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Matriz energetica e o plano decenal

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Matriz Energética Brasileira e o Plano Decenal 2024
Brazilian Energy Matriz and The Decenal Plane 2024
Anna Gabriela Venâncio, Fatec, anna.venancio@fatec.sp.gov.br
Antonio Wellington Sales Rios, Fatec, wellington.rios@fatec.sp.gov.br
Karina Gabriela Farnochia Mota, Fatec, Karina.mota2@fatec.sp.gov.br
Resumo: Este trabalho apresenta uma perspectiva do setor energético brasileiro para o período de 2014 a 2024 com o objetivo de explanar informações do mesmo. Segundo as pesquisas verificamos que as projeções apontam que a expansão de energia crescerá, porem de forma menor que no último decênio, e que a expansão da oferta energética poderá superar a atual capacidade instalada com aumento das fontes renováveis, porém ainda teremos fortes incentivos em fontes poluidoras como as usinas termoelétricas e extração de petróleo.
Palavras-chave: matriz energética; oferta e demanda de energia; desenvolvimento sustentável; fontes renováveis; petróleo
Abstract: This paper presents a perspective of the Brazilian energy plant from 2014 to 2024 with the objective of explaining information about it. According to the surveys, the projections point out that energy expansion will grow, however, lower than the last decade, and that the expansion of the energy supply can overcome the currently installed capacity with increased of renewable sources, but we’still having incentives in polluting sources such as thermal and oil extraction plants..
Keywords: Energy matrix; energy supply and demand; Sustainable development; renewable sources
Introdução
A disponibilização de energia em quantidade adequada é crucial para o progresso de qualquer sociedade, sendo o consumo de energia um bom indicador do grau de desenvolvimento dessa sociedade. 
Entretanto, o processo de crescimento dessa oferta de energia se deu de modo despreocupado em relação aos impactos ambientais e à futura escassez energética. Tal descuido gerou e gera sérios problemas relacionados ao acesso a recursos energéticos e acarreta distúrbios ambientais globais de forma dramática e preocupante.
Quase todos os dias, os jornais estampam notícias sobre a necessidade de mudanças na matriz energética mundial, no sentido de combater o uso indiscriminado de combustíveis fosseis, utilizando fontes de energias renováveis menos poluentes.
O uso de fontes renováveis, como solar e eólica, além de diminuir estrategicamente a dependência do petróleo e de outros combustíveis fosseis, causam muito menos impactos ao meio ambiente.
Países do primeiro mundo e com forte consciência ambiental estão seriamente empenhados em modificar suas matrizes energéticas, utilizando fontes alternativas mais limpas ou, pelo menos, com menores impactos ambientais.
Cabe ressaltar que não existe energia 100% limpa, pois todos os processos de geração de energia causam algum tipo de impacto ao meio ambiente, alguns mais intensos que outros e a eletricidade proveniente de usinas termoelétricas é o setor campeão de emissão de gases do efeito estufa. 
Segundo a Vib Master, a queima de carvão, gás natural e petróleo para gerar eletricidade ou aquecer representam 25% das emissões de todo o mundo.
Segundo a SEEG Brasil, em 2014, as principais fontes primárias de energia utilizadas no Brasil foram petróleo (39,4%), cana-de-açúcar (15,7%), gás natural (13,5%), hidráulica (11,5%), e lenha (8,1%). As demais fontes representaram, no conjunto, apenas 11,8%. 
Apesar da predominância do petróleo e do crescente uso do gás natural, a matriz energética brasileira ainda apresenta uma elevada participação de fontes renováveis (39,4%), se comparada com a média mundial, que é de aproximadamente 14%. (SEEG, 2014)
Apesar do rápido crescimento da geração termelétrica a combustíveis fósseis observadas nos últimos anos, em relação à geração de energia elétrica, a participação de fontes renováveis continua predominante, representando 73,1% da oferta interna de eletricidade em 2014, distribuída entre hidráulica (63,2%), biomassa (7,8%) e eólica (2,1%). (SEEG, 2014)
A matriz fortemente renovável garante ao país uma posição confortável perante as nações desenvolvidas quando estão em pauta as emissões de gases do efeito estufa do Setor de Energia.
