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1 de 5 A Importância dos Portos na Economia dos Países Bruno Abtibol da Silva - RA: 02410015308 Marco Fenandes da Silva - RA: 02410014901 Jefferson de Carvalho Santos - RA: 02410015172 Adriano Marcio de O. F. Filho – RA: 02410016094 Centro Universitário Planalto do Distrito Federal Av. Pau Brasil, Águas Claras, Brasília - DF Resumo – este artigo expõe a importância do transporte marítimo para as transações comerciais que impulsionam grandes economias mundiais. Apresentar características e dados de alguns dos principais portos do mundo enfatizando a importância de cada porto para o progresso da economia de seus países. PALAVRAS CHAVES: PORTOS – SHANGHAI – ROTTERDAM – SANTOS – CONTAINER. 1. INTRODUÇÃO Com o alto surgimento de grandes empresas multinacionais logo após a segunda guerra mundial, houve o avanço da globalização mundial e hoje, com inúmeras relações comerciais entre os países, de acordo com Monié e Vasconcelos (2012), o meio de transporte mais utilizado com cerca de 90%, é o transporte marítimo, pois além do baixo custo em relação aos outros meios de transportes, há uma elevada capacidade de carga que pode chegar a 100 mil toneladas por navio cargueiro. Os portos são imprescindíveis para a economia de um país, pois geram empregos, facilitam o transporte de grandes cargas, provocam o crescimento econômico das cidades portuárias, melhoram a infraestrutura destas cidades e vários outros benefícios que elevam a economia de um país. Este artigo tem como objetivo expor a importância de alguns portos do mundo no âmbito das exportações e importações, por meio de uma revisão bibliográfica. Os portos apresentados neste artigo serão: Porto de Rotterdam - Holanda, Porto de Shanghai - China, Porto de Santos – Brasil e o Porto de Singapura. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 IMPORTÂNCIA DOS PORTOS NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Os portos são considerados motores para o desenvolvimento econômico regional e mesmo nacional. Os benefícios associados à existência do porto surgem nas várias fases do seu ciclo de vida: construção, expansão e operação. Durante a fase de construção (ou expansão) os benefícios resultantes das despesas de capital, i.e., o investimento na infraestrutura, reverte em grande medida para a economia local e regional. A operação portuária gera emprego a operadores portuários administrações portuárias, utilizadores dos portos, tais como carregadores e transportadores marítimos e terrestres, e outros prestadores de serviços agentes de navegação reparação naval, pilotagem, reboque, etc. (Monteiro, 2010). O sistema de transportes e, em especial, o hidroviário marítimo é, por um lado, um reflexo da economia regional/nacional e, por outro, um fator que impulsiona o desenvolvimento. Além disso, o modal é imprescindível para a circulação das mercadorias e para o ganho de escala, sobretudo, internacional. O transporte marítimo é essencial para as importações e exportações brasileiras, gera repercussões macroeconômicas positivas e acelera a reprodução do capital (Fernandes, 2011). 2 de 5 2.2 MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA Movimentação, embarque e desembarque de cargas nos portos, tanto em containers quanto de maneira convencional, esta podendo ser a granel, individual, paletizada ou unitizada em outras formas. Podem ocorrer com os mais diversos tipos de equipamento (Keedi, 2002). Em terra, a movimentação de carga na forma convencional pode ser feita através de esteiras, veículos rodoviários, empilhadeiras comuns para pallets, etc. (Keedi, 2002). Para os containers existem empilhadeiras próprias normalmente denominadas de stacker ou reachstacker e transtainer. Esses dois equipamentos podem ser considerados complementares e convivem harmoniosamente, cada qual com a sua função e peculiaridade (Keedi, 2002). Parece incrível que somente no século XX tenha surgido essa simples e genial invenção do container, enormes caixas de aço de 6 e 14 metros, a qual revolucionou o transporte comercial marítimo. Numa manhã, do verão de 1937, sentado ao volante do seu caminhão no