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Fundamentos e Metodologia de Língua Portuguesa Autor: Mario L. N. Alves Tema 07 Compreensão e produção Escrita: a habilidade de ler Tema 08 Compreensão e produção Escrita: a habilidade de escrever Índice Índice Tema 07: Compreensão e produção Escrita: a habilidade de ler 4 Tema 08: Compreensão e produção Escrita: a habilidade de escrever 20 seç ões Tema 07 Compreensão e produção Escrita: a habilidade de ler Como citar este material: ALVES, Mario L. N. Fundamentos e Metodologia de Lingua Portuguesa: Compreensão e produção Escrita: a habilidade de ler. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 07 Compreensão e produção Escrita: a habilidade de ler 7 CONTEÚDOSEHABILIDADES Conteúdo Nessa aula você estudará: • As metodologias e os modelos de leitura. • O desenvolvimento da prática do leitor. • A interação entre o leitor e o texto. Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa, da autora Maria Lúcia de Castro Gomes, editora Ibpex, 2011, PLT 493. Roteiro de Estudo: Mario L. N. Alves Fundamentos e Metodologia da Língua Portuguesa 8 CONTEÚDOSEHABILIDADES Compreensão e produção Escrita: a habilidade de ler No tema anterior, você pôde ver as orientações sobre o ensino de Língua Portuguesa segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, bem como os aspectos da modalidade oral, com a habilidade de escuta e fala. Continuando os estudos sobre as habilidades da língua, você verá a partir de agora sobre a escrita, principal objetivo das séries iniciais do ensino fundamental e, mais especificamente no presente tema, com a habilidade da leitura. Diferente da oralidade, aprendida pelas crianças no contato com falantes da língua naturalmente, a escrita depende de um esforço social para ser aprendida, o que acontece, via de regra, por meio do ensino escolar. Tal diferença se encontra em diversos as aspectos e, segundo Lent (2001 apud GOMES, 2011), “a linguagem escrita difere fundamentalmente da fala porque carece de uma dinâmica temporal que é essencial na segunda”. Para entender essa diferença, basta fazer um teste: tente consultar um dicionário ou qualquer outra fonte de informação no meio de um diálogo. A conversa provavelmente se dispersará, mudará de sentido ou você poderá perder algum trecho do que está sendo dito, diferente da leitura de um livro, prática que permite interrupções e releitura. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Quais e como são os modelos de leitura? • Quais as influências que interferem no desenvolvimento do leitor? • Como se dá a interação entre leitor e texto? LEITURAOBRIGATÓRIA 9 LEITURAOBRIGATÓRIA Leitura Há diversas metodologias para se alfabetizar uma criança em sua fase inicial. Uma maneira simplista de compreender os dois principais paradigmas que servem de base para a maioria das metodologias é classificá-los em: métodos sintéticos (que buscam ensinar as partes – letras e sílabas – para depois partir para o todo) e métodos analíticos (partir do todo para chegar às partes que a compõe). No entanto, o que interessa a você nesse momento é saber que a leitura proficiente não reconhece letra por letra ou sílaba por sílaba de uma palavra, mas faz um reconhecimento de blocos (chuncks), ou seja, palavras e seguimentos inteiros de uma frase. Você é um leitor proficiente e duvida disso? Preste atenção a sua leitura e veja você mesmo que, nesta frase de palavras simples, você provavelmente não precisou analisar nenhuma palavra lentamente. Talvez você precise recorrer a uma leitura mais lenta, silábica por vezes, somente em casos que apareçam palavras estrambóticas, estapafúrdias ou de uso infrequente, como quando você precisa ler em voz alta que algumas possíveis traduções de “shopaholic” (pessoa viciada em compras) são: “oneômano”, “onemaníaco”, “onomaníaco” ou “onêmano”. Alguns autores, como cita Gomes (2011, p. 112), apontam a existência de um “léxico visual”, que seriam “uma representação visual da palavra escrita que vai sendo armazenada” numa espécie de dicionário mental. Dessa forma, a prática da leitura aumentaria o dicionário e, consequentemente, a velocidade da leitura. Mas, no que tange a decodificação da linguagem escrita, Gomes (2011, p. 113) apresenta três modelos básicos que tentam explicar como acontece o processamento da leitura em diferentes proficiências ou com diferentes necessidades. Modelos de leitura O que ocorre Impactos Modelo ascendente (Bottom-up) Leitura das letras, palavras e depois sentenças. A compreensão se faz por análise e síntese de cada parte para chegar ao todo. Leitor usa pouca dedução e inferência. Leitura lenta e pouco fluente. Modelo descendente (Top-down) Leitura com base nos conhecimentos linguísticos e extralinguísticos. Leitor interfere com seu conhecimento de mundo. Leitor dialoga com texto. Leitura é mais fluente, veloz, focada nas ideias principais do texto. Pode levar a uma má interpretação se feita de maneira negligente. Modelo Interativo Os dois modelos anteriores são alternados, de acordo com a situação da leitura, para sua melhor realização. Melhor leitura e compreensão do texto. 