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Artigo Responsabilidade civil

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FACULDADE DE DIREITO SANTO AGOSTINHO – FADISA
ITANAEL SOARES SILVA
Responsabilidade Civil ambiental do princípio poluidor- pagador.
MONTES CLAROS/MG
OUTUBRO/2017
ITANAEL SOARES SILVA
Responsabilidade Civil ambiental do princípio poluidor- pagador.
Artigo acadêmico apresentado à disciplina de Responsabilidade Civil, ministrado pelo Professor Nardélio Lopes Bahia, com o objetivo de avaliação parcial do sexto período A noturno, do curso de direito das Faculdades Santo Agostinho.
MONTES CLAROS/MG
OUTUBRO/2017
Resumo
O presente trabalho vem discutir a respeito da Responsabilidade Civil Ambiental com ênfase no princípio do poluidor-pagador. Assim, destacaremos as irresponsabilidades exacerbadas das explorações das riquezas naturais, pelos indivíduos e pelas grandes indústrias, como consequências o desmatamento, a poluição dos rios e a degradação do meio ambiente, afetando a fauna, a flora e a sociedade. A pesquisa tem por objetivo apontar soluções para diminuir a degradação do meio ambiente para minimizar as consequências agravadoras que o afetam e responsabilizar os causadores.
Palavras-chave: Poluidor- pagador. Irresponsabilidade. Obrigação.
1.0 Introdução
O princípio (poluidor - pagador) tem a função de orientador, pois, o seu objetivo é a prevenção, controle e a reparação de impactos da poluição do meio ambiente, local este que, não só o poder público que tem a obrigação de contribuir, mas também da coletividade, em preservar e cuidar, assim sendo, fica assegurado em lei no Caput do art. 225 § 3º da Constituição Federal 1988, em que “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão aos infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.”
 	Assim sendo, esse princípio nos leva a entender que ele é orientador preventivo. Da mesma forma entende-se que, a maior parte dos doutrinadores, em razão de ser um princípio orientador, não tem aplicação absoluta, ele é flexível, o que não significa isentar a responsabilidade civil, administrativa e penal dos poluidores. 
 Em princípio, a pesquisa vem abordar assuntos relacionados à Responsabilidade civil Ambiental com ênfase do Poluidor-Pagador, em que se observa as irresponsabilidades exacerbadas das explorações das riquezas naturais, pelos indivíduos e pelas grandes indústrias, como o desmatamento, poluição dos rios e degradação do meio ambiente, afetando a fauna, a flora e a sociedade. 
A pesquisa é de caráter qualitativo e tem por objetivo apontar soluções para diminuir a degradação do meio ambiente, para minimizar as consequências agravadoras que o afetam e responsabilizar o poluidor-pagador. Com base nessa pesquisa a metodologia será bibliográfica e teremos como referencial teórico STEIGLEDER (2011), COLOMBO (2006) e SOUZA (2014), e sites de artigos que embasam sobre o tema abordado.
1.1 Irresponsabilidade: causas e consequências dos danos ambientais
De partida, indagaremos sobre a irresponsabilidade social individual, como exemplos práticos, o de fechar a torneira na hora de escovar os dentes, apagar a luz, a reciclagem do lixo, e o consumo deve ser responsável e consciente na hora das compras e se é necessário o consumo do produto, e tem também outros impactos como o aumento de veículos, o aumento das áreas urbanas, o consumo exagerado de produtos e a constante produção de lixo. Alem de ações individuais há também a participação das grandes indústrias que afetam o meio ambiente com maior impacto causando ainda mais danos, desse modo, COLOMBO (2006) aponta sobre essa participação do poluidor-pagador:
Neste sentido, a responsabilidade será objetiva quando a lei previr esta possibilidade (legislação especifica) e também quando uma atividade criar riscos para os direitos de outrem, quando da existência de um dano, mesmo que ainda não concretizado. Tendo como fundamento à teoria do risco criado, pode-se atribuir ao poluidor, o dever de reparar danos que venham a se materializar futuramente ou de manifestação tardia. (COLOMBO, 2006)
Mesmo não tendo praticado o ato, ter somente assumido de risco, é considerado uma prática do poluidor, pois inflige à lei e cria riscos ao outro, neste caso, o poluidor tem que reparar com os danos causados e os riscos por ele criados.