A análise da evolução das emissões, no entanto, pede mais atenção, pois caso o comportamento observado nos últimos anos se consolide, reduzirá essa zona de conforto, principalmente com a decisão dos últimos governos em aumentar o número de usinas termoelétricas e incentivos as explorações no pré sal em detrimento a política limpa e estímulos a fontes renováveis como eólicas e solares.
MÉTODOS E PESQUISA
Utilizamos a pesquisa bibliográfica, descritiva e explicativa, utilizando materiais elaborados com métodos indutivos realizado acerca dos relatórios estudados, abordando a matriz energética brasileira de acordo com o plano decenal de energia 2015-2024. Temos como preocupação central analisar e expor os dados, explicando-os.
RESULTADOS E DISCUÇÕES
3.1 Incentivos a energia limpa.
A geração de energia baseada em fontes renováveis vem sendo estimulada pelo governo. No ano de 2015, o governo federal lançou o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD). Espera-se que até 2030 o Brasil gere energia equivalente à metade da hidrelétrica de Itaipu (cerca de 48 milhões de megawatts-hora/ano) com equipamentos como painéis solares instalados em casas, empresas e prédios públicos.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) o número de conexões de micro e mini geração de energia teve um rápido crescimento, mais de 330% de 2015 para este ano. Em setembro de 2015, eram registradas 1.148 ligações, já em agosto deste ano o número subiu para 5.040, o que representa uma potência instalada de 47.934 kW.
Segundo a publicação no site energia.sp (2017) o foco prioritário do MME é a energia solar fotovoltaica, mas outras fontes de energias renováveis, como eólica, também podem ser inseridas no Programa. O objetivo inicial do governo é que até a data limite, 2030, 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão ter energia gerada por elas mesmas. Com isso, o Brasil pode evitar que sejam emitidos 29 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, reduzindo assim 43% das emissões dos gases até 2030.
Atualmente, um grupo de trabalho composto por representantes do MME, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL); e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) avaliam o ProGD. 
3.2 Plano decenal de expansão de energia 2024
Conseguimos analisar melhor o quadro levando em consideração o Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE 2024, elaborado pela EPE que foi apresentado oficialmente pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em dezembro de 2015, a evolução da capacidade instalada de geração de energia elétrica no Brasil ocorrerá conforme a figura 1 da Evolução da capacidade instalada por Fonte de Geração no Horizonte Decenal:
Tabela 1 - Evolução da capacidade instalada por Fonte de Geração no Horizonte Decenal
Fonte: EPE (2014, p.95)
Analisando a figura vemos que a geração de energia através de fonte hidráulica, que atualmente está em torno de 61,7%, vai cair para 53.3%. A evolução da capacidade instalada para outras fontes renováveis (Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH, Eólica, Biomassa e Solar) vai atingir o patamar de 28% da matriz em 2024. Temos uma projeção de crescimento de 127 % em uma, década, mas será que esse quadro realmente é animador quando verificamos o potencial do Brasil, principalmente no que tange a energia eólica e solar fotovoltaica?
Em contrapartida aos incentivos e projetos para aumentar as fontes renováveis, percebemos, segundo a figura 1 da Evolução da capacidade instalada por Fonte de Geração no Horizonte Decenal, um crescimento das fontes não renováveis de energia de 15,6% para 16% em 2024, o que contradiz os planos para redução na emissão dos gases poluentes.
As fontes não renováveis(Urânio, Gás Natural, Carvão, Óleo Combustível e Óleo Diesel) também aumentaram a sua participação na matriz energética. As usinas hidrelétricas serão desmotivadas, porém não devido à falta de potencial hidráulico e sim por fatores socioambientais, como consequência deste planejamento a demanda adicional terá de ser suprida por fontes não renováveis. Apesar disso, temos um cenário otimista em relação a oferta interna de energia, com redução na participação de petróleo e seus derivados, conforme mostra a tabela 1 de evolução de oferta interna de energia no horizonte decenal 2015-2024.