10 O leitor Como foi aprender a ler e o que essa prática significa para você? Saiba que o desenvolvimento e a prática da leitura dependem muito de como se deu a relação entre o leitor e o texto escrito em sua vida. Gomes (2011, p. 114-115), com base em diversos autores, mostra que algumas das principais influências no engajamento dos leitores são: a família, por criar um ambiente que demonstra o valor e o prazer pela leitura; a comunidade, quando seus membros são leitores e as experiências forem diversas e significativas; a escola, como ambiente decisivo por fornecer o aprendizado da leitura; a cultura, por incorporar os fatores já citados e por influenciar toda a vida do sujeito; as características individuais, como personalidade, motivação e atitudes. Essas influências também interferem na construção dos “esquemas”, ou seja, informações prévias, crenças e hábitos que o leitor possui sobre qualquer assunto (história, cultura, política, música, geografia), além do próprio histórico de leituras já realizadas e que auxiliam a compreensão da leitura realizada. Outra influência relevante na compreensão da leitura é o reconhecimento do gênero do texto, que verá logo a seguir. O texto A maioria das pessoas pensa em livros, jornais e revistas quando se fala de leitura. O que diariamente são lidos, entretanto, é uma miríade de textos: manuais, bulas de remédio, cartazes, placas, embalagens, bilhetes, receitas, endereços, catálogos e tantos outros mais, presentes em Gomes (2011, p. 116). Para quem nunca pensou no assunto, essas diferenças podem parecer, a primeira vista, quase irrelevantes. Contudo, as características de um gênero de escrita (tais como: conteúdo, organização da informação, estrutura gramatical, vocabulário e diagramação, por exemplo) interferem em sua leitura e, por sua vez, na compreensão que o leitor venha a ter. Os gêneros textuais são, de certa forma, “modelos” criados nas atividades sociais e adaptados de acordo com as situações históricas em que a ação comunicativa acontece. Assim, você consegue reconhecer um texto de e-mail, uma conversa de chat, uma conversa com um parceiro de negócios, uma discussão com seus familiares, uma receita de sobremesa ou o cardápio do restaurante. LEITURAOBRIGATÓRIA 11 LEITURAOBRIGATÓRIA Interação leitor / texto Todos os fatores apresentados até aqui, neste tema, podem interferir na compreensão, mas a interação entre o leitore o texto, como apontam Aebersold; Field (1997 apud GOMES, 2011, p. 118-120), “podem fazer com que um mesmo texto tenha diferentes interpretações por diferentes leitores”. Algumas dessas formas de interação seriam: • Entre o propósito e a maneira de ler: ou seja, o objetivo da leitura. Por exemplo: dar uma olhada rápida, fazer leitura atenta para estudar, consultar informações, entre outros. • Por meio de Estratégias de leitura: estratégias desenvolvidas ou aprendidas durante as práticas de leitura. Por exemplo: reconhecer rapidamente as palavras, identificar as principais ideias do texto, tolerar ambiguidades temporariamente, manter propósito da leitura, utilizar modelos ascendentes e descendentes de leitura. • Por meio de esquemas: uso dos conhecimentos prévios na leitura. Por exemplo: esquemas de conteúdo (conhecimento do tema), esquema formal (conhecimento da organização textual), esquema linguístico (conhecimento da língua e de sua estrutura discursiva). Com esse pequeno panorama sobre o processo de leitura textual, você já deve ter percebido o quanto é importante a prática da leitura na formação de um leitor competente. No próximo tema, você poderá ver o processo de escrita e da produção textual. 12 Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Leia o artigo “Reflexões sobre o ensino da leitura na perspectiva interativa”. Esse artigo se propõe a fazer uma revisão bibliográfica de estudos sobre o assunto e fazer um levantamento das orientações dos PCN para o ensino da leitura. Revista Vivências. Vol.6, N.9: p.172-176, Maio/2010. Disponível em: <http://www.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_009/artigos/artigos_ vivencias_09/n9_18.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2013. Leia a matéria do jornal Leitura “O novo formador”. Essa pesquisa revela que professores são as figuras que mais influenciam a formação de leitores, mas os próprios docentes ainda estão no processo de aprender a gostar dos livros. Disponível em: <http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/181/o-novo-formadorpesquisa- revela-que-professores-sao-as-figuras-que-257871-1.asp>. Acesso em: 9 dez. 2013. Vídeos A importância da leitura. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=iy4vstCoD6M>. Acesso em: 9 dez. 2013. Reportagem do Canal Futura sobre a importância da leitura na infância e adolescência. LINKSIMPORTANTES 13 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: Ao fazer um retrospecto em sua formação, quais foram as maiores influências que você teve durante seu aprendizado de lei- tura? Que resultados isso ainda traz para sua prática cotidiana? Questão 2: Sobre a habilidade de ler, é correto afirmar que: a) A leitura de um leitor proficiente ocorre letra por letra, que as une habilmente e de maneira muito rápida em sílabas, palavras e frases, sucessivamente, para decodificar o sentido do que está lendo. b) O leitor sempre depreende o que está no texto de maneira objetiva e sem interferências extratextuais. c) A leitura de um leitor proficiente se dá em blocos de palavras e seguimentos inteiros de uma frase e essa capacidade aumenta com a prática da leitura. d) O leitor proficiente compreende sua leitura a partir da análise e síntese de cada parte do texto, utilizando um modelo de leitura ascendente. AGORAÉASUAVEZ 14 Questão 3: Sobre as afirmações: ( ) Leitura mais fluente, focada nas ideias principais na leitura e dialogando com o texto. Realiza-se utilizando conhecimentos linguísticos e extralinguísticos, bem como todo o seu conhecimento cultural e de mun- do. Leitor dialoga com o texto. Pode levar a más interpretações se feita de maneira negligente. ( ) Leitura geralmente lenta e pouco fluen- te, é realizada decodificando primeiro as letras, depois as palavras e por fim as sen- tenças. A compreensão se faz por análise e síntese de cada parte para chegar ao todo. ( ) Leitura fluente que busca a melhor for- ma de compreensão do texto, a partir de uma mistura de técnicas de leitura, utilizan- do os melhores recursos de cada modelo. Essas correspondem, respectivamente, aos modelos de leitura: a) Ascendente (Bottom-up), Descendente (Top-down) e Interativo. b) Interativo, Ascendente (Bottom-up) e Descendente (Top-down). c) Descendente (Top-down), Interativo e Ascendente (Bottom-up). d) Descendente (Top-down), Ascendente (Bottom-up) e Interativo. Questão 4: Sobre os gêneros textuais, podemos afir- mar que: a) São classificados como: narração, a descrição, a dissertação ou exposição, a informação e a injunção. b) São “modelos” criados nas atividades sociais e adaptados de acordo com as situações históricas em que a ação comunicativa acontece. c) Possuem características específicas a cada contexto, tais como vocabulário, estrutura gramatical e diagramação, por exemplo. d) São exemplos de gêneros textuais: e-mail, conversa de chat, uma receita de sobremesa. e) Seu reconhecimento auxilia na prática da leitura, por oferecer subsídios pautados nos conhecimentos prévios do leitor. Questão 5: Segundo Gomes (2011), estratégias como: definir o objetivo da leitura, identificar as principais ideias do texto, tolerar ambigui- dades temporariamente, manter propósito da leitura e usar os conhecimentos prévios na leitura, são: AGORAÉASUAVEZ 15 a) Formas de interação entre leitor e texto. b) Formas de aprendizagem de leitura. c) Formas de se reconhecer os chuncks. d) Formas de influenciar o gosto pela leitura em aula. Questão 6: Procure um texto técnico de uma área que não pertence e tente ler seu conteú- do o mais rápido possível. Em seguida, leia lentamente, buscando compreender cada trecho. Como foram as leituras? Quais mé- todos você usou para compreender o que estava lendo. Questão 7: Defina um dia normal de sua semana para essa experiência. Durante todo o dia, você irá prestar em todos os textos que leu. A quais gêneros você acredita que eles per- tencem? Escolha dois que julgue mais di- ferentes entre eles e aponte, ao menos, 3 itens que os diferencia. Questão 8: Decida por um gênero textual com caracte- rísticas que julga estarem claras para você (receita de bolo, manual técnico, carta co- mercial). Agora produza, buscando seguir ao máximo a estrutura e forma desse gê- nero, um texto de gênero que considere totalmente diferente (uma receita de bolo escrita no formato de carta comercial, por exemplo). Foi fácil produzir o texto? Como acredita que as pessoas compreenderiam sua produção, se as mandasse ler? Por quais motivos isso poderia acontecer? Questão 9: Escolha um texto teórico de sua área de atuação e realize uma breve leitura, com o objetivo de compreender ao máximo o que o texto diz. Quais estratégias você utilizou durante a leitura? Quão eficiente julga ter sido sua leitura e por qual motivo? Questão 10: Escolha um amigo e proponha o seguinte desafio: conversar durante 10 minutos so- bre um assunto que ambos conhecem, mas organizando suas falas dentro dos moldes da língua escrita (evitando repetir a mes- ma palavra várias vezes, fazendo pausas da fala, organizando as ideias por meio de conectores e preposições). Qual foi o resul- tado da conversa? AGORAÉASUAVEZ 16 Nesse tema você pôde ver quais são os modelos de leitura que o leitor pode adotar, quais podem ser as principaisinfluências que teve durante sua formação e como ocorrem as interações entre leitor e texto. