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CASOS CONCRETOS JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL

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Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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Plano de Aula – 01 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
João das Neves, revoltado com a situação política do Brasil, 
adentrou em uma audiência pública que estava sendo realizada 
pela Câmara dos Deputados e atirou 5 vezes na direção da mesa 
diretora da casa. Sendo certo que João não tinha treinamento com 
armas de fogo, os 5 tiros atingiram apenas as paredes do plenário. 
Com base nesse cenário, responda aos itens a seguir, empregando 
os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal 
pertinente ao caso. 
 
a) Considerando que João foi denunciado por tentativa de 
homicídio, a quem compete o processo e julgamento? 
 
b) Caso João seja condenado, poderia ele recorrer? Para qual órgão 
do poder judiciário? 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
A) Conforme o disposto no art. 109, IV da CRFB/1988, João deverá ser 
processado criminalmente perante uma das varas criminais federais do 
Distrito Federal, devendo ser julgado em primeira instância por um juiz 
federal. 
 
B) Sim, para o Tribunal Regional Federal do Distrito Federal será 
competente para julgar eventual recurso em segunda instância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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Plano de Aula – 02 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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Plano de Aula – 03 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
(OAB – XX Exame Unificado) O Presidente da República edita 
medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a 
educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o 
centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só 
fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro 
enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram veiculadas 
na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o 
comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a 
Advocacia-Geral da União sustentou que não era correta a 
afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é 
constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser 
alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética 
apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. 
 
A) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as 
denominadas normas materialmente constitucionais e as normas 
formalmente constitucionais? 
 
B) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à 
imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma 
constitucional formal por medida provisória? 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
A) As normas materiais são aquelas que possuem status constitucional em 
razão do seu conteúdo, ou seja, versam sobre a estrutura organizacional 
do Estado e questões fundamentais à sociedade. As normas em sentido 
formal, por outro lado, só possuem o caráter de constitucional em razão da 
forma como fora implantada no sistema jurídico (através do poder 
constituinte). Assim, independe o conteúdo da norma, mas sim a 
formalidade de seu processo de elaboração. 
 
B) Não, pois as disposições constitucionais concernentes à alteração da 
Constituição não fazem diferenciação entre normais formalmente e 
materialmente constitucionais, estabelecendo para ambas o mesmo 
processo de modificação: emenda constitucional aprovada por 3/5 das 
Casas do Congresso Nacional em dois turnos. 
 
 
 
 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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Plano de Aula – 04 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei 
prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de 
trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes 
considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, 
Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de 
questionar perante o Poder Judiciário uma suposta 
inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que 
ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. 
Como deverá ser respondida a consulta? 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
No caso em tela o projeto de lei apresentado pelo deputado Alfredo 
Rodrigues atenta contra o disposto no art. 5º, XLVII, “a” da CRFB/1988, o 
qual estabelece a inadmissibilidade da aplicação da pena de morte, salvo 
em caso de guerra declarada. 
 
Embora o projeto apresentado pelo deputado colida frontalmente com uma 
chamada “cláusula pétrea” da Constituição, nada há a ser feito no 
momento, devendo o projeto de lei seguir seu curso até a possível 
aprovação e sanção, para que, só a partir daí, se possa atacá-lo via Ação 
Direta de Inconstitucionalidade. 
 
Isso porque a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal já assentou 
entendimento no sentido de que o chamado “controle judicial preventivo de 
constitucionalidade” que emerge do art. 60, §4º da Constituição Federal 
não se aplica a meros projetos de lei, mas tão somente a projetos de 
emenda constitucional, conforme se depreende da própria literalidade do 
dispositivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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Plano de Aula – 05 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do 
INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão 
parcial de tempo de serviço, com base nos direitos 
constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de 
certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS 
alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, 
justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não 
seria a via adequada para a defesa de um direito individual 
homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da 
competência do STF para conhecer, em abstrato, da 
constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá 
ser decidida a ação? 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
As arguições do INSS devem ser desprovidas e o mesmo deve ser 
condenado na obrigação de fazer pleiteada pelo MP porque: 
 
(1) A Ação Civil pública é instrumento cabível para a defesa dos interesses 
individuais homogêneos, na forma do art. 21 da Lei 7347/85 c/c art. 81, 
III da Lei 8078/90. 
 
(2) O STJ entende — e o Supremo Tribunal Federal também já reconheceu 
— que a inconstitucionalidade de determinado dispositivo legal pode ser 
alegada em ação civil pública, “desde que a título de causa de pedir, e não 
de pedido, pois nessa hipótese o controle de constitucionalidade terá 
caráter incidental”. 
 
