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1509161036Vou Ser DELEGADO 16.11

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VouSerDelegado.Com.br 
 
 
PROGRAMA META VSD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INÍCIO DA TURMA – 16.11 
 
 
Click aqui e garanta logo a sua vaga ! 
 
 
 
 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
1 
Quem é o Professor Lúcio Valente? 
 
Sou Delegado de Polícia da PCDF e ministro as matérias: Direito 
Penal, Criminologia, Processo Penal e Legislação Penal 
Extravagante nos principais de cursos de Brasília. 
 
Sou casado e tenho uma princesa que se chama Lara. 
 
Eu sou um exemplo de como a mudança de atitude gera bons 
resultados. Isso porque eu estudei em uma faculdade bem mediana aqui em Brasília. Mesmo 
assim, era um dos piores alunos da sala. Não queria nada com os estudos. Gostava muito 
da noite e de passar o fim de semana tomando aquela gelada. 
 
Ou seja, era um sujeito farrista (risos). 
 
Em um determinado dia, resolvi mudar de vida. Restringi minhas saídas (mas nunca acabei 
com elas, risos) e estabeleci uma meta de vida: ocuparia em pouco tempo uma função de 
respeito na sociedade. Passei a organizar meu tempo e me dedicar mais à faculdade. Nesse 
tempo, conheci uma galera que estudava para concursos e passei a frequentar bibliotecas. 
Quando vi, já “tava” no ritmo. 
 
Depois de bater muito a cabeça sem saber como estudar, o que estudar e para o quê 
estudar, acabei “pegando a mão”. As coisas fluíram e o resultado foi a aprovação. No ano 
de 2006 prestei meu primeiro e único concurso público. Foi uma mudança de uns dois anos, 
que mudou toda a minha vida. 
 
Por mim já passaram milhares histórias de sucesso e você será o protagonista de mais uma 
delas. Para isso, preciso que você siga as minhas orientações de estudo e realize todas as 
tarefas propostas. 
 
Estou contigo nessa caminhada. Só não se esqueça de mim no churrasco da aprovação! 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
2 
O QUE É? 
 
Entenda o PROGRAMA META. Click aqui! 
 
O Programa de Metas VSD - é uma sequência programada de estudos, voltada a concursos 
para delegados de polícia, com avaliações e correções individuais, cobrindo todas as fases 
do certame. 
 
As metas são, essencialmente, descrições dos pontos a serem estudados a cada 15 dias, 
incluindo as questões objetivas, subjetivas e peças práticas. Em resumo, é um programa de 
estudos completo para delegado de polícia civil e federal. São aproximadamente 5 meses 
de acompanhamento com correções e feedback verdadeiramente personalizados. 
 
 
O QUE O PROGRAMA META VAI FAZER POR VOCÊ? 
 
Ele vai, definitivamente, colocar seus estudos nos trilhos. Nunca mais você vai acordar pela 
manhã sem saber o que e como estudar. Além disso, você se sentirá muito mais motivado 
pelo simples fato de ter um professor com a minha experiência cobrando o seu melhor 
desempenho e avaliando a sua evolução constantemente. Isto será feito, principalmente, 
através das tarefas, que deverão ser enviadas e serão corrigidas detalhadamente. 
 
 
VOCÊS MONTAM MINHA ESTRATÉGIA DE ESTUDO DIÁRIA? 
 
Você receberá os tópicos das disciplinas a serem estudados num período de 15 dias, ao 
final dos quais terá que encaminhar as tarefas propostas para garantir que sua evolução 
esteja ocorrendo. Além disso, vai conhecer técnicas de organização de estudos para vencer 
os pontos propostos até a data de entrega da tarefa. 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
3 
PRECISO ESTUDAR QUANTAS HORAS POR DIA PARA CONSEGUIR ACOMPANHAR 
O PROGRAMA META? 
 
Orientamos que nossos alunos tenham, pelo menos, 3 horas brutas de estudo por dia, tendo 
em vista que o treinamento é intensivo e vai exigir disponibilidade de tempo para realizar 
todas as tarefas. 
 
 
QUANTO TEMPO DURA? 
 
É disponibilizada para o aluno, uma META a cada 15 dias. Portanto, o programa dura cerca 
de cinco meses, considerando o tempo que o aluno deve ter para realizar as tarefas. 
 
 
TRATA-SE DE UM TRABALHO DE COACHING? 
 
Em geral, o trabalho de coaching se resume à programação semanal das disciplinas e a 
auxílios motivacionais. O programa META é mais do que isso, uma vez que envolve 
ferramentas verdadeiramente úteis no processo de preparação (questões comentadas, 
correções individuais etc.). As metas são uniformizadas, considerando-se os tópicos mais 
importantes dos editais de concursos para Delegado. 
 
Além disso, um acompanhamento de coaching pode lhe custar até dez vezes mais, com a 
metade dos benefícios. Eu não sei se você sabe, mas os preços praticados pelos coaches, 
estão girando em torno de R$ 2.500,00 a R$ 4.000,00 (ou mais) por um período de seis 
meses. Realmente, eu acredito que esse preço é até justo, mas... eu tenho o compromisso 
de transformar a forma com o que você se relaciona com os estudos, por isso decidi cobrar 
uma fração disso e ver a sua vida mudar verdadeiramente. Então em vez de gastar de R$ 
2.500,00 a R$ 4.000,00, você irá investir apenas uma fração disso. 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
4 
VOCÊS ENVIAM O MATERIAL? INDICAM BIBLIOGRAFIA? 
 
O aluno utilizará bibliografia própria. Disponibilizamos o curso em PDF de Direito Penal 
Geral e Especial do Professor Lúcio Valente e alguns resumos das outras disciplinas. Além 
disso, indicarei a melhor bibliografia para as suas características. Também, vou analisar o 
material que você já tem, aproveitando ao máximo os seus investimentos anteriores, 
evitando desperdício. 
 
COMO POSSO SABER SE O PROGRAMA META REALMENTE FUNCIONA? 
 
Não existe fórmula mágica, você tem que estudar e ponto final. O diferencial do método é 
que fazemos um estudo minucioso das provas anteriores para descobrirmos quais assuntos 
são mais cobrados e montamos uma estatística bastante simples. Com isso, direcionamos 
os estudos e estabelecemos metas. 
 
Você vai perceber que não seguimos os capítulos dos livros na sequência numérica. 
Estudamos dando preferência no que cai mais, mas buscamos fechar o edital. 
 
A ideia é simples e provada. Se o candidato esvazia sua cabeça de preocupações outras 
que não seja o próprio estudo, sua energia é naturalmente concentrada. Com isso, a 
preparação se torna menos pesada e mais fluída. 
 
COMO SABER SE É UM BOM INVESTIMENTO? 
 
Este é um excelente investimento porque: retira do aluno o peso psicológico de saber o 
que, quando e como estudar; o aluno cria uma sensação de “obrigação” com os estudos, 
ao ter prazos para cumprir; trabalha com questões atualizadas e direcionadas; 
Funciona como um motivador externo, pois o aluno recebe feedback direto do professor a 
cada correção, mantendo um vínculo de responsabilidade; etc. 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
5 
O PAGAMENTO É SEGURO? 
 