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! GOMES, M. L. C. Metodologia do ensino de Língua Portuguesa. Curitiba: Ibpex, 2011. REFERÊNCIAS FINALIZANDO 17 Esquemas: “pacotes de conhecimentos estruturados, acompanhados de instruções para seu uso. Tais esquemas ligam-se a subesquemas e a outros esquemas formando uma rede de inter-relações que podem ser sucessivamente ativadas” (KATO, 1999 apud GOMES, 2011, p. 115). Gênero textual: estruturas socialmente reconhecidas com que se compõe os textos, orais ou escritos. Chuncks: Blocos textuais cujo leitor consegue reconhecer e interpretar rapidamente. Diagramação: Organização de dimensões e formatos de uma publicação, organizados para apresentar os elementos (textos, legendas, fotos, ilustrações) de um material escrito/ impresso. Ambiguidades: determinados(as) morfemas, palavras, locuções ou frases que podem significar coisas diferentes ou admitir mais de uma leitura. Estrambótica: singular, diferente em todos os sentidos; excêntrica. Estapafúrdia: excêntrica, bizarra, singular. GLOSSÁRIO 18 Questão 1 Resposta: Espera-se uma resposta subjetiva, de autorreflexão, com o objetivo de tornar conscientes os processos pelos quais o aluno passou, quais impactos isso trouxe a sua vida e o ajude a reconhecer em sua prática profissional as boas e más influências que poderá exercer sobre seus alunos. Questão 2 Resposta: Alternativa C. Um leitor proficiente lê por meio de “chuncks”, ou seja, blocos de palavras, ou seguimentos inteiros de uma frase, e sua capacidade de leitura aumenta com a prática. Questão 3 Resposta: Alternativa D. As afirmações correspondem, respectivamente, aos modelos Descendente (Top-down), Ascendente (Bottom-up) e Interativo. Questão 4 Resposta: Alternativa A. Os itens elencados nessa opção referem-se às tipologias textuais e não aos gêneros textuais. Questão 5 Resposta: Alternativa A. Algumas das formas de interação entre leitor e texto são: Entre o propósito e a maneira de ler, por meio de Estratégias de leitura e por meio de esquemas. Questão 6 Resposta: Essa questão tem por objetivo demonstrar para o aluno, de maneira prática, os métodos de leitura ascendente e descendente e espera uma reflexão sobre esses métodos em sua prática. GABARITO 19 Questão 7 Resposta: Essa proposta de pesquisa espera do aluno o reconhecimento de diferentes gêneros textuais e a reflexão sobre algumas de suas características sociolinguísticas. Questão 8 Resposta: Essa atividade tem por objetivo oferecer ao aluno uma oportunidade de pesquisar e aprofundar seus conhecimentos sobre gênero textual e como suas marcas são definidas. Questão 9 Resposta: Obter do aluno uma reflexão pragmática sobre as estratégias de leitura. Questão 10 Resposta: Espera-se, nessa atividade, que o aluno reflita sobre as diferenças entre linguagem escrita e falada e perceba a influência do gênero e do contexto na leitura. GABARITO seç ões Tema 08 Compreensão e produção Escrita: a habilidade de escrever Como citar este material: ALVES, Mario L. N. Fundamentos e Metodologia de Lingua Portuguesa: Compreensão e produção Escrita: a habilidade de escrever. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 08 Compreensão e produção Escrita: a habilidade de escrever 23 CONTEÚDOSEHABILIDADES Conteúdo Nessa aula você estudará: • Sobre as habilidades envolvidas na escrita. • As características textuais dos gêneros mais conhecidos. • As fases e princípios da linguística textual. • A produção textual na era da informática: o hipertexto e o plágio. Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa, da autora Maria Lúcia de Castro Gomes, editora Ibpex, 2011, PLT 493. Roteiro de Estudo: Mario L. N. Alves Fundamentos e Metodologia da Língua Portuguesa 24 CONTEÚDOSEHABILIDADES Compreensão e produção Escrita: a habilidade de escrever Escrever é, provavelmente, uma das habilidades mais complexas que você viu nos temas que foram trabalhados até agora, ao ativar memória, raciocínio, agilidade mental, habilidades motoras e vários outros fatores que poderá ver a seguir. A escrita é uma prática social e, como tal, exige que o escritor se relacione com o assunto e tenha muitos cuidados além de se preocupar com o leitor. Para escrever, é necessário tomar diversas decisões: em que ordem você vai expor suas ideias? Quais palavras você irá escolher? Seu texto será mais objetivo ou subjetivo? Formal ou informal? Seu texto se insere em qual gênero textual? Apesar de sua inegável complexidade e do esforço necessário para se produzir um texto, há muitas crenças sobre a escrita que precisam ser desmistificadas e esclarecidas a seus alunos para, assim, influenciá-los e motivá-los para a prática da escrita. