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BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR PARA IDOSOS (1)

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INTRODUÇÃO
O envelhecimento seria um processo natural de todos os seres vivos, que traria algumas alterações sofridas pelo organismo consideradas normais para o chamado de terceiro ciclo da vida, independente dos hábitos e do sujeito ser saudável ou não. A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) determinaria como idoso a pessoa que possuiria 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento e com 65 anos ou mais em países desenvolvidos sendo está a idade cronológica. 
Haveria aumento crescente na expectativa de vida no mundo inteiro, no Brasil não seria diferente. A população idosa deveria passar dos 58,40 milhões, ou seja, 26,70% do total dos brasileiros segundo projeção feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), e as mulheres continuariam a viver mais que os homens, 84,40 anos contra 78,03 anos, atualmente elas viveriam em média 78,50 anos e eles 71,50 anos. Com isso surgiria uma maior necessidade de criar mais autonomia para estes cidadãos, e o exercício físico regular seria um dos meios para alcançar tal objetivo.
 	Com o avanço da idade, os indivíduos se tornariam mais sedentários, o que reduziria suas capacidades físicas. Desta forma todos os sistemas começariam a apresentar mal funcionamento, no sistema cardiovascular haveria diminuição do débito cárdico “máximo” (SHEPHARD, 2003). O sistema respiratório teria o desempenho diminuído e a capacidade aeróbica sofreria drásticas reduções. Para De Vitta (2000), o envelhecimento acarretaria diminuição da ventilação pulmonar, redução da elasticidade dos alvéolos e subtração da capacidade vital. Já no sistema nervoso, o envelhecimento provocaria a redução no número de neurônios, redução na velocidade de condução nervosa, da intensidade dos reflexos, restrição das respostas motoras, do poder de reações e da capacidade de coordenações. 
	A diminuição das atividades físicas colaborariam também para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, osteoporose, câncer de próstata/mama, entre outras, que contribuiriam para o agravamento do processo de envelhecimento (MOTTA, 2008).
	Ao entrar na velhice, o indivíduo sofreria diversas alterações fisiológicas. Segundo Moreira (2001), o envelhecimento Biológico seria alterações morfológicas e funcionais dos órgãos e tecidos do organismo simultaneamente, haveriam alterações psicológicas que da mesma forma ocorreria sem idade cronológica definida. Para Shephard (2003) dificuldades com a cognição, aprendizagem de novas tarefas e memória de curto prazo seriam devido ao envelhecimento do encéfalo. Para Caçando e Horta (2002), a capacidade intelectual do indivíduo idoso poderia ser mantida sem danos ao sistema nervoso central até os 80 anos. No entanto, dificuldades de aprendizagens e esquecimento sem importância poderiam ser incluídas, juntamente com algumas alterações sutis que normalmente ocorreriam em idosos com idade até 70 anos.
 Analisando o fator social, face a velhice, observar-se-ia que o status do indivíduo nesta fase dependeria do ambiente sociocultural a qual ele estaria inserido. Se em tempos mais longínquos o idoso seria considerado como arquivo de saberes e experiências cuja transmissão seria imprescindível para a sobrevivência da comunidade, atualmente, passaria a questionar o sentido e os custos deste aumento da longevidade (BARRETO, 2005).
	O American College of Sports Medicine (1998) defenderia que evidências de estudos sobre os problemas de saúde em humanos sustentariam que haveria um efeito positivo de um estilo de vida ativo e/ou envolvimento dos indivíduos em programas de exercício físico na prevenção ou redução dos efeitos do envelhecimento. Tanto o treino aeróbico quanto o treinamento de resistência provocariam reduções dos estoques de gordura intra-abdominal em homens e mulheres idosos, mesmo sem a restrição calórica (HURLEY e HAGBER, 1998).
	Exercícios físicos planejados, estruturados e repetitivos, como a musculação e o treinamento funcional, melhorariam o nível de saúde do indivíduo, além de beneficiar o funcionamento de vários órgãos, na prevenção e tratamento de várias doenças e no desempenho das habilidades motoras (COELHO et al., 2011), como, por exemplo, na velocidade de levantar da posição sentado e para subir escadas (RASO, MATSUDO e MATSUDO, 2001). Então, este estudo teve como objetivo comparar a autonomia funcional entre praticantes de atividades físicas e sedentários com idade superior a 60 anos.