Sim. Trabalhamos com o sistema HOTMART. Todo o processo é eletrônicoe seguro contra 
fraudes. 
 
SE EU NÃO ME ADAPTAR AO PROGRAMA, TENHO ALGUMA GARANTIA? 
 
SIM. Após a disponibilização da primeira META você terá 30 dias de garantia. Caso deseje 
a devolução total do dinheiro, terá a opção de fazer isso, sem qualquer questionamento, pelo 
próprio sistema do HOTMART ou através de nossa equipe. 
 
O QUE OS ALUNOS ACHAM DO PROGRAMA META? 
 
O programa é um sucesso entre eles. Siga o Instagram @vouserdelegado e verifique o 
entusiasmo dos participantes em relação ao programa. 
 
Delegado PCDF Aluno Meta : Ctrl + https://youtu.be/CGvKnbIsz8M 
 
“Recomendo o Programa de Metas do Prof. Lúcio Valente, é muito dinâmico e objetivo nas 
correções das peças, o que possibilita um feedback preciso sobre o nível de aprendizado. -
Wilson Filho” 
 
“Prof., tô encantada com o programa META, vontade de estudar 24h.-“ Thaís Queiros” 
 
“Eu sou aluno do Programa META, e posso sem qualquer acordo com o professor afirmar! 
Aluno do META é covardia com os demais! O professor Lúcio Valente é espetacular, no dia 
marcado a meta é disponibilizada, bem detalhada. Eu já li a maioria dos autores de Penal. 
Para concursos de Delegado de Polícia, o professor Valente é incomparável. Assim que eu 
terminar a Meta 10, reiniciarei.- “Alexandre Santana.” 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
6 
COMO FUNCIONA A CORREÇÃO INDIVIDUAL? 
 
O aluno realiza, de forma manuscrita, as provas discursivas, bem como a peça prática 
proposta, e, em seguida, encaminha-nos uma foto, utilizando, de preferência, o aplicativo 
para smartphones CAMSCANNER. Em seguida, os Professores fazem uma avaliação 
detalhada, com considerações doutrinárias e jurisprudenciais. 
 
COMO FUNCIONA O CURSO DE PEÇAS? 
 
Você terá dez aulas em PDF com explicações detalhadas, recebidas junto com as metas. 
Além de diretrizes claras e objetivas para começar a produzir suas próprias peças 
imediatamente. Após enviar ao Professor, você receberá a correção individual com 
orientações para a evolução contínua. Em pouco tempo, suas peças estarão em nível 
profissional, o que o habilitará para qualquer prova que exigir essa atividade. 
 
COMO É COMPOSTO O PROGRAMA META? 
 
10 Metas; (cerca de 5 meses de duração); 
Curso completo de Direito Penal em PDF - Geral e Especial; 
+ de 700 questões objetivas anotadas; 
+ de 40 questões discursivas com espelho com CORREÇÃO INDIVIDUAL; 
Curso de Peças Práticas de Delegado de Polícia com 10 Peças e CORREÇÃO INDIVIDUAL; 
Menos de 5 reais por dia para você conquistar o cargo dos seus sonhos! Ou seja, MENOS 
DE UM DÉCIMO DO SEU PRIMEIRO SALÁRIO!!!! 
Webnário ao vivo diretamente com o professor. 
Não é apenas um Programa de Estudo, mas sim o resultado de 10 anos de experiência 
trabalhando especificamente com alunos que têm o sonho de ser Delegados de Polícia. São 
6 meses de acompanhamento com correções e feedback verdadeiramente personalizados. 
É um investimento relativamente baixo para a transformação que irá causar nos seus 
estudos. 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
7 
 
QUANTO É O INVESTIMENTO? 
 
 
12X de 116,62 no cartão de crédito ou 1.197 à vista, via boleto. 
 
 
 
TEM MAIS ALGUMA DÚVIDA? 
 
Gravei um vídeo sobre o PROGRAMA META, quero muito que você assista. 
 
CLICK AQUI 
 
 
Se preferir, converse diretamente com o Professor Lúcio Valente através dos contatos 
pessoais: E-mail: meta@vouserdelegado.com.br 
 
Wzap: Lúcio 6195589894 (Claro) ou Jean 61992711323 (Vivo). 
 
 
 
 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
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8 
QUANDO INICIARÁ A NOVA TURMA DO PROGRAMA META? 
 
 
 
A turma terá início no dia 16.11.2017, com o número limitadíssimos de alunos 
 
 
Agora que você conheceu o Programa META. 
 
 
Click aqui e garanta logo a sua vaga ! 
 
 
 
Caso tenha algum problema para efetuar a compra. Solicite outro link de pagamento por 
meio do e-mail: meta@vouserdelegado.com.br 
 
 
Mais informações logo abaixo! 
 
 
 
 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
9 
Quais as disciplinas estarão nas Metas? 
META - 01: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal, CRIMINOLOGIA 
 
META - 02: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal, AMBIENTAL. 
 
META - 03: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal, DIREITO CIVIL 
 
META - 04: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal, EMPRESARIAL 
 
META - 05: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal, TRIBUTÁRIO 
 
META - 06: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal, PROCESSO CIVIL 
 
META - 07: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal, PREVIDENCIÁRIO 
 
META - 08: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal, MEDICINA LEGAL 
 
META - 09: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal, DIREITOS HUMANOS 
 
META - 10: Penal (Geral e Especial), Processo Penal, Constitucional, Administrativo, 
Legislação Penal. 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
10 
 
PROFESSOR, QUANDO TEREI ACESSO ÀS METAS? 
 
 
META 01 16.11 
META 02 
05.12 
META 03 
20.12 
META 04 
10.01 
META 05 
25.01 
META 06 
10.02 
META 07 
25.02 
META 08 
15.03 
META 09 
30.03 
META 10 
15.04 
 
 
QUANDO DEVO ENVIAR AS TAREFAS DAS METAS PARA SEREM CORRIGIDAS? 
 
As tarefas deverão ser entregues até a data que você vai receber a próxima META 
 
Ex: Você terá que enviar as tarefas da META 01 até o dia 05.12, data de envio da META 02. 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
11 
 
O QUE DEVO ESTUDAR NA META 01? 
 
 
✓ DIREITO PENAL GERAL 
• Conceito e Princípios. 
 
✓ DIREITO PENAL ESPECIAL 
• Crimes contra a vida (arts. 121 a 128) 
 
✓ DIREITO CONSTITUCIONAL - Controle de constitucionalidade. (1º parte) 
• Teoria geral do controle de constitucionalidade: 
• Controle difuso de constitucionalidade 
 
✓ DIREITO ADMINISTRATIVO - Responsabilidade Civil do Estado. 
• Agentes da Responsabilidade Civil 
• Responsabilidade Objetiva 
• Responsabilidade por Omissão do Estado 
• Indenização 
• Excludentes de Responsabilidade do Estado 
• Responsabilidade do Agente Público 
• Prazo Prescricional. 
 