(3) A CRFB/1988 erigiu à categoria de direitos fundamentais os direitos de 
petição e certidão, de sorte que os mesmos não podem ser negados aos 
segurados do INSS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Plano de Aula – 06 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
O servidor público aposentado “A” ingressou com uma ação 
requerendo a extensão de um benefício sob a alegação que o seu 
preterimento (a não extensão) implica em inconstitucionalidade. O 
juízo julgou procedente o pedido de “A”. 
 
O servidor “B” ingressa com a mesma ação se utilizando dos 
mesmos fundamentos da ação de “A”, no entanto o juízo 
competente julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” 
apela da decisão requerendo que a sentença de “A” seja utilizada 
de forma vinculante para ele. Poderia o tribunal competente acolher 
o pedido de “B”? Justifique sua resposta. 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
O controle de constitucionalidade realizado quanto ao pleito do servidor “A” 
se deu em sua modalidade difusa, o que de formaalguma tem efeito 
vinculante quanto a terceiros, mas tão somente às partes envolvidas. 
 
Só há que se falar em efeito vinculante quanto às decisões proferidas pelo 
Supremo Tribunal Federal em sede de controle concentrado de 
constitucionalidade (Art. 102, §2º da CF) ou mesmo quando o referido 
tribunal realiza controle difuso, desde que, nesta última hipótese, o Senado 
Federal suspenda a eficácia da lei declarada inconstitucional pelo STF (Art. 
52, X da CF). 
 
Dessa forma, o pleito do servidor “B” não deve ser acolhido pelo tribunal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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Plano de Aula – 07 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que 
cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no 
quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF 
teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, 
CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas 
por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira 
da polícia civil. 
 
Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da 
União manifestou-se pela procedência da ação, pedindo, 
consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da 
referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, 
justificadamente: 
 
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo 
impugnado? 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
O Advogado-Geral da União, no processo de ADI, atua, em regra, em defesa 
da constitucionalidade da norma impugnada, com base na competência que 
lhe é atribuída pelo art. 103, § 3º, da CF/88. 
 
Cabe destacar, porém, que o STF entende que o Advogado-Geral da União 
não está obrigado a defender tese jurídica, principalmente se a Corte já 
tiver fixado o seu entendimento pela inconstitucionalidade da norma ou se 
o ato impugnado militar contra os interesses da União. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Plano de Aula – 08 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
(OAB – XX Exame Unificado) Sob o argumento de sub-
representação das regiões mais populosas do país, bem como de 
desigualdade entre os Estados-membros da Federação e, até 
mesmo, discriminação ente eles, o governador de um determinado 
Estado propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a 
expressão "para que nenhuma daquelas unidades da Federação 
tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados", constante do 
Art. 45, § 1º, da CRFB/88, dispositivo nela inserido desde a sua 
promulgação. Além desse problema, o mesmo governador fez uma 
outra consulta ao seu corpo jurídico para saber sobre a 
possibilidade de não aplicar determinada emenda constitucional 
que, no seu entender, não era benéfica ao seu Estado, isso apesar 
de o Supremo Tribunal Federal já ter reconhecido a sua 
compatibilidade com a CRFB/88. Nesse particular, um de seus 
assessores sugeriu a adoção da tese de que a norma constitucional 
originária é hierarquicamente superior, ao menos no plano 
axiológico, à norma constitucional derivada. Diante de tais fatos, 
responda, justificadamente, aos itens a seguir. 
 
A) Cabe ADI contra o Art. 45, § 1º, da CRFB/88, norma 
constitucional que existe desde a promulgação da Constituição da 
República, em 1988? 
 
B) A emenda constitucional pode deixar de ser aplicada com base 
na tese sugerida pelo assessor do Governador? 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
A) Conforme entendimento assentado pelo Supremo Tribunal Federal, não 
cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra normas constitucionais 
originárias, em atendimento ao princípio da identidade e da não-
contradição. 
 
B) Não. O sistema constitucional brasileiro não admite a hierarquia de 
normas constitucionais. Portanto, há que se reconhecer que as emendas 
constitucionais têm a mesma força normativa das normas constitucionais 
originárias. Portanto, as emendas constitucionais que modifiquem as 
normas constitucionais originárias, desde que observem os requisitos 
constitucionais, não ocupam um plano inferior na hierarquia constitucional. 
 