MATERIAIS E MÉTODOS
O grupo de voluntários foi composto por 30 idosos com idades a partir de 60 anos (BRASIL, 2003), separados em dois subgrupos, sendo 15 praticantes de exercício físico regular, com frequência igual ou maior que duas vezes por semana e 15 sedentários. Os participantes eram moradores da zona norte da Cidade do Rio de Janeiro, sudeste brasileiro, e todos foram voluntários a participar deste estudo.
A coleta de dados foi feita individualmente, no local onde estavam sendo feitos os exercícios e para os sedentários, em suas residências, através de três questionários, o primeiro, o Index de Independência nas Atividades de Vida Diária (KRATZ, 1963 e (DUARTE, ANDRADE, LEBRÃO, 2007) está relacionado com o autocuidado (Anexo A), o segundo, a realização das atividades diárias (LAWTON, 1969 e SANTOS, JUNIOR, 2008) (Anexo B), ambos amplamente conhecidos no meio da geriatria, e o terceiro, o pentáculo do bem-estar (NAHAS, BARROS, e FRANCALACCI, 2000) (Anexo C), o estilo de vida em geral. 
Visando reduzir os erros na coleta de dados (RAMOS et al., 2005), os questionamentos realizados através dos anexos supracitados, foram feitas pelos próprios pesquisadores que deram auxilio para que não houvesse duvidas no preenchimento, fazendo com que aumentasse o grau de fidedignidade do estudo. O tratamento estatístico utilizado, teve como base os dados recolhidos nos questionários, colocados em uma tabela comparativa, os quais indicariam as diferenças relacionados ao modo de vida ativo e sedentário, que influenciariam na autonomia dos indivíduos participantes deste estudo.
REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE(ACSM). Position stand on exercise and physical activity for older adults. Medicine Science Sports and Exercise, v.30, p.992-1008,1998.
BARRETO, J. Envelhecimento e qualidade de vida: o desafio atual. Revista Faculdade Letras: Sociologia I, p.289-302, 2005. Volume e numero
BRASIL. Lei n. 10741, de 1° de outubro de 2003, Dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Senado Federal, Brasília, 2003.
CANÇADO, FAX; HORTA, ML. Envelhecimento cerebral. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
COELHO, MAG. et al. Perfil de idosos do município de Itaúma/MG e influência da atividade física na dor crônica e na capacidade funcional. Fisioterapia Brasil, v.12, n.2, p.94-99, 2011.
DE VITTA, A. Atividade física e bem-estar na velhice. In NERI, AL e FREIRE, SA (orgs.), E por falar em boa velhice . Campinas(SP): Papirus, 2000, p.25-38.
DUARTE, YAO; ANDRADE, CL; LEBRÃO, ML. O índex de Kratz na avaliação da funcionalidade dos idosos, Revista Escola de Enfermagem USP, v.41, n.2, p317-325, 2007.
HURLEY, B.F., HAGBER, J.M. Optimizing health in older persons: aerobic or stregth training?. Exercise Sports Science Reviews, v.26, p.61-90, 1998.
MATSUDO, SMM; MATSUDO, VKR; NETO, TLB. Efeitos benéficos da atividade física na aptidão física e saúde mental durante o processo de envelhecimento, Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v.5, n.2, p.60-76, 2000.
MOREIRA, CA. Atividade física na maturidade. Rio de Janeiro: Shape, 2001.
MOTTA, AM. Associação entre fenótipos musculares e variáveis de aptidão física aeróbica em mulheres idosas. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade Católica de Brasília, Brasília (DF), 2008.
NAHAS, MV; de BARROS, MVG; FRANCALACCI, VL. O Pentáculo do bem-estar: base conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduosou grupos. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, p.48-59, 2000. Volume e numero.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Envelhecimento e Saúde. 55ª Assembleia Mundial de Saúde. A55/17. 2002.
RAMOS, A.T. et al. Relação entre percentual de erro e variabilidade de repostas em formulários. In: XXVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 2005, São Paulo. Anais do XXVIII Simpósio Internacional de Ciências do Esporte. paginas
RASO, V; MATSUDO, SMM; MATSUDO, VKR. A força muscular de mulheres idosas descresse principalmente após oito semanas de interrupção de um programa de exercícios com pesos livres. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.7, n.6, p.177-186, nov./dez. 2001.
SANTOS, RL; JUNIOR, JSV. Confiabilidade da versão brasileira da escala de atividades instrumentais da vida diária. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v.21, n.4, p.290-296, 2008.
SHEPHARD. R.J. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo: Phorte, 2003.