✓ PROCESSO PENAL– Teoria Geral da Prova 
• Classificação da prova 
• Meios de prova 
• Vedação probatória 
• Teorias sobre o tema "provas ilícitas" 
• Prova emprestada 
• ônus da prova 
 
✓ DIREITO PENAL – LEGISLAÇÃO. 
• Estatuto do Desarmamento. 
 
✓ CRIMINOLOGIA 
• Conceito, Método e Escolas 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
12 
 
ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE AS TAREFAS 
 
As questões discursivas e a Peça Prática devem ser realizadas individualmente pelos 
alunos, os quais devem encaminhá-lo de forma manuscrita, por foto ou pelo aplicativo 
CamScanner (que você baixa gratuitamente na loja do seu Smartphone). As respostas 
deverão ser encaminhadas exclusivamente para o e-mail abaixo. 
 
Meta@vouserdelegado.com.br 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
NÃO precisa enviar para correção. Use-as como simulado, mas não apenas para isso. 
Estude cada item. Verifique se há lacunas nos estudos. Pesquise. Enriqueça seus resumos 
e/ou perguntas. 
 
QUESTÕES DISCURSIVAS – Enviar para correção. 
O ideal é que você tente fazer inicialmente sem consulta. O objetivo não é testar seu 
conhecimento, mas sim te ensinar a aplicar o raciocínio jurídico, de forma técnica e em alto 
nível. 
Tente fazer utilizando somente a lei seca, mas se não conseguir, pesquise sobre o assunto 
e, depois, responda sem copiar. Use as técnicas deste vídeo para produzir suas questões 
discursivas. 
Link: CLICK AQUI 
Obs: Utilize até 15 linhas para produzir cada questão discursiva 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
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13 
 
PEÇA PRÁTICA – Enviar para correção. 
Estude o PDF + o vídeo respectivo no YouTube: 
Link: CLICK AQUI 
Basta seguir os passos. Não tenha medo ou vergonha. A ideia, como nas questões, é 
desenvolver seu raciocínio jurídico para produzir uma peça nota 10. Tenha paciência. Seja 
crítico e aceite minhas críticas. 
Obs: Utilize até 60 linhas para produzir a peça. 
 
Se surgirem dúvidas com relação as questões discursivas ou a peça prática, relacione-as 
em página separada e envie junto com as tarefas. Na correção serão esclarecidas todas as 
possíveis dúvidas. 
Outras dúvidas e demais solicitações devem ser encaminhadas, preferivelmente, por e-
mail. 
 
 
Não deixe de seguir minhas redes sociais: 
Youtube - Lúcio Valente 
Facebook - vouserdelegadooficial 
Instagram - @vouserdelegado) 
Periscope – vouserdelegado 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
14 
DEMONSTRAÇÃO DAS QUESTÕES OBJETIVAS 
 
(2017-Delegado-Adaptada). Acerca de extinção da punibilidade, é correto afirmar que; 
a punibilidade de qualquer crime pode ser extinta por meio de graça e indulto. 
Errada. Existem crimes insuscetíveis de graça ou anistia, conforme previsão na CF: Art. 5º, 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática de 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como 
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem. 
(2017-Delegado-Adaptada). Considerando o atual entendimento dos tribunais 
superiores quanto ao Estatuo do Desarmamento, é correto afirmar que: ao estabelecer 
prazo para a regularização dos registros pelos proprietários e possuidores de armas 
de fogo, o Estatuto do Desarmamento criou situação peculiar e temporária de 
atipicidade das condutas de posse e porte de arma de fogo de uso permitido e restrito. 
Errada. Abolitio criminis temporária. Artigo 30, 31 e 32 do Estatuto foram alterados pela lei 
11.706/2008 que concedeu o prazo até o dia 31 de dezembro de 2008 para os possuídores 
e proprietários de arma de fogo de USO PERMITIDO ainda não registrada solicitem seu 
registro, tornando a conduta de posse de arma de uso permitido temporariamente atípica, 
até a data limite. 
(2016-Delegado-Adaptada). A respeito da legislação penal extravagante brasileira, é 
correto afirmar que - Agente absolvido de crime antecedente de tráfico de drogas, em 
razão de o fato não constituir infração penal, ainda poderá ser punido pelo crime de 
branqueamento de capitais, uma vez que a absolvição daquele crime precedente pela 
atipicidade não tem o condão de afastar a tipicidade do crime de lavagem de dinheiro. 
Errada – Esta assertiva invoca a Lei no 9.613/1998, conhecida como Lei da Lavagem de 
Dinheiro, mas erra ao dizer que o branqueamento de capitais (outro nome para a lavagem 
de dinheiro) pode ter por objeto recursos não provenientes de crime. Na realidade o próprio 
tipo penal do art. 1o da referida lei deixa bem claro que os bens, direitos ou valores a que 
ela se refere devem ser provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. 
 
 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
15 
DEMONSTRAÇÃO DO SIMULADO DAS QUESTÕES DISCURSIVAS. 
 
Questão 01 - DIREITO PENAL 
 
É permitida e edição de Medidas Provisórias em matéria penal? 
 
Considere as seguintes informações na sua resposta: 
 
• Conceito de Medidas Provisórias e sua natureza; 
• Previsão no art. 62,§ 1º, b, da CF; 
• MP prejudicial e benéfica; 
• Conversão da MP em lei. 
 
 
ESPELHO 
As Medidas Provisórias são atos normativos editados pelo Presidente da República em 
casos de relevância e urgência, e têm força de lei e vigência imediata. A sua aplicação em 
matéria penal é vedada pelo art. 62, § 1º, b, da CF, mas há controvérsia na doutrina sobre a 
abrangência dessa aplicação. 
Segundo a posição majoritária, a proibição das MP’s em matéria penal somente abarca 
aquelas sejam maléficas ao réu (ex.: criam novos tipos, aumentam penas, dilatam prazos 
prescricionais). Nesse caso, nem mesmo a conversão em lei seria suficiente para sanar o 
vício. 
As MP’s benéficas, ao contrário, para posição majoritária na doutrina seria possível em 
matéria penal, mesmo diante da vedação constitucional. 
 