porto de Nova York, o jovem americano Malcom McLean (20 anos) observava a lenta e desordenada descarga de fardos de algodão. Naquele momento, meio enfastiado, pensou : porque não trazer esses fardos em grandes caixas de madeira ou de aço? (Oliveira, 2014). Figura 01 – Container Empilhados O stacker ou reachstacker é mais versátil quanto a sua movimentação, podendo dirigir-se a qualquer ponto e tendo maior capacidade de empilhamento em altura. Em contraposição, utiliza mais espeço para movimentar-se, necessitando de ruas de cerca de 7 e 13 metros de largura, dependendo da movimentação de containers de 20° ou 40°, já que eles têm comprimento de 6,09e 12,19metros de comprimento, reduzindo o espaço para acomodação de containers. Figura 02 – Utilização do Stacker para Empilhar Containers 3. PORTOS Portos são áreas à beira de rios, mares ou lagos. Essas instalações constituem antes de tudo um meio (ou sistema) de transporte com características distintas dos demais, como aéreo, rodoviário e ferroviário (Azeredo, 2014). 3.1 PORTO DE ROTTERDAM - HOLANDA O Porto de Rotterdam foi inaugurado no século XIV e é o porto mais movimentado da Europa. Até o ano de 2004 o Porto de Rotterdam era o mais movimentado do mundo, hoje ultrapassado por portos como o de Shanghai e Singapura, o Porto de Rotterdam ainda é um dos Portos mais importantes no transporte marítimo e operações comerciais da Europa e do mundo. O Porto de Rotterdam possui uma área de 10500 hectares e possui um calado de 24m que o possibilita receber o maior navio graneleiro do mundo. De acordo com Coelho (2011), A tecnologia está presente em todas as etapas do processo logístico portuário, ainda segundo ele, a entrada e saída dos navios é controlada por satélites, enquanto outros portos usam os radares. Um terminal de containers de 265 mil m² contribui e muito para a logística do porto, robôs são responsáveis pela movimentação dos guindastes e caminhões o que automatiza o processo de embarque e desembarque dos containers. Com o avanço da tecnologia nos portos, a agilidade nos desembarques e nos embarques facilita para o ganho de tempo e consequentemente mais lucro financeiro. Logo abaixo as imagens dos guindastes e caminhões automatizados. 3 de 5 Figura 03 – Utilização do Guindaste para Empilhar Containers Figura 04 – Utilização do Caminhão Para Transporte de Container 3.2 PORTO DE SHANGHAI – CHINA O porto de Shanghai é o maior na movimentação de containers no mundo. Segundo Cintra (2011) o crescimento no sul da China fez com que o Porte de Shanghai ultrapassasse o Porto de Cingapura, que mantia a liderança na movimentação de containers do mundo. O Porto de Shanghai localiza-se entre o mar da China Oriental, a leste, e baia de Hangzhou, no Delta do Rio Yangtsé. Tendo um total de cinco áreas de trabalho, o porto de Shanghai é uma fonte de grande atividade econômica na área do rio Yangtsé, que ajudou ainda mais na situação econômica de regiões como Zhejiang,, Jiangsu e Henan, afirma Prandi (2012). O porto é responsável pela grande maioria dos produtos importados pela China e é o maior responsável pela exportação de materiais para todo o mundo. A china como a maior exportadora do mundo possui os portos mais ativos no mercado, mas o porto de Shanghai foi o grande responsável por impulsionar a economia chinesa. Logo abaixo imagens do impressionantePorto de Shanghai. Figura 05 – Porto de Shanghai: o maior do mundo Figura 06 – Porto de Shangai 3.3 PORTO DE SANTOS – BRASIL O Porto de Santos fica localizado nos municípios de Santos e Guarujá no estado de São Paulo, é o principal porto brasileiro e possui uma área total de 7700000m². De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) a movimentação de cargas no Porto de Santos nestes primeiros oito meses de 2017 atingiu a marca de 85.440.143 t, a melhor de toda a série histórica do porto 4 de 5 para o período, superando em 8,7% a movimentação recorde verificada no mesmo período de 2016 (78.621.712 t). O resultado pode ser atribuído ao crescimento de 6,8% nos embarques, que passaram de 58.176.614 t em 2016 para 62.116.720 t em 2017, e pelo crescimento de 14,1% nos desembarques, que totalizaram