ANEXO A
ESCALA DE ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA (KATZ, 1963) 
1. Banho
( ) não recebe assistência
( ) assistência para uma parte do corpo 
( ) não toma banho sozinho 
2. Vestuário
( ) veste-se sem assistência
( ) assistência para amarrar sapatos
( ) assistência para vestir-se 
3. Higiene pessoal
( ) vai ao banheiro sem assistência
( ) recebe assistência para ir ao banheiro 
( ) não vai ao banheiro para eliminações fisiológicas 
4. Transferência
( ) deita, levanta e senta sem assistência 
( ) deita, levanta e senta com assistência
( ) não levanta da cama 
5. Continência
( ) controle esfincteriano completo (eliminação de urina e fezes)
( ) acidentes ocasionais 
( ) supervisão, uso de cateter ou incontinente 
6. Alimentação
( ) sem assistência 
( ) assistência para cortar carne/manteiga no pão 
( ) com assistência, ou sondas, ou fluidos 
ANEXO B
ESCALA DE ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA (LAWTON, 1969) 
a) Telefone 
( ) recebe e faz ligações sem assistência
( ) assistência para ligações ou telefone especial
( ) incapaz de usar o telefone 
b) Viagens 
( ) viaja sozinho 
( ) viaja exclusivamente acompanhado 
( ) incapaz de viajar 
c) Compras
( ) faz compras, se fornecido transporte 
( ) faz compras acompanhado
( ) incapaz 
d) Preparo de refeições
( ) planeja e cozinha refeições completas 
( ) prepara só refeições pequenas 
( ) incapaz 
e) Trabalho doméstico 
( ) tarefas pesadas 
( ) tarefas leves, com ajuda nas pesadas 
( ) incapaz
f) Medicações 
( ) toma remédios sem assistência 
( ) necessita de lembretes ou de assistência 
( ) incapaz de tomar sozinho 
g) Dinheiro 
( ) preenche cheque e paga contas 
( ) assistência para cheques e contas 
( ) incapaz 
São consideradas como pontos apenas as questões que obtiverem assinalação na primeira alternativa. 
Questionário 1 (KATZ, 1963)
6 pontos - Independência 
5, 4 ou 3 pontos - Dependência parcial 
2 ou menos pontos - Dependência total 
Questionário 2 (LAWTON, 1969)
7 pontos - Independência 
6, 5 ou 4 pontos - Dependência parcial 
3 ou menos pontos - Dependência total 
ANEXO C
PENTÁCULO DO BEM-ESTAR (NAHAS, 2000)
Os itens a seguir representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar individual. Responda cada questão de acordo com o seu perfil, seguindo as indicações:
[0] nunca = absolutamente não faz parte do seu estilo de vida;
[1] raramente = às vezes corresponde ao seu comportamento;
[2] quase sempre = quase sempre verdadeiro no seu comportamento;
[3] sempre = a afirmação é sempre verdadeira no seu dia-a-dia; faz parte do seu estilo de vida.
NUTRIÇÃO
a. Sua alimentação diária inclui ao menos 5 porções diárias de frutas e verduras?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
b. Você evita ingerir alimentos gordurosos (carnes gordas, frituras) e doces?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
c. Você faz 4 a 5 refeições variadas ao dia, incluindo café da manhã completo?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
ATIVIDADE FÍSICA
d. Você realiza ao menos 30 minutos de atividades físicas moderadas ou intensas, de forma contínua ou acumulada, 5 ou mais dias na semana?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
e. Ao menos duas vezes por semana você realiza exercícios que envolvam força e alongamento muscular?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
f. No seu dia-a-dia, você caminha ou pedala como meio de transporte e, preferencialmente, usa as escadas ao invés do elevador?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
COMPORTAMENTO PREVENTIVO
g. Você conhece sua PRESSÃO ARTERIAL, seus níveis de COLESTEROL e procura controlá-los?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
h. Você NÃO FUMA e ingere ÁLCOOL com moderação (menos de 2 doses ao dia)?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
i. Você sempre usa cinto de segurança e, se dirige, o faz respeitando as normas de trânsito, nunca ingerido álcool, se vai dirigir?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
RELACIONAMENTO SOCIAL
j. Você procura cultivar amigos e está satisfeito com seus relacionamentos?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
k. Seu lazer inclui reuniões com amigos, atividades esportivas em grupo ou participação em associações?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
l. Você procura ser ativo em sua comunidade, sentindo-se útil no seu ambiente social?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
CONTROLE DO ESTRESSE
m. Você reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para relaxar?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
n. Você mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
o. Você procura equilibrar o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer?
[ 0 ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
Exemplo:

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