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Quais são as habilidades envolvidas na escrita? • Como se desenvolveu a linguística textual? • Como se caracterizam os gêneros textuais mais conhecidos? • O que é plágio? • O que é hipertexto? LEITURAOBRIGATÓRIA 25 LEITURAOBRIGATÓRIA Algumas proposições apontadas por Garcez (2004 apud GOMES, 2011, p. 122-123) são: • “Escrever é uma habilidade que pode ser desenvolvida, e não um dom que poucas pessoas têm”. • “Escrever é um ato que exige empenho e trabalho, e não um ato espontâneo”. • “Escrever exige estudo sério, e não uma competência que se forma com algumas ‘dicas’”. • “Escrever é uma prática que se articula com a leitura”. • “Escrever é necessário no mundo moderno”. • “Escrever é um ato vinculado a práticas sociais”. Os gêneros textuais na produção escrita. Os gêneros textuais, conforme visto no tema anterior, interferem na leitura por serem “modelos” construídos socialmente e adaptados às situações comunicativas. Reconhecer esses gêneros é uma parte muito importante da produção escrita. Gomes (2011, p.126) afirma que “junto à prática social da escrita com os elementos constitutivos do processo da comunicação escrita e as funções comunicativas do texto que se pretende escrever, teremos a definição do gênero e do tipo de texto a elaborar e, por trás dessa definição, todo o processo de tomada de decisões que (...) a atividade exige” A seguir, o quadro 8.1 traz, com base nos estudos de Garcez (2004 apud GOMES, 2011, p. 127-128), uma visão geral sobre as situações discursivas, a tipologia textual predominante e as habilidades da linguagem dominantes nessas situações e que auxiliam nas tomadas de decisões que ocorrem na produção de um texto. 26 Quadro 8.1 – gêneros textuais mais conhecidos. Situações Discursivas Tipologia Textual Predominante Habilidades de Linguagem Dominantes Literatura Poética Expressão Poética Verso Elaboração da linguagem como forma de expressão da interpretação pessoal do mundo. Poesia. Literatura Ficcional Narração Imitação da ação pela criação de enredo, personagens, situações, tempo, cenários, de forma verossímil. Conto maravilhoso, conto de fadas, fábula, lenda, narrativa de aventura, narrativa de ficção, científica narrativa de enigma, narrativa mítica, anedota, biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto, paródia, adivinha e piada. Documentação e Memorização de Ações Relato Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. Relatosde experiências vividas, relatos de viagem, diário íntimo, testemunho autobiografia, curriculum vitae, ata, notícia, reportagem, crônica social, crônica esportiva, história, relato histórico e perfil biográfico. Levantamento e Discussão de Problemas Argumentação Persuasiva Sustentação, refutação e negociação de tomada de posição. Aviso, convite, sinais de orientação, texto publicitário comercial, texto publicitário, cartazes, slogans, campanhas, folders, cartilhas e folhetos. Discussão de Problemas Sociais Controversos Argumentação, sustentação, refutação e negociação de tomada de posição. Sustentação, refutação e negociação de tomada de posição. Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta ao leitor, carta de reclamação, carta de solicitação, deliberação informal, debate, regra do editorial, discurso de defesa, requerimento, ensaio e resenha crítica. Estabelecimento, construção e Transmissão de Realidades e Saberes Exposição Apresentação textual de fatos e saberes da realidade. Contratos, declarações, documentos de registro pessoal, atestados, certidões, estatutos, regimentos e códigos. Transmissão e Construção de Saberes Exposição Apresentação textual de diferentes formas dos saberes. Texto expositivo, conferência, artigo, enciclopédico, entrevista, texto explicativo, tomada de notas, resumos, resenhas, relatório científico e relato de experiências científicas. Instruções e Prescrições Descrição de Ações Orientação de comportamentos. Instruções de uso instruções de montagem, bula, manual de procedimentos, receita, regulamento, lei, regras de jogo e placas de orientação. Fonte: Garcez (2004 apud GOMES, 2011, p. 127-128) LEITURAOBRIGATÓRIA 27 LEITURAOBRIGATÓRIA Compreendendo a textualidade: de estudos estruturais para linguística textual É interessante notar que durante muito tempo, os estudos