No material VSD (aula 00), páginas 51 a 56, há uma explicação detalhada sobre o tema. 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
16 
Peça prática – AULA 01 
(VÍDEO DE APOIO) 
CLICK AQUI 
O curso Produção de Peças Técnicas Para Delegado de Polícia apresenta metodologia 
objetiva e eficaz na preparação dos candidatos a concursos de Delegado de Polícia, 
indicando os passos necessários para que o aluno produza a peça apropriada e com 
estrutura profissional. Nas aulas serão abordadas as medidas cautelares cabíveis ao 
Delegado durante a persecução penal investigatória, diferenciando-as e apontando a melhor 
abordagem para análise dos casos práticos. 
O bom Delegado de Polícia deve ser capaz de interpretar juridicamente os fatos que lhe são 
apresentados, optando pela melhor medida investigativa para cada circunstância. Por isso, 
todas as peças trabalhadas neste curso vêm acompanhadas de explicações OBJETIVAS, 
CONCISAS eATUALIZADAS sobre os institutos jurídicos relacionados à medida que se 
pretende deferida. 
Este é um curso PRÁTICO. Nesse sentido, apenas ler o material não vai fazer você produzir 
peças primorosas. É essencial que você treine muito fazendo suas próprias peças. No 
começo pode parecer difícil, mas com o tempo as coisas vão ficando bem mais fáceis. Tudo 
é treino. 
Nem adiante ler este material de cabo a rabo achando que vai ficar fera na produção de 
peças. É absolutamente essencial que você produza suas próprias peças e me encaminhe 
para as devidas correções. 
Se estiver lendo o material sem tê-lo adquirido diretamente com a gente, avalie o custo-
benefício de ratear um material prático sem poder praticar. Nossos custos são acessíveis. 
Visite nosso site. 
O curso é acompanhado de correções de peças. Por isso, produza as suas peças com base 
no modelo CORINGA apresentado no curso. Siga minhas dicas e tenha paciência. Avalie a 
correção e não se zangue com o professor, caso as coisas não saiam como o esperado. 
É ESSENCIAL que você memorize o GUIA DAS CAUTELARES. Ela vai te dar segurança 
no dia da prova, pois haverá mais organização mental sobre o que poderá ser pedido diante 
do caso proposto pelo examinador. 
Estamos juntos nessa caminhada. Conte conosco. 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
17 
 
 
1º MEMORIZE O GUIA RÁPIDO DAS CAUTELARES 
É muito importante que você tenha na cabeça tanto as medidas em si, como o dispositivo 
legal que é inscrita, já que você não poderá fazer consultas a Códigos durante a prova. 
Saber a lei de cor dá uma boa impressão ao examinador. 
 
2º LEIA ATENTAMENTE O TEXTO APRESENTADO E DECIDA QUAL A MELHOR 
CAUTELAR 
Esta é a parte mais complexa. Geralmente, o candidato vislumbra mais de uma peça 
possível. Isso causa certo pânico. Com a prática, o candidato aprende que uma cautelar tem 
prevalência sobre a outra durante a investigação. É questão de prática mesmo. Então, 
vamos praticar. 
 
3º USE O MODELO CORINGA PARA ELABORAR A PEÇA 
Como você vai ver mais a frente, o que mais importa é a escolha da peça correta. A estrutura 
da peça em si não encontra padronização. Então, prefira um modelo simples e fácil de 
trabalhar. Uso uma estrutura que pode ser usada desde um pedido simples de prisão, até 
uma representação por quebra de sigilo. 
 
 
 
 
 
Bom, resumi aqui as principais medidas disponíveis ao Delegado durante o curso do 
inquérito policial. Antes de qualquer coisa, pratique a memorização das medidas e dos 
respectivos fundamentos legais. Isso pode causar excelente impressão no examinador. 
Ainda se valoriza muito o conteúdo memorizado. Por isso, não fique com preguiça. 
 
 
 
3 PASSOS PARA ELABORAÇÃO DA PEÇA 
GUIA RÁPIDO DAS CAUTELARES NO PROCESSO PENAL 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
18 
Uma dica: pegue duas medidas por dia e memorize. Cada dia duas. 
Rapidinho você estará com tudo na cabeça. Depois que fizer a prova, 
esqueça. 
Medidas que podem ser decretadas pelo juiz através de representação do 
delegado de polícia, com os respectivos fundamentos: 
 
 
Cautelares Pessoais 
• Prisão Temporária (fundamento: Lei 7.960/89); 
• Prisão Preventiva (fundamento: CPP, arts 311, 312 e 313); 
• Medidas Cautelares da Lei 12.403/2011 (fundamento: CPP, art. 282, § 2º); 
• Pedido de Exame de médico-legal de insanidade mental com pedido de internação 
provisória (CPP, art. 149, § 1º e art. 150, § 2º). 
 
Cautelares probatórias 
• Busca e Apreensão domiciliar (fundamento: CPP, art.240, § 1° e CF, Art. 5º XI); 
• Interceptação de comunicações telefônicas (fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º, I); 
• Interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática 
(fundamento: Lei 9.296/96, art. 3º, I). 
 
Cautelares Reais 
• Sequestro de móveis: quando não cabível a busca e apreensão (fundamento: CPP, 
art. 132); 
• Sequestro de imóveis (fundamento: CPP, art. 127). Obs.: o Arresto não pode ser 
deferido por representação do delegado, pois ocorre com o processo já em 
andamento. 
 
 
 
 
Cautelares Especiais 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
19 
• Suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a 
proibição de sua obtenção do Código de Trânsito (fundamento legal: Lei 9.503/97, art. 
294). 
• Identificação Criminal (Fundamento: Lei 12.037/09, art. 3º, IV); 
• Medidas da Lei de Organizações Criminosas (Fundamento: Lei 12.850/13); 
• Colaboração Premiada (art. 4º, § 2º); 
• Infiltração de agentes (art. 10); 
• Captação Ambiental (Art. 3°, II). 
• Sigilos financeiro, bancário e fiscal (Fundamento: LC n°105/2001, art. 1º, § 4º). 
 
Dica: memorize os fundamentos em negrito para colocar no preâmbulo. 
 
Dica: após ler a historinha na prova, consulte o guia rápido para ter uma noção do que 
pedir. Este guia, se memorizado, é garantia de acertar a peça na da prova. 
 
 
 
 
 
A representação é o instrumento jurídico que tem por finalidade levar ao conhecimento do 
Poder Judiciário fundamentos que justifiquem a decretação de determinada medida cautelar. 
Através da representação, o Delegado postula em juízo, solicitando medidas que 
instrumentalizam sua investigação. 
Tecnicamente, a representação difere do requerimento, uma vez que este último é um 
pedido legal que, caso seja negado, caberá recurso. 
Então, REPRESENTAR é demonstrar a necessidade; REQUERER é pedir legalmente. No 
primeiro, não cabe recurso em caso de negativa; no segundo, caberá recurso em caso de 
negativa. 
 
 
 
O QUE É REPRESENTAÇÃO 
ELEMENTOS DE QUALQUER MEDIDA CAUTELAR E QUE PRECISAM ESTAR INSERIDAS NA PEÇA. 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
20 
 
 
 
Sem querer se perder muito em teorias, existem algumas informações essenciais que você 
deve saber ao elaborar a peça. A principal delas é de que TODA medida cautelar – seja civil, 
trabalhista, tributária ou penal - possui alguns elementos essenciais e que devem estar 
presentes para que sua peça seja tecnicamente aceitável. 
Esses elementos devem estar presentes, mesmo que implicitamente na sua peça. Sabendo 
que passou por esses fundamentos, sua peça está no caminho certo. 
Quais seriam esses elementos? 
 Fumus boni iurus (ou fumus comissi delicti) + periculum in mora (ou periculum in libertatis) 
+ proporcionalidade do pedido. 
 
Veja o gráfico: 
 
 
 
 
 
 
 
Em processo penal a fumaça do direito (ou do delito) está em dois elementos: PROVA DE 
EXISTÊNCIA DO CRIME + INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. 
Preste atenção nessa diferente: 
1º A existência do crime deve estar PROVADA; 
2º A autoria pode ser indicada por INDÍCIOS. 
 