 
 
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Plano de Aula – 09 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder 
Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder 
Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do 
Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de 
Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia 
seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador 
José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de 
Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim 
de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, 
responda aos itens a seguir. 
 
A) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? 
Justifique. 
 
B) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
A) A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada 
pela Câmara Municipal, conforme determina o Art. 29, inciso V, da 
CRFB/88. Além disso, também há inconstitucionalidade material na lei 
municipal, pois o vício de iniciativa ofende, em consequência, o princípio da 
separação dos poderes, previsto no Art. 2º da CRFB/88. Por outro lado, em 
relação ao valor fixado, não há vício de inconstitucionalidade, pois está de 
acordo com o Art. 37, inciso XI, da CRFB/88, que limita o subsídio dos 
prefeitos ao teto constitucional. 
 
B) O vereador não possui legitimidade para ajuizar Ação Direta de 
Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal e a norma 
municipal não pode ser objeto de ADI, conforme estabelecem o Art. 102, 
inciso I, alínea a, e o Art. 103, ambos da CRFB/88. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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Plano de Aula – 10 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
(OAB – XX Exame de Ordem Unificado) Emenda à Constituição 
insere novo direito na Constituição da República. Trata-se de uma 
norma de eficácia limitada, que necessita da devida integração por 
via de lei. Produzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda assim, 
alguns dos destinatários não se encontram em condições de 
usufruir do direito a que fazem jus, por ausência de regulamentação 
da norma legal pelo órgão competente (o Ministério da Previdência 
Social), conforme exigido pela citada Lei Y. Passados dois anos após 
a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado 
de usufruir do direito constitucionalmente garantido, é aconselhado 
a impetrar um Mandado de Injunção. Não sabendo exatamente os 
efeitos que tal medida poderia acarretar, Mário consulta um(a) 
advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu caso 
específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma solução 
concretista individual iria satisfazer plenamente suas 
necessidades. Diante dessa situação, responda 
fundamentadamente aos itens a seguir. 
 
A) Assiste razão ao(à) advogado(a) de Mário quanto à utilidade do 
acolhimento do Mandado de Injunção com fundamento na posição 
concretista individual? 
 
B) A que órgão do Poder Judiciário competiria decidir a matéria? 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
A) A teoria concretista individual é uma das posições reconhecidas pelo STF 
como passível de ser adotada nas situações em que é dado provimento ao 
Mandado de Injunção. Segundo esse entendimento, diante da lacuna, o 
Poder Judiciário deve criar a regulamentação para o caso específico, ou 
seja, a decisão viabiliza o exercício do direito, ainda não regulamentado 
pelo órgão competente, somente pelo impetrado,vez que a decisão teria 
efeitos inter partes. Como se vê, o órgão judicante, ao dar provimento ao 
Mandado de Injunção, estabeleceria a regulamentação da lei para que 
Mário (e somente ele) pudesse usufruir do direito constitucional garantido. 
 
B) Segundo o Art. 125, inciso I, alínea h, da CRFB/88, compete ao Superior 
Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Injunção quando a 
elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão federal, da 
administração direta ou indireta. No caso, o Ministério da Previdência é um 
órgão da administração pública federal, sendo, portanto, o Superior 
Tribunal de Justiça o órgão judicial competente para processar e julgar a 
ação de Mário. 
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Plano de Aula – 11 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
(OAB – XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado 
projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas 
questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele 
inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto 
encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a 
sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo 
de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso 
de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, 
logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de 
Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens 
a seguir. 
 
A) É cabível a propositura da Ação Declaratória de 
Constitucionalidade (ADC) nesse caso? 
 
B) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é 
cabível a propositura de medida cautelar perante o Supremo 
Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da decisão do STF no 
âmbito dessa medida cautelar? 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
A) Não. Não caberia a ADC por falta de comprovação de relevante 
controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da 
lei. A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o 
ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro dia de 
vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação de relevante 
controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais 
e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria dicção do Art. 14, 
III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a necessidade de comprovação da 
relevante controvérsia judicial, não sendo, por conseguinte, o momento 
exato de se manejar a ADC. 
 
B) Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da 
medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo Tribunal 
Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. Tais efeitos, de 
natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na 
determinação de que juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos 
processos pendentes que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo 
objeto da ação até seu julgamento definitivo que, de qualquer maneira, há 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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de se verificar no prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, 
parágrafo único, da referida lei. Ou seja, a concessão da medida liminar 
serviria para determinar que juízes e tribunais do país não pudessem 
afastar a incidência de qualquer dos preceitos da Lei nos casos concretos, 
evitando, desde logo, decisões conflitantes. Pode o STF, por maioria 
absoluta de seus membros, conceder a medida cautelar, com efeitos ex 
tunc. 
 