 Como causa ou consequência de tais ações das grandes empresas, temos como exemplo: a diminuição da flora, o aumento de espécies de animais em extinção, mudanças climáticas que também afetam tanto a natureza quanto a saúde humana. Dentre tais fatores de risco causados por indústrias podemos destacar a poluição do ar, da água, e do solo; na poluição do ar, é liberado poluentes tóxicos em estado gasoso que causa o agravo do efeito estufa e diversos tipos de doenças respiratórias, principalmente; da água, são lançados nos rios dejetos, esgoto, que degradam a sua qualidade, tendo como consequência o prejuízo a saúde e o aumento de micro-organismo causando doenças como, febre tifoide, meningite e disenteria; do solo, temos a deterioração de suas funções que passam a receber produtos perigosos com grande nível de contaminação e que afetam o desenvolvimento da flora.
Sendo assim, entendemos que o poluidor-pagador são os indivíduos e também as grandes empresas que, propagam ações, atividades que deteriora o meio ambiente. É obrigação do Poluidor-pagador recuperar e/ou indenizar os danos causados, como aponta ALBUQUERQUE ( 1999): 
No sentido amplo do termo é possível compreender responsabilidade como sendo a consequência decorrente do não cumprimento de uma obrigação. No instante em que alguém obriga-se perante outrem a uma conduta positiva ou negativa e não cumpre, arcará com as implicações decorrentes de tal ato, salvo se, o não cumprimento for decorrente de caso fortuíto ou força maior e ainda assim desde que não esteja moroso, ou seja, no plano obrigacional o devedor responsabiliza-se pelos seus atos. A responsabilidade, por sua vez, decorre tanto de uma relação contratual como extracontratual. Porém tanto em uma como em outra espécie o princípio basilar é o dever de indenizar. O fundamento da responsabilidade se baseia em vários princípios sendo, porém o mais importante o da igualdade dos ônus e dos encargos sociais. (ALBUQUERQUE, 1999).
Como mencionado acima, é obrigação do causador da degradação ambiental, indenizar e reparar os danos, pois decorre tanto de uma relação contratual como extracontratual e que vem assegurado por norma constitucional.
Todos os problemas que causam ao meio ambiente, afeta não somente o meio, mas todo ao redor, todos os que dele necessitam, o ser humano, que prejudica a natureza, colhe o que planta, neste caso, não colhe, sofre com as consequências que de fato ele mesmo causou. 
Em sequencia será tratado sobre as medidas que minimizará os resultados impactantes da degradação ambiental acometido pelas indústrias, pois sabemos que acabar com o problema é difícil, mas há jeito de diminuir com as causas para não haver tantos problemas que enfrentando por causa da degradação ambiental, ambiente que nos proporciona a sobrevivência.
1.2 Medidas preventivas da degradação ambiental
O ser humano é uma fonte inesgotável de ambições, nunca se satisfaz, sempre procura mais fontes de riquezas naturais para se contentar economicamente, entretanto, os bens são limitados, não estão no mesmo plano de equivalência dos desejos humanos, daí a fonte geradora dos conflitos de interesses.
Com isso, ao saber que a fonte de riquezas é esgotável, cabe ao ordenamento jurídico tomar as devidas medidas preventivas para minimizar as degradações ambientais, pois, estão prejudicando o ar, a terra e a água. Além da obrigação de indenizar, temos as medidas preventivas, conforme aponta STEIGLEDER (2011):
A responsabilidade pelodano ambiental é objetiva, conforme previsto no art. 14, § 1º, da Lei nº 6.938/81, recepcionado pelo art. 225, §§ 2º 3º, da Constituição Federal de 1988, e tem como pressuposto a existência de uma atividade que implique riscos para a saúde e para o meio ambiente, impondo-se ao empreendedor a obrigação de prevenir tais riscos (principio da prevenção) e de internalizá-los em seu processo produtivo (princípio do poluidor-pagador). Pressupõe, ainda, o dano ou risco de dano e o nexo de causalidade entre a atividade e o resultado, efetivo ou potencial. (STEIGLEDER, 2011, p. 171). 
 
Acrescentamos ainda que, o princípio do poluidor-pagador vem em consonância com a lei, ao qual, o poluidor terá de assumir o ônus da sua prática lesiva a população e ao meio ambiente, assegurado no artigo acima citado.
A reparação aos danos ambientais deverá ser de forma integral e que abranja uma vasta camada daquilo que degradou ou poluiu, ação que deverá servir de exemplo para o poluidor e também para a sociedade em geral, não que essa reparação seja punitiva, pelo contrário, ela devera ser de caráter educativo, visto que, o princípio do poluidor-pagador é orientador. 