 
Basicamente, neste ponto temos que mostrar: 
FUMUS COMISSI DELICTI (FUMUS BONI IURIS). 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br21 
 
O que ocorreu e a prova de que aquilo realmente ocorreu; Se há elementos de crime nos 
fatos provados e quais são. 
Em um homicídio, por exemplo, temos que mostrar que alguém foi morto (com laudos, 
provas testemunhas etc.). Esse fato tem que estar provado, ainda que indiretamente. 
Além disso, tem que haver algum indício de que José ou João são suspeitos do crime, até 
porque representação deve recair sobre alguém sempre. 
 
MNEMÔNICO: PEC.ISA 
PEC - Prova da Existência do Crime: FATOS (O QUE OCORREU?) 
ISA - Indícios Suficientes de Autoria: é EVIDENTE O DIREITO (HÁ ELEMENTOS DE CRIME 
NOS FATOS? QUAIS SÃO?) 
 
 
 
 
“Se demorar, já era! ” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERICULUM IN MORA (varia conforme a medida) 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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No periculum in mora (em processo penal, especialmente nas prisões, fala-se em periculum 
in libertatis) o Delegado deve mostrar ao Juiz que sua medida é necessária, pois há algum 
risco PROVÁVEL + GRAVE + IRREPARÁVEL. 
Ou seja, se aquela medida não for tomada naquele momento, o risco provável e grave 
poderá se transformar num dano irreparável. 
Na prisão preventiva, por exemplo, poderia ser a destruição de provas pelo suspeito; na 
quebra de dados, a perda da informação, já que as operadoras não mantêm os dados ad 
eternum etc. 
Em determinadas medidas, como nas prisões, devemos enfatizar bem esse ponto; em 
outras, nem tanto. Vamos fazendo isso juntos. 
 
 
 
 
 
O PERIGO DEVE SER GRAVE 
Exemplos: 
• fuga; 
• destruição de provas; 
• inutilidade da prova; 
• impossibilidade de adiar pela natureza da medida etc. 
 
O PERIGO DEVER SER PROVÁVEL 
Extraia essa possibilidade do texto da prova e nunca invente situações novas. 
O DANO é INEVITÁVEL SEM A MEDIDA CAUTELAR 
 
 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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Quando o Delegado representa por uma medida, ele deve ter em mente que está usando a 
munição adequada, isto é, que aquela medida é imperativa para a investigação e que é a 
mais adequada àquele caso concreto. 
 
PROPORCIONALIDADE 
• Necessidade: a imperatividade da medida para a investigação 
• Adequação: a medida é a mais adequada para o caso concreto 
 
Notadamente quando há afastamentos judiciais de garantias constitucionais, o Delegado 
deve relatar com detalhes a NECESSIDADE e ADEQUAÇÃO da medida. 
Esses dados devem estar presentes na representação para que o juiz se convença de que 
aquele afastamento constitucional é necessário e adequado à situação concreta. 
As medidas determinadas judicialmente são de extrema “violência” na vida privada do 
indivíduo e pode afetar todo o resto de sua vida. O Delegado deve estar muito seguro de 
que está usando proporcionalmente a força necessária. 
Vamos aprender isso na prática. 
 
“NÃO MATE UMA MOSTA COM UMA BAZUCA. ” 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPORCIONALIDADE 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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ENDEREÇAMENTO 
A peça começa com o endereçamento, como qualquer peça processual. Alguns Delegados 
não fazem endereçamento, pois como a representação é feita, em regra, no bojo do 
inquérito, o juiz já está prevento com as solicitações de prazo. Entretanto, tecnicamente é 
mais adequado fazer o endereçamento ao juiz competente. 
Importante, neste ponto, ter conhecimento da estrutura do Poder Judiciário de onde estiver 
fazendo a prova. As nomenclaturas variam um pouco. No Distrito Federal, por exemplo, temo 
Varas do Tribunal do Júri, Circunscrições Judiciárias de Brasília e das Cidades-Satélites etc. 
Não use abreviações e não use muitos tratamentos (Ex.: Excelentíssimo Senhor Doutor). 
Use apenas Excelentíssimo Senhor e está de bom tamanho. 
 
PREÂMBULO 
No preâmbulo você deve fazer a introdução padrão mostrada na peça coringa. Cuidado para 
não identificar sua peça. Existem diversas formas de fazer o preâmbulo, mas a ideia vai ser 
sempre a mesma. 
Duas coisas são importantes no preâmbulo: colocar a fundamentação legal e o nome da 
representação. Veja o exemplo abaixo: 
“O Delegado de Polícia ao final assinado, no uso de suas atribuições legais, previstas no 
art. 144, § 4º da CF, bem como na Lei n.º 12.830/12, vem à presença de Vossa Excelência 
oferecer representação por Prisão Temporária, com base no art. 1º, incisos I (ou II) e III, 
alínea “x”, da Lei n.º7.960/89 em desfavor de FULANO DA SILVA, pelos fundamentos de 
fato e de direito a seguir expostos”. 
 
DOS FATOS 
Aqui colocaremos a prova dos fatos e os indícios de autoria, bem como a prova da 
materialidade. É o FUMUS COMISSI DELICTI. 
 
Não tem erro se você seguir os seguintes passos: 
 
ESTRUTURA DA PEÇA 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
25 
1ª Leia o texto motivador e responda organizadamente e com suas palavras: o que ocorreu? 
Quando ocorreu? Como ocorreu? Por que ocorreu? 
 
2º indique os indícios suficientes de autoria: é EVIDENTE O DIREITO PENAL? HÁ 
ELEMENTOS DE CRIME NOS FATOS? QUAIS SÃO? 
 
3º. indique que a materialidade, apontando os laudos cadavéricos e demais laudos periciais. 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
Aqui colocaremos o periculum in mora, que vai variar conforme a medida). 
Lembre-se que você deve demonstrar ao juiz que a medida é adequada e proporcional. 
 
 
1º. Coloque os requisitos e fundamentos legais da medidas específica. 
 
2º Explique ao Juiz a necessidade da medida. 
 
3º Explique ao juiz adequação da medida. 
 
DO PEDIDO 
 
Vamos utilizar um pedido padrão. Você deve repetir o fundamento legal memorizado no guia 
rápido. 
 
Eu não uso a expressão “nestes termos, pede deferimento”. Mas, não é errado colocar. 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
26 
O curso, eu disse e repito, é extremamente prático. Se você seguir o esquema que estou 
propondo, suas chances de se dar muito bem serão quase absolutas. Vamos reprisar os 
passos necessários: 
 
1º MEMORIZE O GUIA RÁPIDO DAS CAUTELARES 
 
2º LEIA ATENTAMENTE O TEXTO APRESENTADO E DECIDA QUAL A MELHOR 
CAUTELAR 
 
3º USE O MODELO CORINGA PARA ELABORAR A PEÇA 
 
 
Existem diversos modelos disponíveis na internet e em livros que poderiam ser usados. Mas, 
para fins didáticos, adotei um modelo extremamente simples, que pode ser adaptada para 
qualquer peça. 
 
Com a prática, você vai acabar memorizando sua estrutura e vai se sentir à vontade até para 
fazer pequenas adaptações para torná-la mais personalizada, se quiser. 
 