 
 
Plano de Aula – 12 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando 
sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 
1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de 
projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, criou 
uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade 
racial. Diante de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante 
o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de Descumprimento de 
Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 
1234/15. Com base no fragmento acima, responda, 
justificadamente, aos itens a seguir. 
 
A) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de 
inconstitucionalidade? 
 
B) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
A) A criação de órgãos da Administração Pública deve ser feita por meio de 
Lei, a qual é de iniciativa privativa do Presidente da República e, pelo 
princípio da simetria, dos Governadores de Estado e Prefeitos, conforme o 
estabelecido no art. 61, II, “a” da CRFB/1988. 
 
Dessa forma, podemos concluir que houve vício de inconstitucionalidade 
formal na elaboração do projeto de Lei em questão, tendo em vista que a 
iniciativa para sua elaboração seria do Governador e não dos membros do 
Poder Legislativo local. 
 
B) Não. No presente caso, em virtude de a Lei Estadual ter sido elaborada 
com inobservância do disposto no art. 61, II, “a” da CRFB/1988, seria 
cabível Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o STF, vez que a 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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referida norma é de reprodução obrigatória nos Estados, em atendimento 
ao princípio da simetria. 
 
A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental tem caráter 
residual, restando cabível apenas quando não puderem ser manejadas 
outras ações de controle concentrado. 
 
 
 
Plano de Aula – 13 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada 
em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, 
estabelece que a investidura em cargo ou emprego público é 
assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi 
promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a 
derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso 
em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada 
a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo 
exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrola o 
Governador como um dos legitimados para a propositura da ação 
direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° 
da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a 
declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, 
responda: 
 
I. o que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de 
inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo 
Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do 
art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo 
Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade 
junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. 
 
II. poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de 
inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da 
Constituição estadual? Explique. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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 RESPOSTA: 
 
 
A) Nesse caso a Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta perante o 
Tribunal de Justiça local ficaria suspensa aguardando o julgamento da ADI 
proposta perante o STF. Daí poderiam surgir duas situações: (1) O STF 
declarar a lei estadual inconstitucional, extirpando-a do ordenamento 
jurídico e restando prejudicada a ADI local; (2) O STF declarar a lei estadual 
constitucional em relação à Constituição Federal, o que permitiria que o 
Tribunal de Justiça local julgasse a ação de inconstitucionalidade local, 
podendo reconhecer sua constitucionalidade ou declarar sua 
inconstitucionalidade,uma vez que, nesse âmbito, o parâmetro é a 
Constituição Estadual, e não a Federal. 
 
B) Considerando-se que a emenda à Constituição estadual é ato normativo 
estadual, considerando-se que deve estar de acordo com os princípios e 
regras estabelecidos pela Constituição Federal (art. 25, da CRFB), 
considerando-se que a referida emenda violou os arts. 5º, caput, e 37, II 
da CRFB, considerando-se, por fim, que o Presidente é um dos legitimados 
para a propositura da ADI, nos termos do art. 103, I da CRFB, é possível o 
ajuizamento da ação, valendo lembrar que o Presidente da República é 
legitimado universal, estando, assim, dispensado de demonstrar 
pertinência temática com o ato normativo impugnado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Henrique Wilson Lima Santos – 201307214657 
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Plano de Aula – 14 
 
 CASO CONCRETO 01: 
 
 
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada 
a prática de crime de estupro, por João, que se encontra preso, 
contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do inquérito, a 
menor se retratou da acusação de estupro, mas Paulo não 
comunicou tal fato ao juiz de direito competente para proceder ao 
arquivamento do inquérito, razão pela qual foi aberta, a pedido do 
Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de 
prevaricação. Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da 
comarca Y do estado Z determinado a intimação de Paulo para 
audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com 
vistas a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se 
livrar do referido inquérito, mas a turma recursal estadual denegou 
o pedido. 
 
Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida 
fundamentação legal, a medida judicial mais adequada para que 
Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder 
judiciário competente para julgá-la. 
 
 
 
 
 RESPOSTA: 
 
 
Paulo deverá impetrar habeas corpus contra a decisão da Turma Recursal, 
cuja competência para julgamento, nos termos da jurisprudência mais 
recente do STF, será do Tribunal de Justiça local.

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