linguísticos e construtos teóricos se limitavam a sentença proferida e não fugia dessas análises (basta se lembrar de alguma aula de análise sintática que provavelmente chegou a assistir durante sua escolarização e, se nunca teve uma aula assim, vale uma pesquisa na web para conhecer como acontecem). Essa visão estruturalista da pesquisa em linguística sofreu muitas críticas, o que fortaleceu os estudos da linguística textual, composta por estudos que fugiam do limite da frase e buscavam compreender o texto e o discurso. A linguística textual, como aponta Gomes (2011) com base em Val (2000 apud GOMES 2011, p. 128-129), passou por três fases para definir seu foco de estudo: 1ª fase: foco estrutural, centrado na análise das relações entre os enunciados que compõe o texto. 2ª fase: texto visto como unidade mais abrangente do que uma simples sequência de enunciados 3ª fase: estudos que privilegiam aspectos pragmáticos do texto, definidos como ocorrências comunicativas. Dentro dessa 3ª fase, de vertente pragmática, é possível encontrar os sete princípios da textualidade postulados por teóricos como Robert-Alain Beaugrande e Wolfgang Dessler (VAL, 2000 apud GOMES, 2011, p. 129): 1. Coesão: como informações e componentes do texto se conectam mutuamente. 2. Coerência: interação entre as informações do texto e o conhecimento de mundo de seus usuários. 3. Intencionalidade: atitudes e objetivos do produtor. 4. Aceitabilidade: atitudes e expectativas do leitor. 5. Informatividade: expectativa dos usuários quanto ao conteúdo do texto e conhecimentos que já possuem sobre o tema, ou seja, consideram o grau de previsibilidade e novidade do texto. 28 6. Situacionalidade: como o texto se relaciona com a situação em que ocorre. 7. Intertextualidade: recepção do texto depende do conhecimento de outros textos. Integrados a esses princípios, há três princípios reguladores que orientam o processo comunicativo pelo texto: eficiência, eficácia e adequação. Dessa forma, durante toda a produção de um texto, o escritor precisa monitorar sua produção, procurando produzir um texto efetivo e adequado ao público a que se dirige. Hipertexto e plágio Dois pontos de grande relevância na produção textual, principalmente com o advento da informática e da web, são: a leitura e produção de hipertextos e a prática do plágio. Sobre os hipertextos, é impossível trazer todas as discussões envolvidas nesse tema, ainda mais por esse ser um conceito de ler e escrever em construção. Braga (2005, p. 757) traz faz uma discussão interessante sobre a questão da produção e da leitura no hipertexto e aponta que “o hipertexto surge como uma alternativa mais eficiente para a comunicação no meio digital, na medida em que minimiza os limites impostos para a leitura na tela e explora de forma funcional as possibilidades de construção de sentidos viabilizadas pelo computador: o uso de links e da integração de várias linguagens favorecida pelos programas de edição de texto, de som e de imagem”. Contudo, a autora também aponta que a produção hipertextual, apesar de incorporar e adaptar práticas letradas anteriores a ela, o conceito de autoria, as construções de blocos textuais, as noções de coesão e coerência e diversos outros fatores sofrem modificações significativas, o que exige que seu produtor reveja toda sua prática. Autores como Denise Bértoli Braga e Luis Antônio Marcuschi são referências que você precisa consultar para ampliar seus conhecimentos e sua compreensão acerca do hipertexto. E no que diz respeito ao plágio, existe outro ponto que nasce na internet e que influencia diretamente o papel da autoria de um texto. Com a prática do “copiar e colar” e com a facilidade de se pesquisar inúmeras fontes em dezenas de línguas (com direito a tradutor eletrônico, apesar de suas limitações) a cópia textual sem citação de seu produtor intelectual tornou-se comum e abusiva. LEITURAOBRIGATÓRIA 29 LEITURAOBRIGATÓRIA O plágio pode ser classificado, segundo alguns autores (conforme a Cartilha do Plágio Acadêmico, da Universidade Federal Fluminense), como: integral (cópia exata sem citar a fonte), parcial (copia de diversos trechos de um ou vários autores para se compor uma obra) ou conceitual (paráfrase de um autor, sem citá-lo). Há, ainda, o autoplágio, que também pode ser considerado crime, caso o direito comercial da obra não pertença mais ao autor ou somente um caso de antiética, se foi publicado e o direito ainda o pertence. Tais práticas precisam ser combatidas com orientação e conscientização já nas fases iniciais do aprendizado da produção escrita, ressaltando a importância da pesquisa e o papel da autoria na criação de qualquer obra. Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o site da Revista Escola e veja os roteiros de atividades, experiências e diversos outros aspectos da alfabetização e produção escrita dos alunos, publicados pelo site da Revista Escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/escrita-pelo-aluno- alfabetizacao-inicial-641238.shtml>. Acesso em: 9 dez. 2013. Leia o artigo sobre a linguagem escrita. Nele, além da discussão sobre as perspectivas sobre aprendizagem da linguagem escrita, a autora sugere diversas referências para aprofundar seus estudos. Disponível em: <http://www.portaldacrianca.com.pt/artigosa.php?id=49>. Acesso em: 9 dez. 2013. LINKSIMPORTANTES 30 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. AGORAÉASUAVEZ Leia a tese sobre “Autoriae Aprendizagem da Escrita” que traz o percurso histórico e teórico da escrita, o processo de produção textual, o processo de autoria e de aprendizagem da escrita. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fortunato.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2013. Cartilha sobre Plágio Acadêmico, do Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense. Disponível em: <http://www.noticias.uff.br/arquivos/cartilha-sobre-plagio-academico.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2013. Vídeos O Nascimento da Escrita. Documentário da TV Escola sobre o surgimento da escrita. Parte 1: <http://www.youtube.com/watch?v=GC8ClPNWv3k> Parte 2: <http://www.youtube.com/watch?v=uF9kNYH1EQg> Acesso em: 9 dez. 2013. LINKSIMPORTANTES 31 Questão 1: Ao fazer um retrospecto em sua formação, como foi seu aprendizado da escrita? Quem te influenciou e como? Que resultados isso ainda traz para sua prática cotidiana? Questão 2: Sobre o ato de escrever e a importância de seu aprendizado, é errado dizer que: a) “Escrever é uma habilidade que pode ser desenvolvida, e não um dom que poucas pessoas têm”. b) “Escrever é um ato que exige empenho e trabalho, e não um ato espontâneo.” c) “Escrever exige estudo sério, e não uma competência que se forma com algumas ‘dicas’.” d) “Escrever é uma prática que não se articula com a leitura.” e) “Escrever é um ato vinculado a práticas sociais.” Questão 3: Sobre a prática do plágio, é incorreto afir- mar que: a) A cópia de trechos de qualquer obra, sem referencia, também é considero plágio. b) Se um autor reescreve a obra ou trechos da obra de outros, parafraseando seu conteúdo, ele também deve referenciar a obra em que se inspirou, para não constituir plágio. c) Quando um autor copia uma obra de sua própria autoria para outros fins, ele não precisa referenciá-la. d) Ensinar os alunos sobre o plágio e como evitá-lo é uma prática que deve estar presente desde o início do aprendizado de produção textual. Questão 4: A cópia ou reutilização de texto de outros autores sem a devida referência ao seu produtos ou sem a permissão expressa deste, quando necessária, caracteriza-se: a) Plágio. b) Hipertexto. c) Intencionalidade. d) Intertextualidade. Questão 5: Correlacione as colunas: AGORAÉASUAVEZ 32 1. Coesão: ( ) recepção do texto depende do conhecimento de outros textos. 2. Coerência: ( ) atitudes e objetivos do produtor. 3. Intencionalidade: ( ) interação entre as informações do texto e o conhecimento de mundo de seus usuários. 4. Aceitabilidade: ( ) como o texto se relaciona com a situação em que ocorre. 5. Informatividade: ( ) expectativa dos usuários quanto ao conteúdo do texto e conhecimentos que já possuem sobre o tema, ou seja, consideram o grau de previsibilidade e novidade do texto. 6. Situacionalidade: ( ) como informações e componentes do texto se conectam mutuamente. 7. Intertextualidade: ( ) atitudes e expectativas do leitor. Questão 6: Você percebeu que houve um grande nú- mero de trabalhos copiados da internet em uma atividade que passou para sua turma. Qual seria sua reação em um caso desses e como desenvolveria a consciência de seus alunos sobre praticar plágio? Questão 7: “WebQuest” é uma atividade em que os alu- nos fazem buscas busca de informação na Rede para resolver casos, propor ativida- des, realizar apresentações. Com o objetivo de desenvolver pensamento reflexivo e crí- tico dos alunos, pesquise mais sobre “web- quests” e proponha uma atividade, nesses moldes, de produção textual a seus alunos. Questão 8: Selecione um texto breve de algum roman- ce e faça duas análises desse texto: 1ª. analise o trecho textual e busque compre- endê-lo sem referencia alguma ao resto do texto, observando apenas as relações en- tre as palavras e frases. 