Não existe um padrão. Em provas, é interessante obedecer alguns elementos de uma peça 
processual comum (utilizada por advogados). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Lúcio ValenteDelegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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MODELO CORINGA 
 
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da (...) Comarca de (...). 
 
O Delegado de Polícia ao final assinado, no uso de suas atribuições legais previstas no art. 
144, §4º da CF, bem como na Lei 12.830/2013, com fulcro (inserir o fundamento legal), vem 
à presença de Vossa Excelência oferecer representação por (inserir o nome da medida) em 
desfavor de José da Silva, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos. 
 
 
Dos Fatos 
• O que? Quando? Onde? Como? Por quê? 
• Do Fumus Comissi Delicti 
• Materialidade e indícios de autoria. 
• Do Periculum in libertatis (ou in mora) 
• Fundamentos para a decretação da medida respectiva. 
 
 
Do pedido 
Por todo o exposto e com amparo nos dispositivos legais acima referidos, representa esta 
Autoridade Policial pela decretação da medida tal, com a consequente expedição dos 
mandados. 
 
 
 
Local e Data 
Delegado de Polícia 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
28 
DÚVIDAS COMUNS 
Posso usar caixa alta no endereçamento? 
Sim. Mas, esteticamente é melhor usar letras maiúsculas apenas no início de cada palavra 
(ex.: Excelentíssimo Senhor.) 
 
Posso abreviar o endereçamento? 
Evite isso. Escreve por extenso (ex.: “Excelentíssimo”, no lugar de “Exmo”. Mais uma vez, 
apenas por questão estética da peça. 
 
Posso pular linhas entre os tópicos? 
Sim. Pule, em média, duas linhas por tópico. Mas, preocupe-se com o número total de linhas, 
pois a linha pulada é computada no total. 
 
Posso criar subtópicos? 
Sim. Você pode adaptar sua peça coringa da forma que achar melhor. Criar subtópicos (ex.: 
“Da tipificação”) facilita a correção da sua peça. Veremos vários exemplos nos capítulos 
seguintes. 
 
Quais os parâmetros de margeamento? 
Pode usar o parágrafo a 2,5cm (mais ou menos dois dedos). O restante do texto deve ser 
juntado às margens esquerda e direita. Os tópicos podem ou não respeitar a margem do 
parágrafo. Eu prefiro alinhar os tópicos aos parágrafos, por questões estéticas. 
 
Devo colocar no pedido: “nesses termos, peço deferimento”? 
Essa é uma praxe nas peças da OAB, mas é indiferente nas peças policiais. Fique à vontade 
para colocar ou não. 
 
Deve citar a ciência do Ministério Público? 
Também não é essencial. A regra é que o MP deve ser cientificado para se manifestar sobre 
a medida já por força da lei. Fique à vontade para colocar ou não. 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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ESTUDO DE CASO E PRODUÇÃO DE PEÇAS 
1 GRUPO DE PEÇAS 
 
 
 
 
Cautelares Pessoais 
 
• Prisão Temporária (fundamento: Lei 7.960/89); 
• Prisão Preventiva (fundamento: CPP, arts 311, 312 e 313); 
• Medidas Cautelares da Lei 12.403/2011 (fundamento: CPP, art. 282, § 2º). 
• Pedido de Exame de médico-legal de insanidade mental com pedido de internação 
provisória (CPP, art. 149, § 1º e art. 150, § 2º) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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DELEGADO DE POLÍCIA DO ESTADO DA BAHIA 2013 
BANCA: CESPE 
 
Em 17/9/2012 (segunda-feira), por volta de 0 h 50 min, Douglas Aparecido da Silva foi 
alvejado por três disparos de arma de fogo quando se encontrava em frente à casa de sua 
namorada, Fernanda Maria Souza, na rua Serafim, casa 12, no bairro Boa Prudência, em 
Salvador – BA. A ação teria sido intentada por quatro indivíduos que, em um veículo sedã 
de cor prata, placa ABS 2222/BA, abordaram o casal e cobraram, mediante a ameaça de 
armas de fogo portadas por dois deles, determinada dívida de Douglas, proveniente de certa 
quantidade de crack que este teria adquirido dias antes, sem efetuar o devido pagamento. 
Foi instaurado o competente inquérito policial, tombado, no 21.º Distrito Policial, sob o n.º 
0021/2012, para apurar a autoria e as circunstâncias da morte de Douglas, constando no 
expediente que, na noite de 16/9/2012, por volta das 21 h, a vítima se encontrou com a 
namorada, Fernanda, e, após passarem em determinada festa de amigos, seguiram para a 
casa de Fernanda, no bairro Boa Prudência, onde Douglas a deixaria; o casal estava em um 
veículo utilitário de cor branca, placa JEL 9601/BA, de propriedade da vítima; na madrugada 
do dia seguinte, por volta de 0 h 40 min, quando já estavam parados em frente à casa de 
Fernanda, apareceu na rua um veículo sedã de cor prata, em que se encontravam quatro 
rapazes, que cobraram Douglas pelo "bagulho" e ameaçaram o casal com armas nas mãos, 
quando um dos rapazes deu dois tiros para o alto, momento em que Douglas e Fernanda se 
deitaram no chão. Em ato contínuo, um dos rapazes desceu do carro, chutou a cabeça de 
Douglas e, em seguida, desferiu três disparos em sua direção, atingindo-lhe fatalmente a 
cabeça e o tórax. Douglas faleceu ainda no local e os autores se evadiram logo após a 
conduta, lá deixando Fernanda a gritar por socorro. 
Nos autos do inquérito, consta que foram ouvidos dois vizinhos de Fernanda que se 
encontravam, na ocasião dos fatos, na janela do prédio vizinho e narraram, em auto próprio, 
a conduta do grupo, indicando a placa do veículo sedã de cor prata (ABS 2222/BA) e a 
descrição física dos quatro indivíduos. Na ocasião, foram apresentadas fotografias de 
possíveis suspeitos às duas testemunhas, que reconheceram formalmente, conforme auto 
de reconhecimento fotográfico, dois dos rapazes envolvidos nos fatos: Ricardo Madeira e 
Cristiano Madeira. Fernanda foi ouvida em termo de declarações e alegou conhecer dois 
dos autores, em específico os que empunhavam armas: Cristiano Madeira, vulgo Pinga, que 
1ª PEÇA: Prisão Temporária (fundamento: Lei 7.960/89) 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
31 
portava um revólver e teria desferido dois tiros para o alto; e o irmão de Cristiano, Ricardo 
Madeira, vulgo Caveira, que, portando uma pistola niquelada, desferira os três tiros que 
atingiram a vítima. Fernanda afirmou desconhecer os outros dois elementos e esclareceu 
que poderia reconhecê-los formalmente, se fosse necessário. Ao final, noticiou que se sentia 
ameaçada, relatando que, logo após o crime, em frente à sua residência, um rapaz descera 
de uma moto e, com o rosto coberto pelo capacete, fizera menção que a machucaria caso 
relatasse à polícia o que sabia. 
Em complementação à apuração da autoria, buscou-se identificar, embora sem êxito, os 
outros dois indivíduos que acompanhavam Ricardo e Cristiano na ocasião dos fatos. 
Juntaram-se aos autos o laudo de exame de local de morte violenta, que evidencia terem 
sido recolhidos do asfalto dois projéteis de calibre 38, e o laudo de perícia papiloscópica, 
realizada em lata de cerveja encontrada nas proximidades do local, na qual foram 
constatados fragmentos digitais de uma palmar. Lançadas as digitais em banco de dados, 
confirmou-se pertencerem a Ricardo Madeira. Também juntou-se ao feito o laudo cadavérico 
da vítima, no qual se constata a retiradade três projéteis de calibre 380 do cadáver: um 
alojado no tórax e dois, no crânio. 
Durante as diligências, apurou-se que o veículo sedã de cor prata, placa ABS 2222/BA, 
estava registrado em nome da genitora dos irmãos Cristiano Madeira e Ricardo Madeira, 
Maria Aparecida Madeira, residente na rua Querubim, casa 32, no bairro Boa Prudência, em 
Salvador – BA, onde morava na companhia dos filhos. Nos registros criminais de Cristiano, 
constam várias passagens por roubo e tráfico de drogas. No formulário de antecedentes 
criminais de Ricardo Madeira, também anexado aos autos, consta a prática de inúmeros 
delitos, entre os quais dois homicídios. Procurados pela polícia para esclarecerem os fatos, 
Cristiano e Ricardo não foram localizados, tampouco seus familiares forneceram quaisquer 
notícias de seus paradeiros, embora houvesse informações de que eles estariam na 
residência de seu tio, Roberval Madeira, situada na rua Bom Tempero, s/n, no bairro Nova 
Esperança, em Salvador – BA. Ambos foram indiciados nos autos como incursos nas 
sanções previstas no art. 121, § 2.º, II e IV, do CP. 
O inquérito policial tramitou pela delegacia, em diligências, durante vinte e cinco dias, 
encontrando-se conclusos para a autoridade policial que preside o feito, restando a 
complementação de inúmeras diligências visando identificar os outros dois autores e 
evidenciar, através de novas provas, a conduta dos indiciados. 
 
