA QUE NÃO NEGA A COBERTURA PARA DOENÇAS ONCOLÓGICAS, PORÉM RECUSA O FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS SOB ALEGAÇÃO DE SEREM DE USO EXPERIMENTAL E DOMICILIAR. APARENTE CONTRADIÇÃO ENTRE CLÁUSULAS CONTRATUAIS (ART. 47 DO CDC ). INTERPRETAÇÃO FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR. VIOLAÇÃO AO PRÍNCIPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA. COBERTURA INDEVIDAMENTE RECUSADA. DANO MORAL CONFIGURADO. MONTANTE PECUNIÁRIO MINORADO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
TJ-SC - Apelação Cível AC 20130016106 SC 2013.001610-6 (Acórdão) (TJ-SC) 
Data de publicação: 18/09/2013 
Ementa: DIREITO OBRIGACIONAL. DEMANDA COMINATÓRIA C/C DANO MORAL. PLANO DE SAÚDE. NECESSÁRIO TRATAMENTO OFTALMOLÓGICO (APLICAÇÃO DE LUCENTIS INTRAVÍTREO). RECUSA DA PRESTADORA EM PROCEDER A CONSEQUENTE COBERTURA PECUNIÁRIA. ALEGAÇÃO DE QUE O PROCEDIMENTO NÃO POSSUI PREVISÃO EM NORMA EXPEDIDA PELA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (ANS). INEXISTÊNCIA, CONTUDO, DE QUALQUER CLÁUSULA CONTRATUAL EXCLUINDO EXPRESSAMENTE O ATO INDICADO PELO MÉDICO ESPECIALISTA. DISPOSITIVOS CONTRATUAIS QUE, NA ESPÉCIE, ADEMAIS, MERECEM INTERPRETAM MAIS FAVORAVELMENTE AO CONSUMIDOR (ART. 47 DO CDC ). VIOLAÇÃO AO PRÍNCIPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA. RECURSO DESPROVIDO.
Adimplemento substancial (CDC, art. 4º, III)
TJ-PR - PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos - Recurso Inominado : RI 000121132201381600870 PR 0001211-32.2013.8.16.0087/0 (Acórdão)
Ementa
EMENTA: RECLAMAÇÃO ? PLANO DE SAÚDE - RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO ? COMPROVAÇÃO DE MAIS DE 60 DIAS DE ATRASO ? NOTIFICAÇÃO OCORRIDA APÓS 50 DIAS DE ATRASO ? RECEBIMENTO DOS VALORES RELATIVOS A PARCELAS VENCIDAS POSTERIORMENTE - TOLERÂNCIA ? COMPORTAMENTO QUE GERA EXPECTATIVA ? BOA FÉ E CONFIANÇA ? SUPRESSIO - RECONHECIMENTO DO DIREITO DO AUTOR EM CONTINUAR COM O PLANO CONTRATADO ? APLICABILIDADE DA TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL ? CONTRATO DE TRATO SUCESSIVO - SENTENÇA MANTIDA.
TJ-PR - PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO - Recursos - Recurso Inominado : RI 000121132201381600870 PR 0001211-32.2013.8.16.0087/0 (Acórdão) - Inteiro Teor 
EMENTA: RECLAMAÇÃO – PLANO DE SAÚDE -RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO – COMPROVAÇÃO DE MAIS DE 60 DIAS DE ATRASO – NOTIFICAÇÃO OCORRIDA APÓS 50 DIAS DE ATRASO – RECEBIMENTO DOS VALORES RELATIVOS A PARCELAS VENCIDAS POSTERIORMENTE - TOLERÂNCIA – COMPORTAMENTO QUE GERA EXPECTATIVA – BOA FÉ E CONFIANÇA – SUPRESSIO -RECONHECIMENTO DO DIREITO DO AUTOR EM CONTINUAR COM O PLANO CONTRATADO – APLICABILIDADE DA TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL – CONTRATO DE TRATO SUCESSIVO - SENTENÇA MANTIDA.

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