no período 23.323.423 t (ante 20.445.098 t no mesmo período de 2016). Figura 7 - Movimentação do Porto de Santos Comparativo dos Acumulados até agosto dos Últimos 10 anos. De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o Porto de Santos se manteve na liderança da corrente de comércio exterior brasileira em valor nos primeiros oito meses de 2017, com participação de 27,9%, seguido pelos portos de Paranaguá (7,9%), Vitória (5,0%), Sepetiba (4,8%), São Luís (4,8%), Rio Grande (4,5%), Itajaí (3,6%), Salvador (3,3%), São Francisco do Sul (3,1%) e Rio de Janeiro (2,8%). Considerando apenas as cargas transportadas através dos portos brasileiros, a participação do Porto de Santos correspondeu a 35,1%. A seguir, algumas imagens do Porto de Santos. Figura 8 – Containers no Porto de Santos Figura 9 – Porto de Santos 3.4 PORTO DE SINGAPURA O Porto de Singapura é o segundo mais movimentado no mundo, fica atrás somente do também asiático Porto de Shanghai da China. O porto de Singapura foi oficialmente inaugurado no ano de 1923. O Porto de Singapura é de extrema importância para o país, pois a falta de recursos naturais no local é evidente, a melhor forma para expansão econômica do país são as transações comercias marítimas pelo porto. O Porto de Singapura contribui não somente para o seu país, contribui também para a evolução dos países emergentes, que utilizam o porto para intermediar transações comerciais. O porto conta com 600 hectares de área e 52 ancoradouros. A seguir, imagens do Porto de Singapura. Figura 10 – Containers no Porto de Singapura Figura 10 – Porto de Singapura 5 de 5 4. CONCLUSÃO O artigo apresentado enfatiza a importância dos portos para a economia de um país, um grande exemplo é a China, grande potência mundial, que possui diversos portos entre os maiores e mais movimentados do mundo. Cingapura que, apesar de não ter muitos recursos naturais, consegue ter um Produto Interno Bruto (PIB) alto, devido ao seu gigantesco porto que exporta diversos produtos para países como a China Japão e Malásia, o que eleva a economia do país. Portos como o de Rotterdam e o de Santos transportam milhões de toneladas a cada ano, gerando economia para seus países. REFERÊNCIAS VASCONCELLOS, Carlos. Eficiência coloca Tubarão como primeiro no mundo. Valor Econômico, 25/11/ 2013.Disponívelem:<http://www.valor.com.br/empresas/334 9606/eficiencia-coloca-tubarao-como-primeirono-mundo>. Acesso em: 16 /10/ 2017. Às 15:48 h. MONTEIRO, M.F. (2010) “A Importância Dos Portos Na Economia”. Revista de Marinha 959 (Dezembro 2010 - Janeiro 2011), 26–28 FERNANDES, Nelson. A Importância do Transporte Marítimo Para o Desenvolvimento Econômico. Blog Transportes e Desenvolvimento, 15/11/.2013.Disponível em: <https://transportesedesenvolvimento.wordpress.com/2011/1 1/15/a-importancia-do-transporte-maritimo-para-o- desenvolvimento-economico-brasileiro/>. Acesso em: 16 /10/ 2017. Às 18:54 h. KEEDI, Samir. Transportes, inutilização e seguro. São Paulo. 2017. Página 87. OLIVEIRA, Carlos Tavares de. Portos e navegação, novos rumos. Revista portos e navios. 2010, ano 52, ed.590– 53. Rio de Janeiro. Editora Quebra-Mar Ltda, 2017. AZEREDO, Thiago. Portos Brasileiros. Globo.com, 2013.Disponívelem:<http://educacao.globo.com/artigo/portos -brasileiros.html>. Acesso em: 13 /10/ 2017. Às 11:01 h. COELHO, C. C. Porto de Roterdã. Logística descomplicada, 28/03/2011.Disponívelem:<https://www.logisticadescomplic ada.com/porto-de-roterda/>. Acesso em: 19 /10/ 2017. Às 22:59 h. CINTRA, Rodrigo. Xangai – O maior porto de contêineres do mundo. Grupo Portal Marítimo, 19/01/2011.Disponível em:< https://www.portalmaritimo.com/2011/01/19/xangai-o- maior-porto-de-conteineres-do-mundo/>. Acesso em: 13 /10/ 2017. Às 12:23 h. Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), 06/10/2017Disponívelem:<http://189.50.187.200/docpublico/ amf_cpt/2017/amf-2017-08.pdf> . Acesso em: 19 /10/ 2017. Às 14:23 h. De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), 06/10/2017Disponívelem:<http://189.50.187.200/docpublico/ amf_cpt/2017/amf-2017-08.pdf> . Acesso em: 19 /10/ 2017. Às 14:39 h.
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