Em face do relato acima apresentado, proceda, na condição de delegado de polícia que 
preside o feito, à remessa dos autos ao Poder Judiciário, representando pela(s) medida(s) 
pertinente(s) ao caso. Fundamente suas explanações e não crie fatos novos. 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
32 
Pelo que se vê, muitas evidências já foram produzidas em relação à autoria dos irmãos 
Madeira. Ocorre que várias outras ainda precisam ser realizadas para a ultimação do IP. 
 
Vou listar apenas algumas: 
 
Identificação dos outros dois autores; Apreensão das armas utilizadas, já que foram 
localizados projéteis tanto no local dos fatos, como no corpo da vítima. Tais projéteis devem 
ser comparados entre si (para verificar se são, de fato, de uma mesma arma) e com as 
armas de fogo eventualmente apreendidas 
Reconhecimento pessoal dos suspeitos já identificados pelas testemunhas etc. 
 
QUANDO DECIDIR PELA TEMPORÁRIA OU PELA PREVENTIVA? 
 
Existem algumas dicas que podem te ajudar a acertar a peça de prisão, vamos a elas: 
 
A temporária tem prevalência sobre a preventiva durante a investigação? Claro que isso é 
uma regra e não uma verdade absoluta. A prisão voltada para a investigação é a temporária. 
Na prática, é mais fácil o Juiz decretar, pois basicamente o Delegado deve demonstrar 
apenas a hipótese legal e a necessidade para a investigação. 
 
A temporária se volta a proteger a investigação; a preventiva, a futura ação penal? Também 
não é uma verdade absoluta, mas pense na temporária com MEIO para obtenção de provas 
úteis dentro do inquérito (ex.: prisão do suspeito para localizar a arma do crime; para recolher 
suas vestes para futura perícia; para reconhecimento pessoal pela vítima etc.) 
 
A temporária é cabível dentro de um rol fechado de crimes. Então, identifique se o caso 
apresentado se encaixa na hipótese legal de temporária 
 
Nunca peça a temporária no relatório final 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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PERICULUM IN MORA (PERICULUM IN LIBERTATIS) NA PRISÃO TEMPORÁRIA 
 
Cabimento: a prisão temporária somente será cabível em determinados crimes (ver quadro 
abaixo) desde que: 
a) imprescindível para as investigações do inquérito policial OU 
b) o indicado não tiver residência fixa ou 
c) não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. 
Obs.: Essa última hipótese agora é prevista como passível de prisão preventiva. 
 
CRIMES PASSÍVEIS DE PRISÃO TEMPORÁRIA (FUMUS BONI IURIS/ FUMUS COMISSI 
DELICTI) 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) NÃO MAIS APLICÁVEL. 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela 
morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de 
suas formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). 
Cabível, além disso, nos crimes hediondos e equiparados. 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
34 
 
QUAIS FUNDAMENTOS EU COLOCO NA PEÇA? 
 
Você já tem a resposta. Volte um pouco no texto e reveja o quadro das diligências faltantes. 
 
Vou repetir ele aqui: 
 
identificação dos outros dois autores; apreensão das armas utilizadas, já que foram 
localizados projéteis tanto no local dos fatos, como no corpo da vítima. Tais projéteis devem 
ser comparados entre si (para verificar se são, de fato, de uma mesma arma) e com as 
armas de fogo eventualmente apreendidas; reconhecimento pessoal dos suspeitos já 
identificados pelas testemunhas. 
 
 
OUTROS FUNDAMENTOS QUE PODEM SER COLOCADOS EM QUALQUER PEDIDO 
 
• oitiva conjunta de todos os suspeitos para evitar troca de informações; 
• correta qualificação pessoal; 
• localização do corpo da vítima; 
• o indicado não tem residência fixa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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COMO FICARIA A MINHA PEÇA? 
Excelentíssimo (A) Senhor (A) Juiz (A) De Direito Da Vara do Tribunal do Júri de Salvador/BA 
 
O Delegado de Polícia ao final assinado, no uso de suas atribuições legais, previstas no art. 
144, § 4º da CF, bem como na lei 12.830.2013, vem à presença de Vossa Excelência 
oferecer representação pela decretação da prisão temporária, com fulcro no art. 1º, incisos 
I Lei 7.960/89, bem como pela busca e apreensão nos endereços abaixo discriminados, com 
base no art.240, § 1° do CPP em desfavor Ricardo Madeira e Cristiano Madeira, ambos já 
qualificados nos autos, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos: 
 
DOS FATOS 
Narram os autos que no início do dia 17 de setembro, Douglas Aparecido da Silva teve sua 
vida ceifada por três disparos de arma de fogo, fato ocorrido Rua Serafim, casa 12, no bairro 
Boa Prudência, em Salvador – BA. 
 
DA MATERIALIDADE 
A materialidade está consubstanciada nos laudos periciais, mormente no laudo de exame 
de local de morte violentae no laudo cadavérico. 
 