2ª. analise o que esse trecho significa dentro da obra, obser- vando como as palavras e elementos dele se correlacionam com o restante do roman- ce. Como são os resultados que alcançou nessas análises? Qual a utilidade de cada um desses resultados nas práticas sociais? Questão 9: Pesquise sobre atividades de escrita co- letiva. Para se trabalhar em sala com ati- vidades que busquem a autoria em textos coletivos, é preciso conhecer suas carac- terísticas e formas de trabalhar. Com base em suas pesquisas, aponte quais seriam os principais itens a se considerar para uma atividade de escrita coletiva? Questão 10: Faça uma pesquisa sobre obras cuja pro- dução esteja repleta de intertextualidade, como a composição “Bom conselho”, de Chico Buarque, por exemplo. Ao preparar uma atividade para seus alunos para que compreendam as características e a impor- tância da intertextualidade na comunicação humana, quais seriam os principais pontos a serem trabalhados com seus alunos? AGORAÉASUAVEZ 33 Nesse tema, você pôde perceber a complexidade do processo de escrita, quais as características presentes nos gêneros textuais cotidianos, quais as fases e os princípios da linguística textual e ainda o que é plágio e hipertexto. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! BRAGA, Denise Bértoli; RICARTE, Ivan L. M. Hipertexto: questões de produção e de leitu- ra. Estudos Linguísticos, n. 14, p. 756-761, 2005. GOMES, M. L. C. Metodologia do ensino de Língua Portuguesa. Curitiba: Ibpex, 2011. REFERÊNCIAS FINALIZANDO 34 Eficiência: “eficiência consiste em fazer certo as coisas” (Peter Drucker). Virtude ou característica de (alguém ou algo) ser competente ou produtivo. Eficácia: fazer as coisas certas (Peter Drucker). Virtude ou poder de (uma causa) produzir determinado efeito. Plágio: apresentação feita por alguém, como de sua própria autoria, de trabalho, obra intelectual produzido por outrem. Enunciado: frase ou parte de um texto (oral ou escrito) associado ao contexto em que é produzido. Tipologia: estudo sistematizado dos caracteres tipográficos, quanto aos tipos de fontes. Hipertexto: texto em formato digital que integra conjuntos de informação por meio de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cuja leitura e construção do sentido se dão por meio da navegação feita pelos hiperlinks (ou links). GLOSSÁRIO 35 Questão 1 Resposta: Espera-se uma resposta subjetiva, de autorreflexão, com o objetivo de tornar conscientes os processos pelos quais o aluno passou, quais impactos isso trouxe a sua vida e o ajude a reconhecer em sua prática profissional as boas e más influências que poderá exercer sobre seus alunos. Questão 2 Resposta: Alternativa D. A leitura é muito importante para criar esquemas e ampliar os conhecimentos prévios do leitor. Questão 3 Resposta: Alternativa C. Copiar seu próprio texto, já publicado, para outros fins sem citá-lo é uma forma de autoplágio e pode acarretar problemas para o autor, uma vez que é considerado antiético ou, até mesmo crime, caso o direito comercial da obra não lhe pertença mais. Questão 4 Resposta: Alternativa A. Apresentar algo feito por outra pessoa como de sua própria autoria, tais como trabalho, obra intelectual, caracteriza-se plágio. Questão 5 Resposta: Os sete princípios da textualidade, segundo a linguística textual, podem se identificados correlacionando as frases na seguinte ordem: 7, 3, 2, 6, 5, 1, 4. Questão 6 Resposta: Espera-se do aluno uma reflexão sobre a prática do plágio, bem como a proposta de soluções e atividades que desenvolvam a consciência dos alunos acerca de autoria, propriedade intelectual e produção textual. GABARITO 36 Questão 7 Resposta: Essa atividade tem por objetivo apresentar aferramenta webquest aos alunos, bem como introduzi-los a um tipo de atividade que envolve leituras, produções textuais e apresentações individuais ou em grupo. Desenvolver uma atividade nos moldes dessa ferramenta pode auxiliar o desenvolvimento das habilidades orais e escritas dos alunos. Questão 8 Resposta: Espera-se que o aluno perceba a diferença entre as análises realizadas na primeira e terceira fase da linguística textual e consiga correlacionar os resultados que obteve aos objetivos de se ensinar os alunos para as práticas sociais. Questão 9 Resposta: Espera-se com essa atividade que o aluno aprenda mais sobre atividades de produção textual e aprenda/reflita sobre as características do texto coletivo, tais como o respeito pelas ideias compartilhadas, a busca por consenso ou por formas de apontar ideias díspares em um mesmo texto, a negociação de sentido de escolhas textuais que ocorrem entre os alunos e os textos produzidos. Questão 10 Resposta: Deve considerar pontos como o conhecimento de diferentes obras, o aumento do repertório cultural e a intencionalidade da produção. Além disso, deve-se ressaltar que a intertextualidade está presente na construção social, uma vez que os conhecimentos e comportamentos sociais são pautados em conhecimentos e textos compartilhados e acessados a todo momentos pelos indivíduos. GABARITO
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