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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - CCJ0003 Título TEORIA DA NORMA JURÍDICA Descrição CASO CONCRETO
(Fonte: NOTÍCIAS – G1 - Alberto Nájar. Da BBC Mundo na Cidade do México. Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/09/quando-um-abortoespontaneo-pode-significar-50-anos-na-prisao.html ) QUANDO UM ABORTO ESPONTÂNEO PODE SIGNIFICAR 50 ANOS NA PRISÃO Segundo uma ONG, centenas de mulheres que abortaram naturalmente estão presas por homicídio no México; muitas alegam maus-tratos por parte de equipes hospitalares. A enfermeira chegou à cama de hospital onde convalescia Patricia Méndez Manuel e se aproximou de seu rosto com um pequeno volume nas mãos. Eram os restos de um feto humano. "Beije-o, peça perdão!", a enfermeira lhe disse. "Você o matou!" A estudante de 19 anos estava em choque. Horas antes, havia sofrido um aborto espontâneo em um hospital de Veracruz, sudeste do México. Ela jura que sequer sabia que estava grávida. Três meses antes, havia sido diagnosticada com gastrite. E, durante um mês, tomou medicamentos para tratar o estômago, até descobrir que as dores que sentia eram por conta da gravidez. Em março de 2015, ela voltou ao hospital, agora com fortes dores abdominais – que na verdade eram decorrentes do processo abortivo. Patricia diz que não recebeu atendimento médico enquanto sentia as dores. "Eu havia acabado de descobrir que estava grávida. (...) Expeli (o feto) sozinha, sem anestesia, até que me encostaram em uma maca rodeada de enfermeiras e uma ginecologista", conta Patricia à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC. "Começaram a me fazer perguntas, pressionar. Eu lhes dizia que me sentia muito mal, que estava tendo um aborto, mas não me deram atenção. (...) Depois me anestesiaram." Ao acordar, o pesadelo se tornou pior. "As enfermeiras começaram a dizer que eu havia matado meu filho, mas não entendia o que estava acontecendo. Uma delas me mandou assinar um papel. Disse que não sabia o que era. Ela agarrou a minha mão e me obrigou." Patricia foi denunciada pelo hospital ao Ministério Público de Veracruz, acusada de aborto induzido, crime grave pelo Código Penal do Estado. Questionada pela BBC Mundo, a equipe do hospital enviou comunicado dizendo que o caso está sendo investigado internamente "para que sejam apuradas as responsabilidades". Também disse 
ter "convidado a sra. Patricia para apresentar sua queixa nas instâncias internas" da instituição. 'Pecadora' Patricia foi processada judicialmente, e seu caso corre na Suprema Corte do país. Ela abandonou Veracruz depois de ser insultada na escola que frequentava. "Todo mundo dizia que eu havia abortado, que era uma pecadora", conta. "Diziam isso para mim na rua também. Corria para casa para chorar, sentia-me muito mal, culpada. Fizeram-me acreditar que eu havia matado (o bebê). Dói muito." Casos semelhantes se repetem em outras partes do México, onde cerca de 700 mulheres estão cumprindo sentenças por homicídio mas cujo "crime", na maioria das vezes, foi ter sofrido abortos espontâneos, segundo uma ONG. A pena máxima para essas mulheres é de 50 anos. A Cidade do México é o único lugar onde abortos podem ser praticados legalmente no país. Susana Duenas Rocha também diz que não sabia que estava gravida quando, aos 19 anos de idade, sentiu-se mal e foi para uma clínica em Guanajato, na região central do México. Na clínica, lhe disseram que ela estava tendo um aborto. "Senti apenas que alguma coisa tinha saído de mim", contou Susana à BBC. "Eles (a equipe da clínica) disseram que iam me denunciar por ter matado o bebê, mas eu não tinha feito isso." Condenada por homicídio Susana foi presa e acusada de "matar um parente". Em 2004, foi sentenciada a 25 anos de prisão. Segundo a ONG Las Libres, houve várias irregularidades no seu julgamento. "Trouxeram um crucifixo e me disseram: 'Aqui, em frente a ele (Jesus), jure que teve um bebê", ela contou. A jovem foi então pressionada a assinar uma folha em branco. O documento foi apresentado durante o julgamento, contendo a suposta confissão do "crime". No texto, Susana dizia ter dado fim à gravidez por "raiva". Ela passou seis anos presa, até a ONG provar que não havido ocorrido um homicídio, mas um aborto natural. Hoje, ela está em liberdade. Criminalizando o aborto O tema do aborto desperta ferozes debates no México, segundo país com maior número de católicos do mundo, superado apenas pelo Brasil. Casos como os de Patrcia e Susana vêm se repetindo em muitas partes do México. Segundo ONGs, há no momento pelo menos 623 processos jurídicos em andamento por causa de abortos. E calcula-se que 700 mulheres mexicanas estejam hoje cumprindo sentenças por homicídio, embora, na realidade, tenham se submetido a abortos ou sofrido abortos espontâneos. "Mais de 70% dessas mulheres sofreram abortos espontâneos, mas foram acusadas de matar um parente", disse à BBC a diretora da ONG Las Libres, Veronica Cruz. Matar um parente é um crime que implica sentenças mais pesadas, explicou ela. Algumas das mulheres presas receberam a sentença máxima, 50 anos. O crime de aborto é punido com uma sentença menor, entre cinco e oito anos, ou liberdade mediante pagamento de fiança.