DOS INDÍCIOS DE AUTORIA 
Os fatos foram praticados na presença da testemunha Fernanda Maria Souza, que relatou 
terem os autores, em número de quatro, chegado ao local do crime e cobrado “um bagulho”, 
no que foi seguido dos disparos de arma de fogo realizado por um deles. Tal versão foi 
corroborada por dois moradores locais, que assistiram a ação criminosa das janelas de suas 
residências. 
Segundo o que se apurou até o momento, a prática do presente crime está relacionada ao 
tráfico de substâncias entorpecentes, já que as testemunhas relatam que os autores foram 
ao local cobrar uma dívida de drogas da vítima. 
Há fortes indícios que os ora representados, Ricardo Madeira e Cristiano Madeira, 
concorreram para a ação criminosa, uma vez que são conhecidos de Fernanda e foram 
formalmente reconhecidos pelas demais testemunhas, conforme auto de reconhecimento 
fotográfico. 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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Os indicativos de autoria ficam mais evidentes considerando que fragmentos das digitais de 
Ricardo Madeira foram revelados em uma lata de cerveja encontrada nas proximidades, 
conforme laudo papiloscópico. Some-se a isso o fato do veículo sedã de cor prata (ABS 
2222/BA), utilizado pelos autores, estar registrado em nome da genitora dos irmãos Madeira. 
 
DOS FUNDAMENTOS PARA A PRISÃO TEMPORÁRIA 
Pelo que se observa, os representados praticaram crime de homicídio qualificado pelo 
motivo torpe, bem como pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima, confirme art. 
121, incisos I e VI, do CPB). 
A prisão temporária, prevista na Lei 7.960/89, é modalidade de prisão cautelar de natureza 
processual destinada a possibilitar as investigações a respeito de crimes específicos, 
durante o inquérito policial. 
Dispõe a lei regente que tal modalidade de prisão é cabível, entre outras hipóteses, quando 
for imprescindível para as investigações do inquérito policial. Nesse passo, a prisão dos 
indiciados é cogente para a identificação dos outros dois autores ainda não identificados, 
bem como para o reconhecimento pessoal de todos os envolvidos. 
A prisão dos suspeitos poderá, além disso, propiciar a apreensão das armas utilizadas no 
crime, o que é essencial para o inquérito, já que foram localizados projéteis tanto no local 
dos fatos, como no corpo da vítima. 
Considere-se, por fim, que o crime de homicídio qualificado está entre aqueles previstos pela 
lei como passíveis de prisão temporária. 
 
DOS FUNDAMENTOS PARA BUSCA E APREENSÃO 
Ainda há importantes elementos de prova que podem ser angariados com as devidas buscas 
domiciliares nos endereços onde os suspeitos podem estar abrigados. Segundo as 
investigações, os irmãos Madeira residem com sua genitora, na Rua Querubim, casa 32, no 
bairro Boa Prudência, em Salvador – BA, mas podem estar abrigados na residência do tio 
Roberto Madeira situada na Rua Bom Tempero, s/n, no bairro Nova Esperança, em Salvador 
– BA. 
É imperativo, portanto, que Vossa Excelência, com espeque no art. 240, § 1º, alínea “d” do 
CPP, autorize as buscas nos referidos endereços, o que poderá resultar na apreensão das 
armas envolvidas na ação criminosa. 
 
 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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DO PEDIDO 
Por todo o exposto e com amparo nos dispositivos legais acima referidos, representa esta 
Autoridade Policial pela expedição do competente mandado de prisão temporária pelo prazo 
de 30 dias em desfavor de Ricardo Madeira e Cristiano Madeira, bem como de mandado de 
busca na residência de Roberval Madeira. 
Solicito, ao mesmo tempo, o retorno dos autos para a continuidade das investigações 
 
Local, data 
Delegado de Polícia 
 
TAREFA 
PEÇA PROCESSUAL 
No dia 10 de outubro de 2014, às 21 horas, a viatura de patrimônio 22 356, da Polícia Militar, 
foi acionada para atender um início de tumulto na Avenida Beira-Mar, altura do no 3 800. Os 
soldados, Francis e Deodato, ao chegarem ao local encontraram alguns populares, que 
imediatamente se dispersaram, restando Anita Medeiros e Renato de Oliveira, contido pelo 
policial Francis, ao tentar se evadir, em razão dos gritos de “foi ele, foi ele que matou meu 
pai”, pronunciados por Anita. 
As partes foram conduzidas ao plantão do 8o Distrito Policial, ocasião em que Anita relatou 
que no dia 5 de setembro de 2014 estava com seu pai, Alfredo Medeiros, no carro da família 
dirigido por ele e, por volta das 22 horas, ao pararem no sinal vermelho, na Avenida Bernardo 
Manuel, esquina com a Rua Cristo Redentor, foram abordados por Renato, que anunciou o 
assalto e mandou que ambos saíssem do carro. Assustado, Alfredo fez um movimento 
imediato para tirar o cinto de segurança, quando Renato disparou a arma de fogo que 
apontava todo o tempo para Alfredo. O tiro acertou a cabeça do pai de Anita, que morreu na 
hora. Renato, antes de fugir, ainda pegou o celular que estava no bolso da camisa de Alfredo. 
Nesta data, ao sair de uma feirinha de artesanato, Anita avistou Renato em meio a um grupo 
de pessoas que parecia usar drogas, reconheceu-o e começou a gritar para que alguém o 
detivesse, quando então algumas pessoas o seguraram até a polícia chegar. 
O boletim de ocorrência havia sido registrado nessa unidade policial, mas o apuratório penal 
não havia sido deflagrado ainda. 
Renato de Oliveira, ao ser interrogado, negou ter cometido qualquer crime, bem como 
qualquer envolvimento com drogas. Não soube ou não quis informar seu endereço 
 Lúcio Valente 
 Delegado e Professor 
 
 
 
VouSerDelegado.Com.Br 
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residencial, afirmando que dorme nos locais onde faz “bicos” como pintor, pois não tem 
emprego fixo. 
Maria de Oliveira, ao ser avisada sobre a detenção de seu filho, Renato, compareceu à 
Delegacia de Polícia e garantiu a inocência dele, complementou que ele não mora mais com 
ela, é viciado em drogas, porém não é ladrão. 
A pesquisa relativa aos antecedentes criminais apontou que Renato já cumpriu pena pelo 
crime de tráfico de entorpecentes e foi posto em liberdade em dezembro de 2013. 
Formalizadas a portaria inaugural, as declarações da filha da vítima, de Maria de Oliveira, o 
auto de reconhecimento, o interrogatório e o indiciamento de Renato, no inquérito policial, 
como Delegado de Polícia responsável pelas atividades de Polícia Judiciária, redija a peça 
processual adequada à continuidade das investigações do crime que vitimou Alfredo 
Medeiros, fundamente e motive. 
 
PADRÃO DE CORREÇÃO 
A - EXCELENTE 
B – MUITO BOM 
C - REGULAR 
D - RUIM 
 
QUESITOS ATRIBUIÇÃO COMENTÁRIOS 
ENDEREÇAMENTO 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA 
ESCOLHA DA MEDIDA MAIS 
ADEQUADA 
 
CLAREZA E OBJETIVIDADE 
CORREÇÃO GRAMATICA

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