Devemos nos conscientizar, assim sendo as nossas práticas são lesivas ao meio ambiente, coisa que para muitos não tem relevância, por acreditarem que o pouco que contribuem para a degradação do meio ambiente não acarretará em problemas futuros, assim, exemplificamos: imaginem se todos nós jogássemos lixos em áreas não apropriadas, se todos nós despejássemos nossos esgotos nos rios, e toda humanidade de certa forma não cuidar dos problemas ambientais, porque não é só as grandes empresas que devastam e matam a nossa natureza, também temos nossa parcela de culpa.
 O porquê não indenizar o meio ambiente de uma forma sustentável, pois, ao invés de indenização financeira, coisa que pra muitos é algo mais difícil, devido a classe, que muita das vezes, é de certa forma um poluidor com baixa condição financeira. Com isso, a sociedade e empresas, poderiam fazer parcerias para recuperar o meio ambiente, com na plantação de árvores, limpeza das nossas florestas e reciclagem adequada do nosso lixo. 
Com todas essas ações educativas e colaborativas, nossa qualidade de vida melhoraria, e muito, e viveríamos em melhores condições, tanto na saúde, sem índices alarmantes de doenças agravadas e geradas pela poluição do nosso meio ambiente, quanto financeira, devido ao excesso exacerbado de utilização e degradação do meio ambiente, para utilização da matéria-prima.
Então, iniciar uma boa educação ambiental dentro de nossas casas, partindo de nós mesmos é a partida inicial de boas ações, e as indústrias e o Poder Público cumprir com suas obrigações constitucionais, onde é o dever de todos defendê-lo, acreditamos que, será o diferencial para a proteção e conservação do meio ambiente, porque só apontar as grandes indústrias como os culpados para tudo isso não é mais aceito. Segundo Mirra (2002, p. 297, apud STEIGLEDER, 2011, p.212):
No âmbito não-individualista do prejuízo ambiental, não se trata mais de evitar que a reparação acarrete a transferência do dano de um indivíduo para o Estado ou deste para aquele, mas de recompor um patrimônio comum a todos os indivíduos da sociedade, degradado pela atividade de uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado. O argumento tirado do fato de que a reparação integral poderia provocar, em muitos casos a ruína de uma atividade econômica útil à coletividade ou inviabilizar a realização de obras e serviços públicos ou programas de ação governamentais, não mais pode ser aceito como válido. 
 Assim, como citou Mirra (2002), precisamos dos produtos criados pelas indústrias para nos mantermos e sobrevivermos, infelizmente essa é a nossa realidade, mas, fazer nossa parte, e, os órgãos públicos competentes promoverem normas para minimizar esses efeitos degradantes ao meio ambiente. Já são existentes normas de preservação ambiental, mas, criar mecanismos de conscientização das próprias empresas é sempre aceitável e, a população, de se reeducar com medidas e ações ambientais com a reconstrução de florestas, a limpeza de rios, áreas poluídas e proteção de animais, são essenciais para melhorar nossas vidas, e do nosso bem precioso, que é o meio ambiente. 
 
 
Considerações Finas
Enfim, a pretensão do estudo foi dialogar sobre as questões das responsabilidades civil ambiental do princípio do poluidor- pagador. E concluímos que, esse princípio defende os direitos do meio ambiente e da coletividade e mostram as consequências das externalidades ambientais, ao qual o princípio não tem somente o objetivo punitivo, mas com o objetivo orientador de medidas preventivas, para se ter um ambiente menos agredido, pois os recursos naturais são fontes esgotáveis, se não preservados chegará a extinção do nosso bem maior, meio ambiente, e os que dele sobrevivem, a humanidade. 
Referências
ALBUQUERQUE, Fabíola Santos. A responsabilidade civil e o princípio do poluidor-pagador. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 4, n. 37, 1 dez. 1999. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/1694>. Acesso em: 29 out. 2017.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
COLOMBO, Silvana Raquel Brendler. O Princípio do poluidor-pagador. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, IX, n. 28, abr 2006. Acesso em: 28 out. 2017.
SOUZA, Menahem David Dansiger de. Princípio do poluidor-pagador no Direito Ambiental. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 08 dez. 2014.
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade Civil Ambiental: as dimenções do dano ambiental no direito brasileiro/ Annelise Monteiro Steigleder. 2. Ed. Ver. Atual. e ampl. – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2011. Acesso em: 28 out. 2017.

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