Estigma Veronica Cruz diz que, desde 2009, mulheres que têm abortos vêm sendo criminalizadas no México, quaisquer que sejam os motivos. Naquele ano, 16 das 36 legislaturas estaduais do país modificaram suas constituições para estabelecer que a vida humana deve ser protegida desde o momento da concepção. Isso ocorreu depois de a Cidade do México ter descriminalizado o aborto até as 12 primeiras semanas de gestação. As mudanças constitucionais nos outros Estados tiveram como objetivo "bloquear a possibilidade de que o aborto fosse descriminalizado no resto do país", disse Cruz. Mas além de julgadas e presas, as mulheres acusadas de cometer aborto também são estigmatizadas socialmente. "(Na prisão) disseram que eu era uma assassina, que tinha matado meu próprio filho - e que nem cachorros fazem isso", disse Susana que, mesmo depois de solta, não ficou livre das perseguições. "As pessoas apontavam para mim e diziam grosserias. Tivemos de nos mudar." Questão: Faça uma análise reflexiva desta notícia à luz da Teoria da Norma estudada nesta aula.
QUESTÕES OBJETIVAS
1. Leia atentamente a situação abaixo descrita.
"A" possui um lote em área urbana. Na época em que ele adquiriu o imóvel encontrava-se em vigência lei municipal de uso e ocupação do solo que estabelecia um determinado coeficiente de construção. Passado um ano, ele resolveu construir no lote, quando, então, teve indeferido o seu pedido de licença para edificar sob o argumento de que nova lei municipal de uso e ocupação do solo havia restringido o coeficiente de construção do terreno pela metade. No entanto, o seu vizinho ?B?, utilizando-se de planta de construção similar, iniciou a edificação no seu respectivo lote, de acordo com licença para construir outorgada pelo poder público municipal antes da vigência da nova lei municipal, muito embora não tenha se valido de todas as possibilidades construtivas vigentes na lei anterior. Sobre essa situação, analise as assertivas.
Sobre essa situação, analise as assertivas.
I - Assiste a "A" o direito de construir com base nos coeficientes previstos na legislação de uso e ocupação do solo vigente quando ele adquiriu o terreno e que lhe ensejava utilização mais ampla, pois a legislação superveniente não pode produzir efeitos retroativos e atingir direito adquirido de edificar no lote de acordo com as condições legais existentes quando da sua aquisição. II - Assiste a "B" o direito de construir com base nos coeficientes previstos na legislação de uso e ocupação do solo vigente quando da obtenção da licença para edificar e que lhe ensejava utilização mais ampla do lote. III - Como ainda não houve a conclusão da obra e em respeito ao princípio da função social da propriedade urbana, "B" terá que ajustar a respectiva planta aos padrões da nova lei municipal de uso e ocupação do solo, obtendo nova licença de construção.
Estão corretas asassertivas:
a) I e III. 
b) II. Opção correta
c) I.
 d) II e III. 
e) III.
2. Leia as afirmativas abaixo:
I - Eficácia da lei é a capacidade do texto normativo vigente de poder produzir efeitos jurídicos concretos no seio da sociedade. 
II - A vigência do Direito depende da opinião pública e da obediência às normas que disciplinam a sua elaboração.
 III - A validade ou não da norma jurídica repercutirá diretamente na esfera da sua eficácia. 
Agora, aponta a alternativa CORRETA:
a) Estão todas corretas. 
b) Estão todas erradas.
 c) Somente a II está correta.
 d) Estão corretas a I e a II. Opção correta
 e) Somente a I está errada.

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