Tabela 2 - Evolução da oferta interna de energia no horizonte decenal 2015-2024
	
	2015
	2019
	2024
	Petróleo e Derivados
	38,2%
	36,6%
	34,9%
	Gás Natural
	11,3%
	10,0%
	11,8%
	Carvão Mineral
	6,0%
	5,8%
	5,8%
	Urânio
	1,3%
	2,1%
	1,7%
	Outras não renováveis
	0,6%
	0,6%
	0,7%
	Hidráulica e eletricidade
	13,5%
	13,5%
	13,3%
	Lenha e carvão vegetal
	7,5%
	6,9%
	6,9%
	Derivados Cana de açúcar
	16,8%
	18,0%
	16,9%
	Outras renováveis
	4,8%
	6,6%
	8,1%
Fonte: EPE (2014, p.436)
Como citado, temos a redução da participação do petróleo e seus derivados na oferta interna total de energia, de 38% em 2015 para 35% em 2024. Apesar do incremento na produção de petróleo bruto, as perspectivas de substituição da gasolina por etanol e do óleo combustível por gás natural são os principais determinantes da diminuição da participação, segundo projeções do EPE, conforme ilustrado nas figuras 2, 3 e 4 sobre composição interna de energia por fontes.
Figura 1 - Composição da oferta interna de energia por fonte Fonte: EPE (2014, pg. 437)
Figura 2 - Composição da oferta interna de energia por fonte Fonte: EPE (2014, pg. 437)
Figura 3 - Composição da oferta interna de energia por fonte Fonte: EPE (2014, pg. 437)
Como citado, percebemos nas figuras acima a redução da participação de derivados de petróleo na matriz energética entre os anos de 2015 – 2024.
Percebemos ainda, segundo os dados, que no decorrer das últimas décadas a diferença entre a demanda total de energia e a produção de energia vem mantendo uma trajetória decrescente. Consequentemente, ao longo dos próximos 10 anos, o Brasil passa a registrar energia excedente em sua matriz energética, de quase 100 milhões de tep (tonelada equivalente de petróleo) em 2024, o que equivale a aproximadamente 20% da produção total de energia no País. Em outras palavras, neste horizonte, o Brasil deixa de ser importador líquido de energia e passa ao status de autossuficiente.
Apesar dos dados utilizados pela EPE serem bastante otimista com relação ao ambiente macroeconômico, destacando-se as altas projeções do PIB brasileiro, na ordem de 1,8% ao ano, visto o ministério da fazenda publicou a queda de 3,8% em 2015 temos um cenário otimista em relação a demanda de energias renováveis.
CONCLUÃO
Percebemos algumas incongruências apontadas pela EPE, mas notamos que teremos uma expansão de energia, porém menor que no decênio anterior, devido à crise econômica instalada no país.
O Brasil apresenta grande vantagem no setor energético, devido à abundância de recursos naturais. A questão que se coloca para o país os próximos anos é uma maior atenção voltada para sustentabilidade, possuímos um setor elétrico rico referente as energias renováveis, porém notamos, principalmente em governos anteriores, a sujeira e bagunça feita em nossa matriz energética, com o aumento das usinas termelétricas para 2.929, 33 em construção e 177 ainda em planejamento e ainda convivemos com um grande descaso e esquecimento de energias limpas como a fotovoltaicas e eólicas
O país sofreu um grande retrocesso, nos últimos anos, no que se diz se diz respeito a energia limpa, notamos uma melhora no último plano decenal, porém precisamos de uma política consistente para que essas projeções não se tornem meras estimativas.
REFERÊNCIAS
_____.Eletricidade é a maior emissora dos gases do efeito estufa. Disponível em: <http://www.vibmaster.com.br/eletricidade-e-o-setor-campeao-na-emissao-dos-gases-do-efeito-estufa/>. Acesso em maio/2015.
____.Energia. Disponível em: <http://seeg.eco.br/panorama-energia/>. Acesso em: maio/2017
____. Incentivos para energia limpa e renovável no Brasil. Disponível em: <http://www.energia.sp.gov.br/2017/02/importancia-dos-incentivos-para-energia-limpa-e-renovavel-no-brasil/>. Acesso em: maio/2017
____.Plano decenal de expansão de energia 2024. Disponível em: < http://www.epe.gov.br/PDEE/Relat%C3%B3rio%20Final%20do%20PDE%202024.pdf>. Acesso em: abril/017
_____. Plano Decenal de Expansão de Energia 2024. Disponível em: <http://www.mme.gov.br/web/guest/pagina-inicial/outras-noticas/-/asset_publisher/32hLrOzMKwWb/content/mme-aprova-plano-decenal-de-expansao-de-energia-2024/> Acesso: maio/2017
____. Resultado do PIB de 2015. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/noticias/2016/marco/resultado-do-pib-de-2015>. Acesso em: junho/ 2015.

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